TRANSTORNO BIPOLAR: UM PROBLEMA QUE AFETA OS RELACIONAMENTOS

Parceiros ansiosos e irritáveis, com foco no imediato e que sofrem com seus atos impulsivos. Um ciclo que passa pela depressão de maneira prolongada, pela culpa projetada em terceiros e finalmente na reincidência do mesmo tipo de comportamento. Esse tipo de rotina pode ser indício do transtorno bipolar, mas na grande maioria das vezes é difícil de ser diagnosticado.

Ao contrário da ideia geral de que os indivíduos bipolares convivem apenas com picos de irritabilidade e depressão, o transtorno pode muitas vezes passar despercebido e ser considerado característica da personalidade. O que poucas pessoas sabem é que o transtorno bipolar pode ter ciclos curtos – até mesmo diários – e que os sintomas não necessariamente são distintos: hipomanias, irritabilidade, ansiedade e depressão podem conviver conjuntamente, o que dificulta até mesmo o trabalho dos profissionais de saúde mental para identificar o problema.

É bom ter em mente que o transtorno bipolar pode ser dividido em dois tipos: o tipo I, que é o mais raro, e onde os ciclos são bastante nítidos e em determinado momento os cônjuges, amigos ou familiares acabam indicando o tratamento para o indivíduo”, explica Doris Hupfeld Moreno, médica psiquiatra, especialista do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora ligada ao Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (Gruda) no mesmo instituto.

Já o que chamamos de tipo II é mais leve nos períodos mais ativos e acelerados – ou euforias – que caracterizam as hipomanias. À diferença da depressão, não são percebidas como problemáticas – pelo contrário, a pessoa acha que está muito bem –, e nem sempre são facilmente identificado por pessoas próximas. Frequentemente são tidas como ‘da pessoa’, ou seja, fazendo parte da personalidade dela e, portanto, normal”, completa. Vale ter em mente que as depressões nos tipos I ou II são igualmente leves, moderadas ou graves e são o tipo de episódio que mais predomina durante a vida.

De acordo com a pesquisadora, nos indivíduos com transtorno bipolar os sintomas de ambos os polos podem ser superpostos, – aceleração com ativação e depressão combinadas, por exemplo, podem gerar um sentimento de desespero, angústia e desassossego – e mesmo os estados de hipomania podem se traduzir em impulsividade aumentada para compras, libido, ou ficar obstinado com alguém ou alguma coisa, pensando demais naquilo, sem sair da cabeça, com atitudes compulsivas. Isso tudo muitas vezes é visto pelas outras pessoas, incluindo cônjuges, como “pequenas manias”, e por definição, não trazem consequências significativas. Se houver grande impacto na vida, trata-se de mania e não mais de hipomania.

“Mas se entendermos que essas pessoas, na verdade, estão vivendo com uma percepção alterada da realidade, é possível que percebamos onde está o perigo disso tudo. Os indivíduos bipolares acabam convivendo com esse atropelo de pensamentos. Estão sempre acelerados – seja focando as coisas de uma forma muito positiva ou muito negativa – e são impulsivos nas suas atitudes. Pensamentos grandiosos fazem parte do quadro clínico e acabam muitas vezes achando que sempre têm razão, são mais inteligentes, são melhores, etc, e se imaginam superiores em alguns ou muitos aspectos, aponta Doris Hupfeld.

Nesse ponto, diz a especialista, é difícil até mesmo convencer esses indivíduos a procurarem ajuda, pois eles também justificam suas atitudes de forma bastante lógica. E como as alterações entre os humores podem ser rápidas – acordar com sentimentos depressivos e ter dificuldades para dormir por não conseguir desligar dos pensamentos ou sempre encontrar nova atividade, por exemplo – tanto os amigos como os parceiros não conseguem definir exatamente o que acontece.

Fato é, que geralmente ocorre uma irritabilidade, uma impaciência, uma pressa – o chamado “pavio-curto” – que costuma não ser identificado pelo paciente e que gera um desgaste contínuo. O parceiro não sabe como encontrará o paciente, se querendo se isolar, cansado e desanimado, se de bem com a vida ou dificultando tudo e encrencando com detalhes, ou ainda estourando. O pior é que o bipolar sempre responsabiliza outros ou condições da vida pelos que lhe acontece.

Esse otimismo exagerado, esse efeito de ter ideias novas o tempo todo – e de ter resolvido algum problema de forma melhor que os outros – também são acompanhados pelo hábito de achar que a culpa por uma determinada falha nos seus planos foi devido a erros de terceiros: alguém errou, o mercado não estava preparado para a qualidade de determinado serviço, a crise econômica aconteceu. Nunca é culpa dele”, afirma a psiquiatra e pesquisadora.

Desgaste – Mas esse tipo de oscilação causada pelo transtorno leva a um desgaste. Em especial ao desgaste da relação com o cônjuge. Se em algum momento esse comportamento é visto como algo da personalidade da pessoa, aos poucos os ciclos se tornam claros. Mas pode acontecer o contrário – inicialmente os ciclos serem espaçados e bem definidos e com o passar dos anos se tornarem mais constantes e contínuos.

