Três sintomas de transtorno bipolar sobre os quais ninguém quer falar

Os três sintomas abaixo representam o lado do transtorno bipolar que todos sabemos estar lá, mas raramente queremos deixar os outros saberem que existe.

Eu sei como é importante proteger a reputação do transtorno bipolar para o público em geral. Não queremos que as pessoas pensem que somos perigosos, assustadores e malucos em quem não se pode confiar. Mas acho que precisamos encarar o fato de que algumas flutuações de humor realmente causam estes comportamentos que queremos esconder embaixo do tapete. Os três sintomas abaixo representam o lado do transtorno bipolar que todos sabemos estar lá, mas raramente queremos deixar os outros saberem que existe. Isso é apenas uma opinião, claro, mas estou realmente interessada em saber se todos sentem o mesmo.

agressivo1º – Comportamento perigoso, agressivo e violento no transtorno bipolar

Trabalho com pais e parceiros de pessoas com transtorno bipolar. Na maioria das situações, as pessoas que estão em um episódio forte de mania ansiosa podem ser perigosas, agressivas e violentas. Agressão física e uso de armas não são incomuns. Muitos homens vão presos por este tipo de comportamento quando eles, na verdade, precisam de ajuda psiquiátrica. As pessoas, tanto homens quanto mulheres, que são educadas e gentis quando estão bem, ficam com uma força sobre-humana e agressivas – arrancam uma pia da parede, socam janelas – jogar cadeiras e outros comportamentos perigosos não são incomuns.

Famílias e parceiros sofrem em silêncio pois ficam muito assustados de contar a qualquer pessoa sobre o que realmente acontece em casa.

Eu tenho pensamentos violentos e homicidas quando a mania ansiosa está em cena. Eu costumava perseguir carros se o motorista me fechasse ou fizesse uma cara estranha. Não é o meu objetivo assustar ninguém que está lendo este texto. Meu objetivo é que sejamos honestos sobre estes sintomas do transtorno bipolar que ficam escondidos embaixo do tapete.

Uma solução é se cuidar. Pessoas com transtorno bipolar não têm esses sintomas a não ser que tenham flutuações de humor. Prevenir estas flutuações de humor ajudará a prevenir este tipo de comportamento.

images (25)2º Psicose em transtorno bipolar

Eu tenho transtorno bipolar de ciclo rápido tipo II, com características psicóticas. Eu tive sintomas de psicose não diagnosticados dos 19 aos 31 anos, quando finalmente fui diagnosticada. Tive alucinações durante toda a minha vida adulta. O que me assusta é que ninguém, ninguém mesmo, me ensinou sobre a psicose quanto fui diagnosticada. Era como se os sintomas não existissem. Quando entendi o nível da minha psicose, fiquei horrorizada de ter vivido tanto tempo com isso. Meus sintomas eram, em sua maioria, alucinações visuais e delírios paranóicos. Eu não sabia que os outros não as tinham também! Se você tem transtorno bipolar tipo I, tem 70% de chance de ter psicose quando estiver em um episódio intenso de mania. Essa psicose pode ser bizarra e imitar a esquizofrenia. A diferença? Pessoas com transtorno bipolar só têm psicose durante a mania ou a depressão. Não há psicose fora destes dois estados de humor. Se uma pessoa tem psicose entre estes episódios, isso é chamado de transtorno esquizoafetivo. Você ou alguma pessoa próxima tem psicose? Se o transtorno bipolar estiver envolvido, a psicose pode estar envolvida também.

cognitivo3º Disfunção cognitiva em transtorno bipolar

Muitas pessoas acham assustador. Já temos transtorno bipolar, isso quer dizer que temos problemas de memória também? Talvez. Disfunção cognitiva de perda de memória, esquecimento de compromissos, não lembrar informações e “nevoeiro cerebral” durante certos episódios é muito comum! Se você tem transtorno bipolar, você provavelmente já sentiu o cérebro lento, que é comum na depressão. Se você tem mania, você provavelmente tropeçou nas palavras, disse coisas que não queria dizer e teve problemas em organizar seu pensamento.

Meus sintomas cognitivos me visitam diariamente. Não sou capaz de me lembrar datas e números e preciso de ajuda com calendários e horários marcados. Os meus sintomas pioraram depois de terapia intensiva que tive para depressão severa. É algo que acho estressante, mas fácil de lidar. Quero que sejamos sinceros em relação a problemas cognitivos. Essa é a única maneira com a qual podemos conseguir ajuda! O meu tende a estar presente o tempo todo, mas piora com flutuações de humor. Um exemplo perfeito disso – eu tenho que colocar este post no ar a meia noite do dia em que eu posto no blog. Eu fiquei me lembrando disso o dia todo ontem, mas mesmo assim, fui dormir sem postar a tempo. Tenho que viver com esses sintomas e mesmo que algumas coisas sejam esquecidas, eu consigo controlar a maioria dos problemas menores de memória com um bom sistema de suporte.

Aqui está a boa notícia – sim, há uma boa notícia!

Transtorno bipolar é uma doença de episódios. Todos temos todos os sintomas durante as mudanças de humor. Isso quer dizer que somos ESTÁVEIS quando não estamos nestas mudanças. Os sintomas listados acima vão embora quando a doença é controlada com sucesso. Isso pode exigir um monitoramento diário para os que tem sintomas diários. Outros, que têm longos períodos de tempo entre as mudanças de humor, podem até esquecer que estes sintomas já existiram. Este é o motivo de termos um método de controle que reconheça os comportamentos perigosos, agressivos e violentos, psicose e disfunção cognitiva assim que isso começar.
Eu sei que queremos proteger nossas reputações em relação a essa doença, e não queremos ser vistos como diferentes ou malucos, mas eu peço que entre a nossa comunidade, sejamos brutalmente honestos sobre o que realmente acontece com aqueles de nós que têm esta doença. É o único jeito de evitar estes sintomas e mantê-los longe para sempre.

julieSobre a autora: Julie A. Fast – É a autora dos best-sellers Loving Someone with Bipolar, Take Charge of Bipolar Disorder and Get it Done When You’re Depressed. Ela é uma premiada colunista da revista BP (Revista Transtorno Bipolar) e tem um dos principais blogs sobre transtorno bipolar na internet. Julie é  especialista em manejo de transtorno bipolar no site da Oprah e Dr. Oz www.ShareCare.com. Julie é não somente uma perita em ajudar aqueles que são afetados pelo transtorno bipolar e pela depressão, foi diagnosticada em 1995 e com sucesso controla a doença com medicamentos e estratégias descritas em seus livros. Julie sabe mais que ninguém sobre viver e amar alguém com transtorno bipolar dentro de sua própria vida e ajuda os membros das famílias, parceiros e profissionais de saúde a compreender e apoiar aqueles que têm o transtorno. Ela é uma grande palestrante e educadora, apaixonada por mudar a maneira como o mundo vê e maneja os transtornos de humor.

Tradução livre: Equipe ABRATA

Fonte: http://www.bphope.com/blog/three-bipolar-disorder-symptoms-no-one-wants-to-talk-about/

 

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2018-02-02T17:13:08+00:00 15 de março de 2017|Categorias: Bipolar, Blog, Comportamento, DEPOIMENTO, Mania, Mau Humor, Sofrimento|Tags: , , |225 Comentários

225 Comentários

  1. Maria de Lourdes 16 de março de 2017 às 07:50 - Responder

    De fato esses sintomas estão presentes no TB, é penoso conviver com isso, piora muito a qualidade de vida do portador e de quem está ao seu lado.É importante estar atento aos sintomas para estabelecer medidas de proteção, a fim de minimizar os danos.

    • Equipe Abrata 16 de março de 2017 às 09:13 - Responder

      Olá Maria de Lourdes.

      Agradecemos a sua mensagem e damos realce ao que você afirma a respeito de estar atento aos sintomas do TB como medida de proteção a si mesmo.
      A aceitação da doença e a adesão ao tratamento medicamentoso e psicoterápico são fundamentais para a estabilização da pessoa que tem transtorno
      bipolar.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  2. Sandra Chagas 26 de março de 2017 às 16:17 - Responder

    Identifiquei-me em todos os relatos, tomo remédios indicados pelos psiquiatras mas nenhum deles me deu um diagnóstico. Foi lendo a bula e eu mesma pesquisando que descobri a ABRATA. Estou em choque, porque ninguém me falou o que realmente eu tenho.
    Já me envolvi em várias brigas no trânsito e sempre acho que estou 100% certa.
    Já saí no soco com pessoas que nunca vi porque me senti provocada em uma conversa na costureira.
    Nunca fico mais que 3 meses em um emprego, sempre ganho a conta pela falta de um bom relacionamento no ambiente de trabalho.
    E por ai vai… ALGUÉM PODERIA ME AJUDAR?
    41-99219-6880

    • Equipe Abrata 27 de março de 2017 às 08:52 - Responder

      Prezada Sandra.

      O transtorno bipolar pode ser extremamente difícil de diagnosticar e tratar. Uma pessoa com transtorno bipolar pode ver três ou quatro médicos e levar até oito anos à procura do tratamento que funcione antes de receber o diagnóstico correto.

      Não é fácil identificar de pronto a bipolaridade quando esta se inicia. Os sintomas muitas vezes parecem problemas separados, pelo que dificilmente são reconhecidos como fazendo parte de um problema mais vasto.

      Embora por vezes a doença se apresente com manifestações muito fortes e evidentes, são muito frequentes as manifestações mais moderadas que podem passar despercebidas e que tornam o diagnóstico de bipolaridade um dos mais difíceis e complexos em saúde mental.

      Apesar do interesse crescente no transtorno bipolar e do número cada vez maior de pesquisas quer ao nível do diagnóstico, da neurobiologia, da epidemiologia e do próprio tratamento, o distúrbio bipolar continua a ser tardiamente diagnosticado e inadequadamente tratado. Estima-se que apenas 1 em cada 4 casos sejam diagnosticados.

      O transtorno bipolar apresenta sintomas comuns a outras patologias psiquiátricas, o que torna a tarefa difícil. O próprio desenvolvimento da doença pode por vezes induzir em erro – às vezes é necessário esperar alguns anos antes de surgir um episódio de mania, pelo que na ausência deste, se fará um diagnóstico de depressão e não de bipolaridade.

      O diagnóstico e reconhecimento do transtorno bipolar, em adultos, pode ser extremamente difícil. Muitos desses pacientes apresentam vários distúrbios psicológicos e sociais importantes, antes que o diagnóstico consiga ser feito com certeza.

      Para definir-se o diagnóstico de transtorno bipolar, é necessário que sejam documentados pelo menos dois episódios, sendo um deles de mania ou hipomania, nos quais o humor e o nível de realização das atividades do dia-a-dia estejam comprometidos. O distúrbio consiste em elevação do humor e do nível de energia e atividade (mania ou hipomania) ou rebaixamento do humor (depressão).

      Os episódios de mania geralmente começam de maneira abrupta e podem durar entre duas semanas e 4 a 5 meses (duração média de 4 meses). Os episódios de depressão tendem a ter duração mais prolongada, por volta de seis meses. Entre os episódios, a recuperação pode ou não ser completa, casos nos quais permanecem alguns sintomas residuais. O padrão de recorrência das crises varia muito, sendo bastante imprevisível.

      Um dos passos mais importantes no diagnóstico do transtorno bipolar é a exclusão de outras doenças/condições que possam estar causando os sintomas que o paciente apresenta, simulando um quadro de transtorno bipolar.

      O tratamento medicamentoso é fundamental para controlar os sintomas do transtorno bipolar.

      Os médicos especialistas em transtornos afetivos – depressão e transtorno bipolar, recomendam a combinação do tratamento medicamentoso com psicoterapia.
      A psicoterapia mais indicada é a Terapia Cognitivo-comportamental.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

      • Sandra Chagas 27 de março de 2017 às 21:05 - Responder

        Reconfortante saber que não sou louca como meus familiares me dizem, chego às vezes a pensar que realmente posso estar ficando louca (esquizofrênica) , mas não tem como eu saber, ondo moro não tem psiquiatras, tampouco terapias… O que me deixa ainda mais receosa , pois estou cada vez mais agressiva e violenta. Isso com pessoas que eu mal conheço. Cada dia quando saio para trabalhar penso, qual a confusão que vou me envolver e destruir minha vida. Penso o que o melhor era realmente por um fim eu mesma nisso tudo de uma vez.

        • Equipe Abrata 29 de março de 2017 às 08:26 - Responder

          Prezada Sandra.

          A nossa sugestão é que procure uma unidade do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial em sua cidade.

          Os CAPS são instituições destinadas a acolher pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar e apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecendo-lhes atendimento médico e psicossocial. Um dos objetivos do Programa é possibilitar a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no Brasil.

          Os pacientes são atendidos de acordo com o Projeto Terapêutico Singular, que consiste em um tratamento específico para cada indivíduo, elaborado pela equipe. Além das consultas, o Projeto pode ser composto por diversas atividades, como oficinas terapêuticas e culturais, rodas de conversa e orientações individuais ou em grupo, entre outras.

          Não é melhor desistir de tudo. O importante é procurar por cuidados médicos para ficar estável e levar uma vida normal.
          Se, no entanto, persistirem os pensamentos negativos, telefone para 141, que é o número do CVV – Centro de Valorização da Vida.

          O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.

          Abs.
          Equipe ABRATA.

  3. Alessandra Ribeiro de Carvalho 1 de abril de 2017 às 18:12 - Responder

    Adoro escrever, ler e assistir filmes e séries, principalmente sobre Transtorno da Mente, eles me relaxam. Principalmente após ser diagnosticada em 2014 como portadora de Transtorno Afetivo Bipolar Tipo 1 (TAB 1). Já escrevi aqui no meu facebook sobre isso e sobre as fortes crises que passei. Muitas vezes as pessoas escondem a doença com medo de serem taxadas de loucas. Eu, na verdade, sobrevivo bem com a TAB 1, e costumo falar sobre ela,de como me sinto e de como controlo o transtorno. Muitas vezes até tento achar graça dos sintomas, principalmente em se tratando da perda de memória.
    A perda de um bipolar não é igual esquecer aonde “eu coloquei as chaves”, isso para nós, diariamente, é como beber água, “esquecemos que esquecemos”.
    Quando estamos em crise, esquecer significa até não saber “quem somos”, “onde estamos”, ou andar “perdido pela rua” como se estivéssemos em outro planeta, realmente sem rumo.
    A perda de memória chega a tanto, que a partir de 5 crises o Bipolar pode perder 1/4 do hipocampo, que é onde está alojada a memória. O que pode significar que sua infância de repente foi apagada da sua mente, digo, apagada, isto é ela não existe mais, não há como se recuperar.
    Quero descrever aqui um pouco sobre isso, sobre a perda da memória, porque me deparo diariamente com situações difíceis de lidar, não só pra mim, mas para os que me cercam, e, acredito que relatar seja bom para o entendimento do ser “bipolar”, pelo menos é o que sugere minhas maravilhosas médicas (Psiquiatra e a Psicoterapeuta). Não para me esconder ou me justificar, pois na verdade, assim como você, somos seres humanos, e, precisamos de compreensão e de respeito, e escrever para mim ajuda no tratamento.
    Lembro-me da 1ª vez que estava ocorrendo algo estranho comigo: Uma noite acordei e tudo estava fumaçado em casa, com cheiro de queimado, levantei e corri para a cozinha, uma panela pegava fogo.
    Não sei como fiz aquilo, coloquei mamadeira, copos plásticos, mordedores e tantas outras coisas da minha filha em uma panela grande, e, fui dormi. Tudo bem esquecer, mas não me lembrava de ter colocado nada no fogo e nem muito menos o que fiz aquele dia todo. Aquele dia foi esquecido da minha memória.
    Bom, até aí tudo bem, mas a 2ª vez que percebi que realmente tinha algo estranho comigo, foi até engraçado. Eu tinha terminado de almoçar num restaurante, e, de repente meu coração se acelerou, é como eu estivesse acordado e estava num restaurante, pois não sabia aonde estava, nem como tinha chegado ali e nem como poderia sair daquele lugar. Saí do restaurante e rodei umas duas vezes a mesma quadra até voltar e pedir ajuda.
    Já esqueci de tantas coisas e pessoas, de melhores amigos, pelo menos eles disseram que eram, que já entrei em situação muito embaraçosa. Da pessoa chegar em mim e dizer, “Sou eu”, “Aquela pessoa” se lembra?”, não há como lembrar, nem forçar a memória, aquele momento não existe mais.
    Hoje as crises assim são raras, como são raras a psicose, mas a memória é ainda falha, esquecer aonde coloquei as chaves, o celular, de pagar alguma conta ou onde coloquei o cartão de crédito, isso para mim não incomoda tanto. Mas esquecer de pessoas, de sentimentos, da minha história, isso é difícil de lidar.
    Para qualquer um, tarefas simples e diárias passam desapercebidas. Mas para um TAB não são. Lutamos diariamente pra ter uma vida “normal”, como de todos, mas a realidade é difícil muitas vezes discernir algumas coisas e fatos, até mesmo lembrar o mais trivial para um ser humano.
    Ser bipolar é lutar diariamente por respeito dos meus colegas, por amor e compreensão de amigos e familiares.
    Afinal, muitos deles minha memória já apagou. Não por desleixo ou por falta de tempo. É que se foram da mente, assim como milhares de momentos alegres e sentimentos marcantes que trocamos.
    Lembrar é um presente divino e esquecer, para mim, é uma dor eterna.

    • Equipe Abrata 16 de abril de 2017 às 10:17 - Responder

      Olá Alessandra.

      Agradecemos o seu depoimento no qual está estampada a sua resiliência, parabéns!

      É bastante comum a queixa de pessoas que sofrem com o transtorno bipolar sobre perda de memória, esquecimentos, etc.
      A disfunção cognitiva de perda de memória, esquecimento de compromissos, não lembrar informações e “nevoeiro cerebral” durante certos episódios é muito comum!
      No episódio depressivo, o cérebro lento, que é comum na depressão. Na mania, a pessoa provavelmente tropeça nas palavras, diz coisas que não queria dizer e tem problemas em organizar seu pensamento.

      O cérebro é um órgão vital para o funcionamento do organismo, razão pela qual deve ser exercitado e estimulado de forma a manter a sua robustez. A exercitação do cérebro assemelha-se ao exercício físico para a tonificação dos músculos e para a queima de gorduras, só que neste caso consiste na revitalização da mente. É importante conhecer um conjunto de exercícios que permitem estimular a atividade cerebral, melhorando a performance do cérebro e mantendo a atividade cognitiva ativa e funcional.

      Dessa forma, é importante que você consulte um neurologista para ajudá-la a melhorar a sua capacidade cognitiva.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  4. grazy 8 de abril de 2017 às 12:43 - Responder

    Oi, Abrata.Vejo o trabalho de vocês e acho bem reconfortante.
    Porém, o que não é reconfortante no Brasil é o respeito a nossa classe de pessoas com doenças mentais. Eu não falo apenas de mim que sou Bipolar 1 e carrego um caminhão de agregados de problemas com ex: síndrome do pânico que não passa nunca. HAHAHHA . Tem 3 anos por aí que eu faço tratamento e nunca desisti dele, já fui internada… tenho os sintomas citados acima e sou bem ciente de tudo. Mas tudo isso tem um preço alto a pagar. As pessoas comuns cobram,eu já perdi todos meus afetos, com apenas 23 anos nem minha família tem interesse em me ajudar no tratamento. Estou sozinha mediante a um monte de lobos querendo me destroçar.
    Eu quero acabar com minha vida, eu quero prolongar sofrimento a troco de nada ou esperanças FALSAS. sejamos honestos? para que eu vou ficar o resto dos meus dias acreditando em um equilíbrio que nunca virá ? controlando um Hulk que só destrói a mim mesmo… e as outras pessoas me ferindo e eu sofrendo calada? Quem gosta de apanhar por uma causa nobre é JESUS, eu já apanhei mais … já chega.

    • Equipe Abrata 16 de abril de 2017 às 09:52 - Responder

      Prezada Grazy.

      Leia o que diz o psiquiatra Sérgio Tamai, chefe do departamento de psiquiatria da Santa Casa de São Paulo:

      “Para as pessoas que sogrem do transtorno bipolar, a vida é um revezamento de sentimentos e sensações, muitas vezes extremamente debilitantes. Em alguns períodos, viver parece transcorrer em preto e branco — nada tem graça, a autoestima vai à lona, a tristeza toma conta e não se tem energia para encarar o dia a dia. Em outros, um entusiasmo incontrolável invade corpo e alma, deixando a existência excessivamente iluminada, colorida, esfuziante. A voz, as atitudes e os desejos tomam grandes proporções. Os limites são ignorados e a pessoa imagina poder tudo. A bipolaridade é confusa e mais frequente do que se imagina. A Associação Brasileira de Transtorno Bipolar estima que o número de brasileiros acometidos pela doença chegue a 15 milhões. Se não for cuidado, o mal traz grande sofrimento e incapacitação. Quando tratado com psicofármacos, as manifestações, especialmente as depressivas, não desaparecem por completo.

      Atualmente, psiquiatras e psicólogos que são referência no assunto não vacilam ao assumir que a abordagem não farmacológica é fundamental para o enfrentamento da doença. Afirmo que, mesmo utilizando todo o arsenal farmacêutico, 60% dos pacientes não apresentam remissão dos sintomas da bipolaridade e os 40% restantes esboçam recaídas periódicas.”

      De acordo com o médico, sem a intervenção não medicamentosa não se promove autoconhecimento e melhor entendimento da doença, ainda altamente estigmatizada. “Já temos estudos científicos que comprovam que a psicoterapia é determinante na adesão do paciente ao tratamento farmacológico, na redução dos sintomas residuais e até na prevenção de recorrências. A psicoeducação, a terapia cognitivo-comportamental e a terapia interpessoal e familiar são ferramentas adjuvantes, que maximizam as chances de o paciente retomar a vida.

      O transtorno bipolar está relacionado a fatores bioquímicos, genéticos e ambientais. O primeiro episódio geralmente é deflagrado por um fato marcante na vida da pessoa. À medida que vão ocorrendo, as crises ficam mais intensas e passam a ser provocadas por acontecimentos corriqueiros. A medicação estabiliza o indivíduo organicamente, minimizando as variações de humor. A psicoterapia reduz as consequências emocionais dessas variações. A psicoeducação, por exemplo, visa fornecer aos doentes e aos familiares informações sobre a natureza e o tratamento da bipolaridade. O paciente passa a ter habilidade no reconhecimento de situações que possam desencadear crises.

      Quanto às ideações suicidas, você pode procurar o Centro de Valorização da Vida – CVV, pelo telefone 141.

      O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  5. neusa leonardo 2 de maio de 2017 às 19:26 - Responder

    Eu faço tratamento há 2 anos com Lítio mas tem dias que não estou bem. Faço tratamento com psiquiatra. E trabalho muito quem tem transtorno bipolar não tem direito à previdência.

    • Equipe Abrata 4 de maio de 2017 às 10:02 - Responder

      Prezada Neusa.

      Se você não estiver sentindo-se bem com a medicação converse com o médico que acompanha o seu tratamento, somente ele poderá fazer adequações
      na dose do medicamento ou substituí-lo por outro estabilizador do humor.
      Quanto à questão que você coloca sobre o fato de pessoas com transtorno bipolar não terem direito à previdência, vamos deixar claro que, se
      você contribui para o INSS, tem direito aos benefícios tais como o auxílio-doença.
      O auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez exigem, além de qualidade de segurado (período mantido de 12 a 36 meses após o segurado parar de pagar o INSS), carência de, no mínimo, 12 contribuições.

      Para o procedimento de ambos, é necessário passar pela perícia médica, após solicitar o benefício. O atendimento em agência da Previdência Social pode ser solicitado através do site (www.previdencia.gov.br) ou pela central de atendimento telefônico 135.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  6. Mozer 7 de maio de 2017 às 21:30 - Responder

    Casados há mais de uma década, a minha esposa foi diagnosticada com transtorno bipolar TB há poucos anos. Durante esses dois anos, várias trocas de médicos. Não aceitávamos a doença.
    Acreditamos durante um bom tempo na possibilidade que era possível viver sem a medicação.
    Hoje não temos dúvidas do diagnóstico. Achamos que é muito difícil viver sem a medicação (ou temos quase certeza) , e muito menos sem terapia.
    Após descobrirmos o diagnostico, muitas coisas ocorreram na nossa vida de casal, aparentaram ter algum sentido para mim. Alguma origem. Uma explicação. O que antes era maluquice, falta de caráter, desvios de conduta, etc. Explicando de forma mais clara, posso dizer que, em determinados momentos da vida, ela se transformava da água para o vinho. Uma pessoa com outra personalidade. E o tempo passou, com muitas discussões, arrependimentos e pedidos de desculpas.

    Mas está sendo muito difícil. A sensação é que nenhuma medicação faz o efeito desejado. Já foram realizadas várias trocas e poucas trouxeram alguma estabilidade. E as poucas medicações que trouxeram estabilidade, trouxe de carona: frieza, indiferença, intolerância, ausência de empatia, agressividade, distanciamento do casamento, do marido e até dos filhos.

    A família não nos apoia. Não conseguem compreender. Estamos sozinhos nisso.

    Poderia escrever centenas de linhas. Mas me esforço para ser sucinto.

    Não quero desistir de tudo. Ainda a amo. Meu sentimento é que tentei de tudo. E apesar do que disse sobre minha percepção de seus sentimentos quando está estável, acredito que, com o fim do casamento, ela vai piorar. E muito. Mas não sei mais o que fazer.

    Um relato. Um desabafo. Um pedido de socorro e orientação.

    • Equipe Abrata 9 de maio de 2017 às 10:32 - Responder

      Prezado Mozer.

      Oscilações extremas de humor, alternando sintomas depressivos, em certos períodos e, em outros, euforia e desinibição, é assim que um bipolar se sente. Em momentos de crises de depressão, é comum a pessoa pensar em cometer atos extremos e tentar o suicídio.

      As variações de humor geram forte impacto nos relacionamentos familiares e sociais, já que os sintomas cursam com frequentes irritações, afeta as relações com os familiares e amigos, altera o sono e gera intolerância.

      Dificilmente compreendidos e aceitos, os bipolares enfrentam também preconceito que acentua ainda mais suas crises. A situação mais difícil é quando ocorre o pré-julgamento e a condenação de alguns.

      O tratamento é realizado com medicamentos, os chamados estabilizadores de humor, apoio psicoterápico e orientação familiar. Ressalte-se, ainda, que os estabilizadores de humor servem tanto para a fase aguda, quanto para a prevenção de recaídas. É necessário que o acompanhamento do especialista seja mantido com frequência já que a medicação pode necessitar ser alterada com o tempo.

      Além da medicação, é muito importante também mudar e melhorar os hábitos do cotidiano, delimitando um horário certo para dormir, prática atividades físicas regularmente, não consumir álcool, manutenção de uma alimentação rica em Ômega 3, etc.

      Para os cuidadores de pessoas com transtorno bipolar como você, sugerimos seja considerada a ajuda profissional.
      Pode ser benéfico fazer terapia para aprender a lidar com a sua esposa.
      Há evidências de que fazer terapia familiar e não apenas se informar pode ajudar a conviver com uma pessoa com esse transtorno.

      Indicamos amiúde o livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR, que você pode baixá-lo pelo site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

      • Mozer 11 de maio de 2017 às 20:53 - Responder

        Obrigado pela resposta.

        Comecei a ler o guia.

        Muito obrigado.

  7. Oldemar 6 de junho de 2017 às 06:02 - Responder

    Com todo respeito venho aqui discordar da abordagem do texto.
    Os 3 sintomas que não são regra. O texto me parece preconceituoso, pois nem todos os bipolares sofrem desses sintomas. Por que não abordam e falam que o bipolar pode amar demais, ficar humano demais, querer ajudar a todos, querer mudar o mundo, com muita energia e muita saúde física? Isso também são sintomas de certos bipolares em surto, talvez sejam os sintomas que os psiquiatras e psicólogos não querem falar.

    • Equipe Abrata 7 de junho de 2017 às 17:49 - Responder

      Caro Oldemar

      Agradecemos o seu sensato comentário acerca do texto postado. Sim, os três sintomas não são regra e também somos sabedores que no transtorno bipolar cada pessoa manifesta os sintomas de acordo com com a sua individualidade e resposta dos seu organismo. Por isso a abordagem acerca dos sintomas da doença são apresentadas numa visão geral e que abra a possibilidade de que cada um de nós possamos ou não identificar com eles.
      Os temas que você sugere para abordagem “Por que não abordam e falam que o bipolar pode amar demais, ficar humano demais, querer ajudar a todos, querer mudar o mundo, com muita energia e muita saúde física?” vamos encaminhar ao Conselho Cientifico da ABRATA e sugerir a construção de texto abordando-os para posterior publicação.
      Grande abraço
      Equipe da ABRATA

      • Oldemar 9 de junho de 2017 às 03:57 - Responder

        Obrigado!
        “Se é bipolar, por que o conceito é só negativo? Ora se é bipolar, por conceito deve ser também positivo.”
        Fico à disposição para contribuir caso seja útil.
        Abraços, Oldemar (Ode)

        • Equipe Abrata 9 de junho de 2017 às 08:39 - Responder

          Olá Oldemar.

          Interessantíssima a sua mensagem, parabéns!
          Que tal fazermos alguns exercícios com a palavra bipolarismo, por exemplo, na política?

          Bipolarismo define um sistema bipolar político que vê a justaposição de dois blocos distintos, que consiste, geralmente, por duas coalizões ou agrupamentos de partes e/ou movimentos, que está disputando a conquista do poder.
          Uma importante distinção deve ser feita entre um sistema bipolar multipartidária. A primeira é quando o conflito político que tem, principalmente, entre as duas partes; enquanto o último, quando um tal conflito ocorre entre a maioria dos partidos. A propensão para um ou para o outro sistema depende do sistema eleitoral presente. Quanto mais o sistema eleitoral será baseado para a maioria, mais ele tenderá a criar um sistema bipartidário .

          Bipolarização na política.
          A Velha Ordem Mundial é o período que corresponde à Guerra Fria, entre 1945 e 1989, ou seja, depois do término da Segunda Guerra Mundial e até a queda do Muro de Berlim.
          No mundo bipolarizado, foram feitas várias alianças militares….
          Com o fim da Segunda Guerra Mundial, surgem as duas maiores potências econômicas mundiais com ideologias e interesses opostos: Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Os EUA eram capitalistas e a URSS era socialista. Por isso, o período é caracterizado pela bipolarização.

          Bipolaridade ou Transtorno Bipolar, termo “emprestado” da política para aplicar-se à saúde mental.
          Bipolar é o que tem dois polos opostos. É a denominação dada ao indivíduo que tem comportamento contraditório, ora apresenta bom humor, ora apresenta irritação.
          Na psiquiatria, um indivíduo bipolar é alguém que possui um transtorno de comportamento caracterizado por ocorrência de episódios alternados com períodos de euforia e, períodos de depressão, intercalados por períodos de normalidade. Na área da psiquiatria os casos de bipolaridade são denominados “transtorno bipolar de humor”.

          O conceito de bipolar é estigmatizado, carregado de preconceito. Por isso, a importância da campanha PSICOFOBIA É CRIME!

          “Estigma = a marca de vergonha ou infâmia, uma mancha ou reprovação, como em sua reputação” (no dicionário em português: aquilo que é considerado indigno, desonroso).
          Sugerimos a leitura de artigo publicado no site da ABRATA: https://www.abrata.org.br/, com o título “Origem do Estigma”, de autoria de Dayne Leshin-Harwood.

          Sobre a autora: Dyane Leshin-Harwood é uma escritora freelance, mãe e defensora da saúde mental; está trabalhando em seu primeiro livro Birth of a New Brain – Healing from Postpartum Bipolar Desorder (Cura do Transtorno Bipolar pós-parto sem tradução em português). Dyane tem orgulho em ser membro da Assessoria ao Consumidor da IBPF – International Bipolar Foundation (Fundação Internacional do Transtorno Bipolar).
          Veja mais em: http://ibpf.org/blog/stigma-source#sthash.blhxZOHw.dpuf

          Um abraço.
          Equipe ABRATA.

