O ano está acabando! Estas últimas semanas normalmente nos fazem refletir sobre o ano que passou e repensar as prioridades do ano que vai chegar.
2013 foi um bom ano para a ABRATA. A nova diretoria começou a trabalhar a partir da eleição em 25 de abril. Fizemos um plano estratégico em que o grande objetivo é crescer nacionalmente e, começamos a perseguir esse objetivo, mantendo sempre a qualidade, a ética e a compaixão como pilares nas nossas atividades. Crescemos sim, mas a maior conquista que conseguimos neste ano foi o de criar as bases para um crescimento sustentado para os próximos anos. Profissionalização, mudanças na sistemática dos grupos, site, blog e facebook mais ágeis e com mais informações, testes para implementação dos núcleos regionais ABRATA, captação de recursos e principalmente o voluntariado foram os principais temas nos quais trabalhamos em 2013.
Graças a esse planejamento, podemos iniciar 2014 seguros de que estamos na direção certa e, com alguns ajustes, continuar seguindo a mesma linha de trabalho. Tenho certeza que será um ano muito intenso, e já estamos nos preparando para em 2014 comemorar o 15º aniversário da ABRATA com um grande evento sobre os Transtornos de Humor voltado aos portadores e familiares.
Agradeço a todos aqueles que nos ajudam a melhorar a qualidade de vida daqueles que nos procuram, sejam familiares ou portadores de bipolaridade ou depressão. São os voluntários e parceiros da ABRATA. Sem eles, não seria possível oferecer os grupos de apoio mútuo e as informações claras sobre a doença, em todos os meios de comunicação em que atuamos.
Desejo a todos ótimas festas e um 2014 com bastante ABRATA!
Roberto Barth – Presidente
Dezembro 2013
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Boa tarde;
Tenho 24 anos, há um ano fui diagnosticada com o problema transtorno bipolar, creio que a um tempo eu vinha apresentando os sintomas da doença porém a gente sempre acha que é estresse, cansaço enfim qualquer outra coisa menos um problema psicológico.
Quando diagnosticada através da psicóloga fui encaminha com urgência para um psiquiatra iniciei o tratamento com ele, tomando dois tipos de remédios, Exodus e Depacote, no início meu marido notou melhoras na minha variação de humor uma vez que elas aconteciam com grande frequência, mas com o passar dos dias, os sintomas de sonolência durante o dia, cansaço sem motivos, desanimo e as oscilações de humores voltaram como se eu não estivesse tomando medicação alguma, me estressei com isso e após 6 meses de tratamento eu simplesmente parei de tomar os medicamentos, e nunca mais voltei a consulta com o psiquiatra.
Agora há uns 3 meses estou a cada dia pior oscilação de humor a cada dia piorando e aumentando, estou me sentindo a pior pessoa do mundo para tudo e para todos, tudo de errado, de ruim eu me culpo, ciúme doentio, e para piorar provoco discussões do nada com meu marido, e estou agressiva, esse mês tivemos duas brigas mais tensas, e as duas eu agredi ele fisicamente com palavras, a gente discute, dai alguns minutos as vezes horas, eu começo a me arrepender e fico muito nervosa, dai tomo quatro comprimidos do Exodus, que eu tinha aqui na minha casa, não consigo dormir, passo muito mal do estômago, no outro dia fico sonolenta, aérea, enfim, não sei o que fazer, estou a ponto de me separar e não consigo controlar meu problema. O que faço?
Olá Cristina
Obrigada pelo contato!
Os transtornos mentais quando não tratados, podem gerar prejuízos em todos os aspectos da sua vida! Prejuízos nas relações sociais, nas relações familares, como vc mesma relata, na vida profissional e na saúde das pessoas que o apresentam. Isso é muito mais comum do que você pode pensar!
Procure e fale com o seu médico psiquiatra assim como está conversando conosco sobre os efeitos dos seus medicamentos, especialmente os efeitos colaterais que a incomodam. Lembre-se de listar esses efeitos para que você possa discuti-las plenamente com seu médico. Você poderá precisar de tomar uma dose mais baixa, uma dosagem mais elevada, ou um medicamento diferente. Assim como você pode precisar mudar o seu horário da medicação de manhã à noite ou tomar medicamentos com o estômago cheio. Há muitas opções para você e o seu médico tentarem. Os efeitos colaterais podem ser reduzidos ou eliminados. É muito importante conversar com seu médico antes de fazer quaisquer alterações ao seu medicamento ou agenda de tomada.
Não altere a tomada da medicação sem conversar com seu médico psiquiatra! Sempre fale primeiro com seu médico se você sentir vontade de mudar a sua dose ou interromper a medicação. Explique o que você quer mudar e por que você acha que vai ajudá-lo. Tomar a medicação de forma inadequada poderá lhe trazer mais prejuízos.
Converse também com a sua psicóloga, que pode ajudá-la a buscar soluções em sua vida e aprender novas formas de lidar no dia a dia com a sua doença. O estabelecimento de metas é uma parte importante da terapia da conversa. A psicoterapia também pode ajudar você acompreender a sua doença, a superar medos ou inseguranças, a lidar com o estresse, dar sentido a experiências traumáticas como as agressões, a separar a sua verdadeira personalidade a partir das mudanças de humor causadas por sua doença, entre outros apoios.
A recuperação também se refere a um estilo de vida saudável, que inclui sono regular, alimentação saudável. Evitar o álcool, drogas e comportamentos de risco.
Um estilo de vida saudável é sempre importante! Mesmo com os sintomas de depressão ou transtorno bipolar, fazer uma atividade física, ter alimentação saudável, sono regular, podem contribuir para melhorar o seu humor, melhorando a sua saúde. Tire proveito dos bons dias que você tem. Nestes dias, procure fazer algo saudável para si mesmo. Pode ser tão simples como uma curta caminhada, comer algo que aprecia muito. Até ter Uma conversa sobre as mudanças de estilo de vida deve ser uma parte de sua definição de metas com os seu médico ou psicólogo.
Você tem o poder de mudar! Você é a parte mais importante de seu plano de bem estar e melhoria de qualidade de vida. Seu plano de tratamento é exclusivo para você! Ele precisa seguir alguns caminhos e princípios básicos, mas você e seu médico e seu terapeuta poderão construir juntos estes passos, considerando as suas necessidades.
Abraços fraternos!
Equipe ABRATA