As obstinações, antes vistas como sinônimo de determinação, tornam-se claramente desproporcionais. O sentimento de perseguição e de desconfiança – que muitas vezes acompanham o transtorno – costumam se refletir na família do parceiro ou parceira. Círculos de amizade podem ficar comprometidos e o isolamento social, em determinados períodos, pode trazer grande sofrimento. “Esse comportamento é comum a todos os bipolares: a sensibilidade exagerada aos acontecimentos, ao estresse, ao que se diz e à opinião alheia e, consequentemente, ao isolamento.”

É nesse ponto que as “pequenas manias” se mostram incapacitantes. “A hipomania pode, claro, se refletir em outros tipos de comportamento que parecem saudáveis, como obstinação por exercícios físicos ou então, como dissemos, compras. Mas existem outros tipos de comportamentos que trazem grande sofrimento. Da mesma forma que os humores se alteram, a libido também pode ficar aumentada. Isso pode levar a traições ou comportamento sexual de risco, por exemplo”, exemplifica Doris Hupfeld.

Outro comportamento que leva a grandes sofrimentos para a relação é o abuso de álcool e drogas. “Essas pessoas com transtorno bipolar acabam usando o álcool e as drogas como um meio de ‘se soltarem’, encontrar a descontração no meio de uma alteração negativa do humor. Mas o polo inverso é a euforia ou mesmo comportamentos violentos, irritabilidade”, pontua a especialista.

Tratamento – O início do tratamento desses indivíduos se dá, usualmente, quando os sintomas da depressão são preponderantes. Durante o período de hipomania, o trabalho de convencimento é mais complicado.

Um cônjuge, para tentar convencer o parceiro a iniciar o tratamento, tem de passar por um processo longo e muitas vezes fazer um trabalho de aproximação de profissional e paciente. E mantê-los em tratamento também é complicado, pois ao menor sinal de melhora, eles podem abandonar o tratamento”, afirma Doris.

A especialista lembra também que quando se fala de tratamento, duas questões são especialmente complicadas. Primeiro, quando a visita ao psicólogo ou psiquiatra se inicia no período depressivo, muitas vezes o quadro de transtorno bipolar não é identificado. Isso pode levar a tratamentos medicamentosos baseados em antidepressivos. Esse tipo de confusão acaba levando a quadros de euforia ou grave irritabilidade. Por isso é preciso muita atenção.

Uma segunda questão levantada pela especialista e pesquisadora é sobre a interrupção do tratamento para o transtorno bipolar de forma muito brusca, por abandono do paciente ou por condições como a gravidez.

“Observamos também que muitos pacientes que passam por esse período de mania ou hipomania muitas vezes demonstram uma perda da sensibilidade e de sentimentos, uma superficialidade e frieza nas relações antes amorosas e de carinho. Há um distanciamento interior, por mais que os sentimentos exagerados e patológicos estejam à flor da pele. Precisa ficar claro que os sintomas levam a uma perda de liberdade intensos, pois eles são determinados pela doença, não mais pela sua vontade”, explica Doris Hupfeld.

A surpresa fica por conta do contraste desse tipo de comportamento com a ideia geral de que o tratamento medicamentoso é que poderia “mudar a personalidade”. “A medicação não muda a personalidade de ninguém. Ela ajuda as pessoas a deixarem de pensar de modo distorcido, por meio de uma lógica alterada pelo transtorno. É comum os pacientes reavaliarem seus comportamentos após algum tempo do início das consultas à medida que os medicamentos fazem efeito, e passarem a agir de forma mais centrada”, explica a psiquiatra.

O perigo, então, estaria em interromper um processo que ajuda no equilíbrio do indivíduo, pois isso poderia contribuir para que o transtorno tome outros contornos e que o tratamento, que já é um processo difícil de ser iniciado, se torne ainda mais distante do paciente e que possa trazer mais sofrimento para o cônjuge e para sua família.

Fonte: http://mulherbipolar.blogspot.com.br/2011/01/transtorno-bipolar-um-problema-que.html

 

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2018-02-02T17:15:15+00:00 16 de maio de 2013|Categorias: Blog, Sem categoria|472 Comentários

472 Comentários

  1. Luciene 21 de dezembro de 2013 às 01:16 - Responder

    Eu e minha família estamos passando por um período bem difícil, e pelo que li ate agora por aqui acredito que minha mãe é bipolar, já passamos por isso antes mais como foi dito o período de depressão faz com que a gente acredite que tudo esta melhorando , mais é mera ilusão .Ela anda se achando capaz de tudo e fica exausta no fim do dia, mas dorme muito mau, anda comprando compulsoriamente e tratando, nós da família que queremos que ela vá ao médico com muita agressividade. Se recusa a ir ao médico alega estar bem , e diz que meu pai é que esta doente ,chegou a dizer que queremos seu dinheiro, nunca pedimos um tostão para ela , ela trabalhou a vida toda para nos criar, e somos três filhos sem vícios e sem problemas financeiros e honestos. Venho me sentindo tão incapaz de ajuda-la, não sabemos o que fazer, meu irmão marcou uma consulta pra ela e ligou avisando dia e hora, disse que ela vai querendo ou não (ele já perdeu 17 Kg com essa angústia de ver nossa mãe assim) mas ela disse que ele vai sair de lá preso se tentar leva-la a força, eu ando evitando de ir lá , porque sempre saio com ela irritada ao extremo já me mandou sumir e nunca mais voltar, e acho que estou fazendo mau para ela.