  8. Tatiana 8 de junho de 2017 às 12:45 - Responder

    Fui diagnosticada há apenas uma semana com depressão bipolar, depois de mais de 5 anos de tratamento para depressão unipolar.
    Esse texto me ajudou muito a conhecer um pouco mais dessa doença, que é muito discriminada, principalmente por falta de conhecimento das pessoas e, até mesmo, por alguns médicos, pois apresento episódios de mania desde que me entendo por gente, e as vezes que procurei atendimento especializado para entender o porquê das minhas reações, o que sempre ouvia era que eu era apenas estourada.
    Agradeço a ABRATA pois através do site de vocês tenho conseguindo tirar muitas dúvidas.

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2017 às 07:36 - Responder

      Querida Tatiana, a ABRATA agradece a sua mensagem e acrescentamos que a missão da associação é “educar os portadores, familiares, profissionais de saúde mental e
      a sociedade como um todo, sobre a natureza e tratamentos dos transtornos afetivos, buscando sempre reduzir o estigma e a discriminação da doença perante a coletividade”,
      conforme estabelece o artigo 1º, inciso A, do seu Estatuto Social.

      Um abraço afetuoso.
      Equipe ABRATA.

  9. ana taises 8 de junho de 2017 às 22:24 - Responder

    Olá, além de estar me sentindo muito estranha, de não gostar de sair da minha casa e sentir vontade de matar alguém, quebro as coisas. Sinto todos os três citados acima. Não sei nem quem eu sou!

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2017 às 07:53 - Responder

      Prezada Ana Taises.

      Procure um psiquiatra, ele é o médico mais indicado para avaliá-la diante do quadro descrito.
      Com um bom tratamento, você ficará estável e a sua vida ficará mais agradável e gratificante.

      Abraços.
      Equipe ABRATA.

    • Gisele gente 31 de março de 2020 às 23:18 - Responder

      Entendo completamente cada um de vocês, sou bipolar tipo 1, já passei por dois casamentos com situações horríveis, e onde, em muitas delas, me sinto culpada. Hoje sei que sou doente, que precisava de tratamento que demorou muito. Muitos dos sintomas fazem parte do meu dia a dia, sou violenta, agressiva, e sei como é constrangedor depois de ser estúpida, grossa e ignorante 3 ou 4 ou 5 vezes ao dia, me envergonho do que falei, do que fiz, da maneira como atuei e ter que pedir desculpas, não que eu me arrependa de pedir desculpas mas eu me canso de pedir desculpas porque sempre me comporto da maneira errada. Hoje em dia estou estável mas eu não sei até quando, se eu esquecer um dia sequer de tomar o meu remédio pode ter certeza que aquele dia vai ser horrível. E se eu ficar sem o medicamento enlouqueço literalmente, fico furiosa, agressiva e irada mas o que mais me chateia é a falta de compreensão das pessoas. Eu não quero ser assim, eu não quero agir assim, eu odeio isso mas eu tenho que conviver com isso, a terapia me ajuda muito a conseguir identificar a chegada desses sintomas de ira, agressividade, violência. As pessoas me rotulam como uma pessoa estourada, uma pessoa ignorante que não sabe lidar com os outros, ninguém acredita que sou doente acham que eu uso a doença como desculpas para agir dessa forma mas não é isso, essa não sou eu, não quero ser assim. Para mim o mais difícil é a falta de compreensão das pessoas, ninguém compreende a menos que passe exatamente pelo mesmo problema, somos sempre julgados e condenados pelos outros que estão de fora, que não sabem o que passa por dentro da nossa alma mas eu não desisto, eu não vou deixar essa doença me controlar, eu vou controlar essa doença: vou tomar a minha medicação, vou fazer a minha terapia e vou viver um dia de cada vez tentando fazer de cada dia um dia melhor porque se eu não tiver esse pensamento positivo a respeito de mim mesma quem mais vai ter? Hoje sou casada com um marido maravilhoso que se aprofundou sobre essa doença para conhecer entender e conseguir conviver do meu lado também que ainda é difícil mas pelo menos ele não me julga, ele me ajuda. Eu sei que às vezes sou insuportável para ele, eu gostaria de ser melhor, eu me esforço para isso, fico feliz quando ele fala para mim “você melhorou bastante”, o meu olho chega a se encher de água porque alguém reconhece todo meu esforço para ser uma pessoa melhor mesmo com essa doença. A minha memória falha às vezes para coisas pequenas, como chave, celular, compromissos mas me lembro da minha infância de momentos felizes das pessoas que conheci. Para mim, nessa doença o que mais é agravante é a irritabilidade e a agressividade, demorou muito para eu conseguir ter um pouco de controle sobre isso, o que já foi uma grande vitória. Para vocês que sofrem como eu, não percam a esperança, procurem analisar qual o remédio que te deixa melhor. É difícil a substituição de medicamentos, nós temos que analisar aquilo que é melhor para o nosso organismo e que mais ajuda a nos controlar. O médico sozinho não consegue trazer o alívio que a gente precisa, nós temos que prestar atenção no nosso comportamento, prestar atenção sobre qual medicamento está fazendo efeito real, e terapia é fundamental. Ninguém com transtorno bipolar, seja tipo 1 seja tipo 2, consegue se controlar sem terapia. Na terapia a gente aprende técnicas de identificar quando está mudando o nosso humor, e como a gente pode reagir a nosso favor, e é por isso que eu digo temos que buscar o controle da doença, vez que ela existe e que não tem cura mas tem controle. É nisso que a gente tem que batalhar pelo controle dos sintomas. Cada um sabe o que é que mais grave no seu transtorno, digo o que transtorno bipolar é como uma digital diferente para todo mundo. Assim, cada um tem que descobrir aquilo que pode contar a fera dentro da gente, para podermos viver a vida com dignidade, alegria e normalidade. A todos vocês que passam por isso ou que são parentes de algum bipolar, marido ou esposa, compreensão, empatia e amor é o que a gente precisa para conseguir controlar doença e viver melhor ao lado de familiares. Obrigada pelo espaço onde pude desabafar sinceramente sobre mim.

      • blogabrata 7 de abril de 2020 às 10:55 - Responder

        Querida Gisele, que depoimento edificante, hein?
        Você tem razão, o Transtorno Bipolar não tem cura ainda. Entretanto, com acompanhamento médico e psicoterapia, haverá o
        controle dos sintomas, que permitirá ao portador conduzir a sua vida com qualidade e produtividade, além de bons relacionamentos
        pessoais e interpessoais.
        Agradecemos e lhe desejamos muita saúde!
        Abs.
        EQUIPE ABRATA

      • blogabrata 8 de abril de 2020 às 08:43 - Responder

        Olá Gisele, agradecemos a postagem do seu depoimento,
        Continue seguindo à risca o seu tratamento, está bem?
        Boa sorte!
        Abs.
        EQUIPE ABRATA

  10. Caren 17 de junho de 2017 às 05:01 - Responder

    Namoro um moço com transtorno bipolar, no último ano presenciei uma virada maníaca tão intensa que o psiquiatra dele disse que o estágio estava tão avançado que era um surto psicótico. Tenho medo do nosso futuro, sinceramente. Além de sermos totalmente diferentes, tenho medo do que pode acontecer com todos meus planos e sonhos caso a gente fique junto. Tenho medo de ter filhos com ele, da questão do trabalho (ele não consegue ficar em nada!). Ele fica muitos meses na fase depressiva, se torna agressivo, apesar de nunca ter feito nada “foi por um triz”, fica extremamente paranoico e acaba me ofendendo o tempo todo. É insuportável. Tenho muitas dúvidas! Ao mesmo tempo, quando está bem é simplesmente a pessoa mais incrível e doce que conheço. Tenho realmente muito medo do nosso futuro!

    • Equipe Abrata 18 de junho de 2017 às 06:40 - Responder

      Prezada Caren.

      O seu contato é bem-vindo e oferece-nos a oportunidade de esclarecer algumas questões muito importantes.
      Podemos nos perguntar de que tipos de crises sofrem as pessoas com transtorno bipolar? Com que frequência voltam a ter recorrências, a sofrer novas crises? Algumas pessoas têm um número igual de crises de euforia ou excitação irritável (mania) e de depressão. Outras têm principalmente crises de um tipo, de depressão ou de euforia.
      Em média, uma pessoa que sofre da bipolaridade tem quatro crises durante os primeiros 10 anos da doença. Embora possa haver um intervalo de anos entre duas ou três primeiras crises, a sua frequência é maior se não se fizer o tratamento estabilizador apropriado.
      A aceitação do transtorno bipolar importa em aprender a conviver com ele.
      A adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para conseguir a estabilidade.
      Porém, muitas pessoas têm dificuldade em assumir que têm uma doença crônica e que precisam tomar remédios continuamente para tratá-la. Outras pessoas abandonam o tratamento por causa dos efeitos colaterais sem saber que é possível diminuir ou interromper esses efeitos com a redução da dose da medicação ou a substituição por outra que seja mais bem tolerado.
      Algumas formas de psicoterapia associadas ao tratamento medicamentoso ajudam a diminuir a frequência de novos episódios da doença e das hospitalizações.
      Com a adesão ao tratamento são reduzidas as chances de recorrência de crises e a intensidade de eventuais episódios.
      A vida poderá ser levada de forma saudável e produtiva.

      Abraços,
      Equipe ABRATA

  11. Gabriela Ginnes 18 de junho de 2017 às 16:52 - Responder

    Percebo hoje que meu namorado tem esse transtorno, hoje estávamos prontos para ir com a família dele ao batizado da sua sobrinha e do nada (pode ser pelo simples fato de termos nos atrasados um pouco), ele não queria ir mais,e já estávamos de saída, ele tirou a roupa e disse que não ia mais, pedi para que me explicasse o porquê, ele disse pra não falar com ele.
    Ele já foi agressivo comigo, nunca me machucou, mas ele tinha uns transtornos agressivos, socar porta… essas coisas, graças a Deus nunca mais vi essas atitudes, mas em outros casos ele já fez a mesma coisa, me deixar sair sozinha Pq emburrava e dizia que não ia mais sair de casa. Ele também é um homem que admiro, adoro passar o dia com ele, conversar, é meu super amigo, mas tem dessas crises, e lendo esses e outros artigos acredito mesmo que ele seja bipolar. Vou tentar conversar com ele agora para juntos descobrir a melhor forma de tratar isso. Obrigada

    • Equipe Abrata 20 de junho de 2017 às 10:39 - Responder

      Querida Gabriela.

      Converse mesmo com ele e, com suavidade e empatia, você conseguirá convencê-lo a procurar um médico
      psiquiatra.

      O tratamento medicamentoso associado à psicoterapia é a melhor solução para a estabilização da pessoa
      com transtorno bipolar e depressão.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  12. Camila caixeta 22 de junho de 2017 às 12:07 - Responder

    Fui diagnosticada com transtorno bipolar e depressão e um transtorno que não me lembro o nome ,só sei q é do tipo q a pessoa sofre por algo q nem existe. Sofro muito com isso, não faço uso direito dos medicamentos, pensamento de suicídio, torturo as pessoas, tenho raiva de tudo.

    • Equipe Abrata 23 de junho de 2017 às 19:58 - Responder

      Querida Camila Caixeta.

      Agradecemos a sua mensagem.
      Os sintomas do transtorno bipolar que você apresenta podem ser controlados se seguir as recomendações de seu médico.
      E o psiquiatra deve ter dito a você para tomar os remédios continuamente, não é?
      Para o sucesso do tratamento medicamentoso combinado à psicoterapia, você poderá levar uma vida satisfatória, com
      qualidade.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  13. Larissa 22 de junho de 2017 às 16:10 - Responder

    Eu sou uma pessoa com muitas de fases. As vezes da vontade de falar com as pessoas, outras não. Eu posso estar bem com a pessoa mas do nada vem aquela tristeza sobre mim, vem aquele vazio e eu não gosto de falar com ninguém.
    Tenho muitas alucinações.
    Em um momento , eu tenho um serie de sentimentos, eu sou uma pessoa muita estranha.
    Isso quer dizer que sou bipolar?
    Boa tarde

    • Equipe Abrata 23 de junho de 2017 às 20:02 - Responder

      Cara Larissa.

      A melhor maneira saber o que se passa com você é consultando um psiquiatra.
      Somente esse profissional poderá avaliar os sintomas que apresenta e, assim, prescrever-lhe o
      tratamento apropriado.

      Um abraço
      Equipa ABRATA

  14. JOILZA 23 de junho de 2017 às 09:28 - Responder

    Meu namorado tem todos esses sintomas e muito mais, muda de humor muito facilmente tem comportamentos agressivos, crises de choro, corpo tremulo, pensamentos negativos, crenças internas negativas, ciúmes excessivos, destruição de móveis e objetos de casa e ameaças de suicídio com frequencia. Já estou no meu limite, quero terminar com ele, mas tenho medo de sua reação, as vezes penso que estou correndo um grande perigo vivendo ao lado dele

    • Equipe Abrata 25 de junho de 2017 às 07:21 - Responder

      Prezada Joilza.

      Agradecemos seu contato.
      Para ter certeza se se trata de Transtorno Bipolar seu namorado deve consultar um psiquiatra.
      Você pode ajudá-lo
      estabelecendo um diálogo no qual demonstrará como está difícil o relacionamento entre vocês. Mas tal abordagem deve
      ser feita quando ele estiver tranquilo. Em um episódio de mania ou depressão não se pode exigir uma compreensão mais nítida.
      Sugerimos que leia o artigo publicado no site da ABRATA, com o título “Descobri que meu companheiro é bipolar … e agora?”.
      https://www.abrata.org.br/

      Abraços.
      Equipe ABRATA

    • Debora 6 de julho de 2017 às 23:30 - Responder

      Nossa!!! Meu namorado tem exatamente o mesmo comportamento. Nunca quis terminar por causa disso,sempre estive disposta a ajudá-lo,mas mais uma vez ele terminou comigo. Não sei o que faço

      • Equipe Abrata 15 de julho de 2017 às 06:00 - Responder

        Olá Debora.

        Bem, se você já tentou ajudá-lo a procurar ajuda médica parece-nos que fez a sua parte.
        Não existe um meio eficaz para auxiliar a quem não quer ser auxiliado. Somente com muita paciência e a comiseração
        é possível ter algum êxito.
        sugerimos que leia o artigo publicado pelo dr. Teng Chei Tung, médico psiquiatra da USP e membro do Conselho Científico
        da ABRATA, com o título “Descobri que meu companheiro é bipolar … e agora?”

        Um abraço
        Equipe ABRATA

  15. Andressa Campos 25 de junho de 2017 às 00:10 - Responder

    Boa noite, quero parabenizá-los pela matéria esclarecedora!
    É um transtorno difícil de se lidar sem acompanhamento profissional específico e medicamentos. Há anos sofro desse mal, mas o diagnóstico foi demorado, hoje uso carbonato de Lítio que ajudou bastante a controlar o transtorno, mas quando passo muito tempo sem tomar, os sintomas retornam, agressividade, mania, repentinamente, a energia esgota- se.
    Vivo me vigiando para não agredir as pessoas.

    • Equipe Abrata 25 de junho de 2017 às 07:49 - Responder

      Olá Andressa, agradecemos a sua mensagem.

      Você sabe que tem o transtorno bipolar do humor, foi diagnosticada e o psiquiatra lhe recomendou a ingestão de medicamentos por longo tempo, não é?
      Pois bem. A medicação se destina a mantê-la estável, sem os altos (mania) e baixos (depressão). Cabe a você o esforço de manter o tratamento.
      Assim, comprometa-se com o tratamento, discuta as dúvidas com seu médico.
      Os psiquiatras têm realçado a importância de combinar o tratamento medicamentoso com psicoterapia pois, enquanto os remédios cuidam da parte
      bioquímica do cérebro, a psicoterapia auxiliar a organizar os sentimentos e a emoções.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  16. Ana 9 de julho de 2017 às 21:13 - Responder

    Meu marido tem todos os sintomas, me agride com palavras, e segundos depois diz que me ama e que sou a vida dele, há 9 anos convivo com isso e me tornei uma pessoa depressiva, eu quero ajudar, mas ele acha que não há o que fazer. Eu não sei mais o que fazer.

    • Equipe Abrata 15 de julho de 2017 às 06:30 - Responder

      Cara Ana

      Insista com ele para procurar um psiquiatra. Se for diagnosticado com transtorno bipolar, saiba que existe tratamento que
      pode estabilizar o doente.
      Acompanhe-o à consulta, converse com ele com calma, em uma situação favorável ao diálogo.
      Quanto a você, consulte-se também com um psiquiatra para tratar de sua depressão, se for o caso.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  17. Mari cleia 10 de julho de 2017 às 03:18 - Responder

    Boa noite. Eu fui diagnosticada em outubro de 2016, fiz meu tratamento por um período de 6 meses mais ou menos. Estava me sentindo bem, já tinha diminuído minha medicação pois estava estável. Tinha dias que esquecia de tomar o medicamento e isso foi passando e eu me esquecia lembrava pensava já tomo aí esquecia novamente, aí parei com a medicação e não há avisei minha médica. Há mais ou menos 30 dias tive uma crise, entrei em contato com a médica. E perguntei como eu poderia me medicar. ..eu queria tomar vários para a crise passar mas ela me alertou e fiz conforme pediu. Eu quero saber se no meu caso a crise leva mas tempo pra acabar e se nunca vou poder parar de tomar medicação.

    • Equipe Abrata 19 de julho de 2017 às 06:14 - Responder

      Prezada Mari Cleia.

      Sua pergunta é muito frequente neste blog e é importante que esclareçamos a necessidade de tratamento continuado para o transtorno bipolar.
      Pelo seu relato, supomos que você tenha sido diagnosticado como portadora do transtorno bipolar do humor.
      Este é um transtorno que requer tratamento ininterrupto com algumas finalidades:
      Tratar o episódio da doença, seja depressivo, maníaco ou hipomaníaco
      Evitar que a pessoa volte a ter episódios da doença no futuro
      Ensinar o portador sobre a sua doença
      Ajudá-lo a construir mudanças no estilo de vida que ajudem a controlar a doença
      Ensinar sobre os fatores de risco de recorrência
      Ensinar sobre como reconhecer os sintomas iniciais de uma nova crise para dar tempo de o portador buscar ajuda em tempo extra, se necessário.
      Por tudo isso, você pode ver como é importante fazer o tratamento e não abandoná-lo, nem interrompê-lo. A adesão plena ao tratamento é o principal fator de controle da doença e o que proporciona os melhores resultados. Tratar e parar, depois tratar e parar, e assim por diante, não ajuda a controlar a doença e mantém a instabilidade. Isso é muito prejudicial para o seu cérebro, pois mantém sua doença ativa e com uma grande chance de ter crises e de cronificar seu quadro.
      O tratamento é, portanto, para a vida toda porque a doença esta´com você para a vida toda.
      Não lute contra, faça seu tratamento corretamente, procure grupos de portadores (como os que a ABRATA promove), converse com seu psiquiatra e se informe sempre e mais sobre o transtorno. Tratamento continuado e educação sobre a doença vão ajudar muito você a mudar o curso de sua doença para algo controlado e para uma vida muito melhor do que a que você vem levando.

      Um abraço,
      Equpoe ABRATA”

  18. JULIANA OLIVEIRA 10 de julho de 2017 às 13:57 - Responder

    Olá,

    Bom sou diagnosticada, e me sinto vazia muitas vezes, sinto a necessidade de falar sobre isso, tenho interesse em montar um Grupo Whatsapp,fui na Abrata semana,passada,estou aberta para grupos caso queiram compartilhar.
    Fé e tudo dará certo!!!!

    • Equipe Abrata 15 de julho de 2017 às 06:03 - Responder

      Prezada Juliana
      Agradecemos a sua mensagem.
      Ficamos felizes em saber que você está participando do Grupo de Apoio Mútuo da ABRATA, seja bem-vinda!
      Bem, com relação à formação de grupo no Whatsapp, realçamos que será entre você e eventuais componentes,
      a ABRATA não participa de grupo algum, está bem?

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  19. Vanessa 15 de julho de 2017 às 13:36 - Responder

    Olá,meu marido é bipolar . Segue vida normal quando faz uso das medicações. Porém de vez em quando faz uso de álcool. Aí ge confesso que tenho até medo dele porque pira. E com tudo isso estou me tornando uma pessoa triste. Será que estou ficando depressiva junto com ele?

    • Equipe Abrata 16 de julho de 2017 às 07:04 - Responder

      Cara Vanessa

      O transtorno bipolar é uma doença que exige tratamento contínuo, e a adesão do doente é fundamental para ficar estável.
      O uso do álcool pode piorar a evolução do transtorno bipolar e ainda dificultar o tratamento.
      Quanto a você, procure um médico para avaliar os seus sintomas. É comum o cuidador de pessoa com tb ficar deprimida.
      Sugerimos a leitura do GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR que pode ser baixado no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  20. Sonia M 18 de julho de 2017 às 15:41 - Responder

    Meu marido foi diagnosticado com transtorno bipolar há dez anos atrás e, no inicio do ano, não percebi que estava na fase maníaca e simplesmente cometeu adultério, e veio me contar dizendo que depois da traição deixou de me amar ….será parte do transtorno?

    • Equipe Abrata 22 de julho de 2017 às 07:46 - Responder

      Olá Sonia M

      Para que o tratamento do transtorno bipolar tenha sucesso, é preciso estabelecer-se uma aliança terapêutica entre o paciente,
      sua família, psiquiatra e terapeuta, com a finalidade de permitir ao paciente sua plena adesão ao tratamento e assim, conseguir
      a sua estabilização.

      Um episódio de mania pode provocar:

      Autoestima inflada, com humor estimulado, exaltação, alegria exagerada.
      Incapacidade de aceitar e de reconhecer a doença
      Irritação, impaciência, pavio curto, agressividade física e/ou verbal.
      Agitação psicomotora, inquietação física e mental.
      Aumento da energia, da produtividade; começa muitas coisas e não termina nada.
      Pensamentos acelerados, tagarelice, fuga de ideias.
      Otimismo e autoconfiança exagerados.
      Aumento dos gastos, endividamentos, gastos com coisas inúteis.
      Distração, falta de concentração.
      Contato social inflado, desinibição, comportamento inadequado e provocativo, não reconhece chefias nem posições sociais.
      Erotização, aumento da libido e das atividades e necessidades sexuais, indiscrições sexuais, sexo inseguro.
      Insônia, redução das necessidades de sono.
      Abuso de álcool e de drogas.

      Se for possível, converse com o psiquiatra que acompanha seu marido.
      Sugerimos que procure fazer psicoterapia para aprender a lidar com as suas emoções.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  21. anonima 18 de julho de 2017 às 16:00 - Responder

    Olá pessoal, boa tarde! deixei um relato aqui sem muita explicação porque até então eu não sabia com propriedade o que meu namorado exatamente sofre. Após a resposta que obtive aqui fui procurar um membro de sua familia e descobri que ele sofre de transtorno bipolar desde sua adolescência. Doença que interrompeu sua vida profissional e afetiva. Quando nos conhecemos ele não me falou que sofria de bipolaridade, após alguns meses comecei a perceber algo estranho. Ao mesmo tempo em que ele se declara apaixonado na semana seguinte já muda de personalidade..evita conversar, é machista e autoritário. Uma vez quando estávamos juntos, ele teve uma crise de conversas sem sentido que não parava mais..acelerado e com ideias grandiosas de que ele é invencível, ideias macabras… passado algum tempo ele se recolhe, demostra sentir vergonha do que falou. Eu sinto que ele tenta ser diferente mas não consegue.Estou praticamente sem saber o que fazer. Ele já faz acompanhamento médico há algum tempo com psiquiatra e psicólogo mas fala que está bem, sempre bem.Mas o que ele faz e fala não é de uma pessoa normal. Agora que descrevi com clareza o assunto peço vos um aconselhamento pois não somos casados ainda e percebo que alguém que sofre desse mal nunca conseguirá ter uma vida normal porque ele vem lutando contra essa doença há uns 30 anos e não fica curado. Por favor, me dê uma luz,a situação esta insuportável..

    • Equipe Abrata 22 de julho de 2017 às 08:15 - Responder

      Cara anonima

      Até o presente momento, não é conhecida uma cura para o Transtorno Afetivo Bipolar. Todavia, a doença pode ser controlada através de
      tratamento adequado, assim como diversos transtornos mentais.

      Por ser uma doença causada por fatores biopsicossociais, o tratamento geralmente é feito através de medicamentos e psicoterapia.
      É de extrema importância que o paciente também esteja inserido em um ambiente saudável, com pessoas que o apoiam e tentam ajudar na sua melhora.

      O tratamento medicamentoso é geralmente feito com estabilizadores de humor, antidepressivos, antipsicóticos e, em casos de urgência, tranquilizantes.
      Os remédios devem ser prescritos por um profissional da saúde mental e o tratamento não deve ser descontinuado sem o consentimento do psiquiatra.

      Por ser uma doença que dura a vida inteira e pode se tornar invisível (hibernar) durante alguns meses ou anos, há o risco de que pacientes que se
      sintam bem e acreditem estarem curados e, por isso, param de tomar os remédios sem que o médico tenha ciência. É preciso que o profissional
      explique que a bipolaridade é uma doença crônica e o tratamento é para a vida toda, podendo sofrer alterações e ajustes de acordo com as necessidades
      do paciente.
      É importante que a família e pessoas próximas saibam que, muitas vezes, a doença fala mais alto que seu portador, sendo necessário compreensão e
      paciência durante as crises. É preciso que as pessoas entendam que os sintomas são a doença e não características da pessoa em si, pois isso alivia
      sentimentos de culpa da pessoa bipolar.

      O apoio ao tratamento é fundamental, principalmente no que tange à medicação. Auxiliar o paciente a lembrar dos horários e doses dos medicamentos a
      serem tomados contribui para que não haja uma nova crise, uma vez que a ausência dos mesmos por poucos dias é o bastante para que os sintomas voltem.

      Nos períodos de mania, o paciente pode alegar que os familiares estão o acusando e recusar as orientações. Nessas fases, é importante apontar os
      sintomas de maneira compreensiva, sem julgar, para que o paciente entenda o que está acontecendo.

      Caso o paciente gaste muito dinheiro durante os períodos de mania, uma maneira de contornar isso é conversar com ele enquanto ele estiver bem e
      entrar em acordo de tirar dele cartões de crédito ou débito, talões de cheque, etc, durante esses episódios.

      Enquanto o paciente estiver em períodos depressivos, os familiares e amigos devem prestar atenção em ideações suicidas, especialmente se o paciente
      fala abertamente sobre isso. É importante não deixar o paciente sozinho, assim como tirar de perto dele objetos e utensílios que ele possa usar
      para tentar tirar a própria vida.

      É importante, também, que a família não exija demais nem proteja em demasia o paciente. O primeiro pode causar muito estresse e desencadear um
      episódio, enquanto o segundo pode fazer com que o paciente se acomode e não tente sair da “zona de conforto”, evitando lutar contra a doença.

      Você deve ter percebido que não se trata de “mudança de personalidade”, as mudanças são do “humor” do bipolar, da mania para a depressão e vice versa.
      Leia mais sobre o assunto no site, blog e facebook da ABRATA.
      Um artigo se sobressai dos demais porque pode se ajustar à sua situação. O título é: “Descobri que meu companheiro é bipolar … e agora?”.
      E baixe gratuitamente o Guia para cuidadores de pessoa com transtorno bipolar no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Abraços
      Equipe ABRATA

  22. Kelli 25 de julho de 2017 às 07:34 - Responder

    Minha sobrinha de 20 anos mãe de uma criança de 2 anos, tem demostrado alguns sintomas de bipolaridade; mudanças repentinas de humor, na mesma hora que está muito triste e chora ,ela sorri e se arruma e sai. Foi levada ao médico e ele deu o diagnóstico de depressão. Eu tia dele como já convivi por um 1 ano com uma pessoa bipolar achei que so depressão não é o caso dela. Ela e a mãe moram numa cidade pequena e me desculpem, não boto muita fé nos médicos da cidade. Com muito custo consegui convencê-la a se mudar pra minha cidade onde os recursos médicos públicos dão uma melhor assistência, aqui temos uma Medicina mais confiável e de referência pública. Estou muito triste e preocupada com o estado dela,sei que não será fácil, pois infelizmente nem sempre a família e os amigos vêem a depressão e nem o transtorno bipolar como doenças e sim como frescura ou falta de serviço como ouvi de uma amiga. Só quem vive e acompanha o problema é que sabe da dificuldade e do medo que a família passa. Meu coração foi há muito pois ela já tentou o suicídio antes de engravidar. Tenho fé em Deus que ela vindo pra minha cidade e fazendo o tratamento com médicos capacitados ela irá melhorar, na medida do possível.

    • Equipe Abrata 27 de julho de 2017 às 08:31 - Responder

      Prezada Kelli

      Agradecemos a sua mensagem.
      Sua coragem e obstinação farão a diferença, com certeza. A sua irmã está em boas mãos, recebendo o apoio de que necessita.
      O tratamento para o transtorno bipolar deve ser contínuo e pode durar a vida toda. Com o acompanhamento apropriado, o doente
      ficará estável e pode levar uma vida satisfatória.
      Sugerimos que, no futuro, ela faça também psicoterapia.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  23. Maria Eduarda 29 de julho de 2017 às 08:26 - Responder

    Desde pequena eu tenho tido crises de ansiedade, agora fui diagnosticada e tomo remédio. Mas tive surtos de personalidade, de muita felicidade, de querer pular de um prédio ou fazer coisas radicais(que já fiz várias vezes), e muita tristeza e sofrimento, de querer que pare tudo e a única solução é a morte. Fui procurar ajuda e começaram me dando um anti-depressivo mas sinto que nao estou melhor e que estou piorando. Queria saber se você conhece algum jeito de se acalmar nesses surtos, pois tá sendo muito difícil, tenho 13 anos e acabo nao conseguindo estudar pois quero “curtir a vida” mas ao mesmo tempo sei que preciso para o meu futuro(estou muito confusa).

    Desde já agradeço.

    • Equipe Abrata 16 de agosto de 2017 às 06:54 - Responder

      Prezada Maria Eduarda,
      Agradecemos o contato.
      Ficamos felizes por uma adolescente estar em busca de orientação.
      Realmente, achamos que você precisa de ajuda e para começar ouvindo uma segunda opinião em relação a medicação.
      Talvez o antidepressivo não seja a medicação mais recomendada.
      Conversar francamente com seus pais ou responsáves sobre o que tem sentido também ajuda.
      Além, disto uma psicoterapia e assistir às palestras psicoeducacionais pode auxiliar a esclarecer o que você sente.
      Porém, o mais importante é perceber que precisa de ajuda profissional.

      Boa sorte!
      Abs
      Equipe ABRATA

  24. Marina Coutinho 2 de agosto de 2017 às 19:24 - Responder

    Eu fui diagnosticada recentemente com transtorno bipolar, um psiquiatra deu o diagnóstico da doença, eu cheguei até dizer pra ele sobre minha fase de ouvir vozes e alucinações, eu achava que era esquizofrenia, mas ele disse que, no meu caso, era transtorno bipolar, só não sei qual o tipo. Tenho TOC também tanto por limpeza, quanto mania de inventar doenças e síndrome do pânico, ou seja, pacote completo. Estou tomando valproato de sódio pra controlar o humor e de vez em quando clonazepam pra quando der crise de choro, ou agressividade acima do normal ou delírios de novo. Mas estou bem melhor, mais controlada, mas é difícil, tem horas que dá vontade de desistir, é tipo seu outro eu fosse um monstro, uma fera feroz, querendo destruir e se autodestruir-se …
    Aos que sofrem de bipolaridade ou outros transtornos psíquicos, sugiro que lutem porque é uma batalha diária com vc mesmo (a) …

    • Equipe Abrata 8 de agosto de 2017 às 07:01 - Responder

      Querida Marina.

