Entrevista sobre Transtorno do Humor

O Prof. Dr. Teng Chei Tung, presidente do Conselho Científico da ABRATA, abre o Ciclo das Palestras Psicoeducacionais deste ano, abordando os conceitos gerais sobre os Transtornos do Humor. As duas perguntas respondidas pelo Prof., ilustram as informações neste tipo de evento e tornam possível a prática destes esclarecimentos via Blog.

Pergunta: Estes Transtornos do Humor, que o Sr. caracteriza como Depressão e Transtorno Afetivo Bipolar são doenças genéticas? Se um familiar tem a doença, todos terão?

Prof. Teng – A maioria dos transtornos de humor tem forte base genética e hereditária. Entretanto, esta relação entre os genes e a expressão da doença em si é bem complexa e pouco conhecida. Sabe-se que se os dois pais são bipolares, o filho tem chance muito alta (acima de 70%) de ter o transtorno bipolar, porém a forma de apresentação pode ser muito diferente em relação ao quadro dos pais. Também estudos com gêmeos idênticos (univitelinos ou monozigóticos) mostram uma taxa de concordância alta, mas não total (também cerca de 70% dos pacientes gêmeos que tem um irmão bipolar acaba tendo também o transtorno). Portanto, se um familiar tiver a doença, a chance dos outros terem formas variadas e até sub-clínicas (que não necessitariam de tratamento) é muito alta, mas não é total.

Pergunta: Como um leigo percebe nele próprio ou em alguém próximo que está doente?

Prof. Teng – Um leigo percebe que está doente geralmente quando está deprimido, pois a depressão gera muita incapacitação e muito sofrimento. Nas fases altas com euforia, ele não consegue perceber, ele se acha na melhor fase da vida dele. Tem fases de hipomania que não tem euforia, apenas irritação e aumento de atividade/energia, neste caso também não se percebe, pois a alteração poderia ser atribuída às dificuldades do dia a dia ou ao seu temperamento próprio. Perceber que alguém que você conhece está alterado não é difícil, o difícil é tirar a conclusão que essa alteração é patológica a ponto de precisar de um tratamento médico ou psicológico, pois quando as pessoas se convencem que o parente ou amigo precisa de ajuda, às vezes já é tarde demais, e o paciente se mata, ou perde emprego, ou perde casamento, ou destrói relacionamentos importantes.

ESTA FOI A ABERTURA DO CICLO DE PALESTRA PSCOEDUCACIONAIS NA SEDE ABRATA ( SP)

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DESTAQUES

2018-02-02T17:41:41+00:00 11 de março de 2012|Categorias: Blog, Transtornos do Humor - Conceitos|56 Comentários

56 Comentários

  1. LUANA 19 de março de 2012 às 16:39 - Responder

    Como é difícil lidar com uma pessoa que tem transtorno bipolar. Ainda mais quando se é parente próximo. Estou passando por isso com minha filha de 16 anos. É desesperador!

    • Dra. Elisa Brietzke - Conselho Científico ABRATA 20 de março de 2012 às 02:02 - Responder

      Olá Luana,
      conviver com alguém muito próximo com transtorno bipolar pode, realmente, ser bastante difícil, ainda mais quando se trata de uma relação como a de mãe e filha adolescente. A mensagem que queremos deixar para você é que seja o que for que você esteja passando, isso não acontece somente com você e que você não está sozinha nessa. Outras pessoas enfrentam situações semelhantes e podem lhe dar apoio e suporte nesse momento e em outros que virão. Se for possível para você, procure a ABRATA. Além disso, procure se cercar de profissionais em quem você confie e que vão poder lhe dar segurança em momentos difíceis. Por fim, sempre é bom lembrar que a pessoa que cuida de alguém com transtorno bipolar também pode precisar de cuidado e apoio. Se você sentir necessidade, busque, também, um apoio psicológico para você. Um abraço fraterno.

  2. Renan 21 de março de 2012 às 22:54 - Responder

    Olá Luana,

    Apesar da dificuldade inerente ao transtorno, creio que haja o agravante das dificuldades típicas do adolescente.
    Talvez uma boa alternativa seja buscar conhecer bem os sintomas da doença, através de palestras e livros especializados no assunto, afim de “separar” o que é da doença e o que é da adolescência.

    Abs

  3. Camila Lima Gonçalves 28 de março de 2012 às 16:20 - Responder

    Olá, sou casada há 13 anos com uma pessoa que sempre apresentou comportamentos maniacos, perseguidores, irritadiços dentre outras coisas e em casos de muito stress ele ficava extremamente agressivo e incontrolável. Eu sempre acreditei que fosse apenas um temperamento de uma pessoa que não sabia lidar com problemas ou pressões normais da vida. Ha 3 meses inauguramos uma loja e desde o inicio ele tem se mostrado irritado demais, agride verbalmente e fisicamente pessoas, não tem senso das coisas que fala, ofende demasiadamente as pessoas mais proximas e depois reage como se nada tivesse acontecido. Três psiquiatras locais já diagnosticaram a bipolaridade. Ele está tomando 2 comprimidos de quetrus a noite e 1 de topamax, está fzendo terapia. Sinto que ele ainda não entendeu o desgaste q esse problema trouxe na nossa relacão, pois não vejo nem ele crer que tem esse problema. Minha vida está sufocante, desgastada, triste, sem esperança em termos um momento de paz na nossa familia. Minha maior preocupação, depois dele são nossos filhos de 8 anos e outro de 10 meses. O que fazer? Não estou conseguindo suportar esse peso. Que orientações médica, psicologicas vcs poderiam me dar?

    • Luis Russo - presidente da ABRATA 28 de março de 2012 às 20:18 - Responder

      Cara Camila, no que diz respeito ao desgaste sofrido no relacionamento com seu marido, seria de extrema importância que você conversasse com o Psiquiatra que prescreveu as medicações que ele está tomando e o Psicoterapeuta que o atende, e pedisse que fossem dados esclarecimentos sobre a doença no que diz respeitos aos sintomas que tem ocorrido e procedimentos passíveis de serem adotados tanto para seu marido quanto para você mesma.
      Se for o caso, seria muito útil a indicação para uma Psicoterapia de casal (sem desconsiderar os tratamentos já iniciados), onde o relacionamento conjugal poderia ser trabalhado, identificando-se o que acontece na presença de sintomas, e o que poderia ser feito na ausência dos mesmos.

    • Edna Pinheiro 31 de março de 2012 às 12:45 - Responder

      Olá Camila,estou passando pelo mesmo problema e sei o quanto é difícil lidar com essa situação,e ainda bem que ele ainda toma medicamento poís o meu marido diz que não tem nada e eu é que arrumo doença para ele ,como é complicado lidar com essa questão ,abraços e boa sorte.

  4. CRISTINA 2 de abril de 2012 às 01:36 - Responder

    Olá, Boa Noite!