    • Equipe Abrata 24 de dezembro de 2013 às 12:59 - Responder

      Olá Luciene
      Bem vinda a ABRATA! Obrigada pelo contato.

      Os sintomas que vc descreve sobre a sua mãe nos sugerem os sintomas de uma pessoa que apresenta do quadro do transtorno do humor – bipolaridade e depressão. Depressão e transtorno bipolar são transtorno do humor – afetam o humor da pessoa, os pensamentos, corpo, energia e emoções. Ambas as doenças, especialmente transtorno bipolar, tendem a seguir um curso cíclico, ou seja, eles têm momentos de altos e baixos.

      Há muitas maneiras que você e seus irmãos possam apoiar a sua mãe durante o período de depressão e transtorno bipolar. Mais importante ainda, é continuar a incentivá-la a começar o tratamento e seguir as instruções do médico psiquiatra. Como vc diz que já agendaram uma consulta, façam o possível para levá-la, mesmo diante da ameaças que ela faz. Saiba que as atitudes da sua mãe estão comprometidas pela doença. São os sintomas da doença que ainda não recebeu o tratamento adequado. No momento, a sua mãe parece não estar em condições de tomar decisões e fazer escolhas adequadas ao tratamento e à sua vida. Em alguns momentos ela deve apresentar uma auto estima tão baixa que é difícil para a sua mãe acreditar que é importante para familia e que vcs a amam. Ou no caso do episódio de euforia, ela de se sentir tão auto suficiente que não necessita de nada, de ninguém. Nestes momentos os familiares, podem sentir e ter dificuldades em se relacionarem com a ela, porque a pessoa com transtornos do humor, durante as crises e sem o tratamento, nem sempre é fácil de se relacionar. Durante as crises ela pode mesmo rejeitar aqueles mais próximos, no caso, os filhos. É essencial que vcs não tomem isso como algo pessoal ou desamor por algum de vcs, é apenas mais uma indicação de quão ruim a sua mãe está e de como ela se sente a maior parte do tempo. É a doença falando, se manifestando! Procure não tratá-la como inválida, mas também devem ficar atentos para ela não manipular a família durante as crises. Tranquilizá-la de que o sucesso do seu tratamento, indo ao médico, só pode ter um efeito positivo sobre o seu futuro. Este pode ser um passo complexo: convencer ao tratamento. Cf vc descreveu, parece que ela está passando por crises sucessivas. A busca do médico é o caminho, apesar da resistência da sua mãe. Saiba que essa resistência a busca do tratamento também é um sintoma da doença. Por isso a família precisa tomar a decisão dos cuidados médicos.

      Sugerimos para vc e seus irmãos, buscarem conhecimentos, isto é conhecer tudo o que puderem sobre a doença e seu tratamento. A auto estima da sua mãe pode estar tão baixa, que é difícil para ela acreditar que ela não é importantes para ninguém ou o contrário, no quadro de euforia, sentir que ela é tão poderosa e sabedora de tudo que não necessita de ninguém.

      Luciene vc e seus irmãos, também devem estar passando por sofrimentos, misturados com o desejo de ajudar e cuidar da sua mãe, como também impotentes diante da doença e em outro momentos com sentimentos de culpa. Como ela está em crise, apresentando episódio da doença, ela não consegue compreender a oferta de apoio e cuidados do filhos. Não se sinta culpada ou tenha sentimentos de estar “fazendo mau para ela”. As reações da sua mãe são pq ela ainda não está recebendo o tratamento adequado. É a doença falando! A família, quando desconhece as manisfestações da doença, faz o portador sofrer que por sua vez, faz a família também sofrer.

      A comprensão da família sobre as aminfestações da doença e a dinâmica do afeto familiar em um lar que convive com a instabilidade do portador e pessoas sadias são essenciais para manter o equilíbrio das relações, garantindo sucesso ao tratamento. O tratamento apropriado com acompanhamento correto porde ajudar a sua mãe a ter uma vida produtiva, com qualidade, harmonia e satisfação.