      Agradecemos imensamente a sua mensagem.

      Sugerimos que mantenha o tratamento prescrito pelo médico. Os transtornos do humor são tratáveis, mas é fundamental
      a adesão ao tratamento.
      Você pode, também, fazer psicoterapia, é muito importante procurar um profissional da área.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  25. patricia 7 de agosto de 2017 às 22:29 - Responder

    Oi
    Acho que meu pai tem transtorno bipolar, ele é agressivo demais e isso começou há cerca de 2 anos…praticamente todos os dias ele briga com todas as pessoas de casa até com o neto dele de 3 anos. Como eu faço para ajudar ou convencê-lo a procurar ajuda ou tratamento? por favor me ajudem pq não aguentamos mais.

    • Equipe Abrata 8 de agosto de 2017 às 07:31 - Responder

      Cara Patricia.

      Elencamos algumas atitudes que poderão ajudá-la:
      – Aborde o doente com precaução e empatia, procurando demostrar que os sintomas que ele sente são desagradáveis: irritabilidade,
      inquietação, falta de concentração, dificuldade para realizar bem tarefas de que gosta e outros.
      – Dê instruções de maneira clara e precisa, evitando cenas emocionais desgastantes.
      – Adote uma atitude solidária: mostre que você também tem problemas e dificuldades na sua vida (evitar a exclusão).
      – Um ambiente familiar tolerante e acolhedor favorece a aceitação da condição de doente e, consequentemente, do tratamento.
      – Alimente a autoestima dele, reconhecendo os progressos parciais que for conseguindo ao longo do tratamento.

      Sugerimos, ainda, a leitura do GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR, que pode ser baixado no site:
      https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  26. Suéli 8 de agosto de 2017 às 11:42 - Responder

    Tive um relacionamento com alguém que sofre de bipolaridade mas que foi descoberta só agora de pouco, enquanto morávamos juntos pedi varias vezes que ele procurasse ajuda e até tentei leva-lo ao psiquiatra mas ele se recusava. Ele sempre foi muito ciumento e acabava fantasiando coisas na cabeça dele, que eu sempre o estava traindo e com o tempo ele passou a ser agressivo, chegou a tentar me matar, mas sempre apos esses surtos, ele chorava e me pedia perdão, dizia que tinha medo de me perder por isso agia dessa forma. No começo achei que fosse por conta do uso da maconha que ele ficasse assim, não aguentei mais e fui embora. Depois que fui embora soube que ele piorou bastante, passou a usar crack e acabou sendo internado. Na semana passada ele me procurou pedindo pra conversar e eu aceitei, mil coisas me passaram pela cabeça, senti medo mas ao mesmo tempo queria muito ouvir o que ele tinha pra me falar. Nos encontramos pela primeira vez depois de 1 ano e 9 meses que terminamos, conversamos pouco e ele me contou que ficou um tempo internado e que abandonou as drogas e que isso era o que o deixava bipolar e por fim me pediu em casamento, disse que só eu posso ajudá-lo. Tive um misto de sentimentos nessa hora pois no fundo eu o amo e queria muito ficar com ele mas tenho muito medo dele surtar novamente e me fazer mal. E tem a minha familia que nunca vai aceitar a gente junto depois de tudo. Não sei o que fazer, amo ele mas não tenho certeza que ficar com ele é o melhor pra nós.

    • Equipe Abrata 11 de agosto de 2017 às 09:52 - Responder

      Querida Suéli

      Postaremos matéria publicada no jornal o Estado de São Paulo, de autoria do dr. Teng Chei Tung, médico psiquiatra
      do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, membro do Conselho Científico da ABRATA e autor do
      livro “Enigma Bipolar”.

      “Bipolar: bebidas, drogas e sexo irresponsável, uma opinião de especialista
      Dr Teng Chei Tung
      O transtorno bipolar do humor (TBH) é uma doença complexa, com múltiplas funções psíquicas e físicas que ficam instáveis, prejudicando os pacientes e suas famílias tanto nos aspectos de saúde, como na adaptação profissional e social, podendo até matar por suicídio, acidentes e má saúde geral. Não é representado apenas por mudanças de humor, como alegrias e tristezas exageradas, afetam também o ritmo biológico (sono), o metabolismo (mudanças no apetite), a energia física (cansaço ou hiperatividade), ou mesmo a capacidade de pensar. Entretanto, uma das características mais comuns do TBH e que causam os maiores prejuízos é a impulsividade, na forma de atitudes impensadas e comportamentos descontrolados, muitas vezes relacionadas com prazer, como comida, compras, sexo e drogas.
      Os pacientes não conseguem se controlar, portanto não têm culpa de serem impulsivos, a culpa é da doença, mas as conseqüências são terríveis, desde a vergonha de ser promíscuo sexualmente e pegar uma doença, ou de ser compulsivo por comida ou compras, ou na pior das situações, entrar nos vícios das drogas como o álcool, maconha, cocaína e outros. O curioso é que a impulsividade varia de paciente para paciente, alguns tem excessos em tudo, outros em apenas uma esfera (por exemplo, só se descontrolam nas compras). O descontrole na sexualidade não é tão comum, e nem sempre o excesso de sexualidade se traduz em promiscuidade, alguns pacientes ou se masturbam com freqüência, ou procuram pornografia, ou procuram o seu parceiro várias vezes ao dia. Os excessos sexuais e os excessos nas compras geralmente melhoram bem e rápido com as medicações, o mesmo não ocorrendo com as drogas e o álcool. Por serem drogas, eles acabam criando um segundo problema, a dependência, que precisará de um tratamento específico e mais complicado. Cerca de 60% dos pacientes bipolares passam por problemas com drogas.
      E o que os familiares, amigos e colegas costumam fazer diante de um paciente impulsivo? Aconselhar, o que quase sempre não dá certo, e depois criticar, como se a falta de controle fosse uma responsabilidade do paciente. Neste caso, o mais importante seria tentar ajudar o paciente a aceitar ajuda profissional adequada, desmistificando a doença mental como algo vergonhoso e estigmatizante, e ajudá-lo a continuar no tratamento, que é muito difícil e longo, com muitas tentativas, trocas de medicações e recaídas. Um ponto importantíssimo em relação ao tratamento: as medicações são a forma mais poderosa, eficaz e segura de controlar o TBH. Tratamentos alternativos e religiosidade podem ajudar, mas nunca substituem um tratamento cientificamente comprovado.”

      Sugerimos que baixe gratuitamente o Guia para Cuidadores de Pessoa Bipolar, que se encontra no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.apx
      Há outro artigo publicado no site da ABRATA escrito pelo mesmo autor, dr. Teng, cujo título é: “Descobri que meu companheiro é bipolar … e agora?”
      Informe-se bastante, converse com seu namorado sobre a importância do tratamento medicamentoso combinado com psicoterapia.
      A doença tem controle se for feito o devido acompanhamento médico, caso contrário as crises serão mais intensas e a qualidade de vida
      ficará instável e insatisfatória.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  27. ChristIane 12 de agosto de 2017 às 09:57 - Responder

    Bom dia.
    Caros Srs Responsáveis. Sou casada há 23 anos com alguém que tem transtorno bipolar mas só descobri agora. Estou procurando ajuda de todas as formas. Existe algum lugar em São Paulo que eu consiga acompanhamento gratuito? Não tenho recurso para tratamento. Obrigada Att.

    • Equipe Abrata 15 de agosto de 2017 às 09:18 - Responder

      Cara Christiane

      Você pode procurar o CAPS localizado na cidade de São Paulo.
      Sugerimos que participe do Grupo de Apoio Mútuo da ABRATA para familiares, amigos e pessoas com transtorno bipolar
      e depressão.
      Basta fazer a sua inscrição para a reunião do Grupo de Acolhimento e Integração. Os nossos telefones são: (11) 3256-4831
      e (11) 3256-4698. O atendimento telefônico é de 2ª a 6ª feira, das 13h30 às 17h.
      Os Grupos de Apoio Mútuo têm por finalidade o compartilhamento entre iguais de suas experiências e vivências.
      Há outras atividades que as conhecerá no Grupo de Acolhimento e Integração.
      O nosso endereço é rua Dr. Diogo de Faria, 102, Vila Clementino, a dois quarteirões da Estação Santa Cruz do metrô.
      Seja bem-vinda!
      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  28. gabriela 16 de agosto de 2017 às 18:07 - Responder

    Oi, tenho uma pergunta se sou bipolar
    estou em casa com meus dois filhos e meu marido e minha irmã,em uma hora estou rindo feliz.Mas na mesma hora me minha cabeça vira,fico irritada, me dá muita vontade de chorar. Se alguém falar comigo eu grito, xingo,fico muito estressada procurando um jeito de arrumar briga. Fico pensando nas coisas que eu vou falar pra ter o resultado que eu quero.
    E isso dói muito, só fico o tempo todo com raiva com vontade de bater,de gritar de chorar de sair correndo e só Deus sabe onde e o que vou fazer …

    • Equipe Abrata 22 de agosto de 2017 às 08:19 - Responder

      Querida Gabriela.

      Agradecemos a sua mensagem.
      Somente o médico psiquiatra poderá fornecer-lhe a resposta se você é ou não bipolar.
      Procure ajuda e, com certeza, poderá conduzir a sua vida satisfatoriamente e com
      qualidade.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  29. romenique de lima 18 de agosto de 2017 às 13:03 - Responder

    Boa tarde,
    Bom, eu estou com a minha esposa em um estado muito complicado,ela está com depressão e acho que seu estado é muito delicado.
    Eu já a levei em um psiquiatra que receitou alguns medicamentos,tais como( CITALOPRAM 20MG, QUETIAPINA 50MG DE 12 /12 HORAS E ALPRAZOLAM DE 2MG).Ela esta tomando esse medicamento há uma semana, mas até agora parece que os remédios não estão adiantando, haja vista que ela esta muito agressiva, e não quer aceitar que ninguém a ajude.
    gostaria de saber se esses medicamentos demoram tanto assim para começar a fazer efeito?

    • Equipe Abrata 26 de agosto de 2017 às 09:52 - Responder

      “Prezado Romenique,
      De fato, uma semana é um tempo insuficiente para se tirar conclusões acerca da eficácia dos medicamentos antidepressivos. Em geral, esperam-se duas semanas para se ter uma ideia de se haverá ou não alguma resposta. No entanto, se você diz que sua esposa não quer que ninguém a ajude, verifique se ela de fato está tomando a medicação. A falta de adesão ao tratamento é a causa mais importante de insucesso no tratamento. Além disso, mantenha contato com o psiquiatra dela para informá-lo da evolução dos fatos e para que ele decida se há ou não necessidade de alguma conduta antes da próxima consulta.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA”.

  30. Marcos 19 de agosto de 2017 às 15:07 - Responder

    Parabenizo pela organização e sensibilidade desta associação.
    Fui diagnosticado em 2011 com transtorno bipolar e tive cinco episódios até este ano.
    Tenho dificuldade em aceitar o diagnóstico, uma vez que a experiência do surto para mim foi maravilhosa, embora nada especial, mas maravilhosa. Não perdi em momento algum a razão e lembro-me de tudo. Conheci um conceito da filosofia, em Kant, de que a “loucura” é uma experiência estética (através dos sentidos) do sublime ou (na maioria dos casos, acredito) do horror. O que em muito me facilitou o entendimento desta situação. Tomo regularmente o Lítio e retornei, intencionalmente, aos episódios de surto por interromper a medicação. Me sinto bem, confiante e contente e espero poder contribuir com vocês, um pouco mais. Agradeço por terem me “escutado”.

    • Equipe Abrata 23 de agosto de 2017 às 09:50 - Responder

      Olá Marcos
      Agradecemos a sua mensagem, bem como os elogios dirigidos à ABRATA.
      De fato, a associação tem como missão ministrar apoio psicossocial a pessoas com transtorno bipolar e depressão,
      bem como a seus familiares e amigos e o faz de forma séria e transparente, sempre com o apoio de seu Conselho Científico
      que é formado por psiquiatras, médicos e outros profissionais de saúde.
      Dessa forma, é através da psicoeducação que os interessados tomam conhecimento do que é o transtorno bipolar e a depressão
      e a respectiva importância da adesão ao tratamento medicamentoso e psicológico.
      Postamos uma matéria que se encontra disponível em nosso Blog:

      “Como todo médico escuto esta frase-indagação muitas vezes. Na prática clínica além dos quadros agudos, sejam infeciosos ou traumáticos, a grande maioria das condições tratadas no cotidiano são crônicas. Isto quer dizer, não existe uma cura, assim o tratamento quando existe é de manutenção ou contínuo, com o intuito de evitar, as consequências e o sofrimento causados pela doença, evitando ou tentando retardar a progressão da mesma.

      É assim, por exemplo, para a hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma, artroses, artrites, insuficiências cardíacas, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, AIDS, vários tipos de câncer. O tratamento contínuo leva a um grande problema de saúde pública, a baixa adesão aos tratamentos contínuos. A cronicidade leva a negação ou a revolta dos pacientes frente aos seus diagnósticos, que podem levar ao abandono do tratamento. Não é fácil aceitar nossas fraquezas e falibilidades. Para piorar os tratamentos costuma ter efeitos colaterais, são caros . Não é fácil.

      Apesar dos avanços da Medicina, algumas pessoas a combatem ardorosamente. Acusada até como uma subsidiaria da indústria farmacêutica, como prescritora de medicamentos que levariam ao enriquecimento da indústria farmacêutica. Crítica, que nega a história milenar da Medicina, muito anterior a qualquer menção a palavra capitalismo ou indústria farmacêutica. Outros afirmam, serem o abandono da vida natural a origem das doenças, e dentro deste retorno a natureza, o abandono “da química” seria o caminho da saúde. Não podemos negar as doenças da modernidade, relacionadas ao sedentarismo, hiperatividade e dietas hipercalóricas como vilãs da saúde, mas ao mesmo tempo não podemos negar que os avanços levaram a mudança de épocas nas quais a mortalidade infantil levavam a maioria dos bebes e uma pessoa de 40 anos era idosa.

      A psiquiatria é também uma especialidade bastante atacada. Aqui somada a pessoas, que negam a possibilidade do uso do conceito de doença mental. Nenhum médico, desconhece, que qualquer doença é antes de tudo um conceito, criado, para estudar fatos naturais. É assim que funciona a medicina.

      Todas estas críticas antimedicina aumentam os problemas de adesão, e mesmo a falta de tratamento para grande número de pessoas. No caso dos transtornos mentais crônicos, que implicam na necessidade do uso contínuo da medicação, isto é marcante.

      Quadros depressivos, esquizofrênicos, bipolares, pânico, fóbicos, obsessivos-compulsivos melhoram bastante com os tratamentos, que incluem as medicações. As drogas psiquiátricas são das mais estudadas e testadas na medicina, até por sua condição contestada. Os estudos mostram que são drogas também das mais eficazes. Suas ações permitem o equilíbrio e diminuição da gravidade dos sintomas. Estes mesmos estudos também indicam que estas medicações devem ser mantida por períodos de tempos, mesmo após a eliminação dos sintomas, por vezes até continuamente, caso contrário, as chances de retorno dos sintomas são enormes. E a presença dos sintomas significa que os processos biológicos patológicos persistem, muitas vezes provocando danos ao organismo.

      Quanto a resposta as perguntas dos pacientes, em geral seguimos dados obtidos através de pesquisas, quando podemos afirmar algo: chances de eliminação dos sintomas, melhora, probabilidade de recaídas, etc. Apesar da medicina seguir as evidências científicas, a individualidade ainda é fundamental, não existem certezas, cada caso é um caso. O médico e o paciente devem sempre discutir todas as etapas do tratamento, seus riscos, custos e benefícios. As decisões sobre o uso ou suspensão dos tratamentos são sempre conjuntos. Alguns pacientes precisarão da medicação por tempo indeterminado. Para sempre, ninguém poderia afirmar, pois não podemos prever novos achados, mudanças, inovações ou possibilidades. Procuro sempre manter esperanças, quando ainda temos esta possibilidade, mas mantendo o pé na realidade, e não iludir, ou nos iludir, com aquilo que não sabemos”.

      Autor: Dr Marcelo Feijó de Mello – Médico psiquiatra, professor adjunto do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP.

      Abs.
      Equipe ABRATA

  31. Kellen Daniela 20 de agosto de 2017 às 15:38 - Responder

    Tenho distúrbio bipolar .
    Sou de Uberlandia mg.Mas aqui é difícil tratar.
    Tento ir adiante mas é complicado.Agora nesse exato momento estou em uma crise horrível.
    O que piora para eu poder cuidar dos meus filhos.Preciso de ajuda.

    • Equipe Abrata 23 de agosto de 2017 às 10:05 - Responder

      Prezada Kellen

      Sugerimos que converse com o médico que a acompanha.
      Você pode, ainda, pesquisar outros psiquiatras em cidades vizinhas à sua como, por exemplo, Ribeirão Preto onde
      existe o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

      PSIQUIATRIA
      A Unidade de Psiquiatria presta assistência médica hospitalar a pacientes internados e de ambulatório, além de desenvolver atividades de Ensino e Pesquisa. Para a execução destas atividades é vinculada ao Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.Possui as seguintes sub-especialidades:
      Álcool Substância Psicoativa
      Consultoria Ambulatorial
      Esquizofrenia
      Psicoterapia Breve
      Psicoterapia de Grupo Breve
      Juvenil e Infantil
      Doenças Infecciosas
      Geriatria
      Grupo Medicação Atípica Hospital Dia
      Pós -Alta Internação Breve
      Reabilitação Psicossocial
      Transtorno da Ansiedade
      Transtorno do Humor
      Transtorno Somatoforme

      Hospital-Dia
      O HCFMRP-USP possui uma unidade que presta assistência em Saúde Mental à comunidade através do sistema de Hospital-Dia. Nele são realizadas as atividades programáticas de atendimento individual, psicoterapia de grupos, reuniões comunitárias, atividades físicas e recreacionais, terapia ocupacional, reuniões de família e atenção aos egressos. Inaugurado em 1961, o Hospital-Dia, funciona também como campo de ensino e pesquisa com ênfase na formação de pessoal, treinamento de residentes em Psiquiatria e profissionais de diversas áreas que trabalham em Saúde Mental.

      Saiba mais: http://www.fmrp.usp.br/departamentos.php

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  32. Mayara 21 de agosto de 2017 às 00:08 - Responder

    Oi, então andei lendo muito sobre a bipolaridade e perguntei sobre meu comportamento à minha família e, em grande parte das vezes, fico extremamente estressada durante dias ou semanas e de repente ajo como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivesse feito nada do que dizem que eu fiz, e raramente me lembro do que fiz durante o tempo em que eu estava “irritável”, e queria saber se isso é normal, ou se sou bipolar e se eu for o que deveria fazer, por que realmente gostaria de saber o que fazer. Obrigada

    • Equipe Abrata 23 de agosto de 2017 às 10:07 - Responder

      Olá Mayara.

      Procure consultar-se com um psiquiatra para avaliar os sintomas de que se diz portadora.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  33. marcia neris pereira 26 de agosto de 2017 às 08:05 - Responder

    eu tenho trnstorno bipolar f 129813292

    • Equipe Abrata 31 de agosto de 2017 às 07:19 - Responder

      Olá Marcia.

      Queira, por gentileza, fornecer mais informações em sua mensagem.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  34. VSQ 6 de setembro de 2017 às 01:26 - Responder

    Existe realmente alguma ligação da bipolaridade à herança genética? Porque minha mãe é bipolar diagnosticada e eu, agora aos 18 anos, começo a suspeitar que também posso ser, mas nossos sintomas diferem: ela tem crises maníacas que a deixam hostil e depressivas intensas; eu tenho perdas súbitas (foram duas, que duraram mais ou menos uma semana) de energia, períodos em que me sinto embotado, tenho medo, como uma criança à noite e sinto-me levemente agressivo (o que atribuo à dificuldade cognitiva, já que sou estudante e é um meio que incentiva a competitividade); e outros, como o que parece ter começado essa manhã, em que sinto meu pensamento mais rápido, fico mais extrovertido, desinibido (como este comentário prova), e demoro para pegar no sono. Existe algum preconceito com a doença em minha família, então, eu não gostaria de procurar um psiquiatra a não ser que os efeitos possam se agravar. Meu sintomas caracterizam a doença? Se sim, é possível que se agravem? porque me sinto até favorecido com as crises maníacas. E ainda: existe algum paliativo além de consultas ao psiquiatra?

    • Equipe Abrata 16 de setembro de 2017 às 07:46 - Responder

      Prezado VSQ,
      Sim, existe uma forte participação de fatores genéticos na etiologia do transtorno bipolar e os filhos de pessoas bipolares têm uma chance aumentada de desenvolver o transtorno. A apresentação do transtorno, isto é, a maneira como ele se manifesta varia bastante de pessoa para pessoa, depende da carga genética, do temperamento, do gênero, do tipo de transtorno bipolar, da presença de outros transtornos associados, etc., de tal forma que, à primeira vista, fica difícil para uma pessoa leiga entender porque duas pessoas com sintomas aparentemente diferentes podem receber o mesmo diagnóstico.
      A descrição dos seus sintomas é compatível com o diagnóstico de bipolaridade e recomendamos fortemente que você faça uma consulta com um psiquiatra com experiência neste diagnóstico para poder verificar essa hipótese. É verdade que o estigma em relação ao transtorno bipolar (e em relação aos transtornos mentais em geral) está muito presente nas L, na sociedade e mesmo dentro dos portadores em relação a si mesmos mas a melhor forma de combater o estigma é fazer o tratamento e manter a doença sob controle. Somente assim o indivíduo pode viver de forma saudável e impedir que o transtorno bipolar traga os mais diversos prejuízos para sua vida.
      Acrescentamos mais uma coisa, que é regra geral na medicina como um todo. Toda doença tratada desde o início causa menos prejuízo e,assim, o indivíduo consegue ter o melhor rendimento possível. Além disso, é muito mais fácil tratar o transtorno bipolar no começo pois o cérebro está mais preservado e responde muito melhor aos medicamentos. Aproveite que você é jovem e tem chance de construir uma vida saudável e de qualidade e, se você for mesmo diagnosticado como bipolar, você só tem a ganhar com o tratamento recomendado.
      Boa sorte!
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

      • VSQ 24 de outubro de 2017 às 20:36 - Responder

        Procurei, escondido com a minha mãe, porque os sintomas pioraram. Primeiro, me disseram que era ansiedade por causa do vestibular, e me deram antidepressivos, o que fez a coisa ficar intolerável, quase, antes de eu me consultar com um psiquiatra que me diagnosticou com bipolaridade. Só voltei para ver o comentário hoje porque estou no meio de uma crise, e, se vale alguma coisa para alguém, não deixem de procurar ajuda o quanto antes por se sentirem idiotas como eu fiz, já que, por causa disso, vou continuar mal (e burro!) durante a prova de vestibular que tenho no domingo, e provavelmente não passarei. Sem querer ser dramático, mas — enfim, desculpe a falação.

        • Equipe Abrata 25 de outubro de 2017 às 11:02 - Responder

          Prezado VSQ
          Não se culpe em demasia, isso não colaborará para a sua jornada rumo à estabilidade.
          Olhe para as coisas daqui para frente. Você está em tratamento, e é isso que importa.
          Vestibulares acontecem sempre, você poderá prestar novas provas, e com sucesso, porque
          está mais consciente sobre a importância da adesão ao tratamento para levar uma vida
          produtiva com qualidade.
          Agradecemos a mensagem
          Um abraço
          Equipe ABRATA

  35. kivia 6 de setembro de 2017 às 09:44 - Responder

    Desde de criança sou depressiva, minha mãe morreu no ano passado, aí que veio a bipolaridade me atormentando, ou estou alegre em excesso ou estou deprimida, só vem o suicídio em mente, e a culpa de minha mãe ter morrido. Me sinto sufocada, como se eu não pertencesse a esse planeta.
    Ninguém me entende, hoje tenho (17 anos) e estou encarando esse quadro sozinha.
    Tenho crises diárias, e nem sempre dá pra controlar, me sinto um lixo, nada que eu faça presta.
    E quando estou no trabalho sinto a vontade de pedir demissão, na escola dá vontade de parar de estudar, queria ficar em um quarto escuro, sem contato com ninguém nem com a luz.

    • Equipe Abrata 11 de setembro de 2017 às 07:30 - Responder

      Oi Kivia
      Obrigada pelo contato.
      Na verdade me parece que você esta apresentado sinais de depressão e conflito pela morte da sua mãe. A bipolaridade precisa ser melhor avaliada.
      Quando estamos deprimidos parece que nenhum lugar está bom para nós. Só que trabalhar, estudar e os amigos são muito importantes para os jovens.
      Assim, nossa sugestão é que você procure uma terapia, e um psiquiatra que possa fechar o diagnóstico e orientar o seu tratamento.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  36. Fabricia 9 de setembro de 2017 às 02:35 - Responder

    Meu marido foi diagnosticado com transtorno bipolar, fez um tempo de tratamento mas desistiu. Nega que tem bipolaridade e diz que o psiquiatra errou o diagnóstico.
    Eu acho que não errou não. Mas tocar no assunto o deixa irritadísssimo. Estamos há 12 anos casados e eu vou levando suas crises, recentemente ele piorou bastante, entrou em depressão forte, consegui levá-lo novamente ao psiquiatra, porém moramos no Japão, aqui a psiquiatria não é muito boa, temos que usar um intérprete, apenas demos os sintomas atuais e ele passou um medicamento para depressão, ele passou muito mal, teve taquicardia, alucinações, parou. Voltamos na próxima consulta o remédio foi alterado.
    Faz duas semanas e não vi nenhuma melhora. Ontem ele estava sendo extremamente rude com nosso filho de 11 anos, eram 5 horas da manhã, intercedi, apanhei. Mais uma vez, não teve um ano em nosso casamento que eu não tenha apanhado, não ficam marcas pelo corpo, são tapas na cara e empurrões, ficam marcas por dentro. Não é fácil.
    Não quero negligenciá-lo, não quero negligenciar meu filho, não quero me negligenciar.
    Às vezes não sei o que fazer…

    • Equipe Abrata 10 de setembro de 2017 às 11:31 - Responder

      Querida Fabricia

      Agradecemos muito o seu contato.

      O Transtorno Bipolar é uma doença séria, que exige tratamento medicamentoso contínuo. Cerca de um terço das pessoas com esse transtorno ficam completamente livres de sintomas com a manutenção estabilizadora apropriada. A maioria das pessoas se beneficia de uma grande redução no número e na gravidade das crises. O médico poderá ter de fazer um acerto da medicação ou uma outra combinação terapêutica caso verifiquem-se crises de mania ou depressão. Às vezes a medicação não é 100% eficaz e, para tanto, o médico deve ser informado sobre sintomas de instabilidade é para um ajustamento terapêutico que previna a eclosão de uma crise.
      O doente ou seus cuidadores nunca devem recear informar o médico sobre quaisquer mudanças de sintomas, pois dessa informação precoce depende o controle da doença. Sentindo que seu marido tem mudanças no sono, na energia (aumento ou diminuição), no humor (alegria excessiva, irritabilidade ou tristeza) e no seu comportamento em relação a pessoas(agressividade, impaciência, etc) será melhor contatar o médico sem demora.
      A manutenção da medicação é outro aspecto essencial. Os medicamentos controlam, mas não curam o Transtorno Bipolar. Ao parar a medicação, mesmo depois de muitos anos sem crises, há um sério risco de uma recaída passadas algumas semanas ou meses. E, em alguns doentes, a retomada da medicação pode não se acompanhar dos mesmos bons resultados anteriores.
      Qualquer medicação deve ser tomada de acordo com as instruções dadas pelo médico. Por vezes o plano de tratamento da pessoa tem de ser alterado. É o médico que gere a mudança quando esse tipo de alteração é necessário. Uma pessoa nunca deve interromper um medicamento sem a ajuda do seu médico.

      Você pode procurar o psiquiatra que atende seu marido e contar detalhadamente o que está acontecendo. É importante que ele a oriente sobre como agir diante da agressividade física e mental. Você tem um filho de apenas 11 anos que pode, eventualmente, também sofrer alguma tipo de destempero.
      continuidade das agressões
      Demais disso, como se trata de uma situação delicada, sugerimos que você procure ajuda profissional para se cuidar. Frequentemente os cuidadores de pessoas com transtorno mental adoecem também.
      Pode ser necessária a internação psiquiátrica que não é um fim em si mesma, pode ser um meio para o tratamento mais adequado de alguns aspectos das doenças mentais.
      Em geral, a hospitalização de alguns casos facilita um cuidado mais intensivo e possibilita a utilização de métodos e instrumentos terapêuticos especiais. Ela deve representar o menor comprometimento possível dos vínculos sociais ou familiares do paciente e ser o mais curta possível.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA

  37. Débora 9 de setembro de 2017 às 19:45 - Responder

    Meu filho autista tem transtorno bipolar e eu pesquisei na internet o que eu poderia fazer para ajudá-lo, além do tratamento com o psiquiatra, mas não encontrei informações que realmente ajudassem.

    • Equipe Abrata 18 de setembro de 2017 às 08:40 - Responder

      Débora, agradecemos o contato.
      Essa associação é um pouco polêmica. Na verdade se faz muito esses dois diagnósticos conjuntamente mas podem ser apenas sintomas sobrepostos.
      É particularmente difícil diagnosticar distúrbios psiquiátricos em indivíduos com deficiências de linguagem ou deficiências intelectuais –
      assim como muitas pessoas com autismo.
      Ao diagnosticar o desenvolvimento de crianças e adultos em geral, podemos perguntar sobre suas emoções e experiências.
      As pessoas com autismo têm problemas para se expressar ou entender tais questões.
      Mesmo dificuldades ligeiras da linguagem podem dificultar relacionar pensamentos e sentimentos.
      Por estas razões, os métodos tradicionais de avaliação de distúrbios psiquiátricos podem ser inadequados para muitas pessoas com autismo.
      Nossa sugestão é que você procure profissionais com experiência em autismo para primeiro fechar esses diagnósticos e realizar a orientação.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  38. Stéffany 11 de setembro de 2017 às 15:24 - Responder

    Tenho TB,fui diagnosticada em Janeiro,durante a segunda internação por tentativa de auto extermínio. Realmente não se fala muito nesses três quesitos e me encaixo totalmente nos três! Quero deixar bem claro que fazer o tratamento adequado é essencial,mesmo que vez ou outra tenhamos recaída. Outra coisa muito importante é procurar saber sobre a doença pra poder se conhecer mais e tentar alcançar a linha de limite para nossas atitudes,o que acontece muito é nós perdermos essa linha quando estamos em crise. A ABRATA sempre posta matérias interessantes. Muito bom! <3

    • Equipe Abrata 16 de setembro de 2017 às 07:49 - Responder

      Olá Stéffany

      Agradecemos muito a sua mensagem.
      Cuide-se sempre!

      Abs.
      Equipe ABRATA

  39. Mari 13 de setembro de 2017 às 05:58 - Responder

    Olá!

    Meu marido é muito instável em suas emoções. Um dia é uma pessoa extremamente amável e delicada comigo e com a filha de 9 anos. Porém, essa calmaria muda tão rápido como começou. .. e ele torna-se um monstro. Agressivo, desequilibrado, grita muito sem se incomodar com o que irão achar dele. Torna-se uma pessoa cruel, bate muito na nossa filha. Não sei o que fazer, ele acha que não tem nenhum problema. Estou psicologicamente doente, peguei a síndrome do intestino irritável e quando penso em seus gritos, entro em crise, com dores insuportáveis! !!O pior é que minha filha também apresenta o mesmo comportamento do pai. Dominadora,agressiva, desequilibrada. Me oriente,por favor!