    Quando tive meu filho, há 27 anos tive um quadro de psicose maníaco-depressiva depois a médica informou que eu tinha transtorno afetivo bipolar.
    Os parentes consideraram como loucura e tiraram o meu filho dos meus cuidados e fiquei afastada por uns 06 meses na casa de meus pais. O filho ficou com o marido e a sogra que pouco me deixava ter qualquer aproximação com a criança…
    Fiz tratamento psiquiátrico, terapias na MENSANA – no Bairro de Vila Mariana em São Paulo e depois dos 06 meses voltei ao trabalho já reestabelecida e também voltei para a minha casa.
    Foi muito difícil, pois, a minha sogra e marido pouco deixavam eu me aproximar da criança, não pude dar um banho na criança durante anos, sempre a sogra dava alguma desculpa e tomava à frente de tudo…
    Foi muito difícil, mas, fui seguindo a vida, meu marido além de tudo era alcoólatra e a minha sogra sempre falava para os vizinhos quando ele chegava em casa bravo e discutindo que o problema era comigo porque eu tinha problemas de loucura e fazia escândalos.
    Mentira pura, porque sempre fui muito discreta e inibida…
    Hoje tenho 50 anos de idade e ainda tomo medicamentos e faço terapia com psicóloga, tive ao todo 04 crises que foi preciso parar todas as minhas atividades (trabalho) ir para casa de parentes.
    O meu filho hoje está casado, tem a família dele, e não tem sintomas de transtorno de bipolaridade, mas, ele tem muito receio em demonstrar amor e carinho por mim, isto me deixa muito triste, acredito que foi a maneira que ele encontrou para não contar comigo, pois, poderia a qualquer momento ver a mãe em crise…
    Meu marido parou de beber depois de quase 25 anos de casados porque teve uma séria doença no fígado, ele por si só resolveu parar de beber, ele tem o gênio explosivo e muita dificuldade em demonstrar carinho, também.
    Já nos separamos várias vezes, e depois da crise eu voltava para casa para recomeçar, arranjar trabalho, reconquistar a confiança do filho e como morava no mesmo terreno da família dele, eu me sentia vigiada a todo instante, era muito constrangedor, eu me sentia muito humilhada…
    Sempre quem me acompanhava nos médicos até o ano de 2000 eram os meus familiares, meu marido nunca se interessou em saber da doença e nem saber se estou ou estava me tratando.
    Nos dias de hoje, eu tenho a clareza dos sintomas da euforia e da depressão devido aos informativos da ABRATA que consegui com uma médica, tem mais de 10 anos e sempre me ajudou muito.
    Hoje, a minha família sabe que eu tenho a responsabilidade com o meu tratamento e acompanham de longe, mas sempre que tenho contato com eles, eu percebo que eles estão sempre me analisando, é uma situação embaraçosa ter que provar a todo instante estar bem e normal…
    Procuro dormir 08 horas por noite, nunca bebi e nunca fumei, e se percebo que estou muito agitada, irritada, pavio curto e sem sono, eu aumento 01 comprimido do meu remédio, de acordo com as orientações da minha médica, e assim sigo a minha vida.
    Estou começando a participar das atividades da ABRATA e espero poder contribuir para as pessoas que passam e sofrem com este transtorno afetivo da bipolaridade.
    Se, a pessoa se cuidar e a partir do momento que ela se conhecer e saber detalhes da doença, ela não precisará de pessoas lhe pressionando para tomar o remédio, fazer as terapias.
    “BASTA ELA SE AMAR E SABER QUE O PROBLEMA É DELA E A DOENÇA TAMBÉM, O CUIDADO COM A DOENÇA E A PERCEPÇÃO DE UMA CRISE É MUITO IMPORTANTE, PODEMOS TER UMA VIDA NORMAL…”
    Um abraço,
    Cristina

    • Dra. Elisa Brietzke - Conselho Científico ABRATA 2 de abril de 2012 às 03:21 - Responder

      Cristina,
      obrigada por compartilhar sua história. É muito bom ter você na ABRATA. Como você apontou, é muito importante perceber que o Transtorno Bipolar é uma doença como outra qualquer e que, com apoio e tratamento a vida pode ser bem mais tranquila. Um abraço fraterno.

      • Paula 5 de abril de 2012 às 23:19 - Responder

        Dra., mostrei meu caso para a Cristina mas acho que a Sra. também pode me dar uma boa orientação. Vou lhe ressaltar que meus pais resistem a internação, pois acham muito cruel( não é bem essa a palavra); por um lado, eu os intendo, pois acredito que nenhum pai quer ver seu filho nessa situação, mas…o que fazemos?

    • Paula 5 de abril de 2012 às 23:16 - Responder

      Cristina,
      O que você sugere nos casos em que o bibolar não assume a doença e nem tampouco tratamento? Neste instante, meu irmão, bipolar, está em crise. Ele está violento e diz que matará meus pais, minha irmã e eu. Como podemos fazer? Interná-lo? Por quanto tempo? Afinal, as crises vem e voltam…

      • Dra. Elisa Brietzke 7 de abril de 2012 às 10:12 - Responder

        Paula,
        veja se seus pais podem vir à ABRATA ou, pelo menos, conhecer este site e ler o blog. Além disso, tentem manter o máximo de contato com o médico dele, se for possível, façam uma conversa da família com ele. Somente o médico do seu irmão pode dizer qual o melhor tratamento para ele (se em casa, internado, em hospital-dia, se com remédios, terapia, etc.). Um abraço.

        • Paula 7 de abril de 2012 às 14:33 - Responder

          Obrigada, Dra. O médico que atendeu meu irmão na primeira crise estará na cidade na terça-feira. O levaremos lá. Certamente apresentarei este site aos meus pais, pois acredito que, nos casos de bipolaridade, sempre ajuda vermos a história de superação dos outros e, melhor, ver que, mesmo pela internet, há pessoas dispostas a ajudar.
          Novamente, obrigada. Espero que a Sra. continue ajudando muitas pessoas.
          Abraço.

  5. Oscar Büschel 18 de abril de 2012 às 10:42 - Responder

    Caros profissionais de Saúde na área da psiquiatria e psicologia, que participam deste blog da ABRATA,

    Já fiz esta pergunta a vários psiquiatras e psicólogos, e as respostas são um pouco superficiais ou dúbias. A pergunta é esta: O portador de Transtorno Bipolar de Humor sofre de crises cíclicas, na maioria dos casos. Ora, está em depressão, ora em mania/euforia, que podem vir acompanhadas de surtos psicóticos graves e também acompanhadas de delírios e alucinações. É o meu caso, por exemplo. Sou bipolar tipo I e no início do tratamento fui internado algumas vezes devido a surtos psicóticos, delírios místicos e alucinaçãoes que tinham uma ciclagem de 6 meses aproximadamente. Minha última internação psiquiátrica foi em 2002, depois disso consegui me estabilizar e não ciclar mais tão rapidamente, minhas crises atualmente são , quando as tenho, de mania leve com sintomas de auto-referência. Para controlar meu transtorno bipolar, eu e os psiquiatras que me acompanham , já experimentamos toda a medicação disponível no mercado, desde as mais antigas até novas formulações de última geração ofertadas pelos laboratórios médico/farmacêuticos. Aqui reside minha pergunta aos senhores, é a seguinte: Como tenho dignosticado meu TAB desde há 20 anos atrás, já passei por uma grande quantidade de alternativas medicamentosas, umas deram certo temporariamente, outras já uso desde 1992 e estão funcionado bem. Sem delongas, vou a seguinte pergunta: Os medicamentos psiquiátricos disponíveis no mercado farmacêutico, além de tentar estabilizar o portador de TBH, de provocar mudanças comportamentais no paciente, e de terem vários efeitos colaterais ou reações adversas físicas ou mentais, além de alterarem o “temperamento” do indivíduo, pergunto-lhes se esses medicamentos psiquiátricos também tem o condão de causarem alterações no “caráter e personalidade” do portador de TBH? Ou mais claro, eles podem alterar a personalidade do paciente mesmo fora das crises? Já ouvi respostas de que eles atuando na mente, na química cerebral e corpórea, podem alterar a “personalidade e o caráter” do portador de doença mental/psíquica. Outros médicos e psicólogos dizem que depois de formada a personalidade/caráter, quase mais nada pode ser mudado nela, e que medicamentos não tem o dom de alterar nada nesse assunto, apenas o “comportamento” pode mudar com o uso contínuo dessas drogas, mas não a personalidade e o caráter. Ponderavam esses médicos que é óbvio que numa crise bipolar, seja de euforia ou depressão, a pessoa muda o seu pensamento sobre a realidade, fica com uma visão distorcida do real…mas ao sair da crise recupera sua consciência plena. E que mudanças de personalidade, podem vir, se possíveis essas mudanças , apenas durante às graves crises bipolares, mas que saindo da crise , a personalidade e o caráter estão preservados e do jeito que foram formados durante a vida do paciente. Finalizo: os medicamentos usados na Psiquiatria mudam ou não, no médio prazo, a personalidade e o caráter do portador?

    Oscar Büschel
    * portador de Transtorno Bipolar

    • Dra. Elisa Brietzke 19 de abril de 2012 às 16:28 - Responder

      Prezado Oscar,
      não existem medicamentos capazes de mudar a personalidade ou o caráter de alguém. Em pessoas com constituição de personalidades muito disfuncional (os chamados transtornos de personalidade), medicamentos podem ser usados para controlar sintomas, como impulsividade e persecutoriedade. Um abraço.