      Abraços fratermos! Conte a ABRATA.
      Equipe ABRATA

  2. samuel 21 de janeiro de 2014 às 11:03 - Responder

    Namorei uma mulher de 38 anos, mae de uma filha de 18, casada e separada por duas vezes. E foi um namoro muito complicado. Ela é uma pessoa que muda de humor, temperamento, de pensamento, de decisão num piscar de olhos. Se irrita com muita facilidade, com até coisas banais. Se acha sempre superior as demais pessoas, não admite que as pessoas errem. Desconfiada de tudo e de todos. É uma pessoa que pra conversar com ela tem que tomar muito cuidado no que diz, pois ela pode interpretar aquilo de várias formas. Muito agressiva nas suas palavras, não mede o que diz, fala o que vier na cabeça, principalmente se tiver nervosa, pode se esperar ouvir de tudo, e não reconhece seus erros. Muitas vezes brigava comigo por coisas banais, e no outro dia me tratava como se nada tivesse acontecido. É uma pessoa que ao mesmo tempo que se torna uma grande compania agradável se torna uma compania insuportável. Ela é uma pessoa que na mairoia daz vezes não aceita decisoes contrárias a dela, ela sempre tem razão. E isso tudo tem feito que as pessoas se afastem dela, inclusive os próprios familiares. Além de tudo isso ainda eu tinha outro problema com ela, ela terminava comigo de 20 em 20 dias em média, eu muitas vezes sabia até a data certa. Ao mesmo tempo que ela se demonstrava uma mulher feliz, satisfeita ao meu lado, ela dava as crises repentinas e colocava tudo a perder. E na grande maioria das vezes ela arrumava ou inventava um motivo que justificasse o término e colocasse a culpa toda em mim. Só como ex. Iamos nos casar, porém fiquei com medo de me separar logo logo, então decidimos morar juntos primeiro pra ver se iria dar certo, na primeira semana o simples fato dela me pedir pra cortar um fio no teto e eu nao alcançar ele devido a altura foi o suficente pra ela terminar comigo e eu voltar pra casa dos meus pais. E isso foi durante dois anos, na mesma hora que ela queria casar e tudo mais, ela terminava passava 1,2,3 dias e ela vinha atrás .. ficamos 15,20,30 dias bem e logo vinha as crises. Por fim em junho de 2013 terminamos e ficamos até final de novembro sem ter contato algum, até que um dia ela me procurou querendo reatar nosso namoro, dizendo certeza da sua decisaõ e tudo mais. E eu acabei indo na dela, pois pensei que depois de tanto tempo agora ela teria mudado, que agora ela teria certeza do que queria. durante 27 dias foi uma maravilha, sempre de cara boa, planejando viagens, mas quando se completou 27 dias ela me procurou e novamente terminou alegando nao gostar, arrependida de ter voltado etc. No outro dia já estava me ligando pra voltar com ela, chegou até ir atrás de mim pra reatar com ela, acabei voltando.. Durou mais 15 dias até que novamente ela mudou do nada e terminou de novo. Agora já está fazendo 9 dias que não tenho mais contato, mas agora estou decidido caso ela me procure a nao voltar mais. Eu acredito sinceramente que ela sofre de algum tipo de transtorno pois eu sinto que namorava com duas mulheres uma carinhosa, tranquila e uma extremamente nervosa, fria e seca. Já tentei conversar com ela sobre procurar ajuda médica mas ela sempre recusou, não admite que precisa de ajuda. Gostaria da opiniao de vcs sobre o caso. Abraços

    • Equipe Abrata 23 de janeiro de 2014 às 12:09 - Responder

      Caro Samuel

      De acordo com o seu relato, os comportamentos sugerem um quadro de transtorno do humor. Porém ressaltamos que um dos grandes obstáculos para buscar o tratamento ou mesmo aceitar um provável diagnóstico de transtonro mental em nossa sociedade, infelizmente, ainda enxerga às pessoas com vivência de doença mental como estigma social. Perpetuado pela ignorância e pelos mitos ainda vigentes (por exemplo, os mitos de incurabilidade, perigosidade, incapacidade e responsabilidade pela doença; reforça o afastamento social e a rejeição dos indivíduos rotulados como “doentes mentais”. Sendo o estigma um fenômeno que afeta de forma significativa a vida de muitas pessoas com doença mental e acaba induzindo as pessoas a desenvolverem o auto estigma, isto é, a negação da própria doença e até mesmo a busca de um médico e tratamento. O medo de ser rotulado socialmente como uma “doente mental” pode reduzir a probabilidade da pessoa procurar ajuda.

      Não há duas pessoas com doença bipolar iguais. Cada pessoa é um indivíduo único. Cada experiência é diferente. Muitas sofrem da doença há muitos anos e não buscam um tratamento eficaz. Cada um deles terá a sua própria história para contar e o seu próprio caminho a percorrer. Para alguns, principalmente quando negam, não aceitam a doença, será um caminho mais difícil. Algumas vezes, constituirá um desafio e poderá haver riscos ao longo deste caminho.

      É essencial a sua namorada buscar ajuda médica para obter um diagnóstico, e possívelmente o tratamento adequado que poderá favorece-la em ter uma vida mais produtiva e com qualidade.

      Samuel convence-la para buscar apoio médico pode ser uma situação muito difícil que requer uma abordagem muito delicada. Talvez, seja importante anteriormente, estabelecer contato e dialógo com algum membro da família da sua ex-namorada e relatar sobre as suas preocupações, observações e o seu desejo de ajudá-la. Ninguém conhece melhor o seu ente querido do que a família e eles poderão decidir a melhor maneira de atuar. As técnicas que podem ajudar incluem: Discutir a situação antecipadamente, com quando ela estiver passando por um momento mais tranquilo e vc senti-la mas acessível ao diálogo. Participar de grupos de apoio mútuo para portadores e familiares. A ABRATA oferece esse serviço. Caso vc conheça alguém com o dignóstico do transtorno do humor, que tal apresentar a ela esta pessoa que já tenha sido diagnosticada com a doença bipolar. O simples fato de falar com alguém que já passou por este processo pode ajudar a acalmar alguns receios e favorecer a busca de apoio.