    • Equipe Abrata 13 de setembro de 2017 às 10:01 - Responder

      Querida Mari

      À primeira vista, pode ser que seu marido seja portador de transtorno bipolar. Mas o diagnóstico apropriado deve ser
      fornecido por um psiquiatra.
      E, ao que tudo indica, ele não aceita ajuda e, tampouco, admite que está doente. Assim, a situação tende a ficar
      bastante complicada. Amigos e familiares podem conversar com ele na tentativa de convencê-lo a consultar-se com um médico.
      Sugerimos que você e sua filha procurem ajuda psicológica e, no caso, dela, um psiquiatra infantil também.
      Vocês estão sendo submetidas a maus tratos, e isso é muito grave, especialmente em relação a ela que é muito jovem.
      Eventualmente o comportamento de sua filha pode representar o que está sentindo em relação ao pai e ao próprio ambiente familiar.
      A ajuda de profissionais faz-se urgente e indispensável.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  40. Ana Lúcia V Xavier 14 de setembro de 2017 às 14:19 - Responder

    Estou em tratamento de transtorno bipolar há 2 anos.
    Precisei ficar afastada por 10 dias em época de uma crise. Levei para empresa um laudo do médico explicando meu estado,foi meu maior erro pois falamos de mim e por trás houve brincadeiras em que sou chamada de desatenta.Enfim parece que tudo isso faz agravar mais a doença .O que posso fazer para amenizar tudo isso?

    • Equipe Abrata 16 de setembro de 2017 às 08:14 - Responder

      Querida Ana Lúcia.

      A melhor parte da história é que você está em tratamento que lhe proporcionará a estabilidade para conduzir a sua vida
      de maneira satisfatória e com qualidade.
      Talvez seja interessante fazer psicoterapia para ajudá-la a lidar com os sentimentos e emoções advindos das relações
      interpessoais.
      Boa sorte e continue cuidando de sua saúde!

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  41. Luciana 15 de setembro de 2017 às 01:06 - Responder

    Olá. Há 13 anos atrás sofri um quadro de depressão severa , tive anorexia nervosa , onde perdi quase 30 kilos em poucos meses . Tive todos os sintomas que a depressão causa , – medo , solidão , raiva , angústia , tristeza profunda , vontade de morrer , – com ajuda da psiquiatria e uso medicamentos , consegui recuperar a sanidade mental . Mas hoje, depois de tantos anos, ainda fazendo uso de medicamento,eu acho que tenho bipolaridade , pois apresento sinais de extrema raiva quando não medicada . Eu mesma fiz o teste de ficar algum tempo sem medicamento +~40 dias – a depressão não altera Mas começo a ficar mais ríspida , com mais raiva , mais autoritária . Minha dúvida é se a minha personalidade é de ser mais agressiva e a medicação mascara essa raiva ou se eu se eu fico agressiva por falta da medicação . Às vezes acho que sou 2 pessoas habitando num mesmo corpo . Os outros me vem como meiga , doce , até submissa mas eu me vejo um vulcão de emoçoes . Isso é ser bipolar ???

    • Equipe Abrata 16 de setembro de 2017 às 08:35 - Responder

      Cara Luciana.

      Pode ser que você esteja apresentando os sintomas do transtorno bipolar. Consulte um psiquiatra para avaliar e
      prescrever o tratamento adequado, está bem?

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  42. mika 15 de setembro de 2017 às 08:23 - Responder

    Sou uma pessoa que todos falam que sou estranha e eu também acho isso. Tem dias que acordo tranquila,porém tem dias que acordo me sentindo irritada, nervosa, qualquer coisa que me contrarie eu surto, grito muito, xingo muito, choro, sinto uma pressão dentro de mim, saio de mim e depois passa … será que não estou normal?

    • Equipe Abrata 16 de setembro de 2017 às 08:40 - Responder

      Olá Mika.

      Você pode consultar-se com um psiquiatra que avaliará os sintomas que apresenta e, se for o caso, indicará o tratamento
      a ser seguido.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  43. Débora 18 de setembro de 2017 às 21:37 - Responder

    Muito obrigada!!!

  44. Amanda 19 de setembro de 2017 às 01:24 - Responder

    É horrível quando ouço: tinha tudo para dar certo ou mas é tão inteligente,como pode agir assim? Pior é não concluir nada por que no no meio de uma promoção você está estagnada, num surto de melancolia.
    A vida inteira eu tive psicose, minha família achava que era por reflexo de meu irmão autista, e eu também . Quando cresci elas ainda continuaram. Tento parecer normal mas às vezes só quero dormir e não acordar.
    Descobri tarde o transtorno, acharam que era tdah na faculdade, fui à uma consulta e comecei o tratamento que abandonei em 10 dias, sinto que sou um perigo para mim mesma .
    Tenho vergonha de alguns comportamentos que não lembro às vezes porque meu cérebro parece uma caixa vazia.. sinto um grande oco na cabeça e uma vontade de morrer.

    • Equipe Abrata 21 de setembro de 2017 às 09:55 - Responder

      Querida Amanda,
      Agradecemos o seu contato.
      O mais difícil você enfrentou, que é ter procurado ajuda profissional. Porém não basta. Você deve seguir o tratamento
      recomendado, não pará-lo por conta própria em hipótese alguma.
      Se parou por causa dos efeitos colaterais, o médico pode diminuir a dose ou substituir o medicamento.
      É importante obter informações seguras sobre o transtorno bipolar. A ABRATA tem matérias essenciais em seu site, blog
      e facebook. Nelas você lerá sobre a importância da adesão ao tratamento para que haja controle dos sintomas, bem como
      diminuição da intensidade dos episódios, tanto de mania (euforia) como de depressão.
      Sugerimos, também, a psicoterapia. Você pode escolher a abordagem psicoterapêutica que mais lhe convier.
      Saiba que o transtorno bipolar é uma doença tratável e que os portadores podem levar uma vida normal.
      Procure ajuda profissional e, ainda, o Centro de Valorização da Vida – CVV, no telefone 141, quando estiver tendo
      pensamentos de morte.
      Cuide-se, e cuide-se bem, você merece levar uma boa vida, com satisfação e qualidade.
      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  45. Rose Borges 21 de setembro de 2017 às 00:13 - Responder

    boa noite
    Preciso de ajuda, meu marido é bipolar pelo que eu li aqui . Ele está em crise, deprimido e falando em suicídio, morte e outras coisas absurdas, ele não aceita ir ao médico, que devo fazer?

    • Equipe Abrata 21 de setembro de 2017 às 10:21 - Responder

      Cara Rose
      Essa é uma das grandes dificuldades dos familiares qual seja a de convencer o seu ente querido a tratar-se.
      Há que se ter muita paciência e, eventualmente, conhecer experiências de outras pessoas que passaram ou passam
      pela mesma situação.
      Agora, como seu marido está deprimido, o esforço de todos que o cercam deve ser maior ainda pelos riscos advindos de
      uma depressão sem tratamento, que pode levar ao suicídio.
      Em casos mais sérios, é plausível pensar-se na internação psiquiátrica. Converse com um médico psiquiatra para obter
      mais informações.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  46. Franciele Sanches 22 de setembro de 2017 às 07:44 - Responder

    Sabe, ninguém entende,sofro do transtorno bipolar há muitos anos,desde a minha adolescência sempre fui agressiva, vendo muitas coisas, agindo com violência tanto com meus pais quanto com outras pessoas.Todos falavam e me chamavam de louca e outras coisas,mas fui diagnosticada quando me peguei mesmo em uma depressão forte, fiquei ainda pior mais agressiva violenta. Com a depressão fui parar na anorexia, agravou ainda mais minha memória que esta cada fez mais afetada, não lembro das coisas e isso me dificulta muito a vida a sociedade. Muitos não entendem essa doença. Eu não aceito o tratamento vou ser sincera, não vou ao médico, me recuso porque não aceito ser assim e sofro com isso e com meus surtos que são com os que mais amo filhos, esposo, amigos, familiares. Quando me rendo ao tratamento, fico bem melhor, mas não quero passa o resto dos meus dias com remédios, queria ser igual às outra pessoas, não ser assim, esquecer das coisas, ver coisas que não existem, ser mais amável mas é mais forte quando fico agressiva. Nos momentos em que estou assim, tenho uma forca gigantesca, já tentei suicídio 4 vezes, queria deixar de fazer todos a minha volta sofrerem comigo, só a morte pode resolver. Desculpe o desabafo.

    • Equipe Abrata 22 de setembro de 2017 às 10:09 - Responder

      Querida Franciele

      Lembre-se que este espaço é reservado para o desabafo, não precisa pedir desculpas.
      Nós, da ABRATA, recebemos em nossos grupos de apoio mútuo portadores de depressão e transtorno bipolar que
      relutam em aceitar a doença e, por via de consequência, não procuram ajuda, ou se procuram, não seguem as
      recomendações médicas.
      Vamos pensar nos benefícios do tratamento medicamentoso: redução das chances de recorrências de crises,
      controle da evolução do transtorno, redução da chance de suicídio e term uma via mais saudável. A adesão ao
      tratamento é fundamental para conseguir a estabilidade.
      Muitas pessoas têm dificuldade em aceitar que têm uma doença crônica e que precisam tomar medicamentos
      continuamente para tratá-la, como é o seu caso. Você mesma relata que, quando se rende ao tratamento, fica
      bem melhor.
      Vamos pensar agora nos efeitos do não tratamento do transtorno bipolar, haja vista que a missão da ABRATA é educar a população em geral
      sobre os transtornos afetivos com informações fornecidas por profissionais especializados em transtorno bipolar e depressão.
      Veja essas informações que são fornecidas por médicos psiquiatras:

      “O transtorno bipolar é uma doença tóxica, ou seja, são liberadas toxinas que atuam na destruição dos neurônios, levando a
      perda de capacidade mental”, explica Angela Miranda Scippa, psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB).
      “A crise pode mexer como o equilíbrio do organismo, aumentando o estresse oxidativo em todo o corpo e agravar a doença em si”.
      “Cada episódio faz com que a doença piore um pouco”, alerta Flavio Kapczinski, psiquiatra e pesquisador da Universidade federal do Rio grande
      do Sul (UFRGS).
      “A cada crise de mania ou depressão vivenciada pelo paciente bipolar, importantes partes do cérebro são danificadas.
      Repetidas ocorrências podem levar a danos muitas vezes irreversíveis”.
      “A cada cinco quadros depressivos, há uma perda de 10 a 20% no hipocampo”, quantifica Fabio Gomes, psiquiatra e professor da Universidade Federal
      do Ceará. O hipocampo é uma estrutura localizada no lobo temporal do cérebro, responsável principalmente pela memória e pela cognição.
      “Nesses casos, por exemplo, os resultados são a falta de concentração e dificuldade na leitura.
      Muitas mudanças reversíveis podem gerar uma grande mudança irreversível”, diz Kapczinski.
      Os danos no cérebro podem ser maiores ou menores, dependendo da intensidade e duração dos sintomas e da crise em si. “É como ter um corte no braço.
      Se você agir logo, pode reduzir as chances de infecção e deixar uma cicatriz menor. Cada episódio de mania ou depressão deixa uma espécie de cicatriz”,
      relata Angela.
      Cada crise gera também um desgaste no corpo. Diversos estudos já demonstraram que a mortalidade entre os pacientes não tratados é maior do que aqueles
      em tratamento.
      “Os bipolares não tratados morrem em média 20 anos antes da população em geral”, alerta Kapczinski.
      Além do alto índice de suicídio – estimativas da ABTB apontam que até 50% dos portadores da doença tentam o suicídio pelo menos uma vez na vida e 15%
      realmente se suicidam – há também uma incidência maior de comorbidades como doenças cardiovasculares e câncer, o que aponta para um deterioração progressiva
      e consequente agravamento do quadro, que pode até levar à morte.
      “O bipolar pode ficar dois anos apresentando sequelas de uma crise ou, em alguns casos, nunca se recuperar. Sem tratamento, as crises vão piorando e as sequelas
      se acumulando”, completa Antonio Geraldo da Silva, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Por isso, o diagnóstico e o tratamento precoce
      dessa doença crônica são tão importantes.
      “As pessoas não se tratam porque não sabem o que tem, não entendem a doença, não conhecem seu prognóstico. É possível identificar os primeiros sinais e
      saber que assim que eles aparecem deve-se ir ao médico para evitar uma crise”, diz Antonio Geraldo.
      O tratamento mais adequado para a doença inclui psicoterapia, medicamentos para regular o humor e psicoeducação (conscientizar o bipolar e a família sobre o
      transtorno e ajudá-los a identificar as crises e agir).
      Os médicos são unânimes em afirmar que os remédios não criam dependência química e ressaltam que eles são necessários e indispensáveis. O tratamento
      deve ser seguido para toda a vida.
      “O objetivo é não só controlar as crises, mas evitar que elas apareçam”, ressalta Antonio Geraldo.
      Esperamos que com esses esclarecimentos você conscientize-se da importância do acompanhamento médico. Se fosse uma doença como hipertensão arterial
      você não se cuidaria? É a mesma coisa, cuide-se, está bem?

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  47. Flávia Cavalcante 23 de setembro de 2017 às 21:21 - Responder

    Me chamo Flávia, tenho 28 anos e sou professora.
    Fui diagnostica com THB aos 26. Mas creio que devo sofrer com o problema há mais ou menos uns 12 anos.
    Faço acompanhamento com psicólogo e psiquiatra. Tomo o medicamento Aristab todos os dias à noite.
    Nunca tive crises psicóticas, mas sempre tive uma enorme paranóia, “mania de perseguição”. Talvez seja por isso que não tenho mais nenhum amigo, com exceção da minha família.
    Eu fico abismada como funciona a minha cabeça. É incrível como parece duas pessoas completamente diferentes.
    No episódio depressivo (principalmente os últimos) me sinto a pior pessoa do universo, já pensei em me matar, me sinto a mais feia, sinto que tudo vai dar errado. Um desastre!
    Já no episódio maníaco, é como se a Susana Vieira entrasse em mim (rsrs). Eu me sinto a melhor, a mais bonita, a mais confiante. Chega a ser surreal.
    Meu sofrimento é muito mais interno que externo. Eu, geralmente sou calada, em todos os episódios, mas quando fico uns dias sem tomar o remédio, começo a ficar agressiva.

    Minha psicóloga me passou um cartão de enfrentamento para quando eu estivesse no episódio depressivo. Acho que está dando certo.

    Graças a Deus temos este espaço para desabafar!

    • Equipe Abrata 24 de setembro de 2017 às 10:50 - Responder

      Olá Flávia, agradecemos imensamente a sua colaboração.

      Abraço
      Equipe ABRATA

  48. Maria 25 de setembro de 2017 às 07:43 - Responder

    Boas.

    Tenho constantemente mudanças de humor.
    Passo semanas sem vontade de fazer nada, com uma preguiça .. parece que nada faz sentido. Depois vem uma semana melhor, com mais autoestima. e assim consecutivamente.
    Não sou agressiva, sou muito emocional.
    Serei bipolar? É que há mais de um mês que nem coragem tenho de arrumar a casa no fim de semana. Ao fim do dia, quando saio do escritório, lá vem a melancolia e dispendiosos depressivos.

    Grata
    Maria

    • Equipe Abrata 26 de setembro de 2017 às 09:42 - Responder

      Olá Maria.

      É importante que se consulte com um psiquiatra para uma avaliação apropriada dos sintomas apresentados.
      Somente um profissional poderá afirmar se você é bipolar ou não.
      Procure ajuda, está bem?
      Abs.
      Equipe ABRATA

  49. joselaine 26 de setembro de 2017 às 16:36 - Responder

    Minha mãe sempre foi meio depressiva, sentimental, sempre se emociona demais, principalmente por sempre ter tido uma vida triste e estressante. Neste mês de setembro, a nossa família sofreu com duas perdas importantes, e uma delas foi a minha tia, irmã mais velha de minha mãe. Minha mãe tem sofrido demais, pois é a segunda irma que morre num intervalo de 1 ano e meio. Isso tem feito ela sofrer demais. Desde o dia 15/09/2017, a vida dela naõ tem sido mais a mesma. Te piorado cada dia mais com agitações, um aumento de euforia, tem feito e falado coisas que não seria normal dela de seu dia-a-dia e tudo mais. Ontem a levamos ao psiquiatra e ele nos informou que ela sobre com TBA, e que não tem cura, disse ele. É verdade??? Pois estou sem chão, com muita pena de minha mãe, pois já tinha uma vida sofrida, agora se viu acometida com esta doença… Ele nos indicou os medicamentos Quetros e Depakote,à noite. Sabem se esses medicamentos demoram a fazer efeito? Obrigada

    • Equipe Abrata 3 de outubro de 2017 às 08:53 - Responder

      Prezada Josilaine,
      De fato, o transtorno bipolar é uma doença importante e crônica, o que quer dizer que ela não tem cura, mas tem controle. Assim como outras doenças crônicas, como a hipertensão arterial e o diabetes, que não têm cura, mas precisam de tratamento continuado ao longo da vida para que a pessoa se mantenha sob controle.
      Embora seja compreensível seu susto com o diagnóstico, há um aspecto muito bom nesse momento: sua mãe recebeu o diagnóstico e, agora, poderá ser tratada adequadamente e melhorar o seu sofrimento. O tempo de resposta aos medicamentos varia de pessoa a pessoa e depende das condições dela no momento. Não temos condições de avaliar o grau de resposta dela, só o médico que está tratando dela. O que é importante é que você e ela se informem bem sobre a doença e aprendam a lidar com ela. Você pode participar dos encontros psicoeducacionais da ABRATA, que são palestras sobre os diversos aspectos dos transtornos de humor (também pode assistir online, no youtube), pode ler artigos sobre o tema, pode e deve solicitar esclarecimentos sobre o estado da sua mãe com o psiquiatra que está cuidando dela, e ir partilhando com ele como el a está reagindo ao tratamento. Essa fase inicial pode ser mais difícil, mas ter paciência é muito importante e ajuda muito até que o quadro seja estabilizado.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  50. Roberto 1 de outubro de 2017 às 23:25 - Responder

    Me identifico com os três, mas principalmente com o primeiro. Fui diagnosticado pelo psiquiatra com transtorno bipolar em 2015, não sei qual o tipo ainda.
    Entre os anos de 2012 e o primeiro trimestre de 2014 fiquei com mania, ficava agressivo, irritado, aprontei várias vezes e depois quando ficava deprimido, me lamentava profundamente pelo que fiz.
    Me lembro que tive a minha primeira depressão aguda seguido de pânico em 2007, fui o clínico geral e o mesmo me receitou Paroxetina de 20mg, se não fosse por ele seria o meu fim. Com ele me livrei da depressão e pânico, só que na época não sabia que tinha transtorno bipolar. Daí entre 2009 e 2010 veio um episódio de euforia e mania, mas deixava passar, então entre os anos de 2012 e 2014 veio isso que está relatado acima e foi um inferno…
    Entre os anos de 2014 e 2016, só tomava Paroxetina e Clonazepam e por fim o Lítio.
    Hoje estou com outro psiquiatra, pois saí do emprego que trabalhava e com isso perdi o meu convênio médico que tinha com a empresa.
    O segundo psiquiatra me receitou Quetiapina e Lítio. O resultado foi que a mania parou porém a depressão e ansiedade voltaram. Estou me sentindo péssimo.
    Eu pergunto a vocês, demora muito para acertar a dose e o remédio? É assim mesmo?

    • Equipe Abrata 8 de outubro de 2017 às 10:21 - Responder

      Prezado Roberto
      Sua história mostra como demorou até você receber o diagnóstico de transtorno bipolar. Você foi tratado com antidepressivos sem estabilizadores do humor e isso pode tornar o transtorno bipolar um pouco mais difícil de responder ao tratamento no futuro. Mas, o importante é que você agora já tem o diagnóstico correto e já iniciou o caminho para a estabilização. É muito importante você ter paciência e informar seu psiquiatra sobre os sintomas para que ele faça os ajustes necessários. Mas também é importante que você faça psicoterapia e que participe de grupos de apoio mútuo para aprender a lidar com os fatores de risco e para ser ajudado a construir mudanças no estilo de vida para melhorar a resposta ao tratamento. Ficar em casa tomando remédios e esperando o bem estar pode ser bastante insuficiente. A melhora está também associada a você criar rotinas de sono, alimentação e atividades, e a manter essas rotinas. Também é importante não esperar milagres, é um passo de cada vez a ponto de que, ao longo de meses, até mais de ano, você vai observar que o padrão das crises mudou, você está mais sob controle e com mais qualidade de vida. Entenda que o tratamento é para a vida toda e que você deverá cuidar dele sempre. Mas a persistência compensa e faz você ficar muito melhor do que se não se cuidar. Só não faz você ficar sem o transtorno, porque esse se constitui numa doença crônica que precisa sim de acompanhamento continuado.

      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  51. Ana Cláudia 5 de outubro de 2017 às 14:47 - Responder

    Eu acho que sofro de transtorno bipolar. Às vezes sou muito amorosa com meus filhos e me sinto muito feliz, logo meia hora depois estou agressiva e me sentindo um lixo. A oscilação de humor é muito rápida e com muita frequência. Queria saber se existe algum remédio que eu possa comprar para melhorar isso.

    • Equipe Abrata 7 de outubro de 2017 às 12:51 - Responder

      Prezada Ana Cláudia.

      Medicamentos existem para o controle dos sintomas do transtorno bipolar. Entretanto, eles só podem ser adquiridos com
      receita médica fornecida por um médico psiquiatra ou neurologista.
      Procure ajuda o quanto antes para que possa dar início ao tratamento e ficar com seu humor estável.
      Dessa forma, a sua vida será produtiva e com qualidade.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  52. Nani 8 de outubro de 2017 às 15:48 - Responder

    Tenho tido episódios de estresse, irritabilidade,sentimento de ódio, agressividade excessiva. E isso me causa incômodo e um profundo arrependimento.E lamentação após os episódios. Me culpo, me julgo e me questiono constantemente em relação ao meu comportamento. Pergunto-me constantemente se minha personalidade que é podre,ou isso foi devido a ocorrências de decepção que me deixaram assim. Problemas familiares, problemas amorosos. Relacionamentos frustrantes sempre tive. Mas devido a irritação só pioraram. Queria ajuda. Porque não suporto mais viver com essa coisa ruim na minha vida.

    • Equipe Abrata 10 de outubro de 2017 às 08:35 - Responder

      Querida Nani.

      Você está vivendo o desconforto comum em pessoas que não foram avaliadas por um profissional e que, por via
      de consequência, não estão fazendo o tratamento adequado a fim de levarem uma vida normal.
      Procure um psiquiatra e fale a respeito do que está ocorrendo com você. Em geral, o tratamento medicamentoso
      é acompanhado de psicoterapia.
      Você ficará bem, com certeza!

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  53. Luiza Santos 14 de outubro de 2017 às 13:51 - Responder

    Eu não tenho transtorno, mas cuido de uma irmã com transtorno bipolar. Atualmente ela está bem, tomando a medicação e sendo monitorada por um psiquiatra de 4 em 4 meses. O que está me preocupando e me deixando triste é a aparência dela que tem uma tremedeira nas mãos, nos pés e no queixo. Ela me lembra uma pessoa que o mal de Parkinson. Isto será a reação dos remédios que ela toma? Me pergunto se haverá uma medicação que funcione bem sem deixar essas reações?

    • Equipe Abrata 22 de outubro de 2017 às 10:05 - Responder

      Olá Luiza.

      Alguns medicamentos para o transtorno bipolar podem provocar tremores e a maior parte deles ocorre nas mãos, mas podem ser também nos braços, na
      cabeça, face, cordas vocais, no tronco e na perna.
      Os tremores podem não ocorrer o tempo todo, mas é provável que ocorram dentro de uma hora após a administração do medicamento.
      A sugestão é que se anote os medicamentos que tenham sido ingerido antes de começar a tremer. Isso pode ajudar o médico a descobrir qual medicamento ou
      associação de medicamentos está causando esses sintomas. com a descontinuação do medicamento que causa os tremores.
      O paciente só deve parar de tomar medicamentos depois de conversar com o médico sobre os riscos e as possíveis alternativas. Os sintomas podem não
      desaparecer imediatamente depois da retirada do medicamento. Eles geralmente desaparecem após cerca de quatro meses, mas em alguns casos, pode mais
      tempo.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  54. Alisson 15 de outubro de 2017 às 06:59 - Responder

    Bom dia,
    Há muitos anos tem tido sintomas de thv, porém acho muito forte, mudo opiniões rápido, explosão de ignorância com muita facilidade e um índice de agressividade forte, tem momentos que até de ouvir uma pessoa falar já é motivos para despertar uma fúria muito grande, recentemente perdi um relacionamento devido ao fato de querer tudo do meu jeito, na minha hora e nunca querer ouvir o que falam. Sinto também um nível de ansiedade muito grande, sempre me deixando inquieto e muito estressado até que seja resolvido.

    • Equipe Abrata 17 de outubro de 2017 às 07:48 - Responder

      Olá Alisson.

      Sugerimos que procure um psiquiatra para diagnosticá-lo e prescrever o tratamento apropriado.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  55. Jaqueline 22 de outubro de 2017 às 19:09 - Responder

    Além de me identificar com os sintomas, eu tenho uma tristeza sem motivos para ter esses sentimentos . Não estou fazendo nenhum tratamento. Aonde eu devo ir e como começar um tratamento?

    • Equipe Abrata 23 de outubro de 2017 às 08:10 - Responder

      Prezada Jaqueline.

      Procure consultar-se com um psiquiatra que avaliará os sintomas apresentados por você.
      A partir do diagnóstico, o médico recomendará o respectivo tratamento.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  56. Larissa 22 de outubro de 2017 às 23:51 - Responder

    Olá.
    Ha algum tempo tenho notado mudanças em mim, de uma hora para outra. No começo, as pessoas falavam para mim que eu tinha que ir ao psicólogo porque o que eu tinha não era normal, eu levava na ignorância, mas venho percebido realmente que mudo de humor em questão de segundos, venho me notando bastante agressiva, tem horas que eu mesma não me aguento, não sei o que fazer, é difícil para mim poder aceitar, e não sei que medidas devo tomar com isso.

    • Equipe Abrata 23 de outubro de 2017 às 08:37 - Responder

      Cara Larissa.

      A tarefa de diagnosticar alguém e indicar o devido tratamento é do psiquiatra. Com o tratamento medicamentoso combinado com psicoterapia,
      a pessoa portadora de transtornos do humor – transtorno bipolar e depressão, poderá conduzir a sua vida de maneira satisfatória, produtiva
      e com qualidade.
      A aceitação do diagnóstico não é fácil para ninguém, seja de que doença se trate. Porém, há maneiras e maneiras de controlar os sintomas a
      partir do aprendizado consigo mesma, em terapia e, se possível, com a participação grupos de apoio mútuo como os que são oferecidos pela
      ABRATA, bem como a frequência em palestras psicoeducacionais.
      A psicoeducação preocupa-se, sobretudo, com a importância da adesão à medicação. Ela visa dar aos pacientes informações sobre a natureza e
      o tratamento dos transtornos do humor, provendo ensinamentos teóricos e práticos para que o paciente possa compreender e lidar melhor com a
      sua doença. Possibilita, ainda, que a pessoa seja capaz de compreender as diferenças entre as suas características pessoais e as características
      do transtorno psicológico que precisa enfrentar. Dessa forma, conhecerá detalhadamente as consequências e os fatores desencadeantes e mantenedores
      dos problemas que apresenta.
      Sugerimos que baixe gratuitamente o guia de apoio publicado pela Associação de Apoio a Doentes Depressivos e Bipolares, que está
      localizado em Portugal, com o título: “Aprendendo a conviver com o transtorno bipolar”, e se encontra no site:
      http://www.adeb.pt/files/upload/guias/bipolar-aprender-a-viver.pd
      E acesse outras imprescindíveis informações publicadas no nosso site, blog e facebook.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  57. Lucas 23 de outubro de 2017 às 23:58 - Responder

    Excelente artigo. Me identifiquei com tudo que foi dito pela autora, é como se estivesse lendo um depoimento meu.
    Nunca fui de ler muito sobre o assunto, hoje resolvi dar uma pesquisada e achei essa publicação.
    Fui diagnosticado com o transtorno bipolar à alguns anos, mas só hoje estou encarando isso como um fato.
    Gostaria de poder participar da comunidade para saber mais sobre o assunto, isso vai me ajudar bastante.
    Desde já sou grato pela iniciativa da associação, é bom saber que existem grupos de orientação e ajuda.

    • Equipe Abrata 24 de outubro de 2017 às 08:59 - Responder

      Prezado Lucas.
      Agradecemos a sua mensagem e informamos a ABRATA oferece Grupos de Apoio Mútuo para familiares, amigos e portadores de
      transtornos afetivos – bipolaridade e depressão, bem como outras atividades de psicoeducação.
      Se você residir na cidade de São Paulo ou em Santos, litoral paulista, poderá participar dos nossos trabalhos ligando
      para (11) 3256-4831 ou (11) 3256-4698, de 2ª a 6ª feira, das 13h30 às 17h.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  58. Лия 27 de outubro de 2017 às 17:24 - Responder

    Olá! Tenho depressão e não sei dizer desde quando ..Talvez a vida toda…Sempre estive rodeada de pessoas que diziam que isto era outra coisa..O depressivo é sempre rotulado da pior maneira..Antes eu era muito agressiva mesmo..J quebrei a cozinha inteira..Meu armário do quarto ficou destruído e dei socos em janela e cortei meu pulso com isso,foi profundo e precisei de pontos.Hoje eu estou menos assim e ainda me irrito facilmente mas não quebro mais nada nem agrido ninguém ..No lugar disso vieram os sintomas da crise de ansiedade que estão cada dia mais horríveis..Não uso drogas nem bebidas e cigarro,por isto estou tomando remédio à base de valeriana que não tem adiantado muito(eu não quero meter drogas viciantes em meu corpo..Já somos rotulados como drogados sem ter nunca usado nada na vida.) E eu ultimamente tomei ódio de certas repartições do governo como assistentes sociais .. psicólogos…conselho tutelar..enfermeiros …pediatras….Eles ficam com aqueles relatórios só anotando a vida da pessoa para depois prejudicá-las..eu não confio neles..se passam por bons mas estão querendo prejudicar ..Desculpe pelo desabafo…não converso com quase ninguém sobre isto…se fosse alguém inteligente que entende do problema e não me julgasse tudo bem, eu falaria mas só encontro pessoas insensíveis que não me ajudam.

    • Equipe Abrata 1 de novembro de 2017 às 10:23 - Responder

      Olá leitor.