  6. valeria clara ribeiro 20 de abril de 2012 às 18:16 - Responder

    Olá, doutora, é o seguinte, minha mãe tem transtorno bipolar, ela toma lítio e rispiridona para controlar e evitar crises, dois de meus sete irmãos também tem a mesma doença, eu acredito que também posso ter a doença, pois desde pequena apresentei sintomas depressivos como pensamentos de inferioridade aguda e suicida, além de ter crises até aos doze anos de auto-agressividade, e noto que agora aos 20 anos meu humor tem oscilado e tenho dificuldades para dormir depois de ter perdida uma filha aos nove meses de gravidez, estou sofrendo muito e tenho medo que desenvolva um quadro cronico da doença, se eu iniciar um tratamento com litio o quanto antes posso evitar uma crise??????????

    • Sivia Ap maximiano. 19 de maio de 2012 às 21:15 - Responder

      Doutora eu sou diagnosticada que tenho depressão bipolar e ansiedade,é horrivel,estou em tratamento,mais a euforia eu consigo controlar porque antes de tudo eu penso em meus filhos e não quero que eles passem vergonha…fico bem atormentada mais controlo um pouco.mais ai passa pra depressão e meus pensamentos ficam mais ruim ainda….tem hora que só penso o pior..não é facil…

  7. Maria 29 de abril de 2012 às 20:03 - Responder

    PERGUNTA :
    Quando uma pessoa não aceita que tem essa doença, o que fazer para convencê-la a procurar um médico?
    Estou desesperada, pois meu filho se casou a 2 meses e a esposa dele vem tendo crises constantes, eu vejo uma tristeza enorme nos olhos dele. Ela fala que não é doente, que ele quer dopá-la, que quer interná-la para ficar com o que é dela.( e ela não tem nada, a não ser o ap financiado a 6 meses)
    Como convence-la a procurar ajuda?
    Meu filho já pensou em separação, mas ela fala em se matar…, pois em 2 meses de casados ela já quebrou vários presentes, eles moram em um apartamento, e qdo ela começa com gritos e agreções ele morre de vergonha! Quando ele vai colocar o lixo na lixeira ela fala que ele fica olhando para as vizinhas.
    O que me dá mais desespero é que ele a ama, pois tentou sair desse relacionamento várias vezes, namorou 2 meninas (3 meses cada uma) mas disse que estava com ela pensando na atual, voltarão e em 45 dias se casaram, tudo como ela queria. Ele fez tudo do gosto dela mas, 10 dias depois do casamento ela começou…, eu achava que era estres, pois ela fez questão de ela mesma fazer lembrancinhas, caixa de primeiros socorros para colocar nos banheiros, gravatinhas, convites etc….
    Sei que a mãe dela é esquesita, não sai pra nada, não vai na casa de ninguém, ela mesma me falou que gosta de viver isolada.
    Eu quero ajudar, quero ver meu filho feliz e quero ajudar minha nora, pois sinto que ela sofre muito. O que posso fazer? Tudo o que sei da vida deles, é porque ele me conta, mas ela não pode saber que eu sei senão…
    abrigada

    • Cristiane 8 de maio de 2012 às 17:34 - Responder

      Olá boa Tarde
      Encontrei vocês na busca de ajuda para tentar entender e ajudar um tio e consequentemente uma família inteira. Ele a cada dia e hora está de um jeito, tem atitudes que parece de uma criança , faz ofenças a irmãos, sobrinhos, pai, mãe em assuntos que mais machucam. É uma situação até difícil de explicar e o pior é que minha avó, mãe dele es com Alzaimer e ele pertuba ela demais e ele decidiu não trabalhar par cuidar dela e todos estão ficando doentes com as atitudes que ele tem, eu estou de mãos atadas não sei onde procurar ajuda e como faze-lo entender que alguma coisa esta acontecendo com ele, e que na verdade, nem eu sei o que pode ser, o que sei é que existe uma tristeza muito grande dentro dele e que esta contaminando toda minha família. Me ajudem por favor, não sei mais onde procurar apoio.
      Ele as vezes discute com uma criança como se fossem da mesma idade, depois de crises diversas, ele é capaz de pegar a Bíblia Sagrada e ler ela TODA , por horas sem parar, as vezes outros livros, entra em assuntos que passa na tv como se fosse realidade, eu nunca vi isso na minha vida, essas são só algumas coisas, dentre muitas outras.
      Obrigada e aguardo alguma resposta de ajuda.
      Cristiane.

    • Dra. Elisa Brietzke - Conselho Científico da ABRATA 9 de maio de 2012 às 21:38 - Responder

      Prezada Maria,
      seu questionamento é muito comum e muito importante, pois nem sempre a pessoa que tem transtorno bipolar ou alguma outra condição psiquiátrica tem consciência de que seu comportamento está fora do normal ou que está fazendo os outros sofrerem. Tendem a atribuir o seu sofrimento aos outros, à casa onde moram, à falta de dinheiro, a um emprego ou a motivos externos a si. Por causa disso, muitos resistem a procurar um médico. Infelizmente, no caso do transtorno bipolar, o tratamento com medicamentos é mandatório, ou seja, é uma condição obrigatória para estabilizar a pessoa e permitir que ela possa fazer outras modalidades de tratamento, como uma terapia, por exemplo. O que vou deixar para você são apenas sugestões, que funcionaram para outras pessoas nessas condições e que talvez ajudem você:
      1. Converse com a pessoa quando ela estiver calma. Nos momentos de crise, dificilmente a pessoa escuta e aceita o que está sendo falado.
      2. Busque ajuda da família e amigos próximos. O envolvimento de familiares e amigos diminui a carga para a pessoa que está mais próxima e faz com que novas ideias surjam.
      3. Busque um profissional para ajudar você. Se a pessoa não quiser ir, vá você a um psiquiatra e converse detalhadamente sobre a situação e sobre quais as melhores estratégias para trazer a pessoa para uma avaliação.
      4. Em casos de agitação grave, em que a pessoa fique agressiva ou fale em suicídio, procure atendimento de emergência em pronto socorro psiquiátrico, pois a pessoa pode representar risco para si e para os outros.
      Um abraço.

  8. Maria 30 de abril de 2012 às 07:41 - Responder

    O que fazer qdo a pesssoa não aceita que em a doença?

  9. Maria 30 de abril de 2012 às 07:46 - Responder

    Como é difícil lidar com uma pessoa que tem transtorno bipolar. Ainda mais quando se é parente próximo. Estou passando por isso com minha filha de 28 anos. É desesperador!
    e ela não assume que tem a doença

  10. JOSENILTON 11 de maio de 2012 às 09:33 - Responder

    descobri que sou bipolar a 2 anos nao é facil ate hoje. nao conseguo ainda indentificar quando estou euforico ou quando estou depressivo só sei que esses dois polos estao presentes pelos sintomas. depois de uma crise de furia costumo a ficar dias depresivo ou depois de por exemplo comprar algo numa crise euforica a melancolia e grande. meu medico disse que é bipolaridade mista. mas é muito dificil de identificar como faço isso? me ajudem

    • Dra. Elisa Brietzke 12 de maio de 2012 às 02:38 - Responder

      Olá Josenilton,
      sua pergunta é muito importante pois, se a pessoa consegue identificar que um episódio de mania, de depressão ou de uma mistura dos dois (episódio misto) está se aproximando, ela pode procurar o médico e “correr na frente”, evitando a instalação plena de um episódio desse tipo. Existem algumas “pistas” (sintomas e comportamentos) que indicam que um episódio de humor está chegando ou que ele já está instalado. Vou citar alguns exemplos comuns, mas é sempre bom conversar com o seu médico, porque há uma variação de pessoa para pessoa.
      Sinais de episódio de depressão:
      1. Se sentir triste ou deprimido a maior parte do dia, quase todos os dias.
      2. Perda de prazer ou o interesse em coisas que você geralmente gostava.
      3. Você começa a ficar muito desanimado, sem energia ou com vontade de ficar o dia inteiro deitado.
      4. A pessoa fica impaciente ou agitada, incapaz de ficar quieta.
      5. Insônia ou sono demais.
      6. Perda ou aumento do apetite.
      7. pensamentos de culpa, baixa auto-estima, sentimentos de que decepcionou outras pessoas, visão negativa de si mesmo, dos outros e do futuro, pessimismo.
      8. Pensamentos ou tentativas de suicídio.
      9. Dificuldade de pensar ou de se concentrar.
      Sinais de episódio de mania:
      1. humor expansivo, eufórico, alegre demais (mas uma alegria que passa do normal) ou muito irritado.
      2. Falar muito.
      3. pensamentos passam muito rápido na cabeça ou muitos pensamentos ao mesmo tempo.
      4. auto-estima inflada ou grandiosidade (a pessoa se acha “a tal”, melhor, mais inteligente, com raciocínio aguçado, com uma ligação especial com Deus)
      5. Atos impulsivos (compras excessivas, dirigir imprudentemente, beber ou usar drogas, envolvimento sexua fora do seu padrão normal).
      6. Aumento do apetite sexual.
      7. Diminuição da necessidade de sono.
      Se você notar que estes sintomas estão ocorrendo, procure adotar algumas dicas que ajudem a reduzi-los ou eliminá-los:
      1. durma bem e evite privação de sono e excesso de estimulação (como dormir pouco para ir a bares ou boates ou trabalhar demais).
      2. evite excesso de café.
      3. evite o uso de álcool.
      4. peça para alguém que o conhece bem para ajudá-lo a monitorar o seu humor e comportamento e avisar se notar algo.
      5. Não interrompa o uso de medicações sem o conhecimento do seu médico.
      6. Entre em contato com o seu médico ou psicólogo.
      Um abraço