      No site temos o livro online “Guia para cuidadores de pessoas com transtorno do humor”. Vc poderá baixá-lo em seu computador. Ele traz informações sobre doença, assim como dicas para diversas situações. Segue o link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Esperamos que você consiga construir saídas com essas orientações que lhe damos e lhe desejamos boa sorte.
      Equipe ABRATA

  3. Sonia Aparecida 13 de fevereiro de 2014 às 01:20 - Responder

    Meu marido faz tratamento para euforia e antes nunca desconfiamos de nada. ele é maravilhoso,pai dedicado. Na familia todos o admiram muito. nem sabem o sofrimento que é para mim
    Foi diagnosticado a dois anos por um neurologista que ate ja se mudou da cidade
    Mas na época acertou o tratamento. Com o Litio ele ficou ótimo,juntamente com antidepressivo.
    Fez acompanhamento durante esses dois anos e esteve bem.Há oito meses nao voltava ao medico pois mudamos de cidade. No final do ano a mais ou menos tres meses voltou a ficar diferente. Muito animado,Fazendo planos sem conseguir esperar nada,Achei alguns e mails dele p outras mulheres e isso é o que me machuca,pois nem ele sabe o porque faz isso. Quer se relacionar com elas mesmo elas morando em outros estados .
    Tem um apetite sexual enorme,Fala demais ao celular, fala alto , se irrita facilmente,
    nao aceita correçoes, totalmente impaciente,conversa com pessoas que nao via a muito tempo.
    Tem necessidade de agradar a todos. Quer ir muito ao Shopping.Ainda nao tivemos gastos excessivos,mas estamos com varias dividas pois ele quando está na crise quer comprar algumas coisas.Mas nada que nao conseguimos pagar.No trabalho ninguem desconfia de nada. Só acham ele acelerado demais e muito alegre.
    Nao teve depressao ainda.O que me preocupa sao as traiçoes.E eu sinto que ele ama a familia, as filhas, se arrepende mas faz tudo de novo depois,principalmente com sms e emails.Recebe varias ligaçoes anonimas no celular e isso coincide muito com as crises.
    Sempre tivemos um casamento exemplar, mas nao estou aguentando as fantasias sexuais dele com outras mulheres.Liguei para o mesmo medico e ele aumentou o Litio.
    Aí ele se acalmou, mas até quando?Ele nao recusa tratamento, mas nao vai ao psiquiatra.Disse que nao vai se encher de remedios e também nao quer enfrentar nada que diz respeito a bipolaridade. Agora está o mesmo marido que sempre tive, mas até quando isso?Já cheguei a achar que essas traiçoes seriam de sua personalidade, mas ele realmente se transforma,os olhos ficam vidrados, nao se cansa com nada e dá conta de todo o trabalho dele. E ainda chega em casa querendo passear.Preciso leva lo a um acompanhamento.Sera que essas traiçoes vão parar mesmo.O medico disse por telefone que é hipomania.O que fazer se minhas filhas nao entendem,já que são adolescentes e tenho medo que vejam esses emails,apesar dele agora ter deletado tudo.Pois ele esquece as coisas tbem pois fica muito acelerado.Aí achei os emails. Me ajudem a entender pois ele disse que já pensou em suicidio por me fazer sofre com essas traiçoes,Disse que não vive sem a familia .Acho que vou ficar louca. Me ajudem por favor!!

    • Equipe Abrata 13 de fevereiro de 2014 às 13:33 - Responder

      Prezada Sonia Aparecida

      O que você descreve sobre seu marido é compatível com o diagnóstico de transtorno bipolar. Quando uma pessoa tem este transtorno, ela apresenta episódios de depressão, episódios de mania (como o atual quadro de seu marido) e episódios mistos (uma espécie de mistura de sintomas depressivos e maníacos).

      Quando a pessoa está em mania, pode se sentir eufórica, poderosa, com uma autoconfiança exagerada e ter a sensação de que tudo vai bem na sua vida e de que ela é imune a quaisquer dificuldades; apresenta ainda grande impulsividade e faz o que lhe vai na cabeça (cometendo atos prejudiciais como gastar todo o dinheiro sem critério), como também a impulso sexual exarcebada isto é libido aumentada. Na mania, é muito difícil conseguir que o paciente aceite o tratamento porque ele não reconhece que está doente, ao contrário, sente-se bem.

      Mas, o tratamento do transtorno bipolar não se restringe somente em tratar a crise. Trata-se de uma doença crônica, que necessita de tratamento continuado, ao longo da vida. É desta maneira que se previnem novos episódios da doença, assim como o tratamento continuado do diabetes ajuda a previnir as crises diabéticas.

      Seu marido necessita retornar ao psiquiatra o mais breve possível, para rever a medicação e a retirada do episódio (crise). Como conforme vc relata, o seu marido não está indo ao médico, e provavelmente não está fazendo uso correto da medicação. Também pode até ser que ele necessite, na fase de manutenção de outros remédios para estabilizar o humor. Converse com o médico que o está atendendo e fale destas questões e também dos sintomas que o seu marido está tendo

      Em muitas situações da vida as relações importantes são frequentemente danificadas ou ficam tensas, como resultado da depressão, do transtorno bipolar, ou outro transtorno mental.

      Com o avanço que medicina deu nos últimos anos em relação ao tratamento dos transtornos mentais, vale ressaltar que a pessoa portadora de TB ao fazer o tratamento adequado alcança uma qualidade de vida produtiva, social e profissional. Mas, provavelmente você deve estar se perguntando: como apoiar, o que posso fazer? Há muitas maneiras que você pode apoiar o seu marido com transtorno bipolar. Importante neste momento inicial será incentivá-lo a sobre a importância de retorna ao psiquiatra, e a seguir as instruções do médico. Incentivá-lho a procurar informações sobre a doença e tratamento.