      Infelizmente, ainda há muito preconceito com relação aos transtornos mentais. Nisso você tem toda a razão. Mas nem por força disso o portador de depressão ou de outro transtorno
      deve deixar de procurar ajuda profissional e fazer o respectivo tratamento para ficar estável.
      No site da ABRATA encontramos a seguinte informação, que foi elaborada por seu Conselho Científico formado por psiquiatras e psicólogos:
      “A depressão se caracteriza por um estado em que o humor fica deprimido, melancólico, “para baixo”.
      O indivíduo sente angústia, ansiedade, desânimo, falta de energia e, sobretudo, uma tristeza profunda. Às vezes tédio e apatia sem fim. No mundo inteiro, a depressão atinge um número cada vez maior de pessoas, e dentre todos os distúrbios psiquiátricos, ela ocupa o terceiro lugar em prevalência.
      O sofrimento que esta doença causa é difícil de medir, o que muitas vezes acaba retardando o diagnóstico, e pior, o tratamento. Isso, porque o portador da depressão, geralmente, não sabe como, onde ou com quem procurar auxílio e, outras vezes, porque durante a doença, o indivíduo não tem energia ou vontade para agir.
      Alguns indivíduos não sabem que, com a ajuda de tratamentos adequados, não há a necessidade de suportar tamanha dor em silêncio. O importante é saber que existe tratamento e não há necessidade das pessoas ficarem tolerando tanto sofrimento.
      COMO RECONHECER A DEPRESSÃO
      Em geral, a pessoa com depressão percebe não estar bem, mas não aceita o diagnóstico. Ela pode apresentar alguns destes sintomas:
      • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade.
      • Desânimo, cansaço mental, dificuldade de concentração, esquecimento;
      • Incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades que antes da depressão eram agradáveis;
      • Tendência ao isolamento tanto social como familiar;
      • Apatia, desinteresse, falta de motivação;
      • Falta de vontade, indecisão;
      • Sentimentos de medo, insegurança, desespero, vazio;
      • Pessimismo, ideias de culpa, baixa autoestima, falta de sentido na vida, inutilidade, fracasso;
      • Ideias de morte e até suicídio;
      • Dores e outros sintomas físicos geralmente não justificados por outros problemas médicos, tais como, cefaleias, sintomas gastrintestinais, dores pelo corpo, pressão no peito;
      • Alterações do apetite;
      • Redução da libido, insônia ou aumento do sono.
      COMO DIFERENCIAR A TRISTEZA NORMAL DA DEPRESSÃO?
      A pessoa deprimida percebe que seus sentimentos diferem de uma tristeza anteriormente sentida. Na depressão grave, ela se isola, perde o interesse por tudo. Algumas pessoas procuram ocupar-se ao máximo para distrair-se e afastar o mal-estar sentido. Podem ficar mal-humorados, sempre insatisfeitos com tudo. Lutam contra a depressão sem saber que sofrem dessa doença. Essa luta lhes rouba a pouca energia que lhes sobra. Com isso, ficam piores, mais irritados e impacientes.
      RISCOS E CONSEQUÊNCIAS DA DEPRESSÃO.
      Podem ser apontados alguns mais importantes:
      • Perda do emprego;
      • Problemas no relacionamento conjugal e familiar;
      • Risco de adquirir doenças cardíacas;
      • Suicídio.
      FORMAS DE TRATAMENTO:
      O tratamento mais indicado atualmente para a depressão é uma combinação de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, realizada por psicólogos e psiquiatras.”
      A adesão ao tratamento é de fundamental importância para o controle dos sintomas da depressão. Em consequência, o portador poderá levar uma vida normal.
      O desconhecimento sobre a depressão e o tratamento, uso inadequado da medicação, preconceito no uso de psicofármacos, crença na capacidade do autocontrole da depressão e medo dos efeitos colaterais são fatores que podem comprometer a segurança do portador no seguimento da terapêutica medicamentosa.
      Há muitos esclarecimentos sobre o assunto. Se houver interesse de sua parte, acesse o nosso site, blog e facebook.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  59. Suze 9 de novembro de 2017 às 18:56 - Responder

    Boa tarde
    Foi muito bom encontrar esse artigo, ver uma profissional competente falando abertamente sobre a doença, escancarando nossas verdades, sem medo.
    Me reconheci nele.Tenho problemas de memória,me esforço para ser organizada, admito que já senti sintomas de agressividade intensa e as vezes me imagino num grande tribunal ou que tudo vai desabar.

    Fui diagnosticada há cerca de 7 anos. e, geralmente não digo que sou Bipolar. As pessoas tem medo e muito preconceito. Até mesmo na área medica, quando disse que era bipolar numa consulta com pneumo, ele peguntou se eu era agressiva com meus pacientes (sou Fisioterapeuta)..
    Sempre fui depressiva, melancólica. Mas consegui estudar me formar em fisioterapia, fazer pós graduação e trabalhar na minha profissão. Tive um Linfoma e por um milagre me recuperei (fiz tratamento com quimioterapia associado ao tratamento natural) e 5 anos depois tive uma filha sem necessidade de tratamento

    Vivi com o pai da minha filha um relacionamento extremamente abusivo, sofri violência psicológica, era explorada financeiramente. Foi aí que os sintomas da Bipolaridade ficaram evidentes. Perdi minha identidade pessoal e profissional.
    Ao procurar tratamento psicológico, a terapeuta aceitou me acompanhar com a condição de que eu buscasse tratamento psiquiátrico.

    Demorou muito até me adaptar a um esquema de medicação.
    Mas acabei me estabilizando. Estou num novo relacionamento há 5 anos, namoramos, noivamos e nos casamos há 3 anos. Um homem trabalhador. responsável, que me ama e tem minha filha como dele.

    Foi difícil admitir pra mim mesma a minha bipolaridade, estou aprendendo a reconhecer os sintomas. A fé em Deus, o acompanhamento psiquiátrico, terapêutico e eventualmente o tratamento com acupuntura me ajudam a seguir em frente.Aprendi a importância de manter o uso dos medicamentos diariamente.

    Atualmente atuo muito pouco na área da Fisioterapia, terminando uma Pós Graduação em Docência Universitária me questiono se vou ser capaz ou não de atuar na área. É muito difícil lidar com a pressão e os problemas do dia a dia.
    É difícil lidar com as crises.

    • Equipe Abrata 12 de novembro de 2017 às 11:06 - Responder

      Olá Suze

      Agradecemos a sua mensagem que se constitui, também, em um depoimento corajoso sobre como é conviver com o transtorno bipolar.
      Nas atividades desenvolvidas pela ABRATA, procuramos realçar a importância da adesão ao tratamento medicamentoso combinado com psicoterapia.
      As pessoas com transtorno bipolar e depressão têm mais chances de levar uma vida satisfatória quando aceitam o transtorno e seu respectivo
      tratamento, com o acompanhamento médico adequado. Não quer dizer que, necessariamente, estarão livres de eventuais episódios.
      Mesmo com o tratamento apropriado pode advir alguma crise. E o médico deve ser consultado para controlar os sintomas.
      E procure frequentar Grupos de Apoio Mútuo como os que são oferecidos pela ABRATA. Muito embora não se configurem em psicoterapia, possuem
      um efeito terapêutico em virtude do compartilhamento de experiências de vida.
      Se residir na cidade de São Paulo ou em Santos, telefone para: (11) 3256-4831 ou (11) 3256-4698, de 2ª a 6ª feira, das 13h30 às 17h.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  60. Renata 16 de novembro de 2017 às 08:48 - Responder

    Bom dia, conheço uma pessoa que às vezes está bem , logo se irrita e começa uma discussão do nada. Pode ser considerado transtorno bipolar?

    • Equipe Abrata 20 de novembro de 2017 às 08:43 - Responder

      Olá Renata.

      Ninguém melhor do que o médico psiquiatra para diagnosticar eventuais transtornos mentais.
      Assim, considere a possibilidade de sugerir à pessoa que se consulte com um profissional.

      Abs
      Equipe ABRATA

  61. Mari 24 de novembro de 2017 às 03:29 - Responder

    Olá, eu apresento alguns sintomas psicológicos que tenho dificuldade em “classificar”. Quero saber se alguém pode me ajudar a entendê-los:eu me irrito facilmente e perco o controle com coisas pequenas, o que faz com que eu seja muito rude e agressiva com as pessoas, isso prejudica meus relacionamentos. Depois me sinto muito mal por isso e me machuco (literalmente, com as unhas) e é algo que eu realmente não consigo controlar, eu tenho pensamentos um tanto perturbados e às vezes sinto como se não conseguisse “realizar” nada porque não consigo me concentrar por tempo suficiente para nada. Às vezes acho que consigo fazer um milhão de coisas, começo tudo mas nunca consigo terminar e quando fico estressada tenho uma mania irritante de olhar para cantos, qualquer canto ou quina ou duas linhas que se encontrem, ou pontos. Eu desvio meu olhar do que quer que eu esteja fazendo para olhar em algum canto e eu não faço a menor ideia do porquê, e as pessoas a minha volta estão começando a perceber. E de uma hora pra outra isso some e eu sou uma pessoa normal de dezoito anos, que sai com amigos, vai pra festas, estuda.. e de repente tudo volta e eu fico a madrugada toda pensando no que é que pode ter de errado comigo. Meu pai tinha transtorno bipolar, ele morreu há algum tempo, mas ainda me lembro de como ele era, e meu jeito se parece muito com o dele, o que me assusta um pouco por causa do fator genético. Eu tenho certa dificuldade em procurar ajuda profissional, o que me deixa mais perdida… Mas esses sintomas se enquadram no transtorno bipolar??

    • Equipe Abrata 26 de novembro de 2017 às 09:27 - Responder

      Prezada Mari,

      Pode ser que os sintomas a que você faz referência tenham a ver com o transtorno bipolar. Porém, é fundamental que um médico psiquiatra
      os avalie para fornecer-lhe um diagnóstico e o respectivo tratamento, se for o caso.
      Para seu conhecimento, o transtorno bipolar se caracteriza pela alternância do humor. As oscilações de humor são comuns em nossas vidas e,
      em geral, não caracterizam uma condição psiquiátrica. O que diferencia as pessoas bipolares é que essas oscilações são mais intensas, duram
      mais tempo e são capazes de afetar padrões de sono e energia, assim como desestabilizar a estrutura familiar e as diversas relações dos portadores.
      Além disso, enquanto a maior parte das pessoas experienciam mudanças no humor devido a acontecimentos em suas vidas, as oscilações dos pacientes
      bipolares ocorrem sem motivo aparente.
      O transtorno se manifesta, geralmente, durante o final da adolescência e o começo da vida adulta. Entretanto, existem casos em que a doença
      começa a se desenvolver já na infância, durante a adolescência ou até mesmo após entrar na terceira idade. Ainda não existe uma cura definitiva
      para a condição e, por isso, ela tende a durar a vida inteira. Entretanto, é possível mantê-la controlada através de um tratamento adequado.
      Fica a nossa sugestão: procure o quanto antes um profissional porque o diagnóstico precoce possibilitará a retomada de uma vida normal, com
      qualidade.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  62. Marcia silveira 5 de dezembro de 2017 às 11:03 - Responder

    Tenho transtorno bipolar diagnosticado há alguns anos. Sou advogada mas não consigo exercer minha profissão já que os episódios de mania e depressão se intercalam com frequência. Na mania sinto uma ansiedade paralisante e nos episódios de depressão uma imensa falta de energia que me faz ter dificuldade de sair da cama. Apesar de ter consciência disto me sinto 6 e responsável por não insistir em resistir a esses sintomas. Sofro uma pressão externa e interna por não exercer minha profissão e por ser taxada como folgada,preguiçosa e mentirosa, o que muitas vezes acredito ser porque vejo as pessoas superando suas dificuldades por força de vontade e sinto que não me esforço para tal. As pessoas da minha família não acreditam na doença, provavelmente por ela nunca ter se manifestado da forma mais severa, então não sou digna de ter o reconhecimento de ter uma doença. Me sinto culpada porque durante muitos anos fingi não sofrer esses sintomas e apesar de todas as dificuldades segui em frente, o que me fez, apesar de não ser nem de longe uma aluna interessada ou estudiosa, concluir um curso universitário ,mesmo que seja este a única atividade que de fato tenha seguido adiante sem desistir ,mesmo que vontade para isso não tenha me faltado inúmeras vezes.
    Sempre fui taxada como uma pessoa que esquece tudo, ao ponto de tentar utilizar agendas sem sucesso porque depois de um breve período esquecia inclusive de ler o que tinha dentro. As pessoas passaram a aceitar essa condição por perceber que eu era assim mesmo.
    Agora estou em tratamento ,mas , mesmo tendo consciência desses sintomas ainda sinto que se me esforçasse teria como supera-los sem ajuda medica e que no fundo isso tudo esconde a minha frescura.
    Tenho 41 anos e dependo economicamente de minha mãe de 81, o que me faz sentir um desespero e sensação de que não sobreviverei quando eles partir porque não teria suporte para tal.

    • Equipe Abrata 27 de dezembro de 2017 às 08:39 - Responder

      Prezada Marcia.

      O transtorno bipolar é uma doença e, como tal, depende de tratamento contínuo.
      Sem a medicação, a pessoa pode ter mais episódios e com maior intensidade.
      Não descuide desse importante aliado, que é o medicamento.
      Sugerimos, ainda, a ajuda de um psicoterapeuta.
      Um abraço.
      Equipe ABRATA

  63. Ester 29 de dezembro de 2017 às 15:58 - Responder

    Eu não sei o que eu tenho. Mas eu conheço os episódios, já passei por muitos, duradouros e curtos, porém, não consigo lembrar do que me acusam, não consigo lembrar do que fiz e nem as coisas que eu bati ou quebrei. Eu sou calma, geralmente, mas tenho pavio curto e tenho medo de perder o controle e acabar machucando alguém. Estou no inicio da minha adolescência, mas passo por isso tudo desde que sou capaz de lembrar. Minha mãe diz que isso que acontece comigo…é porque eu estou…segundo ela, em um estado de possessão. Eu não sou louca não é ? Eu não sei o que fazer…estou esperando as aulas voltarem pra ver se consigo falar com a psicóloga da escola..isso é o certo ? Eu estou tentando sozinha pois, meus pais, preferem me exorcizar do que assumir que eu tenho algo.

    • Equipe Abrata 17 de janeiro de 2018 às 09:21 - Responder

      Prezada Ester.

      É uma providência muito importante conversar com algum profissional, e a psicóloga de sua escola poderá ajudá-la
      a saber o que fazer.
      Uma medida também importante é envolver os seus pais em algum encontro com a psicóloga, afinal você está entrando
      na adolescência e eles são responsáveis por você.
      Fique bem.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  64. vanessa 29 de dezembro de 2017 às 16:10 - Responder

    Oi.Ainda nao sei se tenho esse transtorno,mas me encaixo nos sintomas. Meu medico falou que nao,mas preciso falar com ele sobre isso,pq sinto td isso ,só nao fico muito agressiva ,mas ja tive brigas com pessoas da família,como saber se tenho esse transtorno?Marquei psicóloga ela pode me ajudar,?Preciso de respostas ,me separei por causa disso,meu filho e família sofrem com isso e eu mais ainda,desde já agradeço…

    • Equipe Abrata 17 de janeiro de 2018 às 09:26 - Responder

      Cara Vanessa.

      Para saber se você é portadora do transtorno bipolar é indicado que procure um médico psiquiatra.
      A psicoterapia ajuda muito mas o diagnóstico e o tratamento devem ser feito por psiquiatra, como dissemos acima.
      Com o tratamento adequado você poderá levar uma vida normal.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  65. daniel lacerda maciel 10 de janeiro de 2018 às 19:03 - Responder

    Fui diagnosticado com Transtorno Bipolar Afetivo. Cada dia, apesar da medicação, sinto como se a minha situação ficasse cada vez pior. Não possuo mais minha criatividade, minha vontade de fazer as coisas legais que eu fazia (além de militar do exército, sou desenhista, design gráfico, amante de literatura fantástica: Tolkien em especial) não me consegue superar a minha incapacidade de manter uma linha de raciocínio. Venho realizando consultas regulares no HGEF em Fortaleza-CE, mas somente aumentam a minha dosagem em medicação e não vejo melhoras para o meu quadro, uma vez que nunca quis e nem quero ficar afastado das atividades físicas do batalhão. No entanto, todo o ambiente pressionador do 23ª Batalhão de Caçadores tem me prejudicado e eu tenho prejudicado outros por não conseguir exercer minhas funções, eu tento, me esforço, brigo comigo mesmo para tentar, mas não consigo. Por vezes, durante a fase depressiva já quis tirar minha vida e só não o fiz por temer o que Deus faria comigo no pós vida. Durante minhas fases maniacas eu tive casos extraconjugais onde me dava prazer mentir para as amantes e para as suas famílias…levei uma delas a tentar o suicídio e senti prazer nisso…Drª, peço de coração que a Srª me ajude a resolver essa situação. Como devo proceder, como me afastar desse ambiente?

    • Equipe Abrata 23 de janeiro de 2018 às 11:48 - Responder

      Prezado Daniel.

      A nossa sugestão é que siga à risca o tratamento prescrito, ainda que tenha que requerer uma licença médica para tal fim, o que nos
      parece ser o mais indicado tendo em vista o ambiente estressor de seu trabalho.
      Durante a licença, você poderá dedicar-se ao que mais gosta de fazer.
      Priorize a sua saúde. Com o acompanhamento apropriado, você poderá ficar estável, sem as mudanças de humor.
      E, se possível, faça psicoterapia.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  66. Juliana 22 de janeiro de 2018 às 10:24 - Responder

    Meu marido tem 32 anos e foi diagnosticado bipolar aos 24.
    Ele está em crise de mania desde início de Outubro 2017. Diz ter sido curado e não toma mais medicamentos. Estamos separados desde então, pois temos uma filha de 11 meses e não tinha como ficarmos juntos. Ele estava muito agressivo e se tornou insuportável.
    Todas as vezes que pedíamos para que ele usasse os medicamentos ele tomava vários comprimidos de uma vez, nos deixando assustados. Fugiu do CERSAM e tem se envolvido com pessoas do meio do crime.
    Chegou a aterrorizar a própria mãe passando uma faca do lado contrário do corte no pescoço dela e espetando em sua cintura.
    Resolveu morar na favela, onde se sente bem.
    Gostaria de saber se o fato dele se envolver e se sentir bem no meio de pessoas com relação com o crime é da doença ou dele mesmo?

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2018 às 11:17 - Responder

      Prezada Juliana.

      Uma pessoa portadora de transtorno bipolar que não receba o devido tratamento pode apresentar comportamentos muito complicados.
      Dessa forma, os familiares/cuidadores, uma vez exauridas as chances de ajudar, podem se afastar do convívio como meio de sobrevivência.
      A agressividade não é necessariamente um sintoma do transtorno bipolar. Já a psicose, é um sintoma muito sério.
      Acesse o vídeo ora indicado para ter mais conhecimento sobre a doença e suas consequências:
      O paciente Bipolar pode se tornar agressivo? – YouTube. Dr.Doris Moreno.
      Vídeo para bipolar agressivo▶ 1:37
      https://www.youtube.com/watch?v=kDxf3yjrvag.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  67. ALEX PIRES 28 de janeiro de 2018 às 02:27 - Responder

    É verdade que muitas vezes a mania não se manifesta como um estado de euforia agradável, de exaltação do humor? E que muitas vezes o estado maníaco pode se caracterizar por um humor irritável, agressivo e explosivo?

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2018 às 10:00 - Responder

      Olá Alex.

      Leia a definição de mania/euforia proposta pela ABRATA, definida assim pelos médicos psiquiatras que compõem o seu Conselho Científico:
      “A EUFORIA É um estado de exaltação do humor, com aumento de energia, sem qualquer relação com o momento que o indivíduo está vivendo. Nesse período do transtorno bipolar, o paciente não está deprimido nem alegre por motivo especial, mas apresenta humor eufórico ou irritável. Em geral, a mudança do comportamento na euforia é súbita, mas o indivíduo não percebe sua alteração ou a atribui a algum fator do momento. O senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva das situações ficam prejudicados ou ausentes”.

      Abs.
      Equipe ABRATA

  68. karina morais 30 de janeiro de 2018 às 12:49 - Responder

    Fui diagnosticada com bipolaridade I , estou em tratamento há 1 ano com remédios, cheguei a tentar me matar em uma das crises de depressão. Hoje estou com picos mais leves que não passaram totalmente. Acordo cada dia com um humor. Utilizo muletas , como o cigarro e o álcool. Sinto como se tivesse um urso enfurecido dentro de mim , que todos os dias tenho que controla-lo com cordas finas e frágeis. Me sinto melhor …. mas também sei que tenho um longo processo. Escondo de todos os familiares e amigos, não sabem do meu problema , dos remédios do cigarro , das bebidas …. nada. Costumo colar um sorriso no rosto e poucas palavras para não ter muitas perguntas, que não quero responder. Vejo fantasmas o tempo todo. Alguns deles vem me visitar à noite, me abraçam , conversam comigo….uns tentam me matar. Mas já aprendi a conviver com eles. Queria ter alguém para conversar além da minha psicologa e da psiquiatra. Alguém que não me visse como louca, ou achasse que estou inventando para chamar a atenção….Alguém que não me olhasse com olhos de alfinete .

    • Equipe Abrata 1 de fevereiro de 2018 às 10:28 - Responder

      Querida Karina
      Agradecemos a sua mensagem.
      Você pode participar de Grupos de Apoio Mútuo para pessoas com transtorno bipolar, nos moldes dos oferecidos pela ABRATA.
      O compartilhamento de experiências e vivências em grupo ajuda muitíssimo a criar a sensação de pertencimento. Por muitas
      vezes os transtornos afetivos causam distanciamento das atividades sociais antes tão prazerosas.
      Quanto à ingestão de álcool, é importante que você saiba que os medicamentos combinados com álcool podem causar náuseas e
      e tonturas e até mudanças rápidas de humor.
      O transtorno bipolar é uma doença grave, mas pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e medicação. Uma mudança
      no estilo de vida que realmente pode ajudar é cortar o álcool ou até mesmo abandoná-lo inteiramente. Se você achar que está
      tendo problemas para parar de beber álcool sozinha, fale sobre o vício com outras pessoas,de preferências profissionais,
      como psicólogos, que podem ajudá-lo da melhor forma.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  69. Bárbara 8 de dezembro de 2018 às 21:43 - Responder

    Sou bipolar, diagnóstico feito há 5 anos, tomei um bom tempo “lítio” porém eu era um zumbi, não havia muita diferença entre a depressão e o estado em que fiquei tomando o remédio. Fiquei 2 anos sem tomar qualquer remédio, porém no início desse ano eu não aguentei e procurei outra profissional, que me passou Bupropiona e Donarem, tem quase 1 ano que tomo essa medicação e na real sinto que ajuda a dormir, mas a ansiedade não passa. Na última consulta disse a mim que eu sou dura na queda, porque mesmo com o remédio eu não consigo diminuir a ansiedade.
    Eu raramente consigo conversar com ela, por ser pelo plano de saúde a consulta é sempre um encaixe, pois ela vive com a agenda lotada.
    Meu ponto é, essa deve ser a 4ª psiquiatra que vou na vida toda, fora psicólogos, não sei mais o quefazer, o que tomar. Faço hj em dia acompanhamento com uma psicóloga, já há 6 anos, ela me auxilia bastante e pude nesse tempo ter mais autoconhecimento, porém nada mudou na real.
    Eu continuo não conseguindo sair de casa como gostaria, não consigo me manter em nenhum emprego, nenhum curso, mal consigo lembrar das coisas que aprendo também.
    Minha terapeuta me propôs ter um propósito, alguma coisa que pudesse me ajudar a fazer algo, não só ficar estática. Então busquei nos sonhos de infância alguma coisa que pudesse me agarrar. Resolvi fazer uma viagem a Londres, não era o que eu queria, pq não quero nada, mas seria um objetivo. Passei dois anos juntando grana e consegui vir pra cá, agora que estou aqui, quero ir embora, estou completamente irritada, triste, as pessoas ficam me dizendo que é uma oportunidade única que não posso ficar aqui só dentro de casa e uma série de coisas. Mas fato é que quero voltar pra minha bolha. Tenho muita dificuldade de sair, mesmo onde eu moro, têm semanas q não saio de casa. Não tenho vontade de fazer nada, não consigo tomar decisões, às vezes nem o que comer eu consigo me decidir, isso têm só piorado ao longo dos anos. Eu penso muito em morrer, mas penso que não seria justo com quem lutou para que eu vivesse, mas ainda me questiono, como vou viver uma vida inteira sem propósito, sem energia, sem querer ver ninguém, mesmo sentindo falta de outras pessoas, quando estou com elas, quero ficar só. Vivo ouvindo que preciso ter força de vontade, cara, tem semana q não consigo tomar banho, as vezes fico duas semanas sem lavar o cabelo, eu moro sozinha, porque não consigo morar mais com meus pais, que já são idosos, pois não nos entendemos e eu detesto ficar brigando, prefiro ficar só. Tenho 36 anos, me sinto um peso. Na real, sinto tudo de uma forma muito intensa, cheguei a doar minha tv por não conseguir assistir nada sem ficar muito mal depois, não aguento ver as pessoas sofrendo porque é como se fosse eu, não entendo como ainda esse tipo de coisa acontece no mundo moderno, tento ajudar quem posso e no final as pessoas abusam da minha boa vontade, fico sabendo de coisas através de poucos amigos que tenho. Eu simplesmente não quero mais viver, eu não faço nada de útil, sou um peso para minha família, meus pais estão começando a ficar idosos e eu não sei como farei pra cuidar deles e de mim, eu não tenho memória, já passei por cada vexame de não lembrar de pessoas, de momentos importantes, não tenho vontade de viver ou fazer nada, tenho crises de ansiedade e algumas de pânico. As pessoas me cobram, por não trabalhar, jogam na minha cara q eu vivo às custas dos meus pais, que eu sou privilegiada, que eu não sei aproveitar as oportunidades que tenho, mas cara eu não sei o que fazer comigo, eu cheguei num ponto que não saio de casa praticamente para nada, no meu último emprego foi muito palha, porque eu não consigo lidar com as pessoas, me sinto estranha num ambiente que não conheço, falo demais e acabo falando o que não devia, fico muito nervosa em certas situações, mas tenho conseguido controlar minha agressividade, eu tenho tentado também não gastar dinheiro, pois quando era mais jovem eu tive problemas com isso. Eu não sei o que fazer mais. Já fui em tudo quanto é tipo de religião e cultos, psiquiatra, psicologo, homeopata, acupuntura, me tornei vegetariana, enfim. Eu não sei como vou viver mais, não consigo manter nenhum relacionamento amoroso, meu último foi a 9 anos atrás, tenho uma libido muito forte, mas consigo me controlar, as vezes ficar anos sem se quer beijar, mas creio q seja mais por não confiar em nenhum homem, já que já sofri abusos sexuais, quando criança e na adolescência. Eu queria muito ter uma vida normal, queria muito trabalhar como qq outra pessoa, poder comprar um carro, pagar minhas próprias contas, ter sonhos, objetivos, mas eu não estou conseguindo. As pessoas não me entendem, eu não me.entendo, eu tô aqui, pois segui o conselho da minha terapeuta, vim pra onde eu queria quando era criança e estou louca pra voltar pra casa, não consegui sair direito em 12 dias eu sai 3, um deles com a amiga que me recebeu em sua casa. Todo mundo fala pra eu me divertir, pra eu sair, mas não tenho coragem de sair. Eu não sei mais como continuar vivendo, não sei como vou conseguir me cuidar, sinto vergonha, raiva, tristeza é tanta coisa que parece que vou explodir. Eu não consigo tomar qualquer decisão. Eu não sei o que fazer mais. Me dá muito desânimo pensar que não tem.cura, que os remédios que existem hoje, me deixam um.zumbi, ao ponto de ganhar na mega Sena e ficar tipo, “ah tá”, as pessoas acham que eu desperdiço as oportunidades que eu tenho, que estou assim.por falta de Deus, que preciso sair mais de casa, me exercitar… tanta coisa que eu não estou dando conta de mim mesma. Leio textos e reportagens, estudos e penso que merda, eu vou ficar assim por toda minha vida, oscilando de humor, cara, pra quê continuar assim? Qual o sentido de viver sem sentido?! Sem vontades, zumbizando, evitando QQ tipo de relacionamento, me sentir super insegura. Será que posso viver numa bolha até a hora de morrer. Eu tenho 36 anos e me sinto como uma criança de 5 anos de idade, sem memória.

    • blogabrata 9 de fevereiro de 2019 às 13:06 - Responder

      Prezada Bárbara
      Agradecemos a sua mensagem.
      Como participamos de uma Associação que realça a importância do tratamento medicamentoso, informamos a
      você que o Transtorno Bipolar é uma doença tratável, com controle dos sintomas. Mas é preciso que o
      portador faça uso de medicamentos afins, ao lado de psicoterapia.
      Como você é uma pessoa forte, procure mais uma vez ajuda médica. Não abdique do tratamento medicamentoso,
      ele faz toda a diferença.
      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

    • blogabrata 13 de fevereiro de 2019 às 12:03 - Responder

      Prezada Bárbara

      Leia esta publicação que se encontra no site da ABRATA:
      A pessoa mais interessada no próprio bem-estar é quem está doente. A pessoa com Transtorno Bipolar ou Depressão tem uma doença que costuma durar a vida toda, que se mantém sob controle com tratamento adequado.

      Ninguém pode forçá-la, a não ser em situações que ponham em risco a sua segurança ou a de outros. Portanto, se você é apresenta o Transtorno Bipolar ou de Depressão:

      Comprometa-se com o tratamento – discuta dúvidas com seu médico, eficácia dos medicamentos, possíveis efeitos colaterais e intolerância a esses efeitos;
      Mantenha uma rotina de sono – mudanças no sono ou redução do tempo total de sono podem desestabilizar a doença; converse com seu médico, caso precise mudar o hábito de dormir;
      Evite álcool e drogas – além de interagirem com algumas medicações, também agem no cérebro, aumentando o risco de desestabilização da doença; se tiver insônia ou inquietação, não se automedique – converse com seu médico;
      Evite outras substâncias que possam causar oscilações no seu humor, como café em excesso, drinques, antigripais, antialérgicos ou analgésicos – eles podem ser o estopim de novo episódio da doença;
      Enfrente os sintomas sem preconceito – discuta com seu médico sobre eles;
      Se não estiver podendo trabalhar, converse com uma pessoa de confiança sobre o seu Transtorno. É mais sensato tirar uma licença, conversar com a família ou com o seu gestor, e se permitir convalescer;
      Lembre-se: você está bem por tomar a medicação; se parar de tomá-la, mesmo após 5 ou 10 anos, os sintomas podem voltar sem prévio aviso. É preciso manter-se alerta para o aparecimento dos primeiros sinais, como insônia e irritabilidade;
      Há indícios de que quanto mais crises da doença a pessoa tiver, mais ela continuará tendo e a gravidade aumenta. Por isso, procure participar ativamente do tratamento;
      Descubra seus sintomas iniciais de nova crise depressiva ou maníaca – tome nota e avise imediatamente seu médico;
      Aproveite períodos de bem-estar para redescobrir como você de fato é; como são os sentimentos de tristeza, alegria, disposição e como você lida com seus problemas;
      Quanto mais você conhecer a doença, melhor você poderá controlar os sintomas no período inicial. Proteja-se: evite estímulos de risco em potencial, como decisões importantes, relações sexuais sem preservativos, projetos ambiciosos, gastos – ponha seus planos no papel e espere para executá-los quando se reequilibrar; procure canalizar hiperatividade ou ideias negativas para atividade física ou manual; se estiver deprimido, dê-se um empurrão, pois a iniciativa está em baixa;
      Procure e aceite ajuda da família e dos amigos quando perceber que não consegue se cuidar sozinho.
      É comum querer parar o tratamento, ou porque vai tudo bem, ou porque não está dando certo. Procure conversar com outras pessoas com o mesmo problema, que já passaram por isso. Lembre-se de como era seu sofrimento; discuta com a família se valeria a pena buscar uma segunda opinião sobre o diagnóstico e o tratamento.

      Abs
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 18 de fevereiro de 2019 às 11:44 - Responder

      Prezada Bárbara
      Agradecemos a sua mensagem.
      Da leitura da sua postagem, pudemos verificar que você faz psicoterapia, o que é muito bom, mas
      insuficiente para enfrentar uma doença do tipo do Transtorno Bipolar.
      Tente, uma vez mais, procurar um psiquiatra em que confie porque o Transtorno Bipolar é uma doença
      séria e complexa mas tratável.
      Pessoas portadoras desse transtorno podem levar uma vida produtiva se estiverem em tratamento contínuo
      com médico e psicoterapeuta.
      Assim, não desista!
      Se estiver interessada, procure em nosso site os materiais informativos que poderão ajudar a compreender
      a doença, os sintomas e o tratamento.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  70. Ivone Rosa Pereira Dantas 24 de dezembro de 2018 às 04:36 - Responder

    Tive um episodio de extrema agressão com minha filha
    Caçula há poucas horas . Quase a estrangulei, o mais estranho é que mudei minha medicações recentes e estava me sentindo muito bem na vdd e a primeira vez que tenho uma agressão tao intensa assim. Sinto vontade de morrer só assim vejo que minha familia pode ficar bem.

    • blogabrata 9 de fevereiro de 2019 às 12:53 - Responder

      Prezada Ivone.