      • JOSENILTON 15 de maio de 2012 às 22:08 - Responder

        Drª perece que a senhora falou de mim sem me conhecer minha esposa confirmou 90% dos sintomas só que os sinto todos de uma so vez varias vezes durante o dia minha bipoloraridade é mista? tomo 9 medicamentos por dia o que a senhora acha disso? estou engordando muito. Obrigado

        • Dra. Elisa Brietzke 18 de maio de 2012 às 11:39 - Responder

          Oi Josenilton,
          provavelmente você se identificou porque, realmente, estes são sintomas comuns de bipolaridade. A maioria dos pacientes com transtorno bipolar precisa tomar uma combinação de medicamentos para ter um controle adequado. O número de comprimidos não é o mais importante, o que é necessário é que a pessoa esteja bem. O aumento de peso é um problema comum. Controle a dieta e faça exercicios regularmente para evitá-lo.
          Abraço.

          • JOSENILTON 30 de junho de 2012 às 20:54

            obrigado por responder Drª estou num periodo em que tudo parece me deixar deprimido tô parecendo um menininho ate brincadeiras de colegas. I sso é normal?

  11. mariane 16 de maio de 2012 às 23:30 - Responder

    gostaria de saber se o transtorno bipolar pode se transformar em algo mais serio,por exemplo loucura se nao tratado,obrigada

    • Dra. Elisa Brietzke 18 de maio de 2012 às 11:43 - Responder

      Oi Mariane,
      o transtorno bipolar, em seus episódios mais graves, pode fazer com que a pessoa desenvolva o que chamamos de sintomas psicóticos (conhecidos popularmente como “loucura”). A pessoa pode escutar vozes ou barulhos, ter visões ou desenvolver distorções muito acentuadas no pensamento (como achar que é Deus, que é muito rico, que está sendo perseguido ou que as pessoas estão falando a seu respeito). Estes sintomas são tratáveis e somem com a melhora do quadro.
      Abraço

  12. valeria de cassia benes gaetan 1 de junho de 2012 às 23:30 - Responder

    Boa noite
    Sou portadora de TB e as vezes é dificl viver,muito mesmo, acho um horror ter que me adaptar a tudo para poder ter uma vida. Não frequento boate, não tenho muitos amigos, procuro pouco estimulo para não ter nenhum gatilho ativado, observei muito e ouvi muito para conseguir isso, abri mão de muito também.
    Faço psicoterapia a dez anos e tenho acompanhamento médico no mesmo tempo, porém uma duvida que corrói essa dor lancinante que sinto na alma nunca passou, nunca vai passar?Passo por alguém normal, ninguém diz que sou TB.Trabalho, estudo, sou aplicada e tem dias que odeio ser esse macaquinho.Não consigo ter um relacionamento amoroso,pois não confio muito em dizer isto.Meu ex marido me deixou por isso creio, acho que nunca superei ser abandonada, a separação trouxe muitos conflitos para mime minha filha.
    Me sinto um et nesse mundo, isso é assim mesmo?Todos sentem isso?Mesmo com tantos cuidados.

    • Equipe Abrata 2 de junho de 2012 às 19:08 - Responder

      Prezada Valéria
      Boa Noite!

      Obrigada por entrar em contato com a ABRATA!
      A missão da ABRATA é de: Informar e educar a sociedade sobre a natureza dos transtornos afetivos e apoiar psicossocialmente os portadores de depressão, transtorno bipolar, seus familiares e amigos, e nós, voluntários da equipe da ABRATA lhe convidamos para conhecer e participar das nossas diversas atividades como: GRUPOS DE APOIO MÚTUO – para portadores e familiares que ocorrem semanalmente, onde os participantes discutem tudo que seja respectivo à doença e as implicações em suas vida; GRUPO INTERATIVIDADE – ocorre 01 vez por mes, onde familiares e portadores se encontram para conhecer, aprofundar e buscar a melhoria nas relações familiares; PALESTRAS PSICOEDUCACIONAIS – acontecem mensalmente e são desenvolvidas por médicos psiquiatras e psicólogos. Assim vc poderá obter os esclarecimentos e informações importantes sobre tudo que seja referente ao TB.
      Abraços
      Equipe Abrata

    • Neila 2 de junho de 2012 às 19:32 - Responder

      Prezada Valéria

      Não sou portadora de TB, mas tenho filho portador. Tudo que vc relata são sentimentos e sensações que presenciei em meu filho. Por isso, me sinto a vontade em lhe escrever! Espero poder contribuir! Gostaria de lhe contar que a vida do meu filho ficou muito mais suave e mais feliz depois que ele buscou conhecer a doença e seus sintomas. Durante as consultas questiona muito ao seu médico e também solicita muitas orientações. Evidentemente, que a rotina necessária para pessoa que tem o TB poder ser as vezes muito chata… mas também é a que promove uma qualidade de vida pessoal, familiar, profissional e afetiva. Não posso deixar de ressaltar o uso contínuo da medicação. Sem a medicação, (ainda bem que temos esses excelentes aliados!) a vida se torna mais complexa. Valéria somente após aceitar a doença e adquirir esses comportamentos, a vida do meu filho se transformou. Hoje, está concluindo o seu segundo curso superior. Claro, nem tudo é tão cor de rosa sempre, mas o dom da vida que recebemos, apesar das dores, sempre prevalecerá.
      Com carinho
      Neila

  13. Marcia Baptista da Silva 16 de junho de 2012 às 20:25 - Responder

    Desconfio de minha mãe. Ela tem 75 anos e sempre teve mania de perseguição. Ela não gosta de ninguém por mais de 1 mês. Grita com todo mundo, é constantemente amarga e mal humorada, ofende todo mundo o tempo todo e tudo o que ela ouve ela considera como uma crítica, ataque ou provocação. Ela era muito apegada ao meu tio, e quando ele ficou doente de cancer, em estado terminal, ela chegou a me mandar dar feijão azedo para ele pois ele não estava ajudando em casa, e olha que ela gostava dele. Não gosta de higiene nem de organização em casa, prepotente e controlador, invade a vida e a privacidade de qualquer um e fala das coisas intimas, especialmente as minhas, para qualquer pessoa. Ela começou a gastar sem calculos, perdemos a casa antiga e depois da mudança ela emagreceu muito. Não se alimenta direito, emagreceu, reclama de fraqueza, cai, treme, quando nervosa grita muito sem razão, pragueja, muda até de fisionomia, e fica com a veia do pescoço estufada. Quando ela consegue irritar alguém a ponto de fazer a pessoa “descer do salto”, ela deita e dorme como se nada tivesse acontecido. Reclama de dores no corpo, dorme muito, esquece coisas, recolhe coisas do lixo e guarda, como remedios vencidos que ela pega no lixo daqui ou fora de casa. Nunca reconhece um erro, só ouve o que quer e so entende o que convém, porém é manipuladora. Conversei com a médica dela sobre isso e a medica foi grosseira comigo, disse que quem tem problema sou eu. Disse que ia encaminhar para um grupo chamado nasf, mas não deu em nada. Minha mãe é convincente, e mente bem. Em alguns momentos eu percebo fingimento nela. Mas ainda não sei se ela é louca e finge lucidez ou é lucida e finge loucura. Na frente do médico ela se comporta de outra forma. Até cheguei a pensar que ela fosse psicopata, mas ela gosta de animais. E só. Não sei o q fazer para ajudar, pq nem os médicos acreditam em mim. Não quero trancar ela num hospital psiquiatrico, quero apenas que ela se trate, para o bem e a segurança dela mesma.

