Dicas para aprender conviver com o Transtorno do Humor

Dicas elaboradas pelo Dr Ricardo Alberto Moreno, Dra Ana Taveira e colaboradores.
Departamento de Psiquiatria da FMUSP – Instituto de Psiquiatria

  1. Aprenda a conviver com a doença da melhor maneira possível – a indiferença não fará o problema desaparecer.
  2. Fique ALERTA para os sintomas iniciais de depressão ou mania – a detecção precoce dos sintomas e a medicação adequada podem evitar o desencadeamento de um episódio. PROCURE SEU MÉDICO nessas situações.
  3. Quanto mais cedo você identificar a chegada de uma nova crise e tomar a medicação prescrita adequadamente, maior será a chance de evitá-la.
  4. Seu MÉDICO é seu ALIADO. Pergunte, tire dúvidas – mantenha um relacionamento baseado na confiança. Lembre que todos os profissionais que cuidam de você são os seus aliados.
  5. O TRATAMENTO MEDICAMENTOSO é fundamental – com ele você poderá ter uma vida normal.
  6. Falta ou excesso de sono pode desestabilizar o humor. Mantenha um padrão regular de sono sempre que possível. Tente acordar e ir dormir no mesmo horário todos os dias, mesmo no final de semana. Evite cochilos durante o dia, eles interferem no sono durante a noite e podem provocar mudanças no seu estado de humor.
  7. Encontre o equilíbrio  certo: quanto de descanso, atividade e estímulo é ideal no dia a dia.
  8. Evite álcool e drogas, além de outras substâncias que possam provocar oscilações de humor como café em excesso, fórmulas para emagrecer e outras medicações sem o conhecimento do seu médico.

Atenção: Na próxima semana vamos publicar mais dicas! Aguardem!

Esperamos a sua opinião!

  • Você, seu familiar, ou amigo com transtorno do humor praticam estas dicas?
  • Elas são interessantes?
  • Trouxe um novo conhecimento prá você?
  • Que tal sugerir uma nova dica!!
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DESTAQUES

2018-02-02T17:43:08+00:00 25 de junho de 2012|Categorias: Blog, Sem categoria|12 Comentários

12 Comentários

  1. sergio ferreira alves 30 de junho de 2012 às 22:38 - Responder

    Muito obrigado pela oportunidade em adquirir conhecimento e orientação profissional.Tenho diagnostico de bipolaridade afetiva. Solicito encarecidamente o máximo de informação possível.Muito obrigado que Deus lhes abençõe.

    • Equipe Abrata 12 de julho de 2012 às 14:50 - Responder

      Prezado Sergio!
      Boa Tarde!
      Obrigada pelo seu contato.
      Em nosso site você encontrará diversas informações acerca do transtorno do humor, assim como indicação de livros e filmes. Aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para conhecer a sede da ABRATA e participar das nossas atividades. Também colocamos a disposição, em nossa sede, diversificado material informativo, além das atividades semanais para portadores, familiares e amigos.
      Abraços!
      Equipe ABRATA

  2. Márcia Rocha Lima 7 de julho de 2012 às 17:18 - Responder

    Tenho uma irmã com tab,ela mora em Goiânia;as fases já não tem mais espaçamento,
    nossa preocupação é o constante estado de agressividade e possessividade que ela desenvolveu ao longo do tempo,todos os familiares já não suportam a convivencia com ela,sua idade é de 35 anos mais ou menos,desde os oito anos dela percebi tais mudanças,tentei alertar toda a família sobre o caso quando estava no começo mas fui mal interpretada como uma pessoa que queria o mal dela.
    Bom o resultado agora é o pior possível,tem uma filha de 16 anos que a odeia,e agora uma criança de 5 ou quase 6 meses. Ela não aceita a idéia de tratamento,minha família não só a teme pela agressividade,como não a quer por perto. Eu estou no Paraná, e gostaria de saber o que pode ser feito por ela, também se existe Abrata em Goiânia e qual o endereço, para que eu possa passar para aqueles que ainda querem ajudá-la.
    Este não é apenas um comentário mas um pedido de socorro, por favor nos ajudem, pois temo por minha mãe que já foi vitima de sua agressividade, e pela criança para que não sofra o que a irmã sofreu e ainda sofre por conta de uma possessividade doentia, obrigada, aguardo uma resposta breve!

