Um dos problemas observados no transtorno bipolar do humor é a falta de aderência ao tratamento medicamentoso. Cerca de 52% dos pacientes não são aderentes às suas medicações. Os meios mais comuns de avaliar a adesão à medicação são os autos relatos dos pacientes e a avaliação do médico. No entanto, os pacientes e alguns médicos tendem a subestimar estratégias de não aderência. Muitas estão disponíveis para ajudar aos médicos a estimar com maior precisão e melhorar a adesão entre seus pacientes.
Entre os motivos de não aderência ao tratamento destacamos os fatores relacionados com o próprio transtorno e os fatores relacionados com a medicação. Assim, uma história de episódios maníacos tem sido associada com a má adesão ao tratamento, possivelmente porque os pacientes com características mais maníacas podem ter pior visão acerca da doença do que aqueles com doença depressiva.
Início precoce da doença, diagnóstico recente, menos episódios e estar no primeiro ano de tratamento também fatores que promovem menos noção de morbidade da doença. A não adesão à medicação pode ser devido aos efeitos adversos intoleráveis (particularmente o ganho de peso e sonolência), a percepção de que foram prescritos muitos medicamentos e a preocupação sobre tomar os remédios por um longo tempo.
Construir uma boa aliança com o médico é um grande trunfo para o sucesso do tratamento, e uma parte integrante desse relacionamento deve promover a comunicação eficaz entre o médico e seu paciente. Os médicos devem transmitir a severidade e cronicidade do transtorno bipolar e a importância da adesão ao tratamento para alcançar e manter a remissão.
Como qualquer pessoa que precisa de tratamento ao longo prazo, a maioria das pessoas com transtorno bipolar terão períodos de falta de aderência, mas eles precisam entender que a interrupção abrupta da medicação vai acelerar uma recaída depressiva ou maníaca.
Por sua vez, os médicos precisam compreender as preocupações de seus pacientes em relação ao tratamento.
Os grupos de apoio e de psicoeducação para pacientes e familiares ajudam muito para que toda a família entenda melhor o problema e lide melhor com ele.
Fonte: https://www.facebook.com/pages/Sa%C3%BAde-Mental-%C3%A9-o foco/194736443903420
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Senhores, bom dia !
Ver o transtorno bipolar somente com a visão psiquiátrica e medicamentosa pode causar pioras ao doente. Embotá-lo. Eu vivi isso. Sou bipolar dignosticado há 21 anos.
Só melhorei quando um médico me disse : Oscar , viva sua vida . Não fique vivendo a doença 24 hs por dia !!!!
Caro Oscar
Obrigada por entrar em contato com a Abrata! Seja bem vindo!
O ser humano sempre viveu diante do dilema entre aquilo que ele quer realmente fazer, aquilo que ele deve fazer e aquilo que ele consegue fazer. Na saúde emocional conseguimos conviver bem com os nossos conflitos. Conseguimos viver bem, apesar deles!
As suas palavras trazem essa mensagem de vida e de esperança pelo bem viver, apesar de um diagnóstico de bipolaridade!
A medicação isolada não nos capacita a amadurecer, a adequar nossas crenças à realidade, a recuperar nossa autoestima e a consolidar nosso equilíbrio psíquico. O tratamento como um todo, em conjunto, nos conduz a autopercepção, a maior compreensão de nós mesmo e dos outros, de suportar melhor as frustrações e a ter flexibilidade mental.
Ao ver a vida de um novo ângulo é possível reagir de forma diferente!
Abraço fraterno!
Equipe Abrata
Senhores, Tomo meus medicamentos regularmente. Mas também vivo minha vida !
Oscar
Senhores médicos psiquiatras, sempre me lembro do pensamento abaixo. Uma coisa é viver, outra coisa é durarmos.
” Nós somos o que fazemos.
O que não se faz não existe.
Portanto, só existimos nos dias que fazemos.
Nos dias em que não fazemos,
apenas duramos.”
Pe. Antonio Vieira
Caro Oscar
Obrigada pela sua gentil contribuição com o pensamento do Pe Antonio Vieira!
Equipe Abrata
Um Feliz e proveitoso ano de 2013 à toda Equipe ABRATA !
Saudações !
Oscar
Caro Oscar
Agradecemos e lhe desejamos um excelente 2013!!
Obrigada!
Equipe Abrata
Bom dia pessoal, tenho enfrentado uma situação complicada quanto ao tratamento da minha tia que é bipolar. O problema é que ela ingere bebidas alcoólicas e o caso se agrava ainda mais. Ela varia dos picos de completa euforia, fazendo coisas fora do normal e quando entra no estado depressivo quer se matar, e quase teve exito em 3 ocasiões. Gostaria de poder ajudá-la mais, mas não sei como. Vocês poderiam me enviar um contato via e-mail para que eu possa receber maiores informaçoes? Muito obrigada!