      Quaisquer circunstâncias anormais que ocorrem com as pessoas com transtornos mentais devem ser
      narradas ao médico, que é a única pessoa capaz a adequar a medicação, fazer substituições, etc.
      Procure ajuda o mais rápido possível.
      Abs.
      Equipe ABRATA

  71. AndersonAndeandersonrsona 26 de dezembro de 2018 às 16:02 - Responder

    Parabens a voces da abrata,muito esclarecedor suas respostas,eu sou portador de transtorno bipolar e estou sofrendo tem 1ano com isso e faco tratamento mas nao tenho 15 dias estaveis e ciclo o tempo todo,nao trabalho ha um ano mas recebo auxilio doenca que e menos pior. Um abraco a todos espero que um dia encontramos uma saida melhor para nos portadores de transtorno mental.

    • blogabrata 9 de fevereiro de 2019 às 12:47 - Responder

      Agradecemos a sua mensagem, Anderson, e esperamos que continue a se tratar para minimizar os sintomas
      do Transtorno Bipolar. E se possível, faça psicoterapia.
      Abs.
      Equipe ABRATA

  72. joao 22 de fevereiro de 2019 às 09:47 - Responder

    Minha prima teve um episódio de mania e surto psicótico em agosto de 2017. Em dezembro de 2017 ela já estava bem melhor e sem sintomas de mania, e foi dado alta por acreditar ter acontecido uma psicose reativa.

    Ela começou a apresentar sintomas hipomaníacos no inicio de janeiro de 2019, e iniciou tratamento com quetiapina e há 3 dias com carbolitium. Ela melhorou alguns sintomas, mas agora percebo que ela ainda mente muito pra manter ideias de grandeza e ainda dorme pouco.

    Quanto tempo dura a mania? Essas mentiras são normais no TAB?

    • blogabrata 2 de março de 2019 às 12:28 - Responder

      “Prezado João,
      As ideias de grandeza não são mentiras. A pessoa que está num episódio de mania, de fato pensa assim e esse tipo de pensamento faz parte dos diversos sintomas desse tipo de episódio. A redução da necessidade de sono também é outro importante sintoma. Pelo que você disse, o tratamento está ainda no início, apenas 3 dias. Em geral, dependendo da resposta do indivíduo aos medicamentos e doses utilizados, um episódio de mania pode levar mais de 8 semanas para ter uma remissão total dos sintomas.Isso quer dizer que, embora o portador apresente melhora progressiva dos sintomas, a recuperação completa pode demorar várias semanas.
      Sugerimos que você assista às palestras da ABRATA, seja na forma presencial ou pelo nosso canal no YouTube para se inteirar mais sobre as características do transtorno bipolar. Informar-se cada vez mais sobre o transtorno é fundamental tanto para pacientes como para familiares a fim de que se possa ter uma compreensão mais ampla de como o transtorno se manifesta, de aceitar seu tratamento e de aprender a corrigir as crenças errôneas que ajudam a formar o estigma social que envolve as doenças mentais como um todo e o transtorno bipolar em particular.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA”

  73. teresa teles 23 de fevereiro de 2019 às 12:30 - Responder

    Boa tarde

    Entrei hoje aqui por acaso e já aprendi muito.
    No verão passado, meu namorado (só namorávamos há 5 meses), começou a ter um comportamento estranho. Percebi rapidamente que estava a ter um problema mental grave mas não sabia especificamente o quê…os dias passavam e os comportamentos pioravam. Foi de tal forma drástico que eu e os pais dele, tivemos que o internar compulsivamente. Eram exatamente episódios de grande euforia, com muita grandeza a todos os níveis. Esteve cerca de um mês e meio no hospital e veio para casa medicado.Aceita perfeitamente a medicação mas tem consciência que não é a mesma pessoa. Não está deprimido ou eufórico, acho que não está, mas prefere ficar o dia todo deitado a ver filmes ou a dormir. Quando o desafio para sairmos, ele vem e fala normalmente com toda a gente, mas prefere de longe ficar em casa na paz.
    Hoje disse-lhe que poderia fazer passadeira e exercício em casa porque temos essas máquinas, mas não achou muita graça e respondeu-me que enquanto estiver a tomar a injeção ( dose mensal), não consegue porque se sente “preso”…Temo, aliás já temia, mesmo antes de ler tudo o que aqui foi escrito, que a injeção seja para sempre. Refiro mais uma vez que nunca teve um quadro de tristeza ou pensamentos mais mórbidos, apenas uma enorme falta de vontade para o que quer que seja…Alguém me ajuda?

    • blogabrata 25 de fevereiro de 2019 às 09:14 - Responder

      Querida Teresa.

      O seu namorado está se adequando às medicações, isso pode levar um tempo. E o mais importante é que se consulte
      com o médico psiquiatra periodicamente.
      Por outro lado, sugira que faça psicoterapia que, combinada com o tratamento medicamentoso, auxilia na retomada
      de uma vida normal.
      O apoio de familiares e amigos é de grande valia.
      Que bom que você encontrou o nosso site! Siga-o, está bem?
      Boa sorte.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  74. renata vital 4 de março de 2019 às 20:44 - Responder

    Nossa, cada pesquisa que faço encontro algo novo, muito bom o arquivo. Namoro um rapaz já faz uns meses, e só há um mês,quando ele entrou em crise, foi que descobri que ele tem Transtorno bipolar, levei um susto muito forte, pois sempre foi um homem extremamente carinhoso e amável comigo, muito calmo e tranquilo, e muito mais muito inteligente. Descobrir também que ele não tomava os medicamentos, e por isso saiu total do controle, precisou ser internado num hospital psiquiátrico, é horrível vê-lo naquele lugar e não poder fazer nada. Talvez receba alta essa semana, pois se encontra mais estável . Sinto que minha presença deixa-o tranquilo e em paz. Enfim, tenho pesquisado muita coisa, porque o amo, e não quero deixá-lo por esse motivo. obrigada…… todo o texto é muito claro.

    • blogabrata 5 de março de 2019 às 07:07 - Responder

      Olá Renata
      Agradecemos o seu contato.
      E como você gosta de pesquisar, selecionamos um artigo publicado no Blog da ABRATA com o título: DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?

      Quando uma pessoa recebe a notícia de que é portadora do diagnóstico de transtorno do humor bipolar, ela normalmente sente um choque, como se fosse uma notícia horrível, ter uma doença estigmatizante e incurável, e a primeira reação é de negar, ou buscar argumentos para desconfirmar o diagnóstico. Para o seu companheiro (namorado/a, marido ou esposa, etc.) o choque pode ser um pouco diferente. Algumas vezes, o companheiro já desconfiava, e nesta situação é comum que ele ou ela foram um dos principais incentivadores da procura de ajuda, e a confirmação do diagnóstico traria até um alívio, no sentido de se confirmar que existe um problema, e que este problema pode ser enfrentado e resolvido. Em outros casos, o companheiro nem desconfiava, e todos os problemas que o paciente apresentava em termos de alterações de comportamento e suas consequências, o companheiro atribuía a culpa ao próprio paciente, como se ele não tivesse autocontrole ou fosse responsável pleno por tudo o que acontecia de ruim. Nesta outra situação, em geral o relacionamento já não estaria bom, e o diagnóstico poderia aumentar ainda mais o distanciamento e a qualidade da relação.

      Diante desta nova realidade, a de que a pessoa com quem se convivia tem um problema mental crônico que exige tratamento pelo resto da vida, o companheiro se vê envolvido subitamente por vários dilemas: eu vou aguentar tudo isso? Eu mereço sofrer o que eu já sofri? E se eu sair da relação, o que vai ser do meu companheiro/a? Se eu continuar, o que eu preciso fazer? Até quando eu vou levar esta situação? E por que aconteceu só comigo?

      Para começar, o transtorno bipolar é relativamente comum, podendo afetar de 3 a 10% da população. Desta forma, é bem comum alguém ter se envolvido com uma pessoa que depois se soube ser bipolar, e de qualquer forma se relacionar com essa pessoa nem sempre é um “show de horrores”, pois ter problemas é a regra em qualquer relacionamento. Talvez na relação com uma pessoa bipolar, a imprevisibilidade e a inconstância (os altos e baixos), tragam situações de estresse e desgaste a mais, mas também a intensidade com que as pessoas bipolares se entregam nas coisas que fazem podem trazer momentos muito bons e gratificantes na relação. Portanto, estar se relacionando com uma pessoa bipolar não é tão diferente em relação a uma outra pessoa que possa ter problemas com álcool, ou ter alguma outra doença, ou não conseguir subir na vida. Todos temos problemas e defeitos, e um relacionamento dependo de se enfrentar os problemas e defeitos, e achar soluções e melhorias para que o casal consiga superar e crescer com tudo isso.

      Então, o que o companheiro de uma pessoa bipolar precisa fazer para ajuda-lo? A sequência de orientações que serão listadas a seguir, poderia ser adaptada a qualquer problema mais crônico ou básico que a pessoa possa ter, como problemas com drogas, com relacionamento com as pessoas ou com o trabalho. O primeiro passo é saber se a pessoa já percebeu que tem problemas que podem ser do transtorno bipolar, ou seja, se já consegue reconhecer que uma parte importante dos seus problemas pode ser explicado pela doença bipolar. Se ele não aceita, dizendo argumentos como “eu sou assim, nasci assim, não vou mudar”, ou “todos os problemas meus são os outros que ficam me causando”, então o trabalho vai ser tentar mostrar sempre que possível, informações sobre o transtorno bipolar, principalmente depois que essa pessoa faz um comportamento típico, sofre a consequência e se arrepende (por exemplo, depois que gastou demais). Sempre em momentos depressivos, a pessoa aceita mais, e nos momentos mais eufóricos, a pessoa aceita menos. Porém, o mais importante é fornecer à pessoa informações de boa qualidade, consistentes, no momento que essa pessoa possa aceitar melhor, e não no calor da emoção, como por exemplo no meio de uma briga, ou de uma crise de choro. Aos poucos, a pessoa vai entendendo melhor, e vai aceitando que pode ter o problema, até aceitar procurar uma ajuda.

      E depois que o paciente procura a ajuda de um profissional de saúde, o problema já está resolvido? Infelizmente, ainda não. É a regra que os pacientes bipolares sejam inconstantes também na aceitação da doença com fases que aceitam mais e fases que não aceitam, e por conseguinte começam um tratamento e depois largam, sendo esse ciclo pode ocorrer algumas vezes no decorrer da vida. Apenas os pacientes que conseguem se manter em tratamento estável, regular, sem abandonos, que tem a melhor chance de não terem a sua vida e seu futuro prejudicados pela bipolaridade. E ter um tratamento que deixe o paciente realmente bem por um longo prazo pode demorar bastante tempo, até alguns anos de tentativas com diversas medicações. Essa dificuldade em se achar um esquema de tratamento realmente adequado é bem desgastante, tanto para o paciente como para o companheiro, exigindo paciência e persistência, além de muito diálogo e apoio mútuo dos companheiros, e da equipe de tratamento, incluindo todos os profissionais envolvidos, o médico, psicólogo, assistente social e outros. Entretanto, quando se gosta da pessoa, todos esses esforços são recompensados, pois fazendo um bom tratamento, na maioria das vezes a doença fica bem controlada, e o relacionamento conjugal pode ser muito proveitoso e satisfatório. E o companheiro tem um papel fundamental para o sucesso do tratamento, na medida em que ele ajuda o paciente a não abandonar o tratamento, não errar nos medicamentos, não faltar às consultas com os profissionais. Tudo isso demanda um grande esforço, principalmente quando o paciente está entrando numa crise de euforia ou depressão, quando o paciente começa a fazer todos os comportamentos próprios do quadro clínico, como ficar irritado ou agressivo, ou descontrolado em gastos e outras impulsividades, ou depressivo e incapaz de se esforçar, de reagir. O companheiro e os demais familiares precisam considerar que o paciente está fazendo tudo aquilo por estar fora de controle, em crise, e que depois que a crise passa, ele vai voltar ao normal. A culpa pelos comportamentos inadequados é da doença, não do paciente, e é a doença que precisa ser combatida e criticada, não o paciente.

      Portanto, o companheiro de um paciente bipolar precisa se inteirar da melhor forma possível sobre o transtorno bipolar, com informações de boa qualidade e confiáveis, e tentar fazer com que o paciente também as receba e compreenda, além de ajuda-lo a manter o tratamento sem abandoná-lo ou interrompê-lo.

      O que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação.

      E quando se deve desistir da relação? Não existem regras, a sugestão é sempre lutar até as últimas forças, até o último limite, de cada um. Se não der, como acontece com muitas relações, infelizmente o relacionamento acaba, e cada um “sai catando os cacos” e se reconstruindo da melhor forma possível. Entretanto, sempre que possível, deve-se estimular pela manutenção do relacionamento, pois é tão difícil hoje em dia se conseguir ter um bom relacionamento, e desistir de relacionamentos antigos sempre se perde muito.

      Penso em acrescentar: “o que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação”

      Autor: Dr Teng Chei Tung | Psiquiatra | Membro da Conselho Científica da ABRATA
      Abraço grande
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 3 de abril de 2019 às 12:34 - Responder

      Querida Renata, agradecemos suas palavras pois que demonstram que estamos no caminho certo!
      Ah, venha conhecer a ABRATA quando puder
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  75. eLISIANA LIRA 15 de março de 2019 às 11:13 - Responder

    Gostaria muito de ver o transtorno bipolar tratado em sua causa (provável), mas por enquanto só ouço a voz (alta da alopatia)…Claro, tem as terapias, estilo devida: atividade física, alimentação… Mas ouvir só a alopatia, gera desesperança.

    • blogabrata 15 de abril de 2019 às 07:12 - Responder

      “Prezada Lisiana,
      Todos nós gostaríamos de curar não só o transtorno bipolar, mas todas as doenças. Ocorre que, enquanto os conhecimentos científicos não nos trazem recursos para que isso seja efetivamente realizado, temos que utilizar os tratamentos que comprovadamente reduzem o sofrimento e o ônus das doenças. O que a alopatia faz é utilizar os tratamentos cujos resultados tenham sido comprovados em pesquisas científicas rigorosas, não apenas em um estudo mas em estudos replicados em vários centros do mundo. Isso é chamado de Medicina Baseada em Evidências. Não basta ser alopatia, tem que ser baseada em evidências científicas resultantes de estudos em diversos centros do mundo. E é importante dizer que a ciência não estuda apenas tratamentos medicamentosos, o que poderia ser de interesse da indústria farmacêutica. Todos os procedimentos que podem representar uma melhora na saúde são pesquisados cientificamente. Assim são as cirurgias, os tratamentos elétricos, as dietas, as vacinas, os exercícios físicos, as psicoterapias e até a meditação. Não apenas medicamentos. O que acontece no caso do transtorno bipolar é que, embora diversos fatores estejam envolvidos no desenvolvimento do quadro clínico, uma condição básica para alguém ser bipolar é ter uma condição genética como predisposição. E, até o momento, não dispomos de recursos para bloquear a expressão dos genes envolvidos na manifestação dessa doença, só conseguimos tratar os efeitos depois que a doença se manifesta. Mas, você não deve perder a esperança. Os estudos científicos de que falamos estão trazendo cada vez mais conhecimentos sobre os detalhes do transtorno bipolar e isso tem orientado muito no tratamento clínico daqueles que são acometidos e acreditamos que os próximos anos são promissores no sentido de trazer mais dados científicos. E, enquanto o futuro não vem, pode fazer seu tratamento regular porque, mesmo não extinguindo a principal causa, o tratamento atualmente vigente é capaz de controlar a maior parte dos sintomas e das pessoas e de proporcionar uma qualidade de vida imensamente melhor do que seria se a pessoa acometida não se tratasse.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA”

  76. Caioio 19 de maio de 2019 às 16:32 - Responder

    Olá, pessoal.

    Eu já aceito meu diagnóstico, tomo as medicações regularmente, faço atividades físicas (e disso gosto muito). Porém o que mais me entristece e frustra é não poder sair com meus amigos e beber. Não posso perder noites… Sabe, me sinto um cara inferior por conta dessas limitações.
    Tive que mudar meu ambiente de trabalho por não suportar as provocações do meu público.
    É duro se enxergar inferior…

    Grato pela oportunidade

    • blogabrata 21 de maio de 2019 às 06:50 - Responder

      Prezado Caioio, agradecemos sua mensagem.
      A matéria ora postada encontra-se no site da ABRATA – https://www.abrata.org.br.
      Vale a pena lê-la.

      Tratamentos Psicossociais para o transtorno bipolar

      Autoria da dra. Rosilda Antonio, médica psiquiatra e membro do Conselho Científico da ABRATA.

      Apesar de ser prioritário, o tratamento medicamentoso não é suficiente pois, uma vez controlados os fatores biológicos, faz-se necessário trabalhar com o indivíduo para ele recuperar sua capacidade funcional e lidar com os prejuízos acarretados pelas consequências de seu transtorno (perdas de emprego, de relacionamentos, de oportunidades, da autoestima e construção de uma visão negativa da vida, entre outros). Para tratar das consequências psicológicas e sociais dos transtornos de humor são indicados os tratamentos psicossociais, ou seja, as diversas formas de psicoterapias. Um fator importante, qualquer que seja o tipo de abordagem psicossocial, é que o terapeuta tenha conhecimento do transtorno e possa reconhecer os seus sintomas e sinais significativos, a fim de orientar-se na condução da psicoterapia.

      As abordagens psicossociais mais pesquisadas para o tratamento dos transtornos do humor são descritas a seguir:

      1. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): ajuda pessoas com transtorno bipolar a aprender a modificar padrões de pensamento e comportamentos inadequados ou negativos associados à doença.
      2. Psicoeducação: propõe-se ensinar as pessoas com transtorno bipolar a respeito da doença e seu tratamento e como reconhecer os sinais de recorrência , de modo que se possa procurar uma intervenção imediata, antes que ocorra um episódio franco da doença. A psicoeducação também pode ser indicada para os membros da família. Constitui-se, em geral, de uma palestra sobre um tópico relativo ao TB seguido por um compartilhamento dos participantes tanto de dúvidas como de vivências.
      3. Terapia Focada na Família: é uma abordagem familiar criada por David Miklowitz, psicólogo americano, que usa estratégias psicoeducacionais, exercícios e também role playing, para reduzir o nível de angústia na família, identificar e modificar padrões disfuncionais de comunicação que tornam o ambiente familiar com alto nível de emoção expressa e que podem contribuir para os sintomas da pessoa ou, ao contrário, ser decorrente dos mesmos.
      4. Terapia interpessoal e do ritmo social: ajuda pessoas portadoras de transtorno bipolar tanto a melhorar as relações sociais como a regularizar suas rotinas diárias. Rotinas diárias e horários de sono regulares podem ajudar o paciente a evitar episódios maníacos.

      Apesar de suas diferenças, todas elas têm como objetivo comum:
      a) o controle dos fatores de risco associados à ocorrência e à recorrência de episódios, especialmente à não aderência ao tratamento farmacológico; e
      b) a diminuição dos prejuízos e consequências psicossociais causados pelos transtornos e que não melhoram apenas com a redução da sintomatologia.

      Segundo a Associação Psiquiátrica Americana, a maioria dos pacientes com TB enfrenta algumas das seguintes dificuldades:

      a) Consequências emocionais dos episódios de mania, depressão ou misto;
      b) Consciência de ter uma doença crônica;
      c) Contato com o estigma da doença;
      d) Prejuízos no desenvolvimento;
      e) Medo da recorrência de episódios;
      f) Dificuldades interpessoais no casamento, ambiente familiar e social;
      g) Problemas ocupacionais;
      h) Consequências legais e sociais decorrentes de comportamento inadequado ou violento durante as crises.

      Todas essas dificuldades fogem do âmbito do tratamento medicamentosos e demandam intervenções psicossociais com vistas a dar instrumentos para o indivíduo portador lidar com seu transtorno e a participar ativamente de seu tratamento.

      Abraços
      EQUIPE ABRATA

    • Gisleia Menezes 10 de junho de 2019 às 00:09 - Responder

      Eu tenho essa dificuldade.
      Me sinto limitada socialmente e, pior, profissionalmente.
      Também aceitei o diagnóstico, e mudei minha vida radicalmente. Mas o preço tem sido muito alto.
      Antes do diagnóstico, eu era uma pessoa confiante, firme, decidida, invencível, inquebrantável, guerreira. E era companheira, amiga, incansável. Agora sou uma praia limitada pela rotina, pelo controle, pela negação da impulsividade (que me movia e me fez vitoriosa em todos os sentidos). Atualmente luto diariamente para manter a rotina. Mas a rotina está me consumindo. ..

      • blogabrata 10 de junho de 2019 às 08:01 - Responder

        Prezada Gisleia, a sua mensagem é muito importante para nós!

        De modo geral, os sintomas da Mania no Transtorno Bipolar são os seguintes:
        – Aumento de atividade física como, por exemplo, as suas tarefas estarem todas feitas às 7h da manhã.
        – Mente hiperativa, com aumento de intensidade de pensamentos ou emoções e uma maior rapidez verbal.
        – Dormir menos, acordando muito cedo, cheio de energia ou deitando-se muito tarde, sem saber quando parar.
        – Sentimentos de alegria, felicidade e excitação. Em algumas pessoas podem acompanhar-se de irritabilidade, medo, desconfiança ou paranoia (sentir que os outros estão contra si, o perseguem).
        – Sensações de vivência em uníssono com todas as pessoas, o mundo e o universo.
        – Constante pressa com múltiplas tarefas ao mesmo tempo, sem conseguir terminar nenhuma.
        – Falar tão depressa que os outros não o conseguem acompanhar. Interrupção total ou quase total do discurso dos outros.
        – Manutenção de longas conversas, frequentemente divertidas e profundas, mesmo com estranhos. Passar horas ao telefone.
        – Esquecer-se de comer, por estar muito ocupado.
        – Subitamente tem muitas coisas para fazer, muitas pessoas para ver, muitos lugares onde ir, muitas ideias e planos, possivelmente acompanhados de esquemas ambiciosos para “fazer milhões” ou “salvar o mundo”.
        – Fazer coisas estranhas ao seu caráter, por exemplo, gastar muito dinheiro e agir de modo destravado no plano sexual.

        Hipomania (que é uma mania mais leve):
        – O estado psíquico é muitas vezes agradável, tão intensamente, que há grande relutância em reconhecer que se possa estar doente. Na fase de hipomania a pessoa sente-se muito bem, ativa, produtiva, de tal modo que é difícil aceitar que está em evolução uma crise e que são necessárias medidas terapêuticas.
        – Pode reconhecer que está hipomaníaco, mas subestimar a gravidade da situação.
        – Pode sentir-se confiante em que “desta” vez não vai cair numa crise grave de Mania. Devido ao seu estado psíquico pode não se importar em entrar em Mania.

        As consequências para a vida das pessoas com Transtorno Bipolar, seja para as relações com as outras pessoas, como resultado dos seus atos nos episódios de mania ou hipomania, podem ser dramáticas e muito prejudiciais. Por isso, que é aconselhável manter-se uma rotina que não precisa ser necessariamente entediante.
        Sugerimos que baixe gratuitamente no site da ABRATA o manual informativo intitulado “A qualidade de vida dos portadores de transtorno bipolar”,
        https://www.abrata.org.br
        Leia, também, o artigo escrito pela médica psiquiatra Márcia Britto de Macedo Soares “Transtorno do Humor e Criatividade”, que você encontra no referido site.
        Abraços
        EQUIPE ABRATA

  77. Alessandra 23 de maio de 2019 às 18:41 - Responder

    Fico feliz que alguém tenha falado abertamente sobre isso. Por incrivel que pareça existem pouquissimas informações sobre o transtorno. Basicamente todos falam a mesma coisa e vc chega a pensar se realmente sofre com o problema. Sempre tive delírios. Sempre achei que as pessoas estavam maquinando contra mim. Na fase da depressão não era tão reativa, jã na fase da mania perseguia até o mais inocente ser. Parte minha ainda resiste em acreditar em tudo isso e outra parte concorda que realmente algumas reações era absurdamente desproporcionais. Antes de ser diagnostica, achava que era vítima das circunstancias; algumas coisas só aconteciam comigo. Nem os psiquiatras me ajudaram. Foi durante terapias com 3 psicólogos diferentes que fui nas três ocasiões encaminhada para o psiquiatra. Um desses profissionais disse que seria muito dificil continuar me tratando se eu nao tomasse uma decisão de procurar um psiquiatra para então entrar com uma medicação. Claro que fiquei com raiva e nunca mais apareci. Só que minha vida continuava um caos. E era perturbador ver que com mais de 40 anos nao tinha conseguido chegar em lugar nenhum. Era um acumulo de inimigos por aí, uma vida familiar destroçada, isolamento, vida social e financeira um absoluto caos. Me sentia culpada a maior parte do tempo, o que me afundava ainda mais em depressão. Queria reagir, queria fazer algo para mudar. Toda vez q entrava num emprego prometia a mim mesma que não surtaria. Mas não passava nem dois meses e eu já dava um jeito de arrumar confusão, perder a cabeça, bater boca e em algumas vezes agredir. Aliás agressão era parte dos meus atributos. Não só agressão verbal como física dependendo da reação da outra pessoa. Barulhos me incomodavam demais. Era hipersensível a ruídos e às vezes me perguntava: será que ninguém se incomoda com tal barulho? Não, ninguém se incomodava tanto quanto eu. Nos meus delírios eu sempre achava que as pessoas me magoariam, que estavam arquitetando planos contra mim e que sentiam inveja de mim. Um poder, uma superioridade também faziam parte da minha maratona das fases maníacas. E logo depois, a pior das depressões. Até que tudo isso, obviamente, ficou insustentável. Pensei em suicidio muitas vezes mas nunca tive coragem de efetivamente fazer nada. Queria apenas nao existir. Era obcecada por muitos assuntos. Quando me envolvia em algo me tornava obcecada por aquilo. Agora estou medicada e ainda não sei muito quem eu sou. A terapia vai me ajudar a construir uma nova vida e uma nova pessoa. Mas os estigmas ainda me incomodam muito. Falo abertamente sobre meu transtorno e gostaria que um dia as pessoas entendessem que ter uma doença mental, não é uma escolha; assim como ter diabetes ou um cancer tbm não é. Meu maior desejo e ver minha vida reconstruída e estável. E uma sociedade mais acolhedora com todas as diferenças e menos segregadora, afinal eu sei o quanto a minha solidão e exclusão só agravou a minha doença.

    • blogabrata 28 de maio de 2019 às 07:19 - Responder

      Prezada Alessandra, agradecemos muitíssimo o seu depoimento.
      Abraços
      EQUIPE ABRATA

  78. Maria Tomaz 17 de junho de 2019 às 10:41 - Responder

    Olá a todos. Começo por agradecê-los por toda a informação, que adquiri ao ler tudo o que estava publicado. Em 2009, foi-me dito que era Bipolar, em consequência de um internamento hospitalar por tentativa de suicídio. Nos meses seguintes, dois ou três, fiz a medicação e psicoterapia. Não acreditei no diagnóstico, depois de ter lido vários livros, alguns técnicos ou médicos, pesquisei e pesquisei, consultei uma associação para doentes bipolares, enfim. Eu própria, assumi ter sido um mau diagnóstico, argumentando que a psiquiatria está longe de identificar com precisão uma doença como a Bipolaridade. Deixei a medicação. Sucederam-se mais duas tentativas de suicídio, consumo de álcool (que detesto), bebia compulsivamente só para ficar alcoolizada. Tudo isto a acontecer em simultâneo com a menopausa. Posso dizer que foi uma desgraça. Sem emprego, sem dinheiro, ora eufórica e feliz, a sentir-me poderosa, altura em que me empenhava tanto que se tornou exaustivo. Ficava fatigada, sem vontade de nada, com pena de mim mesma, senti-me abandonada, tudo e muito mais, em proporções que só quem já sentiu, acredita. Estamos em 2019, desde de 2009 que não tomo medicação. Hoje aceito a minha doença, sei que é devastadora, avassaladora, não a controlo, ao contrário do que eu acreditava conseguir. Arranjei emprego, comecei a estabilizar-me economicamente, reencontrar com o meu filho, a minha família, os meus amigos, essas que dão estabilidade a toda a gente.
    Alguma coisa correu muito mal. As consequências das minhas ações passadas caíram-me em cima. 1000 problemas em todos os campos da minha vida, e sinto-me impotente. Há dias que não existo, voltou tudo. Mania, ansiedade, hiperatividade, consumo de substâncias e, depois, uma tristeza sem fim, um vazio, a culpa, o desânimo. É um tanto faz. Sem sono, sem apetite, sabem do que falo quem é bipolar.
    Portanto, eu afirmo com todas as letras, que a doença bipolar não tem nada de bom, nada de positivo, não nos ensina nada, não a controlamos com a mente. O único caminho é pedir ajuda, aceitá-la e viver com ela, não como um inimigo, mas como um amigo do que um contraditório.
    Finalmente, eu vou pedir ajuda.
    Parte da minha decisão foi tomada depois de ler o testemunho de todos e dos/as opiniões especialistas. Claras e transparentes. Foi muito importante para mim.
    Obrigada por chegaram aqui. Obrigada mesmo.

    • blogabrata 18 de junho de 2019 às 08:44 - Responder

      Cara Maria Tomaz,
      Você tomou o caminho mais correto para ficar estável e levar uma vida com qualidade.
      Os sintomas do Transtorno Bipolar podem ser controlados com tratamento medicamentoso e psicoterapia.
      Boa sorte!
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  79. Kelma Silva Kelma 1 de outubro de 2019 às 22:36 - Responder

    Oi Boa noite,já fui diagnosticada com transtorno bipolar psicótica desde 2010.
    Mas já sofria desde o ano 1995,começou a se agravar após minha primeira gravidez em 2002 e o diagnóstico confirmado pelo psiquiatra foi em 2010.
    Hoje Eu realmente criei coragem para ler sobre o meu problema.
    Estou estarrecida.
    Gostaria muito de ajuda é possível?

    • blogabrata 5 de outubro de 2019 às 10:41 - Responder

      Olá Kelma,
      É muito importante conhecer em detalhes o transtorno bipolar. E você deve ter visto que, com o tratamento adequado,
      o portador poderá levar uma vida normal.
      Dessa forma, sugerimos que dê continuidade ao tratamento medicamentoso seguido de psicoterapia.
      Leia o material informativo constante do site da ABRATA: https://www.abrata.org.br
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  80. Camila 15 de dezembro de 2019 às 22:47 - Responder

    Com 16 anos meu psiquiatra me deu diagnostico, hoje com 35 anos de idade sei o quanto é dificil conviver com crises constantes, é muito dificil para nós bipolares para as pessoas que convivem. Também no meu caso adoro ficar quieta em casa deitada, para muitos isso é visto na minha familia como se nesse momento estivesse doente mas não estou doente, quando estou falando de mais, quando estou bebendo quando estou em festa essa não sou eu. 3 anos de namoro ele adora sair eu nao agito de mais som alto é um gatilho para mim poder aturar pode ser desculpa mas uso nesse momento droga e o quanto me arrependo depois porque ser alguem que nao sou para agradar sempre tive ódio da bebida meu pai foi alcoólatra não suportava nem o cheiro nesses 3 anos estou bebendo para fazer parte da roda de amigos porque no inicio ficava isolada quieta a alegria das pessoas bebendo me incomodava sabendo que estavam tentando aliviar seus problemas seus stresses bebendo mas passei a fazer parte disso mas não aguento ser mais, quem não sou ai as crises aumentam não estou estabilizada tomo medicaçao sei do risco que passo misturando álcool, droga no final de semana e durante as semana fazendo uso de medicacoes fortes uso frontal 2mg rivotril, 2mg amato100mg, latuda 40mg, venlafaxina 35mg, losartana 50mg , muitas vezes me passou o fato de acabar com minha vida mas o que ainda me faz estar aqui sao meus filhos. Criei os dois sozinha, tive um com 17 anos mae solteira e com 25 anos conheci o pai da minha filha fiquei casada 5 anos na qual foi muito humilhada e sofri muito e me separei.Hoje trabalho para sustentar meus filhos e pagar aluguel, sou bem afastada da minha familia mais por opçao meu filho mais velho tem eplepsia e sindrome de asperger entao estou viva pelos meus filhos mas a bipolaridade vem cada dia tirando um pedaço de mim já usei muita medicaçao poucas vezes fiquei estabilizada existem muitos gatilhos que me alteram o humor muitos picos e assim vou vivendo como se tivesse duas pessoas em uma a cabeça fica confusa quantas vezes desejei sair sem rumo e esquecer quem sou sabemos que machucamos as pessoas com palavras mas estamos machucando muito a nos mesmo pois tudo é confuso e sofremos muito.