    • Elisabeth Sene-Costa 21 de junho de 2012 às 18:10 - Responder

      Prezada Márcia

      Da forma como você conta os fatos sobre sua mãe, parece que ela está bastante comprometida psiquicamente, e pode ser que tenha, mesmo, um Transtorno Bipolar.
      É preocupante ela não ter feito um tratamento adequado até agora, pois os sintomas vão se tornando crônicos e fica cada vez mais difícil tratá-la. Infelizmente, nesses casos, na maioria das vezes, há necessidade de internação psiquiátrica, para que ela possa ser medicada de maneira apropriada. O tempo de internação será decidido pelo colega psiquiatra que a atender, baseado no resultado alcançado com os medicamentos.
      Tente dialogar novamente com a médica de sua mãe, a sós, conte tudo o que você observa e peça a sua ajuda.
      Além disso, a sua participação nas atividades da ABRATA poderá lhe auxiliar a entender e lidar melhor com toda essa situação, bem como lhe fornecer atenção, conforto e esperança de que tanto você necessita neste momento.
      Um abraço.
      Dra Elisabeth Sene-costa
      Médica Psiquiatra
      Membro do Conselho Científico da Abrata

  14. Marcia Silva 22 de junho de 2012 às 14:42 - Responder

    Já conversei com a médica dela a sós e vi muita má vontade da parte dela. E como eu disse anteriormente, ela finge muito bem dependendo da ocasião e é a minha palavra contra a dela. Eu fiz terapia algum tempo e a minha psicóloga levantou essa hipótese de problema psiquiátrico, inclusive informei a medica que minha mãe é ex alcoolatra e que um irmão dela foi internado em hospital psiquiátrico, mas não deu em nada. Inclusive ela passou por um grupo chamado Nasf, pelo que eu soube é uma equipe multidisciplinar, e conseguiu “ludibriar” eles também. Eu preciso de um laudo de um médico para ajudar numa causa judicial, onde eu possa atestar incapacidade dela e conseguir uma nova casa melhor, mas eles não me ajudam, nem mesmo a assistente social. Sinceramente, não sei mais o que fazer. Ela tem muita sorte, pois com o temperamento dela sempre se envolve em discussões e inimizades são frequentes. Eu cheguei a ser ameaçada de morte por isso. Não tenho como pagar um médico particular para ela. Mas agradeço pela atenção, de qualquer forma. Me disseram que no caso de pessoas idosas o familiar é muito importante na descoberta e tratamento de problemas psicológicos e psiquiátricos, mas no posto que a minha mãe frequenta, parece que os geriatras faltaram nessa aula.

  15. Verbena 28 de junho de 2012 às 17:12 - Responder

    Boa tarde!
    Recebi o diagnóstico de TB em 2008, aos 31 anos. Fiquei chocada no início. Percebi que era diferente das outras pessoas desde criança. Li bastante sobre o assunto e tenho certeza de que a doença se manifestou cedo em mim.
    Antes tinha muitos projetos; sempre fui excelente aluna e bastante elogiada no trabalho. Até acontecerem as crises depressivas e meu rendimento cair drasticamente.Tem dias que é muito difícil sair de casa. Fui taxada de preguiçosa, irresponsável… Isso dói muito. Tenho consciência de que não trabalho da mesma forma que antes. Mas não escolhi essa situação.
    Minha família não aceita que tenho TB. Sofro sozinha. Prefiro não compartilhar. Já ouvi de colegas coisas do tipo:” você não tem fé em Deus, por isso está doente.” Tomei várias combinações de medicamentos. Ajudam bastante, mas os efeitos colaterais em mim são terríveis: sonolência, fraqueza muscular,dor de cabeça, alteração do apetite…
    Não consigo manter relacionamentos amorosos. Geralmente a pessoa não entende as fases de isolamento, nem a minha tristeza sem aparente motivo. Pensa logo que estou infeliz por conta dela. Cheguei a conclusão que é melhor ficar sozinha, pois faço mal a quem se aproxima de mim.
    Estou para desistir de tudo. A ideia de que só a morte traria sossego é constante.
    Um abraço.

    • Dra. Elisa Brietzke 2 de julho de 2012 às 18:17 - Responder

      Olá Josenilton,
      isso não é normal, mas é esperado que aconteça com algumas pessoas durante períodos depressivos. A pessoa pode ficar muito sensível a pequenas adversidades, como a mínima crítica, contrariedade ou rejeição. Não esqueça de relatar isso para o seu médico.
      Um abraço.

      • JOSENILTON 20 de julho de 2012 às 21:36 - Responder

        ta sendo muito bom ouvir esses comentarios de pessoas que tem TB me impressionou muito o seu VERBENA. Drª qual tempo de um episodio de euforia para o depressivo normalmente?

      • JOSENILTON 25 de julho de 2012 às 10:55 - Responder

        DRª COMPULSÃO POR COMPRA É NORMAL? OU GASTOS EXCESSIVOS SAO NORMAIS NO TB

    • Dra. Elisa Brietzke 2 de julho de 2012 às 18:25 - Responder

      Prezada Verbena,
      Você coloca uma questão muito importante: o preconceito e a desinformação que estão associados ao Transtorno Bipolar. Se algumas pessoas não entendem e acham que o que você sente é “frescura, preguiça” ou coisa semelhante, muitas outras podem entender e ajudar você. Você conta de um período em que você não tinha oscilações de humor, em que conseguia estudar e se relacionar. O objetivo de todo tratamento é fazer com que você se sinta o mais próximo possível dessa situação de estabilidade. Hoje em dia temos muitos recursos para tratar o seu problema. Só de medicamentos com efeito estabilizador do humor são cerca de 15 medicações diferentes, fora medicamentos mais novos que podem ser usados em casos resistentes.
      A orientação que eu gostaria de deixar a você é que você tenha um médico da sua confiança, preferencialmente psiquiatra, que você busque uma terapia e que você venha conhecer a ABRATA. Tenho certeza de que você vai se sentir acolhida e compreendida.
      Um abraço.

  16. Tatiane Carvalho 14 de agosto de 2012 às 13:54 - Responder

    Comecei a pesquisar recentemente sobre o assunto depois de uma conversa
    com uma amiga. Tenho muitos problemas com meu marido e sempre atribui
    os mesmos ao abuso da bedida. Conversando com essa amiga ela me contou
    sobre um irmao que cometeu suicidio e havia sido diagnosticado com a doença.
    No começo eles tambem achavam que o problema dele era a bebida e, quando diagosticado, ja era tarde demais. Fiquei com muito medo quando percebi as semelhancas e comecei a pesquisar sobre o asunto. As crises de mania mele sao evidentes e sempre achei que isso fosse parte de sua personalidade. Agora fiquei na duvida pois estou com ele ha 4 anos e ainda nao presenciei nenhuma crise de depressao. É possivel a pessoa ficar tanto tempo assim em estado de euforia? Pois tudo se encaixa. O que voces me recomendam para convence-lo em procurar um medico e buscar um diagnostico. Sei que se eu falar isso com ele, ele vai me dizer que a louca sou eu. Estou muito preocupada e nao sei nem por onde comecar. Obrigada!