      Em alguns momentos você poderá ter dificuldade em lidar com a situação de convencê-lo a ir ao médico, porque a pessoa com transtorno do humor, durante um episódio/crise, nem sempre está disponível e pode mesmo rejeitar até aqueles mais próximos a ele. Sonia vc não deve tomar isso como algo pessoal, é apenas mais uma indicação de quão ruim ele se sente a maior parte do tempo. Tranquilizá-lo que a ida ao médico só pode promover o sucesso do tratamento, promover um efeito positivo sobre o seu futuro, em sua vida atual e principalmente na manutenção, equilibrio e saúde da família que ele tanto preza que são você e os filhos.

      Sonia Aparecida no site, vc poderá baixar o livro “Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar”. Neste livro vc encontrará muitas dicas sobre como agir em diversas situações, assim como informações sobre a doença.
      Segue o link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Grande abraço!
      Equipe ABRATA

  4. Karina Santos 16 de fevereiro de 2014 às 14:23 - Responder

    Namoro um rapaz de 21 anos, temos uma filha de 9 meses, já separamos uma vez e moramos juntos. Ele é uma pessoa que muda de humor, de pensamento, de decisão rapidamente. Se irrita com muita facilidade. É desconfiado de tudo e de todos. Muito agressivo, nas suas palavras, mas só quando está estressado. Briga comigo por besteiras, e quando se acalma me trata como se nada tivesse acontecido. Ao mesmo tempo que ele demonstra um homem feliz, satisfeito ao meu lado, ele dava as crises repentinas e colocava tudo a perder. E ele é assim não só comigo, são com todos, familia, amigos,etc…
    Ele já chegou a sair do trabalho por conta dos pensamentos negativos e do estresse, e não fica muito tempo nos trabalhos que ele arranja, fica alguns meses e sai.
    É um amor de pessoa quando está calmo, e ama muito a familia dele, mas o estresse acaba deixando ele uma pessoa diferente. As vezes acho que ele não me ama mais, porque ele se torna frio comigo e se isola, e também por conta da traição que aconteceu uma vez. Quando ele está estressado ele não demonstra nenhum tipo de amor por mim. Já chegou a falar de suicidio, que ele não aguenta mais o estresse (dizendo ele), e tem raiva de si mesmo.
    Comigo, as vezes, conversa bastante, mas na maioria das vezes é muito quieto e tem um apetite sexual enorme.
    Me ajude, por favor, não aguento mais esse estresse dele.

    • Equipe Abrata 17 de fevereiro de 2014 às 11:01 - Responder

      Prezada Karina

      De acordo com o seu ralato sobre o comportamento e atitudes do seu namorado, eles sugerem compatibilidade com transtorno bipolar. Porém, ressaltamos que somente o médico psiquiatra poderá fazer o diagnóstico. É essencial levá-lo para uma consulta.

      Quando a pessoa está passando por um episódio/crise bipolar, pode se sentir eufórica, poderosa, com uma autoconfiança exagerada e ter a sensação de que tudo vai bem na sua vida e de que ela é imune a quaisquer dificuldades; apresenta ainda grande impulsividade e faz o que lhe vai na cabeça (cometendo atos prejudiciais como gastar todo o dinheiro sem critério), como também a um impulso sexual exarcebado, isto é a libido aumentada. Durante os episódios é muito difícil conseguir que a pessoa aceite o tratamento porque ele não reconhece que está doente, ao contrário, sente-se bem.

      Informamos, caso confirme o diagnóstico com médico, que o tratamento do transtorno bipolar não se restringe somente em tratar a crise. Trata-se de uma doença crônica, que necessita de tratamento continuado, ao longo da vida. É desta maneira que se previnem novos episódios da doença,da mesma forma que o tratamento continuado do diabetes ajuda a previnir as crises diabéticas.

      Seu namorado necessita procurar o psiquiatra o mais breve possível! Em muitas situações da vida as relações importantes são frequentemente danificadas ou ficam tensas, como resultado da depressão, do transtorno bipolar, ou outro transtorno mental.

      Em alguns momentos você poderá ter dificuldade em lidar com a situação de convencê-lo a ir ao médico, porque a pessoa quando está passando por uma crise, nem sempre está disponível e pode mesmo rejeitar as pessoas mais próximos a ele. Vale ressalta que esse comportamento não deve ser tomado como algo pessoal, é apenas mais uma indicação de quão ruim ele se sente a maior parte do tempo.

      Mas, essa situação pode ser controlada, felizmente. Só que apenas o tratamento médico juntamente com o psicológico pode ajudar a pessoa a se recuperar e a ter uma vida produtiva. Não é a conivência resignada das pessoas que vai ajudar o seu namorado, apenas ele pode sair desta situação se ele aceitar o tratamento com um psiquiatra especializado.

      A sua parte nessa história é tentar sensibilizá-lo para aceitar um tratamento adequado, condição absolutamente necessária para que ele tenha uma vida saudável. Não acredite que você precisa aceitá-lo como ele é, até porque você não conhecia completamente a situação no momento em que o conheceu. À medida que você o conhece melhor, você tem mais condições de avaliar o que você pode e o que não pode fazer, não é mesmo? Você, assim como a família e os amigos, podem aceitar ajudá-lo desde que ele coopere. E a cooperação depende única e exclusivamente dele.