    • Equipe Abrata 12 de julho de 2012 às 14:44 - Responder

      Prezada Márcia

      O impacto do diagnóstico é muito forte tanto para o portador quanto para os familiares. Nenhum deles sabe lidar bem com a situação do diagnóstico, a crise, o tratamento que não pode ser interrompido e que leva algum tempo para se obter o resultado almejado. Muitas vezes, a negação da doença, a suspensão do tratamento, o descompasso do apoio familiar, geram atraso no controle da doença e perda significativa da qualidade de vida. Participar de grupos de apoio mútuo para familiares e portadores, dos encontros psicoeducacionais promovem o conhecimento e troca entre as pessoas que vivenciam a mesma experiência e apresentam problemas em comuns e ajudam buscar soluções e prestar apoio e conforto. Infelizmente, ainda não conhecemos grupo de apoio a pessoa com transtorno do humor e a sua família em Goiânia. Mas, indicamo em Brasília, o APTA, que oferece atividades parecidas com a ABRATA. Contatos: (61) 3107-1978; email: apta.apta@gmail.com – SEDE: Universidade de Brasília/UNB, Faculdade de Medicina.
      Abraços!
      Equipe ABRATA

  3. marcela cruz 18 de agosto de 2012 às 13:08 - Responder

    Sou bipolar a 2 anos,tive uma crise a pouco tempo não estou podendo trabalhar, vou ficar numa clinica para me recuperar, tenho direito a auxílio doença?

    • Equipe Abrata 20 de agosto de 2012 às 21:18 - Responder

      Prezada Marcela
      Obrigada pelo seu contato com a ABRATA! Aproveitando a oportunidade, se você reside em SP, venha conhecer a ABRATA e as atividades desenvolvidas.

      A rotina para solicitar a liberação de auxílio-doença é obtida a partir de perícia no INSS (para empregados segundo regime CLT e trabalhadores autônomos que sejam segurados do INSS) ou nos departamentos de perícia específicos (para funcionários públicos). Caso você perceba que não está em condições de trabalhar, o primeiro passo é conversar com o seu médico. Se este constatar que existe incapacidade, ele elaborará um relatório detalhado contendo informações como o nome da doença que você tem, o código da doença (pela Classificação Internacional de Doenças-CID) e o grau de acometimento que a mesma causa em você. De posse desse relatório, você deve marcar a perícia nos órgãos responsáveis. Para o INSS essa marcação é feita pelo número 135 ou por agendamento via internet no link http://www2.dataprev.gov.br/prevagenda/OpcaoInicialTela.view
      A partir daí você deve comparecer no dia e local marcados para a perícia de posse do seu relatório médico, receitas dos remédios e laudos e comprovantes que mostrem para o médico perito o que você tem e em que medida a doença a incapacita para o trabalho. O perito é o responsável por determinar se você ficará afastada e por quanto tempo. Se após o término da licença você ainda não estiver recuperada para o trabalho, você deve repetir todo o processo para a renovação da licença.
      Como você cita que está internada, poderá pedir a ajuda a um familiar para ingressar com os papéis no INSS enquanto você estiver internada. Se você está internada, é certo que não pode trabalhar. O único problema é se você não estiver contribuindo para o INSS. Mas se você for a segurada, com certeza terá direito ao benefício.

      Reforçamos que você terá de ter em mãos, um laudo médico que descreve o CID-Classificação Internacional de Doenças, do transtorno e todos os sintomas que você apresenta, não adianta somente identificar apenas com o CID. No laudo deve constar a indicação de internação e se você tiver um atestado da clínica onde estiver internada é melhor ainda. Quanto se trata de INSS, quanto mais provas e documentos melhor.

      Sugerimos a você tirar cópias dos documentos originais, guardar os documentos originais e apresentar uma cópia autenticada. E, se exigirem o original, guarde uma cópia autenticada com você. Você poderá usar as cópias autenticadas ou o original na JUSTIÇA se o INSS negar o benefício na esfera administrativa.

      Equipe ABRATA

  4. JOYCE CUSTÓDIO 27 de setembro de 2012 às 11:18 - Responder

    BOM DIA!
    FUI DIAGNOSTICADA HA 2 ANOS. SOU PROFESSORA, ABANDONEI MINHA PROFISSÃO. VOU LIDANDO COM OS AUTOS E BAIXOS DESSA DOENÇA. EXISTE ALGUMA SEDE EM NATAL/RN???? GOSTARIA MUITO PARTICIPAR.

    • Equipe Abrata 27 de setembro de 2012 às 14:39 - Responder

      Cara Joyce
      Boa Tarde!
      Muita obrigada pelo seu contato conosco.
      Infelizmente, ainda não identificamos grupo de apoio em sua cidade, Natal.
      Qualquer novidade, acerca disso informaremos no blog. Continue acessando a página da Abrata e o blog, onde vc, sempre encontrará novidades e artigos sobre o tema Transtornos do Humor. No site vc também encontrará uma relação dos livros que falam sobre bipolaridade e você vai se inteirando e conhecendo mais do assunto.
      Abraços fraternos!
      Equipe Abrata

  5. Lindenberg Azevedo Cavalcanti 25 de outubro de 2012 às 19:20 - Responder

    Gostaria de saber se é possível conviver normalmente com uma esposa que tem transtorno de humor? O que fazer para conviver normalmente? E a pessoa pode trabalhar normalmente? Estudar, passear? E esse medicamento para o transtorno de humor é continuo?

    obrigado

    • Equipe Abrata 27 de outubro de 2012 às 20:56 - Responder

      Estimado Lindenberg
      Agradecemos o seu contato com a ABRATA!