    • Equipe Abrata 15 de agosto de 2012 às 14:02 - Responder

      Prezada Tatiane
      Obrigada pelo seu contato om a ABRATA!
      Se vc reside em SP, lhe convidamos para conhecer a ABRATA e participar de um encontro psicoeducacional que acontecerá neste sábado, dia 18 de agosto,das 14h00 às 17h00 a tema será:USO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NOS TRANSTORNOS DO HUMOR, palestra será realizada pelo Dr. Luis Justo, Psiquiatra
      Além da palestra, vc poderá fazer perguntas ao Dr Luis Justo. Veja as orientações para vc fazer a inscrição. Inscrições Obrigatórias: (11) 3256-4831 das 13h30 às 17h00 ou pelo e-mail: contato@abrata.org.br Gratuito para associados // Não Associados: R$ 15,00 (Certificado para estudantes) Local– Rua Borges Lagoa, 74 cj. 2, Vila Clementino, próximo ao Metrô Santa Cruz.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  17. Débora 12 de setembro de 2012 às 14:55 - Responder

    Boa tarde, sou casada a 3 anos.. De 2 anos p/cá nosso relacionamento se tornou insuportável, sempre discutimos, ñ posso falar nada que ñ esteja de acordo com o que ele pense que ele se volta contra mim, sem falar que ele sempre repete que eu sou o motivo da vida dele está muito ruim, que acabei com a vida dele.. Sempre com perseguição a minha pessoa.. Sempre dizia p/ele procurar um médico pq ele tinha perseguição com minha pessoa, se eu sempre fazia o melhor que podia como meu papel de esposa, bastava eu discordar com algo eu me tornava a pior pessoa do mundo p ele !!.. Até então ñ sabia que ele tinha problema mental.. Qdo foi em maio desse ano ele teve uma crise ou surto ñ sei bem, em qual ele ñ parava de falar, falava muito, ñ conseguia ficar um mint calado e gritava muito tbm, mesmo rouco ñ conesguia parar de falar, dizia que Deus tinha tocado nele e que ele ia mudar mundo, que ia comprar toda água do mundo, muito agressivo, me chamava de tudo que ñ prestava, até de demônio.. Que ía me processar pq eu tinha estragado a vida dele.. Que tinha ódio d mim.. Começou a comprar tudo que via pela frente.. Levei ele em vários médicos uns disseram que ele tinha TB, outros ele era Esquizofrenico e outros que ele tinha transtorno psicótico delirante.. Os médicos queriam que eu internassem, mas preferi não, esse estado dele durou quase 15 dias e, qdo eu já ñ estava agoentando mais, já ia interná-lo ,ele melhorou..Comecei a ler muito sobre essas doenças e acho todas muitos parecidas.. A medicação que todos os médicos passaram foi mesma, Quetiapina 200 mg 1 comp de manhã e 2 a noite, a menos de 1 mês foi modificado, dias intercalados em 3 e 2 comp.. Percebo que se ele ficar um dia sem tomar o remédio ele piora, e com os remédios ele fica muito sonolento, já ñ sei mais o que fazer, ele se encontra cada dia mais frio, como se ñ existisse sentimento dentro dele, como se ñ tivesse um coração pussando ali dentro, sem sentimento por nada e nem ninguem, a única importancia dele é dinheiro.. até minha sogra que ele parecia amar muito, já ñ vejo mais amor por ela da parte dele.. Enquanto a mim ele continua dizendo que sou o motivo da vida dele ser ruim.. Já falei várias vezes em separação, ele diz que vai embora, mas nunca vai.. Fica inventando que casou na igreja e por isso ñ pode se separar.. Passa o tempo a dizer que q sou a doente da história.. Mal trocamos uma palavra dentro de casa.. Não temos condições financeiras para pagarmos uma terapia de casal e nem nosso plano cobre.. Pergunto p/os médicos se é normal essa frieza dele e essa mania de sempre achar que ele está correto em tudo, os médicos só me dizem que sou muito nova e que ñ vale a pena eu continuar com esse relacionamento ( tenho 29 anos).. Já ñ sei mais o que fazer !! .. Não tem atitude p/nada, agora qdo é p/brigar e falar mal de mim ele sabe ter atitude muito bem.. Tem horas que acho que ele é psicopata, por ser uma pessoa muito fria.. gostaria de saber se essa perseguição dele comigo, essa frieza com tudo e todos e essa mania de achar que tá correto em tudo, é normal p/essas doenças ??.. Ficarei muito agradecida por uma resposta..

    • Equipe Abrata 13 de setembro de 2012 às 11:28 - Responder

      Prezada Débora

      Obrigada por entrar em contato com à ABRATA. Seja muito bem-vinda!

      A melhor maneira de vc ajudar seu marido é buscando esclarecimento sobre a doença, e lhe dando, pacientemente, apoio e incentivo para que leve o tratamento muito a sério, não desista de tomar as medicações e visite o psiquiatra mensalmente para avaliação e adequação dos remédios.
      Muitas vezes, é necessário mudar e adequar a medicação várias vezes e isso requer um longo prazo que varia de pessoa para pessoa. Cada organismo reage de forma diferente e o profissional vai adequando, de acordo com as características das respostas de cada um.

      O acompanhamento psicológico é essencial para o sucesso do tratamento . É o psicólogo que vai orientá-lo, diante das manifestações da doença para que perceba quando entrará em crise e possa logo, pedir ajuda ao psiquiatra.

      Muitas vezes, a negação da doença, a suspensão do tratamento, o descompasso do apoio familiar, geram atraso no controle da doença e perda
      significativa da qualidade de vida. Um tratamento apropriado com acompanhamento correto pode ajudar qualquer pessoa portadora de Transtorno do Humor a ter vida produtiva, com qualidade e satisfação.

      Quando a familia não consegue conciliar o relacionamento com o portador, sugerimos que também procure a ajuda de um psicoterapeuta de família. A ABRATA presta esclarecimentos, informações e suporte aos familiares e portadores de Transtornos do Humor, depressão e bipolaridade.

      Esclarecemos e informamos através de cursos e palestras. Damos suporte através dos Grupos de Apoio Mútuo de portadores ou de familiares, grupos
      distintos onde os participantes trocam experiências, desabafam – mas não é um apoio psicológico ou psiquiátrico nem tem um acompanhamento. São complementos a um diagnóstico e a um tratamento.

      A ABRATA desenvolve suas atividades somente na cidade de S.Paulo. Se você mora em SP, venha nos conhecer e se possível participar dos grupos de apoio mutuo. Nos grupos você conhecerá pessoas com experiências parecidas com a sua, assim como poderá identificar e por meio dos relatos do familiares poderá identificar lugares que fazem atendimento psicológico gratuito, ou por meio de taxas de contribuição.

      O material que temos sobre os Transtornos do Humor são os que estão disponíveis em nosso site. Sempre que houver novidades serão postadas no site e/ou no blog.

      Desejamos-lhe muita sorte nesta jornada. Se precisar, volte a nos contatar.
      Abraços@
      Equipe Abrata.

  18. Nathalia 16 de outubro de 2012 às 15:29 - Responder

    Olá,
    gostaria de saber um pouco mais sobre o transtorno bipolar, minha sogra tem a doença, mas as vezes acho que ela a usa como pretexto para maltratar as pessoas, pelo fato de que com algumas pessoas (por exemplo os “irmãos” da igreja, e pessoas que ela nao tem muito vinculo) ela age normalmente, enquanto no mesmo momento comigo e com o meu marido ela age com muita agressividade, falando coisas desagradaveis, maltratando, acusando injustamente, agindo de forma muito inoportuna, ela me trata muito mal desde que conheci meu marido, com muita arrogancia, ja chegou a ligar para minha mae e falar que meu marido é um vagabundo, pra eu largar dele porque ele nao presta, me ligou no mesmo dia, disse que eu estava levando o “espirito da prostituiçao” pra dentro da casa dela que não era mais para eu ir lá, enfim.. ela sempre me ofendeu muito.
    Todavia, com os outros filhos dela ela nao faz nada disso, ela tem 2 filhas e 2 filhos, e uma das filhas é uma tremenda vigarista, prostituta(de fato), mentirosa, dissimulada, pulava o muro de madrugada para sair com homens casados, e foi embora de casa para “morar” com um homem deles e ela trata essa filha como se fosse uma santa, e o namorado da filha tambem, trata eles muito bem.
    Ela se acha superior, gosta de mandar, age como se só ela soubesse das coisas, está sempre delegando obrigaçoes, dando pitaco em tudo, tudo tem que ser do jeito e na hora que ela quer.Mas quando ela precisa ou quer algo ela trata a mesma pessoa que ela maltratou com a maior educação e bondade.
    Ela toma as medicaçoes regularmente, age normalmente com todas as pessoas,exceto com algumas poucas como eu, meu marido.. ela tem o habito de dizer coisas ofensivas e se acha a dona da razão e o pior é que meu marido não aceita que eu dê resposta ou revide às afrontas dela, pois alega que ela faz tudo isso por causa da doença.
    Gostaria de saber se essa doença justifica esses atos, ou se de certo modo ela usa a doença como pretexto para ferir as pessoas?!