      Karina no site da ABRATA, vc poderá baixar o livro “Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar”. Neste livro vc encontrará muitas dicas sobre como agir em diversas situações, assim como informações sobre a doença.
      Segue o link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Grande abraço!
      Equipe ABRATA

    • KELLY 19 de maio de 2015 às 10:00 - Responder

      Olá, Karina. me chamo Kelly e quero dizer que passo pela mesma situação que vc (espero que já tenha “resolvido” seu problema, por fazer mais de um ano que escreveu seu depo.) meu namorado tem a mesma idade do seu, hj cm 22 anos, e age exatamente da mesma forma. sofro muito com isso mas estou procurando ajuda profissional. ele também não admite que precisa de ajuda e quando passa a crise age como se nada tivesse acontecido. é sempre frio comigo quando esta assim, enfim, não preciso copiar porque vc já falou tudo que eu poderia falar. espero muito que, hoje, você não passe mais por isso porque sinto na pele o quanto é ruim, e quando a gente gosta é pior. tenho muitas esperanças de mudar a minha realidade também, e se Deus quiser, vou conseguir. abraços

      • Ga 13 de agosto de 2015 às 22:39 - Responder

        Eu namorava um cara q tinha esse problema, mas ele entrou em crise e me traiu com várias mulheres. Eu não sabia da gravidade da doença e não me dei conta quando ele mudou. Faz 10 dias que terminamos. É difícil, tenho vontade de voltar com ele, mas tenho medo de ser infeliz. Mas ele eh tão maravilhoso quando está bem, nunca conheci alguém como ele. Conversei com a psicóloga dele e ela me explicou tudo, não consigo ter raiva dele. Ele sempre se tratou, leva muito a sério. A médica disse q foi uma situação que ocasionou a crise, aumentaram a medicação, agora que eu aprendi a identificar os sintomas ele poderá ter de novo? Posso viver bem com ele?

        • Equipe Abrata 18 de agosto de 2015 às 11:02 - Responder

          Prezada Ga

          Quando pessoa que tem um transtorno bipolar faz todo o tratamento de forma correta, isto é tomando a medicação de acordo com o prescrito pelo médico, tendo uma rotina de dia a dia saudável, com horário para ase alimentar, sono noturno com cerca de 08 horas, evita bebida alcoólica e outras drogas, e busca identificar as situações de estresse que podem ser gatilhos para um episódio/crise ela poderá dizer que alcançou a estabilidade e a possibilidade do surgimento de um a nova crise torna-se mais difícil. Porém isso não quer dizer que ela está “curada” ou que jamais terá uma crise. Ela terá um vida mais estável, apesar da doença. O transtorno bipolar é uma doença crônica e ainda não tem cura, mas com as medicações a pessoa consegue qualidade de vida, consegue manter-se profissionalmente e relacionar-se. O apoio terapêutico com um psicólogo é importante, assim como manter a consulta mensal com o psiquiatra.
          Sugerimos que leia o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
          No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
          Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Venha vc e o seu namorado. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
          Abraços
          Equipe ABRATA

  5. Mônica 12 de março de 2014 às 12:29 - Responder

    Olá equipe Abrata,
    Estou convivendo com uma pessoa que tem o diagnóstico de transtorno bipolar. Ele começou apesentar diferentes comportamentos quando começamos a namorar, mudando de humor de repente, ficando nervoso, me ofendendo com palavras agressivas, afetando o meu psicológico ao ponto de me sentir emocionalmente triste, frustrada e perder a alto estima… ele me ofendia com palavras terríveis e depois se arrependia e pedia perdão como se o que estivesse feito fosse pouca coisa e tentando me convencer que eu estou exagerada em relação às atitudes dele para comigo… tentei várias vezes convencê-lo a procurar um tratamento, mas ele sempre disse que não precisava de tratamento e que quem precisava era eu… sempre se julgou melhor, mais inteligente, evoluído que todos ao seu redor, como se fossemos todos burros e ele o mais inteligente, chegando ao ponto de humilhar com palavras… moramos junto durante 2 meses e temos uma filha de 2 meses… eu não aguentei e separei, hoje moro com minha família… faz exatamente 15 dias que estamos separados e ele já começou a fazer o tratamento e julga estar melhor, insiste em voltarmos e quer que eu e nossa filha voltemos para casa… mas tenho medo dele, das reações loucas dele e também de ser humilhada novamente com tantas palavras de crueldade e covardia… ele disse que está tomando medicamento, fazendo tratamento com psiquiatra e psicólogo e que tudo mudou agora…
    O que vocês acham a respeito disso, devo confiar no tratamento e voltar, ou não vala a pena morar com uma pessoa assim, (lembrando que tenho um bebê de 2 meses com ele).
    Estou desolada, triste e muito preocupada com a situação…

    • Equipe Abrata 12 de março de 2014 às 14:15 - Responder

      Olá Monica

      Obrigada por compartilhar a sua história conosco.

      Em muitas situações da vida as relações afetivas são frequentemente danificadas ou ficam tensas, como resultado da depressão, do transtorno bipolar, ou outro transtorno mental.