    • blogabrata 16 de dezembro de 2019 às 09:51 - Responder

      Olá Camila, agradecemos a sua mensagem.
      Sugerimos que faça o tratamento medicamentoso indicado para o transtorno bipolar com frequência e disciplina a fim de
      ficar estabilizada, e levar uma vida produtiva.
      Recuse bebidas alcoólicas e drogas porque potencializam a bipolaridade.
      Se for possível, faça psicoterapia.
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  81. Lais Da Rocha 18 de dezembro de 2019 às 11:09 - Responder

    Acredito que o meu namorado possa ter o transtorno bipolar. A suspeita ficou ainda mais forte quando familiares dele me confirmaram que o pai de tinha esse transtorno e que visualizam nele muitos sintomas que eram presentes no pai.
    A convivência está cada vez mais difícil e um período de crise do nosso relacionamento, que poderia ser resolvido em algumas semanas, já se arrasta por 6 meses. Ele varia de momentos em que me ama e está entusiasmado com o relacionamento, para episódios em que me ofende e me odeia. Nas nossas discussões, que eu imagino que ocorrem em episódios de mania, eu tenho a sensação de que estou falando com as paredes e ele tem certeza de que está 100% certo sobre tudo.
    Já o vi ter episódios em que estava descontente com a vida, se sentindo insignificante e sem nenhuma vontade de se alimentar.
    Em outros momentos ele tem uma animação incrível, planeja mil coisas no trabalho e não para de buscar coisas para comprar.
    Muitas vezes terminou o relacionamento abruptamente, sem motivo aparente e dias depois, quando eu ia conversar, ele agia como se nada tivesse acontecido.
    O comportamento dele com familiares também é uma gangorra;
    Como abordar o assunto com ele ? A família já tentou, mas ele não aceita ir ao médico.
    O que posso fazer para que ele enxergue que é importante procurar um médico?
    Já não sei mais o que fazer para ser ouvida e a relação é mentalmente muito desgastante.

    • blogabrata 9 de janeiro de 2020 às 11:31 - Responder

      Prezada Lais.
      Agradecemos a sua mensagem, e lamentamos muito o fato de o seu namorado não aceitar pois poderia ter uma qualidade
      de vida excelente!.
      Ao que tudo indica, ele evita de conversar, ou aceitar conversar, sobre eventual diagnóstico a ser confirmado
      pelo psiquiatra.
      Convide-o a conhecer o site da ABRATA, seus artigos e vídeos do YouTube.
      Lembre-se, no entanto, que a decisão de procurar ajuda profissional é dele, não há como forçar.
      Mas você pode se ajudar através de terapia, já pensou nisso?
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  82. Rodrigo Martins 10 de janeiro de 2020 às 12:47 - Responder

    Bom dia,
    Minha mãe foi diagnosticada com transtorno bipolar já faz quase 10 anos, e no meio dessas crises elas passam por diversas fases, tem hora que ela fica sem vontade de fazer nada e fica só deitada, hora ela fica falando sozinha como se tivesse algo perturbando ela o tempo todo, fica aérea e não dá muita atenção para o que você fala… e também tem fases que ela está bem e conversa bastante e fica com vontade de sair porém essas fases são bem rápidas. Eu pago um bom médico já faz uns anos e o tratamento dela é a base de risperidona e cinetol, porém depois de tantos anos não vejo uma melhora significativa, queria poder ajudar mais de alguma forma, não é uma situação fácil ver a minha mãe passar por tudo isso e não poder ajudar…

    • blogabrata 21 de janeiro de 2020 às 10:44 - Responder

      Olá Rodrigo, agradecemos a sua mensagem.
      Por sua narrativa, verificamos que a sua mãe aceita bem o tratamento medicamentoso, dessa forma sugerimos
      que procure a opinião de outro profissional.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  83. Marcos 25 de janeiro de 2020 às 22:21 - Responder

    Sou diagnosticado Bipolar desde 2006 e tomo Olamzapina 10mg dois comprimidos, 3 carbonato de litio 300 mg e 7 gotas de clonazepan e tenho muita dificuldade no raciocionio cognitivo gostaria por favor de uma ajuda para melhora o meu desempenho nos estudos e na minha vida profissional e pessoal. Já tive em uma reunião do grupo ai na sede, mas para mim é complicado devido eu mora longe. Obrigado e que Deus abençoe

    • blogabrata 29 de janeiro de 2020 às 10:48 - Responder

      Olá Marcos, sugerimos que converse com o seu médico sobre o assunto objeto de sua mensagem.
      Abs.
      EQUIPE ABTATA

  84. flavio brito 19 de fevereiro de 2020 às 17:03 - Responder

    Olá a todos,
    Realmente é uma doença muito difícil de entender e conviver, digo isso pois minha esposa tem bipolaridade em um grau muito elevado pois seus sentimentos mudam muito rapidamente de uma felicidade grandiosa para uma tristeza absoluta e mais duradoura. Conheci ela faz cinco anos e casei com oito meses e como não convivia com ela todo dia demorei a entender e até pensei que era a famosa TPM, mas como TPM se essa não acabava nunca. Casei com ela e ai comecei a conhecer melhor seu temperamento que só fez piorar a nossa convivência pois como não estávamos juntos não imaginava o tamanho do problema até porque ela havia me falado que já tinha casado 3 vezes e nunca dava certo ate o ponto do seu ex marido dizer que ela não iria dar certo com ninguém. Com um ano de casado lendo muito e procurando ajuda de amigos que são Psicólogos eles me pediram para lava-la a um psiquiatra e ela não conseguia entender o porque de ir, mas depois com muito esforço consegui. O que hoje posso dizer sobre essa doença é que ela não acaba só com as pessoas que tem, mas sim com quem não tem e convive diariamente com pessoas assim´, pois por mais que ajudemos é uma coisa que não ne jeito mesmo medicada, pois só basta uma chateação ou contrariedade e começa tudo novamente.

    • blogabrata 11 de março de 2020 às 13:26 - Responder

      Prezado Fabio.
      Felizmente, você é uma pessoa bem informada, e avalia o quadro de sintomas do Transtorno Bipolar com
      conhecimento de causa.
      Os médicos psiquiatras têm sugerido a combinação de medicamentos – acompanhamento psiquiátrico – com
      psicoterapia.
      Tente convencê-la a procurar mais ajuda, está bem?
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  85. edileda 1 de março de 2020 às 11:49 - Responder

    Bom dia !
    Sou casada há 32 anos e sempre meu marido apresentou quadro de depressão,percebia que tinha momentos de nervosismo sobre mim, impaciente com nosso filho,mas tinha horas que era uma pessoa maravilhosa.Sempre fiquei bem com meus familiares,mas por causa dele acabei me afastando.
    Meu filho cresceu e percebi que esse estresse estava mexendo com meu filho sendo que meu marido sempre queria ser enérgico demais, meu filho nunca deu um trabalho mas assim como eu não tínhamos valor algum pra ele na hora de estresse.
    Sempre dei maior apoio para que se cuidasse sempre a seu lado.Mas nunca ninguém o diagnostica como bi- polar.Agora meu filho começou com ansiedade, compulsão alimentar(27), lá foi morar em sua casa e que foi diagnosticado como bipolar, tive a certeza que meu marido é realmente bipolar.
    Graças a Deus meu filho está se tratando e com apoio da noiva tambem.]
    Só que meu marido não quer mudar de médico, toma apenas o remedio para depressao, sendo que há anos esta com ele.
    Meu filho ja saiu de casa e agora está bem, também acabei por vir morar no interior, pois precisava me cuidar , agora quem estava começando a adoecer.
    Escuto que o abandonei , mil coisas, mas ele não deixa ajudá-lo, não vejo melhora h[a 2 anos que esta com novo remedio e está decaindo.
    Sendo que nem pra sair de carro com ele dá pois se irrita fácil fecha , xinga, reclama,briga, ou seja , um passeio terrivel.
    então estou distante para me tratar e ver como posso ajudá-lo.

    • blogabrata 11 de março de 2020 às 13:16 - Responder

      Prezada Edileda, agradecemos o seu contato.
      É importante que se cuida para cuidar dos outros. Entretanto, lembre-se que seu marido precisa colaborar para
      buscar ajuda. Não há como fazê-lo à força.
      Indicamos a leitura do Guia para cuidadores de pessoa com transtorno bipolar que pode baixá-lo em nosso site.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  86. MárciaMaria 5 de abril de 2020 às 16:52 - Responder

    Boa tarde,
    Convivo com minha mãe, ela é idosa e tem transtorno bipolar. O diagnóstico inicial foi de fibromialgia, que causa dor e, em alguns casos, depressão clássica, mas a médica reumatologista não diagnosticou a bipolaridade. Eu já havia percebido as variações de humor, porém não havia um diagnóstico, até que, após ler um livro “Mentes depressivas”, da psiquiatra Maria Helena Diniz, vi minha mãe e seu irmão, descritos no capítulo que fala sobre bipolaridade, o que no caso dela foi confirmado pelo psiquiatra que a levei. É muito difícil o convívio. Escrevo nesse momento pois estou muito estressada e saturada, a ponto de explodir. Minha mãe varia entre períodos depressivos e maníacos que duram cerca de 2 meses cada, às vezes intercalados por um breve período de normalidade. Geralmente, após estar bem, é acometida por alguma situação que funciona como gatilho de cunho físico, como uma crise hipertensiva, uma cólica seca, uma crise de cãibra ou rinite, que culmina num período deprimido, caracterizado por muito sono, falta de empatia, fica dispersa, faz as tarefas do dia a dia arrastada, sem interesse pela vida ou pelas pessoas ao seu redor. Acorda muito tarde, se eu deixar passa das 10h, não se alimenta, uma situação terrível de se ver quando se ama alguém nessas condições. De repente, noto uma mudança, ela começa a se comunicar e a acordar mais cedo, qd vejo já está eloquente, fala sem parar e qd não dou atenção fala sozinha. Quer fazer mil coisas ao mesmo tempo e percebo em seu frisson que não consegue organizar os pensamentos e, entre tantas tarefas, não conclui quase nada. Começa a dormir muito tarde, após a 00h e acorda bem cedo, o que a deixa irritada, reclama de tudo, quer atenção o tempo todo, se tornando por demais egocêntrica. Com a desculpa de querer ajudar interfere em tudo, quer mandar na vontade das pessoas e parece que esqueceu que já ensinou as coisas, pois repete a mesma coisa que já ensinou faz muitos anos, como lavar uma folha de alface, por exemplo. Muda de personalidade tornando-se muitas vezes alguém que não reconheço, às vezes avarenta, outras perdulária, fala da vida das pessoas, faz críticas maldosas e apresenta aquela expressão de deboche que me mata. Na fase maníaca, surge uma energia desproporcional para uma senhora de 75 anos, e o aumento da libido tb é visível. Eu trabalho em turnos e, nos dias de folga em que estou em casa, a vejo atrás de mim o tempo todo, o que piorou muito após a morte de meu pai, o qual hj entendo e ao qual pediria desculpas por algumas atitudes que tive, quando ainda não compreendia a situação de minha mãe. Esses dias de quarentena, sem os quais não posso contar com o refúgio da rua, da academia, das tarefas externas, têm sido muito difíceis para mim. Chego ao ponto de me irritar com o som de sua voz. O caso do irmão dela que mora no fundo de nossa casa é ainda pior, um grau ainda mais forte, ao ponto de não tomar banho durante a depressão clássica e ter delírios megalomaníacos na fase eufórica, que é agravada pelo consumo de bebidas.
    Trabalho e poderia morar sozinha, mas escolhi ficar em casa pois assim poderia lhe proporcionar mais conforto e amparo. Todavia, sinto que estou adoecendo, que meu nível de estresse está altíssimo, me sinto melhor fora de casa. Quando viajo posso dormir em uma cama horrível, me alimentar mal e ainda assim não sinto as dores que sinto ao acordar em casa, em minha própria cama. Tenho medo de ser acometida por essa doença horrível, tendo em vista que há ocorrência entre pessoas da mesma família. Tenho pensado em sair de casa, o que me deixa muito mal por pensar em deixá-la sozinha com quase 75 anos, mesmo ela sendo ativa a maior parte do tempo, e morando bem próximo de vários parentes. Penso se não seria realmente mais saudável para ela, que tem hipertensão e não pode se irritar, e para mim, que me sinto ao ponto de ter um colapso nervoso.

    • blogabrata 9 de abril de 2020 às 08:16 - Responder

      Querida MárciaMaria, agradecemos imensamente o seu contato.
      Você esclarece em sua mensagem que a sua mãe foi diagnostica com Transtorno Bipolar. Ela fez ou faz uso dos medicamentos
      prescritos pelo psiquiatra?
      O transtorno bipolar é uma doença que causa alterações no comportamento e leva uma pessoa a oscilar entre momentos de felicidade e depressão repentinamente. As chamadas “oscilações de humor” significam alternâncias entre a mania (estado eufórico) para um estado depressivo. A frequência é variada, assim como a intensidade do quadro que pode ser leve, moderada ou grave.
      Existem diferentes tipos de transtorno bipolar e todos eles afetam os níveis de humor, energia e eficiência do indivíduo. Sendo assim é possível que a pessoa manifeste estados de humor variados, que podem ser extremamente enérgicos (conhecidos como episódios maníacos) ou muito tristes e sem energia (fase depressiva). Podem ocorrer estados mais brandos, também conhecidos como hipomania.
      Os episódios de alteração de humor podem acontecer em espaços de tempo variados, – raramente ou várias vezes ao ano.
      Ainda que o transtorno bipolar seja uma condição que não tem cura, é possível controlar as alterações de humor com medicamentos específicos e acompanhamento psicológico (psicoterapia).
      Quando um paciente com transtorno bipolar está sem tratamento cada fase pode durar de três a seis meses, depois existe uma fase de normalidade que é variável e posteriormente uma fase de euforia que também pode durar de três a seis meses. Com tratamento adequado este período pode ser abreviado.
      Pensamos que o retorno ao psiquiatra é fundamental para que a sua mãe fique estabilizada, para ter uma vida normal e com qualidade.
      Caso você não consiga convencê-la a procurar ajuda, converse com pessoas próximas a ela.
      Há que se mostrar à sua mãe a realidade dos fatos, realçando o como está difícil a convivência entre vocês. Procure o momento oportuno, que não pode ser nem na crise depressiva nem na maníaca, deve ser em um momento de calmaria.
      Baixe o Guia para Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar, que está disponível no site da ABRATA: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      E quanto a você, sugerimos que se cuide também. É comum que o familiar desenvolva depressão ou ansiedade.
      Algumas maneiras de aliviar o estresse em 1 minuto ou menos:
      Feche os olhos e respire fundo. Quando o estresse atingir você de forma intensa, o mais importante é tentar colocar os problemas de lado e se acalmar por um instante. …
      Faça um lanche. …
      Tome um copo d’água. …
      Fale com alguém. …
      Lave as mãos. …
      Ouça sua música favorita. …
      Procure “animais fofos” no Google. …
      Desligue o celular.
      É o que nos incumbe informar neste momento tão difícil para a humanidade e, em particular, para aqueles que têm transtornos mentais e seus respectivos
      familiares. Há que se ter paciência, amorosidade, compaixão, não é mesmo?
      Um enorme abraço
      EQUIPE ABRATA

  87. Bruna 6 de junho de 2020 às 21:23 - Responder

    Meu cunhado está com todos os sintomas de depressão e bipolaridade, e não aceita tratamento e fica agressivo se alguém da família questionar algo relacionado ao tratamento psicológico, diz que não é louco…
    A família não sabe quem procurar para levá-lo mesmo sem a sua vontade.
    Nessas situações, o quê fazer?

    • blogabrata 8 de junho de 2020 às 10:12 - Responder

      Prezada Bruna, a sua mensagem é importante para a ABRATA, agradecemos muito!
      A análise dos sintomas do Transtorno Bipolar e da Depressão é feito por psiquiatra. Agora, não é fácil para os
      familiares convencerem o paciente a se cuidar. Há que ter muita paciência e carinho!
      Levá-lo à força nem pensar, como vocês fariam, não é?
      Somente em caso de pensamentos suicidas ou de ameaçar terceiros,submetendo-os a algum risco, é que se pode pensar
      em uma internação psiquiátrica, o que nos parece que não é a situação exposta em sua narrativa.
      Dessa forma, sugerimos algumas providências:
      a. Baixe o GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOAS COM TRANSTORNO BIPOLAR no site https://www.abrata.org.br;
      b. Participe do GRUPO DE APOIO ON-LINE DA ABRATA. Leia as informações abaixo:

      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom.
      **Vagas limitadas

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  88. Karol 23 de julho de 2020 às 00:59 - Responder

    Olá, tenho uma colega que já foi diagnosticada com transtorno bipolar há alguns anos atrás, porém não aceita e diz que não acredita nessa doença, diz que não existe, é uma invenção manipulada e tem salvo várias teorias de conspiração sobre o assunto… enfim, ela está em surto atualmente e não sabemos como agir, pois está em outro país, sem a família por perto, separada do namorado, e sem possibilidades de voltar para o Brasil por conta do COVID.. Mas, a minha questão é… pessoas que estão no período mania do transtorno bipolar estão totalmente fora da realidade? Ou tem noção do que estão fazendo e escolhendo? Agem de acordo com a própria personalidade ou agem como se fossem outra pessoa? Pois, é perceptível que ela não está bem, porém, ela não está em risco segundo os psiquiatras a ponto de ficar internada, e ela tem momentos que fala realmente nada com nada (ex. Ela tem poderes espirituais, está trabalhando 24h por dia espiritualmente e tem dinheiro para receber então não precisa trabalhar nesse plano “carnal”), porém ela tem momentos que parece que está muito lúcida, mas parecendo uma adolescente sem noção do perigo das suas escolhas (ex. Pedindo maconha para as pessoas na rua, conhecendo homens e marcando encontros estranhos sem mal saber o nome, querendo ir para praia e fica lá mesmo que sozinha à noite inteira) totalmente sem limites! Mas, ela age e fala que quer essas coisas com muita lucidez, dizendo que namorou por muito tempo e foi “controlada” para tudo que queria fazer, e por isso que agora ela quer curtir cada segundo da vida dela! E é impossível de segurar… Ela às vezes some e desliga o celular por quase um dia todo, e depois liga para o ex dela dizendo que está bem e ele não precisa se preocupar, mas faz essas coisas sempre depois que ele recusa algo que ela quer, parecendo que está fazendo de propósito para atingi-lo, pois ela o culpa por tudo… Só não sabemos até que ponto ela age com consciência ou se ela faz essas coisas por realmente não saber o que está fazendo! Sou totalmente leiga no assunto, querendo ajuda, para assim, conseguir ajudá-la também! Obrigada!

    • blogabrata 27 de julho de 2020 às 08:10 - Responder

      “Boa tarde Karol,
      Pela sua descrição, sua amiga está em franco surto maníaco e necessita de tratamento urgente. É característico da fase maníaca a sensação de grandiosidade, de poder, de ter energia e de conseguir dar conta de tudo. O julgamento da realidade fica prejudicado pela elevação do humor e pela sensação de grandiosidade e poder. As atitudes da pessoa são baseadas na impulsividade, que está muito elevada e as decisões não são tomadas com base numa percepção clara da realidade. Ocorre também um aumento da irritabilidade e a pessoa pode ficar agressiva se for contrariada. Seu comportamento é imprevisível e o quadro é grave e deve ser tratado imediatamente. Se não houver tratamento, pode haver prejuízos imensos em decorrência da incapacidade da pessoa de controlar seus impulsos. Como a inteligência não está comprometida, pode parecer que a pessoa está normal em alguns momentos ou que pode tomar decisões lógicas, mas isso não é verdade pois a capacidade dela de manter a racionalidade está prejudicada e em instantes ela fica impulsiva e se coloca em risco de forma descontrolada. Nessa situação, a avaliação de risco fica totalmente comprometida e a pessoa comete atos que colocam em risco tanto a ela mesma como a outras pessoas. Além disso, existem ideias delirantes de grandeza e de cunho místico, caracterizando uma forma psicótica da mania. Essa situação geralmente requer uma internação psiquiátrica para que a pessoa possa realizar o tratamento em ambiente protegido até sua recuperação.
      Seria bom que alguém fosse avisado do estado em que sua amiga se encontra para que pudesse tomar alguma providência para que ela fosse atendida.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA”

  89. blogabrata 23 de julho de 2020 às 08:36 - Responder

    Olá The Sun Drop, agradecemos seu contato.
    Você foi diagnosticada por psiquiatra? Está seguindo a prescrição médica?
    Os sintomas do Transtorno Bipolar podem ser controlados com tratamento medicamentoso combinado com psicoterapia.
    Realçamos a importância da combinação dos dois cuidados porque, enquanto a medicação cuida da parte química cerebral,
    a terapia trabalha as emoções, sentimentos e comportamentos das pessoas com transtorno bipolar.
    Você pode, também, participar do Grupo de Apoio On-Line instituído pela ABRATA, em que poderá compartilhar sua experiência
    em ambiente absolutamente seguro.
    Leia as informações abaixo:

    O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

    O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

    O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

    Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.

    * Para maiores de 18 anos

    **Vagas limitadas

    Seja bem-vinda!

    Abs.
    EQUIPE ABRATA

  90. paulo 8 de agosto de 2020 às 15:29 - Responder

    Observando comentários de portadores de transtornos mentais há tempos, fico assustado como as pessoas se identificando com sintomas e se acham muito doentes.
    Neste texto fica parecendo que só os portadores de transtorno bipolar têm esses “sintomas” descritos no texto e que os “normais” estão livres, por exemplo, de ficarem agressivos e de perderem o controle na vida.
    Não é assim, todos nós temos momentos de agressividade, não vamos jogar na conta dos bipolares um jeito de estar na vida de todos.
    A diferença é que nos bipolares esses instantes de descontrole vão ser vistos como uma reação da doença, e os “normais”, como uma reação nervosa, mas normal.
    Pise no calo de um bipolar e ele te xinga, resultado, é a doença, afinal ele é doente mental.
    Pise no calo de um “normalito” será uma reação normal se ele te mandar para PQP. Afinal você pisou nele.
    Obrigado.

    • blogabrata 11 de agosto de 2020 às 08:34 - Responder

      Prezado Paulo,
      A autora do texto a que você faz referência Julie Fast e, como você deve ter lido, é também portadora de transtorno afetivo e está
      estável há anos.
      Para começar, mencionada autora deu sua opinião, ela não sentenciou a questão, até porque cada caso é um caso, cada paciente pode
      apresentar sintomas diferenciados.
      Note-se, também, que, embora o transtorno bipolar seja uma doença séria, é tratável e não é, na maioria dos casos, incapacitante.
      As pessoas com transtorno afetivos são normais sim, e podem ficar estáveis se seguirem à risca o tratamento medicamentoso acompanhado de
      psicoterapia, além da participação em grupos de apoio como os que são oferecidos pela ABRATA.
      De mais a mais, pacientes com transtorno bipolar ou depressão podem contar ou não sobre a doença se quiserem, não há característica
      alguma que os diferencie dos demais seres humanos.
      Entendemos que a busca pela estabilidade é uma meta de todos os pacientes para que a vida seja vivida com mais qualidade e produtividade.
      O auto preconceito é uma barreira que deve ser vencida através da ajuda terapêutica. No mais das vezes, a própria pessoa não se aceita
      como é ou não aceita a patologia em outras minorias.
      Sugerimos que você leia mais informações nas nossas mídias sociais, baixe no site https://www.abrata.org.br material informativo escrito por
      psiquiatras e psicólogos que são membros do Conselho Científico da ABRATA.
      Se, se acha importante, participe do Grupo de Apoio On-Line para familiares e pacientes.
      Leia as informações:
      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.

      * Para maiores de 18 anos

      **Vagas limitadas

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  91. Michellmichelle pintoe 9 de agosto de 2020 às 09:19 - Responder

    Tem algo errado aí? eu tenho bipolaridade há 4 anos mesmo antes do tratamento nunca apresentei comportamento de risco nem pra mim e nem para minha família.Por favor, faça um texto de fato que esclareça de fato as diferenças, o fato de ser grave ou leve.
    Não sou violenta , não uso drogas por que?

    Mi

    • blogabrata 11 de agosto de 2020 às 07:59 - Responder

      Olá Michellmichelle pintoe.
      Postamos abaixo artigo publicado pelo médico psiquiatra Teng Chei Tung, membro do Conselho Científico da ABRATA, matéria
      esta que se encontra no site: https://www.abrata.org.br:

      Transtorno Bipolar, doença mental grave, ocorre mais no adulto jovem
      Conhecido desde a Grécia antiga, o transtorno bipolar se caracteriza por instabilidade do humor em dois polos, ora agitação e euforia, ora tristeza e depressão. É mais comum dos 20 aos 25 anos e dos 30 aos 35.
      O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica crônica que se caracteriza por instabilidade de humor em dois polos extremos, ou seja, ora o portador está agitado e eufórico, se achando o maior do mundo, ora triste e depressivo. Ele pode se manifestar em qualquer pessoa a partir da adolescência, mas é mais comum dos 20 aos 25 anos e dos 30 aos 35 anos. É raro em crianças e idosos.
      A doença ocorre em pessoas de todas as condições sociais. Não se sabe o que a causa. Pensasse que possa ser genética. Mas se sabe que apresenta traços familiares, ou seja, pessoas com histórico do transtorno na família estão mais suscetíveis.
      Existem dois tipos da doença, o 1 e o 2, além de variações pouco definidas. O tipo 1 manifesta-se em cerca de 1% da população, enquanto o tipo 2 ocorre em 3% a 8%. Diz-se que uma pessoa é portadora do tipo 1 quando tem um período de euforia mais longo com sintomas mais fortes e períodos claros de depressão; de outro lado, diz-se que alguém é portador do tipo 2 quando seu período de depressão é mais longo com sintomas intensos e seu período de euforia mais curto com sintomas leves. Portadores às vezes vivem períodos de normalidade, ou de aparente normalidade, mas, aos poucos, vão se tornando mais próximas as alternâncias de euforia e depressão.
      Sintomas da fase eufórica ou maníaca são: agitação e irritação; agressividade e hostilidade; pensamento e fala rápidos; eficiência demais; falar e/ou fazer as coisas sem medir as consequências; facilidade para se distrair; desejo ou envolvimento de fato em vários projetos ao mesmo tempo; insônia ou pouca necessidade de sono; comportamentos impulsivos e de risco, como praticar sexo sem preservativo e até enfrentar a polícia.
      Alguns sintomas da fase depressiva são: desânimo; falta de eficiência; tristeza profunda; sensação de vazio; falta de interesse pela alimentação; perda de interesse por atividades ou assuntos de que gostava; sensação de cansaço; e pensamentos suicidas e de morte. Cerca de 15% dos portadores que não se tratam tentam o suicídio, índice que cai para menos de 2% entre os que fazem tratamento.
      As consequências da doença são terríveis. Os portadores, na fase da euforia, compram de tudo e acabam endividados ou criando dívidas para a família. Perdem bens. Enfrentam as pessoas e até policiais. Ficam malvistos e têm dificuldade para viver em sociedade, encontrar e/ou manter trabalho e parceiros amorosos. Na fase de depressão, enfrentam muitos dos mesmos problemas. E ficam mais suscetíveis a doenças e/ou ao agravamento das que têm. Acabam sozinhos e o quadro se agrava. É aí que muitos tentam o suicídio.
      Pessoas com sintomas devem ser levadas a um psiquiatra. O diagnóstico é clínico. É fundamental a participação de familiares e/ou de amigos, porque os doentes, em especial na fase de euforia, não se reconhecem como tal. O psiquiatra precisa ser cuidadoso, claro, porque o transtorno pode ser confundido com depressão clínica unipolar. O tratamento é feito com remédios, que objetivam, de início, retirar o paciente da crise e, depois, equilibrar o quadro, evitando tanto a euforia como a depressão. O tratamento, em boa parte dos casos, dá melhor qualidade de vida aos portadores.
      Artigo publicado na Revista Caras – Maio/2013

      Outra matéria publicada no site https://www.abrata.org.br:
      Lidando com a irritabilidade quando se tem transtorno bipolar
      Ter transtorno bipolar pode ser complicado, e lidar com a irritabilidade é um problema recorrente pelo qual passo por ter este transtorno. Em alguns momentos, me sinto extremamente com os nervos à flor da pele e parece que nada está indo bem no meu dia. A menor perturbação pode me desestabilizar, então me sinto frustrada e chateada por essas pequenas coisas. Mesmo com o diabo da irritabilidade tentando tirar o melhor de mim, estou sempre aprendendo novas técnicas para lutar contra esse sentimento, e existem muitas coisas que podemos fazer para lidar com a irritabilidade.
      Minha vida parece devastadora quando a irritabilidade toma conta
      Fico cada vez mais irritável quando consumo qualquer quantidade de cafeína; o café não é um aliado do meu transtorno bipolar. Se eu tomo cafeína de manhã em um dia qualquer, mesmo uma xícara, isto pode levar meu cérebro a entrar no modo irritável. Ao invés disso eu encho minha garrafa de água e digo para mim mesma que preciso de água para manter meu cérebro funcionando da melhor maneira, então a hidratação muitas vezes ajuda a diminuir os sentimentos devastadores.
      Apesar de viver em cidades grandes ter seus benefícios, o trânsito muitas vezes pode intensificar minha irritabilidade e costumo correr com o carro, xingar e gritar inúmeras vezes quando estou atrás do volante. Na maioria dos dias sou uma pessoa calma, mas quando uma pessoa me corta no trânsito, eu posso muitas vezes, levar para o pessoal.
      Para piorar, eu costumo ouvir música alta no carro, o que contribui para a minha ira, mas uma estação de rádio de música clássica ajuda a acalmar, enquanto uma música com batida eletrônica encoraja minha irritabilidade. Também já aconteceu de eu ficar irritada com os nervos à flor da pele enquanto estava na fila esperando por um café e, nessa hora não entendo porque demora 10 minutos para prepararem o meu pedido, mesmo quando há uma fila grande de clientes esperando. Eu esqueço que o mundo não gira em torno de mim e que é melhor ter paciência com os outros.
      Quando estou me sentindo irritável, fico furiosa se as pessoas não retornam um sorriso. Talvez eu não deva levar isso para o pessoal, devo pensar que a reação deles não tem nada a ver comigo, mas é um mero reflexo de como o dia deles está indo.
      Dicas para lidar com a irritabilidade
      É impossível apenas parar de se sentir irritado, assim como é impossível apenas parar de se sentir depressivo ou em mania. Apesar disso, desenvolvi algumas estratégias ao longo dos anos e pensei em dividi-las com outras pessoas, já podem ajudar a diminuir a irritabilidade:
      Evite lugares cheios, filas e dirigir a qualquer custo, pois isso pode piorar o humor irritável. Considere pedir a amigos para fazer coisas para você que envolvam filas, como por exemplo ir ao mercado.
      Para nós mulheres que temos tensão pré-menstrual (TPM), é melhor tentar fazer um esforço para cuidar de nós mesmas a fim de aliviar os sintomas, o que, sem sombra de dúvida, contribuir para diminuir a irritabilidade.
      Evite fazer coisas que vão exigir uma grande estimulação, pois elas podem causar grande desconforto.
      Seu chuveiro pode se tornar seu melhor amigo e você pode usá-lo para entrar em água quente e tentar ficar lá por 15 minutos ou mais, para acalmar sua cabeça.
      Tente se exercitar, mesmo que isso queira dizer apenas dar a volta no quarteirão para relaxar um pouco.
      Se você conseguir trabalhar, então se permita fazer pequenas pausas, pois “dar um tempo” e sair do seu lugar por um tempo curto pode acalmar a irritabilidade.
      Tente manter uma rotina de sono que tenha pelo menos 7-8 horas por noite e tente o máximo que puder não tirar cochilos, já que manter uma rotina de sono é muito importante.
      Tente focar em tarefas que não precisa pensar, pois sua concentração pode ser afetada, então pode ser melhor limpar a casa do que, por exemplo, fazer seu imposto de renda naquele dia.
      Lembre-se de respirar fundo e estar consciente do que o cerca, pois a irritabilidade pode fazer seu cérebro sair totalmente do controle.
      Pense se estar sozinho não seria melhor para você, já que tendemos a explodir com outras pessoas, e assim podemos acabar deixando-as chateadas.
      Se você está se sentindo irritável o tempo todo, então discuta este problema com seu médico, pois lembre-se que irritabilidade é muitas vezes um dos sintomas do transtorno bipolar. Nós às vezes temos apenas que deixar as coisas irem e termos a certeza de que podemos lidar com estes sentimentos através de autocontrole e estratégias para nos ajudar nestas irritações. Eu descobri que a irritabilidade passa, eventualmente, e não precisa tomar conta de nós, pois temos o poder de controlar isso, mesmo quando parece impossível.
      Por: Andrea Paquette – fundadora e diretora executiva da Stigma-Free Society (Sociedade Livre de Estigma – tradução livre), portadora de transtorno bipolar e palestrante sobre o tema, para jovens e adultos no Canadá.
      Fonte: http://www.bphope.com/blog/dealing-with-irritability-when-you-have-bipolar-disorder/