    • Equipe Abrata 17 de outubro de 2012 às 21:05 - Responder

      Prezada Nathalia

      Obrigada por entrar em contato com a ABRATA!

      A situação que você descreve é muito delicada e reflete bem um tipo de problema que é muito comum em portadores de transtorno bipolar, ou seja, dificuldade para lidar com conflitos nos relacionamentos.

      O transtorno bipolar é uma doença na qual o portador apresenta oscilações de humor sem controle. A pessoa pode apresentar humor depressivo, triste, irritado, desânimo, apatia, falta de energia, desinteresse por tudo, baixa autoestima, etc, que são característicos da depressão, alternados com humor elevado, grande irritabilidade, aceleração do pensamento, sensação de grandiosidade e de poder, ideias de grandeza e arrogância, fala acelerada, impulsividade aumentada, comportamento socialmente inadequado, que são característicos da mania (mania, no caso do transtorno bipolar, significa grande energia e ativação). Além dessas duas situações, pode haver situações em que a pessoa apresenta uma mistura de sintomas depressivos e maníacos, nos quais a pessoa pode, por exemplo, ter a energia e intensidade do quadro maníaco associados aos sentimentos de tristeza e pessimismo que são característicos do quadro depressivo.
      O resultado disso é que, enquanto a pessoa não está estabilizada (ou seja, no estado normal), ela vai ter um comportamento contaminado pelo estado de humor predominante. Nessas situações, a pessoa pode se comportar de maneira hostil e gerar uma série de ressentimentos difíceis de resolver nos mais diversos relacionamentos.

      Isso pode estar acontecendo no caso da sua relação com sua sogra, ou seja, a atitude dela pode se dever ao fato dela ser portadora do transtorno bipolar. No entanto, só pela sua descrição não nos é possível afirmar mais do que isso. Mas, podemos dizer que o fato de você buscar informações é muito saudável de sua parte. Sugerimos, além disso, que você converse mais com seu marido e que procurem, juntos, conhecer o problema.

      Propomos mais: aqui na ABRATA temos grupos de ajuda mútua e encontros psicoeducacionais que visam informar às pessoas sobre os transtornos do humor e os problemas que eles geram, bem como proporcionar a troca de experiências entre os participantes. Isso traz novas ideias e orientações que, pelo que temos acompanhado, são de extrema utilidade para os participantes.

      É importante também que você converse mais com quem conhece o problema e procure trazer as pessoas envolvidas para participar. Não seria surpresa se, ao final de um tempo, até mesmo sua sogra se interesse por participar e se beneficiar de um ambiente que pode ajudá-la a construir uma maneira mais saudável de se tratar e de se relacionar.

      Sinta-se fraternalmente abraçada e acolhida por nós!
      Equipe ABRATA

  19. Bete 30 de outubro de 2012 às 13:34 - Responder

    Queria saber se minha sogra pode estar com essa doença,ela e muito arrogante, só ela sabe cantar,fazer as coisas só, ela tem arrumado problema ate na igreja até mesmo com o filhos, neta ,coisa que ela não falava estar falando.
    Gostaria de saber se minha sogra poder estar com essa doença
    bjs
    Fiquem com Deus

    • Equipe Abrata 31 de outubro de 2012 às 17:24 - Responder

      Prezada Bete
      Agradecemos o seu contato com a ABRATA!
      Recebemos sua mensagem e somos solidários com a sua situação, que é também a da maior parte dos familiares que nos procuram.

      A família, quando desconhece qual a doença e o que está acontecendo com um ente querido, sofre por não entender e compreender o que está se passando. A pessoa identificada como doente também sofre porque as vezes nem percebe que está doente, que precisa de cuidados e que de alguma forma está prejudicando a sim mesma e à sua família.

      O caminho que indicamos para a sua família é a busca o apoio e a ajuda médica. Para a família saber o que está acontecendo com a sua sogra, sugerimos vocês leva-la para uma consulta médica com um psiquiatra. Esse profissional é a melhor pessoa para dar diagnóstico sobre o que está acontecendo com a sua sogra. E, se ela é idosa, há necessidade de uma observação bem criteriosa para entender o que está acontecendo, o que está se passando.

      Durante a consulta, o médico vai ouvir o relato detalhado dos sintomas e a descrição completa da história de vida da sua sogra para que forneça a ele, um quadro claro sobre o estado atual do dela e sobre as condições que antecederam tal situação que ela vive, conforme você descreve.

      Antes de ir ao médico, anote todos os comportamentos diferentes que a família vem observando para falar com o médico durante a consulta. Assim não deixarão escapar detalhes que são muito importante para o médico.

      Desejamos-lhe muita sorte nesta jornada, se precisar, volte a nos contatar.
      Abraços fraternos!
      Equipe ABRATA

  20. Vilma Cristina Bahiense Colão Avelino 25 de novembro de 2013 às 18:35 - Responder

    Eu tenho depressão, foi diagnosticada em 2013. Tomo remédio e faço terapia.Tinha dois empregos e agora trabalho só em um. Moro no RJ. Gostaria de saber se tem um grupo desses aqui no Rj, Obrigada.

    • Equipe Abrata 26 de novembro de 2013 às 15:12 - Responder

      Prezada Vilma
      Boa tarde!

      NO RJ por favor entre em contato com GABrio – Grupo Afetivo Bipolar Rio
      Esse grupo é dedicado a portadores, pais, familiares e amigos, profissionais das áreas de saúde e a todos que se interessarem em saber mais sobre o Transtorno de Humor Bipolar.
      http://www.evelynvinocur.com.br
      Mais informações: (21) 2576- 5198
      Av 28 de Setembro, 389 – Sétimo Andar – Auditório. Ed. Vila Trade Center –
      Vila Isabel – RJ

      Em breve teremos um Núcleo da ABRATA no RJ
      Abraços e obrigada pelo contato.
      Equipe ABRATA

  21. José Wagner R. Alencar 13 de fevereiro de 2016 às 18:51 - Responder

    Olá, amigos da ABRATA.
    Sou portador de Transtorno Bipolar há mais de doze anos, sendo que sou genéticamente filho de pai com histórico de doenças nervosas. Deixei de trabalhar de empregado há quase vinte anos e em meados de 1997 tive depressão, fui internado por diversas vezes até o ano de 2003, depois desta época já tive várias crises de euforia e depressão, com relevantes prejuízos financeiros e de relacionamento com minha ex-esposa da qual estou separado um pouco mais de quatro meses. Estou passando por momentos muito difíceis, pois sai de casa e fui passar um tempo na casa de minha mãe enquanto amenizava uma crise eufórica; porém ela não aceita mais morar comigo. Estou muito triste, pois somos casados desde 1994. Gostaria se posso receber alguma forma de ajuda para reatar meu casamento e peço ajuda também com palavras
    que venham me tirar desta angústia. Obrigado.

    • Equipe Abrata 13 de fevereiro de 2016 às 22:02 - Responder

      Prezado José!
      Sabemos que o tratamento para transtorno bipolar, requer muita disciplina, como horas de sono, exercícios físicos, nada de álcool e drogas, alimentação, medicação, e se possível, terapia. Mas tudo isso vale muito a pena, para que se tenha uma qualidade de vida bem satisfatória.
      Como você menciona estar passando por uma fase difícil,aproveitamos a oportunidade, e o convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo, caso resida em SP. Esta atividade é muito importante, porque é onde as pessoas trocam suas informações, e aprendem a encontrar novas soluções à partir do contato com quem tem problemas semelhantes. Conversar com os outros, poderá ajudá-lo a encontrar uma saída, e se sentir bem mais confortável.
      Se quiser participar, é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vindo!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  22. Aline Morais 23 de abril de 2017 às 23:03 - Responder

    Como é o tratamento com os estabilizadores de humor clássicos? O papel do lítio e os cuidados com o mesmo. Outros fármacos originariamente de outras classes que são usados com sucesso no tratamento.