      A maior dificuldade para o tratamento e melhora dos pacientes com Transtorno do Humor é a aceitação da necessidade do tratamento e a continuidade da medicação. É uma jornada longa para familiares e amigos, porém, com o medicamento e doses adequados a pessoa terá chances de manter a estabilidade do humor e ter vida digna no meio social, familiar e profissional.

      A melhor maneira de você ajudar a sua esposa é buscando se esclarecer, o máximo possível, sobre os Transtornos do Humor, ao mesmo tempo, fazer um esforço paciente para que ela se conscientize de que tem uma doença que precisa ser tratada. Portanto, é muito importante que você e mais as pessoas próximas que se predispõem a ajudar, procurem se esclarecer, sobre os Transtornos do Humor, depressão e bipolaridade, para também entenderem o que se passa na cabeça do seu familiar.

      O impacto do diagnóstico é muito forte tanto para o portador, quanto para os familiares. Nenhum deles sabe lidar bem com a situação do diagnóstico, a crise, o tratamento que não pode ser interrompido e que leva algum tempo para se obter o resultado almejado. Um tratamento apropriado com acompanhamento correto pode ajudar qualquer pessoa portadora de Transtorno mental a ter vida produtiva, com qualidade e satisfação.

      O tratamento do transtorno bipolar ou da depressão, é complexo e requer profissionais altamente treinados e capazes de identificar o tipo do transtorno e de prescrever a melhor alternativa terapêutica para cada paciente. Isso é feito pelo médico psiquiatra, que é o profissional mais preparado para instituir o tratamento medicamentoso.

      A ABRATA presta esclarecimento, informação e oferece suporte aos familiares e portadores de Transtornos do Humor, depressão e bipolaridade. Esclarecemos e informamos através de cursos e palestras. Damos suporte através dos Grupos de Apoio Mútuo de portadores ou de familiares, grupos distintos onde os iguais trocam experiência, desabafam – mas não é um apoio psicológico ou psiquiátrico, nem tem um acompanhamento. São complementos a um diagnóstico e a um tratamento. Se você reside na cidade de SP, aproveitamos a oportunidade e o convidamos para conhecer a Abrata.
      Abraços fraterno!
      Equipe Abrata

  6. Maria 20 de novembro de 2014 às 19:03 - Responder

    Olá equipe! Que alívio encontrar o trabalho de vocês. Ontem descobri uma revista chamada Transtorno bipolar, mas achei um pouco superficial, então buscando na internet descobri o Abrata.
    Moro no interior de Sp e espero em breve poder conhecê-los pessoalmente. Fui diagnosticada há 12 anos e somente esse ano parei com a inconstância com os medicamentos. É uma luta constante! Sinto que o desenvolvimento da TB em mim não é tão violento… tive uma crise grave com tentativa de suicídio. Depois disso busquei muito o equilíbrio e a psicoterapia pra me conhecer. Mas preciso ficar muito atenta pra não perder o emprego, pra concluir projetos, para não terminar novamente um relacionamento amoroso…
    Quero estudar cada vez mais essa doença para superá-la. Pratico caminhada, yoga e meditação. Faço trabalho voluntário (em asilos) e isso é como uma chuva boa na alma. No momento, a maior dor que sinto quanto a TB e a sociedade é o estigma. Parece que a notícia se espalha como uma fofoca… e as pessoas mudam repentinamente. Ou não aguentam ficar perto muito tempo. Acabo me isolando… isso é uma característica antiga em mim, porém não é saudável. Poucos são amigos verdadeiros. É uma inversão: as pessoas deviam sentir mais empatia e amor por aqueles que sofrem com algum tipo de doença, especialmente mental. E não hostilizar, censurar e atribuir má fama aos portadores de transtornos. No início, tinha a ingenuidade de falar pras pessoas sobre meu diagnóstico. Hoje já silencio. Só que não sei se eu silenciar estou contribuindo com a “má educação” e o preconceito da sociedade. Gratidão por vocês existirem!! Abraços.

    • Equipe Abrata 27 de novembro de 2014 às 19:00 - Responder

      Prezada Maria

      Que boas notícias vc nos traz! O seu depoimentos é muito importante para todas as pessoas que convivem com uma doença mental. Buscar o equilíbrio, apesar da doença é essencial para manter a qualidade de vida, buscar os sonhos, manter a saúde (fazendo uso da medicação e rotina de vida diária) e realizar-se!
      Grande abraços
      Equipe ABRATA

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