      Outra matéria constante do Blog da ABRATA:
      Estabilidade Bipolar – Meios de ir deixando de lado a Vida que planejou para você mesmo
      De: Julie A. Fast
      O Transtorno Bipolar é uma doença limitante, e eu sofro pelos ajustes que devo fazer. Mas eu posso viver com o sofrimento. A vida é melhor quando eu estou estável.
      Eu realmente nunca me acostumei a ter transtorno bipolar. É um verdadeiro cenário do ovo e da galinha. Eu entendo melhor e aí tento fazer mais coisas e, em seguida, o transtorno bipolar é mais forte e eu volto à realidade de que não posso fazer o que quero e gerenciar a bipolaridade ao mesmo tempo.
      Se eu tivesse diabetes, não poderia viver comendo bolo de chocolate. O problema é que eu gostaria de comer bolo de chocolate se tivesse diabetes. Dizer a alguém que não pode ter ou fazer algo, não torna a vida dessa pessoa mais fácil, faz com que seja mais difícil na minha opinião! Se alguém diz “Julie, você deveria fazer isso e aquilo,” meu primeiro pensamento é, “não me diga o que fazer!”
      Isso não era apenas imaturidade. Eu não tenho mais 19 anos. Isto era pura e simplesmente desconfiança e estava me levando para um caminho bastante sombrio e perigoso. Eu sabia que tinha que mudar. Eu sabia o quanto eu ficaria triste e iria chorar o que eu estava perdendo, a selvageria e os tempos loucos que eu costumava achar que eram tão divertidos. Eu tive que crescer internamente e dizer chega!!
      Aqui eu mostro que fiz isso e continuei a fazer apesar de ainda ter mudanças de humor regulares.
      Eu vejo minha administração do transtorno bipolar como uma escolha que eu faço por mim mesma, para ter uma vida melhor. Eu testei os meus limites. Eu vou sair até as 2 da manhã. Isso é melhor do que ficar a noite toda como meus amigos! Ou, eu só vou beber um pouco, isso não vai fazer uma grande diferença para o meu humor.
      Eu parei de fazer esse tipo de raciocínio comigo mesma. Eu decidi ser honesta com o meu próprio comportamento.
      Em termos de meus maiores gatilhos, namoro e viagem, tentei fazer tudo o que fosse possível para que eu chegasse à realidade de que namoro e viagem sem um planejamento extensivo me deixam doente. Eu testei tudo por muitos anos. Nada funcionou. Eu sempre adoeci.
      Um dia eu tinha acabado de decidir que queria uma vida diferente. Eu decidi – ninguém me forçou. Ninguém me disse que eu tinha que fazer algo, ninguém me disse que eu tinha que mudar se eu quisesse sobreviver. Isso não funciona, como provavelmente você já sabe, dizer a alguém o que ele deve fazer é simplesmente uma opinião. Deseje e tenha esperança que a pessoa vá escutar.
      As pessoas com bipolaridade não são muito boas para escutar os outros. Mudança verdadeira. O verdadeiro gerenciamento vem de dentro.
      Então eu mudei. Eu decidi que me tornaria celibatária a menos que estivesse em um relacionamento. Isso interrompeu completamente minhas manias, hiper sexualidade, que me deram muitos problemas. Sinto muita falta desse comportamento. Mas não o suficiente para voltar atrás.
      Eu mudei minha ideia de festejar, sair com as pessoas que eu gosto, fazer coisas que acho divertidas. As madrugadas de se embebedar e conhecer novas e excitantes pessoas simplesmente tinham que ter um fim, ou eu sabia que minha vida ia ter fim devido aos perigos em que eu me colocava durante a fase maníaca.
      A depressão que estava me corroendo estava finalmente administrada com um remédio que eu agora tomo regularmente, mesmo com o ganho de peso.
      Pessoas que me faziam mal ou não podiam lidar com o novo estilo de vida tiveram que ir.
      Eu lamento minha vida sem consciência. Eu estava doente todo o tempo, mas eu me sentia mais feliz. Agora eu vivo com moderação. Não é tão selvagem. Eu sofro pela vida que achei que poderia ter. Muitos homens, viagens e trabalhos tanto quanto eu queria. Aquele sonho era só isso um sonho. Não era real. Ninguém deve fazer o que a mania diz que podemos fazer
      Eu sofro por ter uma limitação. Eu posso viver com o sofrimento. Todo ano, e já se passaram quase dez anos agora, desde que assumi plenamente o controle do minha bipolaridade, e fica cada vez melhor. A perda é menor, o sofrimento diminuiu. A vida é melhor.
      SOBRE O AUTOR
      Julie A. Fast é a autora de “Loving Someone with Bipolar Disorder,” “Take Charge of Bipolar Disorder,” “Get it Done When You’re Depressed” and “The Health Cards Treatment System for Bipolar Disorder.” A autora é colunista e blogueira da BP Magazine e da Mental Health America, que foi premiada como a melhor coluna de saúde mental dos Estados Unidos. Julie é certificada pela CEU e treina regularmente profissionais de saúde incluindo residentes psiquiátricos, assistentes sociais, terapeutas e especialistas em habilidades gerais de gestão do transtorno bipolar. Ela foi consultora pessoal da atriz Claire Danes para a série Homeland e tem o registro especializado em saúde mental da Revista People. Você pode encontrar mais informações sobre ela em JulieFast.com e BipolarHappens.com.
      Fonte htps: //www.bphope.com/blog/bipolar-stability-means-letting-go-of-the-life-you-pictured-for-yourself/? Fbclid = IwAR3AxkwD0qir4yNTXe1s97usD51ph1HnH5qAYvSMYM2aLAz3eGJxRjiRvr0

      E há muito mais informações sobre os transtornos afetivos, acesse o site da ABRATA, baixe o material informativo e leia a respeito do
      assunto com total segurança.
      A ABRATA é uma associação civil sem fins lucrativos que oferece apoio psicossocial a familiares, amigos e pacientes com transtorno
      bipolar e depressão. A Associação fará 21 anos de existência no mês de novembro deste ano, sempre proporcionando aos interessados trabalhos
      presenciais e on-line, assim como publicações com esmero e excelência.
      O artigos e todo o material constante do Site, Blog, Facebook, Instagram e YouTube são revisados pelos psiquiatras que compõem o Conselho
      Cientifíco da ABRATA.
      Se você não concorda com a publicação, converse com seu médico. Pode ser que lhe diga que nem todos os sintomas do TB estão presentes em
      um paciente, cada caso é um caso.
      Pesquise mais, informe-se mais, está bem?
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  92. FABIANO LUCAS DE SENA 8 de outubro de 2020 às 11:13 - Responder

    Eu passei a minha vida inteira com transtorno bipolar, descobri que tinha bipolaridade infantil, tudo isso aos 39 anos de idade e incompreensão, crises de ansiedade, prejuízos nos relacionamentos, críticas, decepções, rejeição, sofrimento emocional…acho que a maior conquista é o despertar da consciência, saber o que se tem, daí para frente, tudo que se passou começa fazer sentido, as flutuações de pensamento, alteração inexplicadas de humor, agressividade, paranoias, depressão, negatividade, irritabilidade é a tônica, prejuízo acadêmico, esquecimento, exposição ao risco, insônia, já tentei largar a medicação, mas digo, por experiência própria, sem a medicação é terrível, com ela é a melhor opção. Hoje sei que sou uma pessoa forte, do contrário teria me destruído, não é fácil, a medicação não é eficaz e os julgamentos dos outros são impiedosos, falamos coisas e nos arrependemos, mas como se diz: palavra dita não volta atrás. O bom é pedir desculpa e explicar a situação embaraçosa. Vivemos uma eterna luta diária. Gosto de ler, quem poder fazer indicações de livros de bipolaridade infantil, agradeço.

    • blogabrata 9 de outubro de 2020 às 10:08 - Responder

      Prezado Fabiano,
      Seu depoimento é muito corajoso e condiz com a realidade na qual vivem as pessoas com transtorno bipolar que, por causa dos
      efeitos colaterais, deixam de se medicar adequadamente.
      A adesão ao tratamento oriunda da própria aceitação da patologia é o melhor caminho para a estabilização do tb.
      A respeito da literatura sobre a bipolaridade na infância, recomendamos que consulte o site:
      Transtorno bipolar na infância e na adolescência – SciELOwww.scielo.br › pdf › jbpsiq
      PDF
      Indicamos, também, o livro – Aprendendo a Viver com o Transtorno Bipolar: Manual Educativo, escrito por psiquiatras e psicólogos especializado em
      tb: Ricardo Alberto Moreno, Doris Hupfeld Moreno, Danielle Soares Bio, Denise Petresco David.
      E sugestões de leitura do conteúdo de nosso Blog a respeito do tema sobre o qual você se interessa.
      Acesse, também, nosso material informativo em Publicações, que tem um caderno sobre o transtorno bipolar em crianças e adolescentes.
      E, se quiser, participe do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares e pacientes com tb e depressão.
      Leia as informações abaixo:
      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.

      * Para maiores de 18 anos
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  93. Daniel 13 de outubro de 2020 às 12:13 - Responder

    Quando mais leio sobre mais desanimado sobre a vida eu fico. Eu acho impossível ter uma vida normal ou relacionamentos saudáveis sendo tão inconstante. Eu me odeio demais quando estou disfórico tipo agora. Eu me odeio. Não tenho vontade ferir ninguém além de mim mesmo.

    • blogabrata 21 de outubro de 2020 às 07:42 - Responder

      Olá Daniel, agradecemos sua mensagem.
      Talvez você esteja consultando informações equivocadas. Conhecemos muitos portadores que se estabilizaram e que têm
      uma boa qualidade de vida.
      Dizem os especialistas em transtorno bipolar que é uma doença tratável e que, com o tratamento adequado e psicoterapia,
      a pessoa pode levar uma vida produtiva.
      Tanto é assim que, salvo os casos mais graves da doença, o tb não é motivo para aposentadoria por incapacidade.
      Se você acessar as nossas redes sociais verá que há muita esperança para alcançar a tão sonhada eutimia. Há que seguir
      à risca o tratamento medicamentoso e, de novo, fazer terapia e participar de grupos de apoio para ouvir as histórias e
      experiências de outros indivíduos e como chegaram a estabilizar seu humor.
      A ABRATA oferece o Grupo de Apoio On-Line para familiares e pacientes com transtorno bipolar e depressão. Se se interessar,
      observe as informações abaixo:
      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      * Para maiores de 18 anos
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  94. luiz costa 16 de outubro de 2020 às 05:14 - Responder

    Suspeito que eu esteja com esta doença, já fui a psiquiatras mas nenhum confirmou o diagnóstico. Sofro muito por conta da perda de memória em não lembrar de momentos felizes e nem dos ruins, das pessoas, da infância, de coisas que faço no dia a dia. É normal os portadores dessa doença ter esse tipo de perda de memória tão massacrante?Ninguém consegue entender e acreditar que realmente está falando a verdade.

    • blogabrata 20 de outubro de 2020 às 10:18 - Responder

      Olá Luiz, agradecemos seu contato.
      Sugerimos que estabeleça contato com o GRUDA, que é um grupo de estudos, pesquisa e atendimento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Existem sempre pesquisas em curso e você poderá se informar no site https://grudacom.wordpress.com/
      Não sabemos informar se existem profissionais especializados em reabilitação neurocognitiva na sua região onde reside, no site que indicamos, é possível buscar mais informações a respeito.
      Você pode, também, procurar um neuropsicólogo. Solicite informações com seu médico, está bem?
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  95. Caio flavio 21 de outubro de 2020 às 18:59 - Responder

    Olá, me chamo Caio, tenho 36 anos de idade e fui recentemente diagnosticado com o transtorno bipolar. O meu diagnóstico demorou muito tempo, pois tive a primeira crise bipolar (de mania com psicose e depois depressão) em 2011, no entanto ninguém me diagnosticou como bipolar naquela época. Me recuperei por contra própria e nos anos seguintes tive alguns surtos de hipomania, totalizando 5 episódios, até 2020. Por fim, neste ano, tive um surto de mania com psicose e fui internado. Sai razoavelmente bem, mas caí logo após numa depressão profunda e terrível, de não querer sair da cama, nem fazer nada. Ainda estou depressivo.
    Minha pergunta é a seguinte: posso ter algum dano cognitivo depois desses surtos ao longo de 10 anos? Estou com o raciocínio e a memória muito fracos, e tenho dificuldades até para fazer um texto simples.

    • blogabrata 27 de outubro de 2020 às 07:58 - Responder

      Olá Caio Flavio, bem-vindo à ABRATA!
      Postamos um dos artigos disponíveis no site pepsic.bvsalud.org>scielo, e sugerimos, pois, que consulte um (a)
      neuropsicólogo (a) para que possa proceder a uma avaliação e consequente reabilitação.

      Alterações cognitivas
      A depressão é uma síndrome que pode cursar com alterações cognitivas. Investigações clínicas têm explorado a função neuropsicológica de pacientes deprimidos há pelo menos duas décadas. No entanto, pouco se sabe sobre a especificidade dos distúrbios cognitivos nesses quadros. A dificuldade observada no desempenho cognitivo de pessoas com depressão é também critério para o diagnóstico de quadros em que lesões ou disfunções cerebrais estejam em jogo. Desta forma, é importante reconhecer o perfil cognitivo tanto quantitativo quanto qualitativo da depressão e tentar traçar a partir daí a sua neuroanatomia funcional e reconhecer seus subtipos (unipolar, bipolar, primária ou secundária).
      Existem evidências que sugerem a presença de deficits neuropsicológicos acompanhando o Episódio Depressivo Maior (Laks, Marinho, Rosenthal e Engelhardt, 1999). Observa-se que esses deficits se apresentam de forma ampla e tendem a incluir anormalidades envolvendo a sustentação da atenção, função executiva, velocidade psicomotora, raciocínio não verbal e novas aprendizagens. Contudo, a disfunção neurocomportamental associada ao Transtorno Depressivo Maior parece depender de diferenças individuais, com somente alguns indivíduos deprimidos demonstrando comprometimento.
      Na avaliação neuropsicológica de pacientes deprimidos, os domínios cognitivos mais comumente afetados são: evocação após intervalo de tempo, aquisição da memória, atenção, concentração, flexibilidade cognitiva e abstração(Zakzanis, Leach e Kaplan, 1999). Entretanto, é importante ressaltar que nem todos os pacientes deprimidos apresentam estes deficits. Estudos demonstraram que os deficits de memória associados à depressão são similares aos de pacientes com disfunção subcortical (por exemplo, doença de Hungtington) (Laks et al, 1999). Bieliauskas (1993) demonstrou que os deficits de memória estão diretamente relacionados à depressão em idosos, principalmente em pacientes com história crônica e recorrente de episódios de depressão. Basso e Bornstein (1999) demonstraram que os pacientes com Transtorno Depressivo Maior com episódios recorrentes apresentam maior probabilidade de ter deficits cognitivos do que aqueles que apresentam episódio único.
      A atenção é uma das principais funções da cognição estudadas nos processos depressivos, talvez pela facilidade com que é avaliada sua alteração que pode ser observada mesmo ao exame clínico superficial. Outro fator fundamental para o desempenho do paciente com depressão é o seu nível de motivação, fator psicológico que interfere sobremaneira no funcionamento cognitivo e comportamental desses indivíduos (Laks et al, 1999).

      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  96. erc 8 de novembro de 2020 às 16:20 - Responder

    Tenho problemas de convivência social e alterações extremas de humor e energia desde a infância. Há dois meses tive um surto em função de stress intenso no trabalho que me fez voltar a ter ideias suicidas. Em função de hoje ter uma filha pequena, busquei ajuda psicológica e psiquiátrica para tentar sobreviver, pois esse episódio foi muito pior que todos que tive anteriormente, com exceção de uma tentativa concreta de suicídio que tive na adolescência. Não tive ainda nenhum diagnóstico, mas acredito que tenho Transtorno Bipolar e talvez também tenha Borderline. Já passei nesses há dois meses por 1 psicóloga, 2 neurologistas e 3 psiquiatras e já testei diversos medicamentos para depressão, controle de humor e para dormir. No momento estou com Queropax, Neural e Duoloxetina, estes são os que parecem que estão trazendo bons resultados. Estou melhor há uma semana, porém dentro dessa semana ainda tive episódios depressivos e de irritação e mau humor.
    Desde a infância sou brigona, explosiva, já enfrentei e comecei brigas com crianças maiores, brigas no trânsito, brigas na adolescência com colegas e professores, brigas com marido, saía andando sem rumo quando ficava com raiva na adolescência e na fase adulta até o nascimento da minha filha. Quando ela nasceu achei que eu tivesse virado outra pessoa, me voltei totalmente para a maternidade e ela passou a ser meu foco, mas agora acho que foi só uma fase porque voltei a ter problemas antigos. O interessante é que eu era a boa aluna, quieta e estudiosa que tirava as maiores notas e a funcionária dedicada ao extremo, certinha, quieta e discreta e sempre com muita energia para o trabalho. Até que esses episódios de agressividade e irritação aconteciam e eu arrumava confusão e as pessoas ficavam sem entender nada.
    Até há algum tempo eu achava que tinha TDAH, mas há pouco tempo descobri que os transtornos bipolar e borderline têm características muito semelhantes ao TDAH.
    Tenho dificuldades para me concentrar, interrompo as pessoas falando por ansiedade ou por “viajar” e lembrar de algo totalmente diferente, dirijo correndo, faço mil e uma coisas ao mesmo tempo, tenho dificuldades para focar em uma única tarefa, quero aproveitar cada segundo, então sempre invento algo pra fazer já que não consigo perder tempo, então acabo chegando atrasada nos lugares, não consigo esperar, se tiver adiantada 10 minutos pra eu entrar no trabalho, certamente vou aproveitar para passar no sacolão pra “adiantar a vida”.
    Também tenho momentos que quero salvar o mundo, ajudar as pessoas, as vezes arrumada pra sair eu desisto, quase desisti do meu casamento na véspera, bato porta, quebro as coisas, grito de raiva, já senti raiva extrema de 2 pessoas que tive vontade de matá-las, apesar de eu ser uma pessoa sentimental, totalmente preocupada com os outros e que busca ajudar e se envolve com os problemas alheios. Passo do amor ao ódio. Tenho dificuldades para obedecer ordens, faço as coisas como acredito que seja a melhor opção, não confio nas pessoas. Sempre tive dificuldades de manter um relacionamento amoroso. Tenho vergonha de falar isso para as pessoas porque não gosto de ser julgada, sempre tentei esconder, mas agora entendi que preciso de ajuda. As pessoas ao meu redor não acreditam, já ouvi que devo ir à igreja, que estou querendo justificar minhas atitudes, que tenho que aprender a me controlar, etc. Meu pai era muito pior, pois eu ainda consigo “disfarçar” pelo menos no início, mas ele rapidamente era notado pelas pessoas como uma pessoa desequilibrada e louca, ele vivia mais quadros de mania que depressão. Pena que eu não pude identificar que ele tinha uma doença e precisava de incentivo para buscar tratamento enquanto ele era vivo. Parece que só quem tem acredita e entende que é preciso ajuda e compreensão das pessoas próximas pra incentivar que um tratamento seja seguido.

    • blogabrata 10 de novembro de 2020 às 09:22 - Responder

      Olá Erc, agradecemos seu contato.
      Felizmente você está fazendo os tratamentos medicamentoso e psicoterápico. E, se quiser, participe do
      Grupo de Apoio On-Line da ABRATA.
      Seguem os esclarecimentos:

      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ON-LINE
      * A plataforma do vídeo conferência para você participar chama-se ZOOM. O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular. ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo começar. *Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      *No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central do aplicativo do seu aparelho. *Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      Acesse o site: https://www.abrata.org.br

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  97. Elcy 20 de novembro de 2020 às 14:16 - Responder

    Olá, tenho 58 anos, passei a vida de consultório em consultório psiquiátrico e psicológico, diagnóstico sempre de depressão. Sofro desde a adolescência, só há um ano recebi o diagnóstico de TB. Vendo os inúmeros relatos de pacientes, vejo o quanto é sofrida a nossa vida. Sofro com a intolerância até mesmo da família, uns me chamam de louca desequilibrada, outras de má. Sofro muito culpa por meu destempero e instabilidade emocional. Estou respondendo processo por desacato. O meu psiquiatra me forneceu um laudo para minha defesa, mas me sinto muito mal por não conseguir manter o equilíbrio que se exige pela sociedade. Minha mãe tem 83 anos e se voltou contra mim, disse que lhe falei coisas que realmente não me lembro. Ela me despreza por isso é essa situação me dói profundamente. Estou numa crise de depressão, não consigo sair da cama, não consigo reagir. Mas o que mais me causa problema é a fase maníaca pois sofro discriminação, fico muito falante, com mania de grandeza, dizem que sou metida a intelectual, falo rápido, misturo assuntos, começo num, não concluo, incluo outro no meio, meu raciocínio não tem lógica. Não aguento mais viver assim.Estou com meus filhos criados, e o meu penúltimo tem o transtorno também, já esteve internado numa crise por 20 dias. E só tem 25 anos. Minha mãe costuma dizer que sou louca igual minha bisavó. As alucinações, ouvir vozes, gritar, chorar, quebrar as coisas…tudo isso é muito ruim. Tomo lítio e escitalopram, mas ainda vivo na corda bamba da emoção. Já fui compulsiva por compras, álcool, sexo, nunca soube o porquê. Agora, graças a Deus, consigo controlar a compulsão. Essa doença ainda é um estigma, infelizmente! Marquei consulta, vai demorar por causa da pandemia, estou tendo pensamentos suicidas. Já tentei por três vezes, às vezes penso que seria melhor para todos eu morrer.

    • blogabrata 23 de novembro de 2020 às 07:50 - Responder

      Querida Elcy, você tem vencido inúmeras batalhas e, assim, não desista de sua vida, você é corajosa e precisa de carinho e
      acolhimento.
      É importante que associe ao tratamento medicamentoso a terapia para trabalhar os sentimentos e comportamentos advindos do
      TB.
      E você pode participar do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares e pacientes com TB e Depressão.
      Leia os esclarecimentos abaixo:

      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e seus familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      **Para maiores de 18 anos.
      Inscrições: https://www.abrata.org.br/eventos/

      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE
      A plataforma do vídeo conferência para você participar chama-se ZOOM.
      O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular. – ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo começar.
      Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central do aplicativo do seu aparelho.
      Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      CONTATO ABRATA: grupo.online@abrata.org.br

      Em caso da persistência de ideação suicida, telefone para 188. O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  98. Iohanna Nascimento 2 de dezembro de 2020 às 18:26 - Responder

    Achei muito interessante o artigo. Fui diagnosticada com Transtorno Bipolar em 2018 após um episódio de mania. Durante o episódio eu fiquei muito agressiva. É difícil porque é algo que você não quer fazer, porque não é o meu normal a agressividade, mas você acaba fazendo. Lidar com a vergonha depois que passa é algo mais complicado ainda. Toda vez é um recomeço! Agradeço por esse artigo!

    • blogabrata 3 de dezembro de 2020 às 09:35 - Responder

      A ABRATA agradece sua mensagem, e esclarece que o material disponível em suas redes sociais, incluindo lives e vídeos, tem o
      objetivo de cumprir o que determina seu Estatuto Social, qual seja o de oferecer informação de excelência para a sociedade
      em geral.
      Se você quiser, participe do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA oferecido a familiares e pacientes com transtorno bipolar e
      depressão.
      Leia as informações abaixo:
      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e seus familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      **Para maiores de 18 anos.
      Inscrições: https://www.abrata.org.br/eventos/

      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE
      A plataforma do vídeo conferência para você participar chama-se ZOOM.
      O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular. – ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo começar.
      Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central do aplicativo do seu aparelho.
      Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      CONTATO ABRATA: grupo.online@abrata.org.br

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 8 de dezembro de 2020 às 09:46 - Responder

      A ABRATA agradece seu contato.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 15 de dezembro de 2020 às 09:52 - Responder

      A ABRATA agradece, um abraço!

  99. Andréia 13 de dezembro de 2020 às 20:49 - Responder

    Convivo com uma pessoa bipolar, que só toma os medicamentos quando quer, não se trata direito, não procura uma melhora, não faz nada da vida. Já estou vivendo no meu limite com essa situação, pois até tentou suicídio. Tem sido dias difíceis pra ela, mas pra mim que tenho que conviver também é horrível, sufocante, cansativo e até desesperador às vezes.

    • blogabrata 14 de dezembro de 2020 às 08:32 - Responder

      Prezada Andréia,
      O transtorno bipolar não tem, por enquanto, cura, mas tem controle dos sintomas se o paciente seguir à risca o tratamento medicamentoso
      e fizer psicoterapia.
      Caso contrário, e se for o caso, pode ser o caso de internação psiquiátrica para autopreservação.
      Se quiser, participe do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA.

      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e seus familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      **Para maiores de 18 anos.
      Inscrições: https://www.abrata.org.br/eventos/

      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE

      A plataforma do vídeo conferência para você participar chama-se ZOOM.
      O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular. – ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo começar.
      Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central do aplicativo do seu aparelho.
      Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      CONTATO ABRATA: grupo.online@abrata.org.br
      Faça download do Guia Para Cuidadores De Pessoas Com Transtorno Bipolar disponível no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  100. Erika Gomes dos Santos Gomes 27 de dezembro de 2020 às 09:51 - Responder

    Sou casada há quase 16 anos, tenho 5 filhos onde os três mais velhos não são do meu esposo. Desde que o conheci achava-o calmo, bom e muito família, mas acredito que ele tenha um grave problema, tem dias que está uma paz só, tem dias que está irritado, reclama de tudo, acha que nada na vida presta, sente que tudo está sujo e fedendo, às vezes faz ameaças aos cachorros que temos, xinga a filha de preguiçosa e outras coisas a mais, come muito, muito mesmo, e quando eu falo do desespero da comilança diz que sou pão dura e regulada, está com problema de fígado gordo, veia do coração com bloqueio, e tem problema grave de artrose na coluna. Levei-o ao psiquiatra onde ficou um ano e meio tomando Fluxotina, melhorou bastante, ficou fácil de conviver com ele, o ambiente ficou mais leve, até ele ficar uns dias em convívio com a família dele e colocarem na cabeça dele que eu estava forçando doença mental nele e ele decidiu parar com as medicações. Em exato três meses sem as medicações parece que ele está pior, estamos discutindo direto pois não aceito esse jeito bipolar dele, a família ( irmãos, filhos de outro casamento e primas), acha tudo normal diz para ele que eu quem sou louca, que eu quem deveria tomar remédios e que estou inventando doença pra ele, estou sofrendo muito com essa situação, não sei o que fazer, sou cristã e me apego às orações, mas para mim parece que os dias estão longos demais, marquei um psiquiatra para ele, mas nem sei se vai aceitar ir, tudo que falo ele diz que estou errada, preciso provar para ele tudo que foi falado ou feito, se ele fala alguma coisa que mágoa alguém ele diz que eu ou minha filha falamos, os outros não moram mais conosco, ele diz que tinha que morrer, pois o mundo não presta. Será que isso é depressão ou bipolaridade?

    • blogabrata 4 de janeiro de 2021 às 08:11 - Responder

      Prezada Erika Gomes dos Santos, agradecemos sua mensagem.
      Somente um psiquiatra poderá diagnosticar seu marido, e prescrever-lhe o tratamento adequado.
      Realçamos que, tanto na depressão ou no transtorno bipolar, o tratamento medicamentoso é essencial. É importante, também,
      combinar referido tratamento com psicoterapia.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  101. Maria Nise 16 de fevereiro de 2021 às 21:44 - Responder

    Desconfio que meu parceiro é bipolar. Há mais de 30 anos vivemos juntos. Casamos muito jovens. Ele era uma pessoa amabilíssima, carismática e cativante. Nos últimos 12 anos vem se tornando muito intolerante, impaciente. Atualmente é por demais irritadiço, não aceita ser contrariado, a culpa de todas as suas frustrações vem de mim. Se tornou agressivo verbalmente e até houve episódios que agrediu familiares fisicamente. Não aceita terapia. Não aceita sua condição de ora depressão, ora empolgação.
    Não o reconheço mais. Muito sofrimento pra mim e os filhos. Pensei em ligar pra sua antiga terapeuta mas minha psicóloga acredita que não seria “ético”.

    • blogabrata 18 de fevereiro de 2021 às 11:32 - Responder

      Olá Maria Nise, agradecemos seu contato.
      Seu marido precisa consultar-se com um psiquiatra para diagnosticá-lo e prescrever a medicação apropriada.
      Não é fácil convencer alguém a procurar ajuda, principalmente por causa do preconceito e estigma, mas é
      fundamental para a convivência em sociedade.
      Convidamos você a participar do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares e pacientes com transtorno
      bipolar e depressão.
      Leia as informações:
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      * Para maiores de 18 anos
      COMO PARTICIPAR:
      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares. A partir de 18 anos. COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE ABRATA 1. A plataforma para o Grupo de Apoio Online chama-se ZOOM. O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular. 2. Ao concluir a sua inscrição, uma mensagem automática será enviada ao e-mail cadastrado no ato da inscrição, com o link de acesso ao GAO. 3. ATENÇÃO: digite corretamente o seu e-mail. Caso contrário, não receberá o link de acesso ao GAO. 4. ATENÇÃO: Caso a mensagem automática com o link não aparece na sua caixa de entrada, pf olhe na caixa de spam ou quarentena. 5. Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente. 6. Contato ABRATA: grupo.online@abrata.org.br
      Faça download do Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar disponível no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  102. flavia 28 de maio de 2021 às 14:19 - Responder

    oi fui diagnosticada com a bipolaridade depois de 8 anos, vivendo com ela, uma semana bem a outra depressiva, foi orrivel devastadora, eu tinha muito medo e vergonha de procurar ajuda psiquiatra .
    eu arrumava vários trabalhos para ficar ocupada. para não dar tempo de sofrer me sentia a mulher maravilha, trabalhava de segunda a segunda foi aí que tudo piorou eu tinha dúvida, não tinha concentração ficava triste o tempo todo me culpava por tudo eu não conseguia parar um minuto e perdi a memória até hoje eu tenho dúvida de como se escreve eu me afastei de todos não confio nas pessoas
    hoje, eu já busquei ajuda tomo o remédio não estou completamente bem meu passamento ainda é acelerado o medicamento tem muito, efeito mas só de não carregar aquele sofrimento já me trás conforto

    • blogabrata 7 de junho de 2021 às 09:20 - Responder

      A ABRATA agradece seu depoimento.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

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