    • Equipe Abrata 7 de maio de 2017 às 16:18 - Responder

      “Prezada Aline,
      Sua questão é aparentemente simples mas, de fato, envolve a maior parte do tratamento medicamentoso do transtorno bipolar.
      Primeiro, é importante entender que o transtorno bipolar é uma doença crônica que tende a se manifestar com oscilações de humor e da energia para o polo da depressão, da mania (ou, em menor grau, da hipomania, com excesso de energia e humor eufórico ou irritável), ou com estados mistos, nos quais o portador apresenta-se num polo da doença com alguns sintomas do polo oposto.
      O tratamento visa tratar o episódio quando o indivíduo está em crise E também fazer uma prevenção de futuras crises (ou seja, criar uma condição de estabilidade para o paciente).
      O tratamento ideal seria então um estabilizador do humor que conseguisse tratar tanto a depressão bipolar, como o estado de mania e também os estados mistos, além de evitar que essas crises voltassem ao longo da vida do portador. Essa substância ideal não existe, mas o medicamento que mais se aproxima desse perfil é o lítio. O lítio tem uma eficácia comprovada para tratar estados de mania, de depressão e, embora não completamente, os estados mistos. Além disso, também tem excelente ação para prevenir futuras crises dos dois polos. Seu uso requer dosagens sanguíneas frequentes, pois a dose terapêutica só pode ser avaliada pela litemia (quantidade de lítio no sangue). O que acontece, no entanto, é que sua ação frequentemente não é completa e demanda a associação com outros medicamentos que v&ec irc;m se mostrando eficazes seja para a depressão, para a mania e/ou para estados mistos. Dentre essas outras substâncias, encontramos o divalproato de sódio, a carbamazepina e a lamotrigina (essa mais indicada para depressão bipolar e sua prevenção), originalmente usados como anticonvulsivantes e que se mostraram eficazes no tratamento do transtorno bipolar. Outras substâncias de outra classe que se descobriu serem eficazes no tratamento do transtorno bipolar são os chamados antipsicóticos atípicos, dentre os quais destacamos a olanzapina, a quetiapina, o aripiprazol, a ziprasidona e a clozapina. Esses medicamentos muitas vezes são usados em associação ao lítio ou aos anticonvulsivantes para se alcançar a estabilidade do quadro e seu uso pode variar dependendo da fase da vida e do estado de saúde do portador.
      Bem, esse relato é apenas uma breve apresentação do tema. Convidamos você e todos os interessados a assistirem aos Encontros Psicoeducacionais da ABRATA onde o tema do tratamento do transtorno bipolar é abordado com mais detalhes e há espaço para esclarecer as dúvidas dos participantes.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA”

  23. Paula 1 de setembro de 2017 às 15:36 - Responder

    Olá, boa tarde. Meu filho de 19 anos tem mudanças de humor bruscas, com fases de irritação severa, agressividade, e fases de alegria… (poderiam ser normais, mas quando a mudança ocorre dentro de meia hora ou mesmo poucos minutos..) Muitas vezes apático, indiferente a todos e solitário, temos dias difíceis e outros melhores. Estou angustiada, pois o pai tem transtorno psicótico em algumas situações, e sinto que meu filho poderá ter outro transtorno também…Estou pesquisando sobre TB e muitas das situações ele se encaixa. Transtorno de humor e TB são iguais?

    • Equipe Abrata 2 de setembro de 2017 às 08:33 - Responder

      Querida Paula

      Agradecemos a sua mensagem.
      Vamos lá.
      Postamos um trecho de um artigo publicado em nosso site em Perguntas Frequentes – Abrata – Associação Brasileira de Familiares …
      https://www.abrata.org.br/new/oqueE/faq.aspx. Acesse para a matéria completa.

      “O QUE SÃO TRANSTORNOS DO HUMOR?

      Transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de sentir, pensar e se comportar. Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao longo da vida. Podem ser episódios de depressão ou de mania. Na depressão a pessoa sente tristeza exagerada e desânimo e na mania um aumento da energia e euforia anormal. A maioria dos pacientes sofre apenas de depressão(ões) e alguns também têm manias. O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique – é simplesmente o nome que o médico dá para a fase de euforia da doença maníaco-depressiva. Às vezes surgem sintomas depressivos e maníacos simultaneamente, os chamados estados mistos.

      Os sintomas de euforia e depressão podem variar de um paciente a outro e no mesmo paciente ao longo do tempo, muitas vezes confundindo a ele e seus familiares.

      O QUE SIGNIFICA BIPOLAR?

      Os transtornos do humor podem acontecer ao longo da vida dentro de um curso unipolar ou bipolar. No unipolar só ocorrem depressões e no bipolar depressão e mania. Pacientes que só tem manias são raros e contam como bipolares, porque costumam desenvolver depressão cedo ou tarde.

      QUE TIPOS DE TRANSTORNOS DO HUMOR EXISTEM?

      Os transtornos do humor podem ter freqüência, gravidade e duração variáveis. Portanto, a depressão pode ser única ou recorrente (repetir-se várias vezes), de intensidade leve, moderada ou grave e durar semanas, meses ou anos. Se os sintomas persistirem por anos são chamadas de crônicas. Se for leve ou moderada, a pessoa ainda consegue realizar suas atividades, com esforço, algo impossível se ela for grave. A maioria das pessoas que sofre de depressão não acha que está doente porque não está gravemente deprimida, ou seja, incapacitada, desesperada ou angustiada. A distimia é um tipo de transtorno do humor com sintomas depressivos mais leves que da depressão, porém duradouros e oscilantes, em que predominam irritabilidade e mau-humor.

      Freqüentemente é confundida com a personalidade da pessoa e costuma evoluir para depressão.
      Basta uma única fase de hipomania ou mania, precedida ou não de qualquer tipo de depressão acima mencionado, para diagnosticar transtorno do humor bipolar. Depois da primeira (hipo)mania geralmente alternam-se depressões e euforias de intensidade variável.

      Existem 4 tipos de transtorno bipolar. Se houve pelo menos um período de mania ou estado misto é bipolar tipo I; quando só aconteceram hipomanias – crises de euforia mais leves que mania – bipolar tipo II. O estado misto caracteriza-se pela superposição ou alternância num mesmo dia de sintomas depressivos e eufóricos importantes. Na ciclotimia se alternam durante anos sintomas de depressão e de euforia ainda mais leves, que duram apenas alguns dias. Pode ser confundida com um jeito de ser “instável”, “cheio de altos e baixos” e freqüentemente antecede sintomas depressivos e eufóricos mais graves.

      Se a depressão, a mania ou o estado misto estiverem acompanhados de alucinações (sentir, ver ou ouvir algo que não existe) ou delírios (pensar algo irreal, como achar-se culpado de coisas que não fez, que está sendo perseguido, que possui poderes especiais, etc. ) trata-se do sub-tipo psicótico.

      O transtorno do humor bipolar também pode ser chamado de transtorno afetivo bipolar ou doença maníaco-depressiva.

      O QUE SÃO TRANSTORNOS AFETIVOS?

      Os transtornos afetivos (Depressão e Transtorno Bipolar) afetam atualmente cerca de 340 milhões de pessoas em todo o mundo. A depressão é apontada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como a quinta maior questão de saúde pública, até 2020 deverá estar em segundo lugar.

      Estas doenças provocam uma alteração do humor do indivíduo, o que pode se traduzir no jeito de pensar, sentir e no comportamento do mesmo.

      Quando em depressão, a pessoa pode sentir desânimo, cansaço e tristeza exagerados, falta de energia ou vontade de viver.

      Já o portador de transtorno bipolar percebe seu humor alternando entre crises de euforia e de depressão. Na crise de euforia a pessoa pode ficar muito irritada, acelerada e por vezes até agressiva.

      As pessoas com transtorno bipolar podem sofrer oscilações de humor entre a euforia e a depressão por dias, semanas ou meses seguidos.

      Muitos portadores destas doenças sofrem desnecessariamente por serem mal compreendidos, incorretamente diagnosticados ou por falta de um tratamento adequado.

      Hoje, um tratamento adequado com acompanhamento correto pode ajudar qualquer pessoa portadora dessas doenças a ter uma vida produtiva, com qualidade e satisfação.”

      Sugerimos que procure um psiquiatra para avaliar os sintomas que seu filho apresenta.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

      • Paula 4 de setembro de 2017 às 17:46 - Responder

        Obrigada, Equipe ABRATA!

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