      Com o avanço que a medicina deu nos últimos anos em relação aos transtornos mentais, vale ressaltar que a pessoa portadora de TB ao fazer o tratamento poderá alcançar uma qualidade de vida produtiva, social e profissional. Mas como apoiar, como tomar decisões, o que podemos fazer com o familiar que amamos? Há muitas maneiras que você pode apoiar o seu namorado com transtorno bipolar, se for esse, de fato, o diagnóstico. Importante neste momento inicial será incentivá-lo a continuar o tratamento e a seguir as instruções dadas pelo médico. Incentiva-lho a procurar mais informações sobre a doença e o tratamento. É essencial que seu namorado saiba que seus amigos ou membros da família e mesmo você, se preocupam com ele, mas dentro de um limite. A adesão ao tratamento por ele, é essencial para que vcs possam ter uma vida a dois com qualidade e produtividade. E, ainda possam cuidar do seu bebê. Como ele está iniciando o tratamento, cerca de 15 dias como relata, possívelmente, ele ainda não deve estar estável. A medicação, se tomada corretamente, leva cerca de 3 a 4 semanas para apresentar resultados.

      Monica cuidar de uma pessoa com transtorno bipolar pode ser muito difícil, principalmente quando essa pessoa não reconhece seu estado e dificulta o próprio tratamento. Não espere resultados rápidos e não pense que você vai resolver o problema sozinha. O bom andamento da situação depende de todos fazerem cada qual a sua parte. Você faz a sua, seu namorado faz a parte que lhe cabe também, assim como a família dele. Se possível, vá junto com ele a uma consulta, pergunte qual é o diagnóstico, confirme o tratamento, compartilhe com o médico ou com a psicólogo sobre suas dúvidas e angústias, mas entenda que boa parte da situação vai depender também da aceitação do tratamento e da doença pelo seu namorado. Ouça com atenção! Ressaltamos que nesse momento, cuide-se, de você e do seu bebê. O ideal, nesse momento prá vc, é procurar também um espaço de acolhimento e elaboração da sua situação. Isso vai ajudá-la a ficar mais forte e a lhe dar condições de descobrir saídas, fazer escolhas para a situação que está vivenciando. Recomendamos também que você frequente grupos para familiares de bipolares, uma atividade que você vai encontrar aqui na ABRATA – trocar com pessoas que vivem o mesmo que você pode dar luz e ajudá-la a seguir em frente.

      Em alguns momentos você poderá, ainda, ter dificuldade em lidar com a situação porque a pessoa com transtorno do humor, durante um episódio/crise, nem sempre está disponível e pode mesmo rejeitar até as pessoas mais próximos a ele. Nessa situação você não deve tomar isso como algo pessoal, é mais uma indicação de quão ruim ele se sente a maior parte do tempo. E, principalmente não tratá-lo como inválido. É importante para ele se sentir como uma pessoa que está passando por um tratamento (desde que ele aceite!) e que em breve será auto suficiente o quanto possível. Tranquilizá-lo de que o sucesso do tratamento só pode promover um efeito positivo sobre o seu futuro, em sua vida atual, no relaciobamento afetivo com você e com o bebê.

      Monica no site, vc poderá baixar o livro “Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar”. Neste livro vc encontrará muitas dicas sobre como agir em diversas situações, assim como informações sobre a doença.
      Segue o link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Abraços, conte conosco.
      Equipe ABRATA

  6. katia Regina Palheta Ameida 17 de março de 2014 às 18:07 - Responder

    Olá equipe Abrata,

    Eu vivo com uma pessoa a 15 anos e sofro muito com os repentes dele as vezes ele esta ótimo as vezes esta mal, tivemos uma filha, hoje ela tem 13 anos, ela é louca pelo pai, mas eu estou muito cansada desta situação ele me agride com palavras muito fortes, chego a ficar muito chocada com o que ele faz ,mais eu gosto muito dele eu não me vejo com outra pessoa eu não sei como agir com ele.
    Ele é uma ótima pessoa e além do mais ele é o pai da minha filha, tem horas que me dar vontade de sumir mais eu penso na minha filhota, eu fui criada sem a presença de um pai é não quero que isso aconteça com ela, quando eu penso que esta tudo bem aí o mundo cai de novo na minha cabeça, eu não estou conseguindo decifra o meu marido, será que eu vou ter que separar novamente dele para tentar ser feliz no amo.
    Nós já tivemos 3 separações, eu não quero viver separando dele eu sei que eu tenho que tomar uma atitude, mas não sei qual. Eu li a publicação da Monica e é assim mesmo que o meu marido age comigo, ele não bebe não fuma ele é muito caseiro e muito ciumento ele não confia em mim por eu ser tec: de enfermagem, ele acha que eu tenho um relacionamento fora do casamento se alguém vier falar com ele que me viu conversando com um rapaz ele fica logo desconfiado; estou cansada disso tudo ,ontem mesmo ele me mandou embora de casa, quando eu quero conversar com ele aí eu entro no assunto, ele fica nervoso fala alto, ele já chegou ao ponto de me agredir fisicamente, eu dei parte na polícia, ele ficou mas nervoso, eu não estou sabendo lidar com isso as vezes fico pensando será que o problema está comigo, eu paro e penso, o problema não é comigo preciso de ajuda.
    ATT KATIA PALHETA.

    • Equipe Abrata 19 de março de 2014 às 12:50 - Responder

      Prezada Katia

      Você já pensou em buscar um psiquiatra para o seu marido?

      Converse com ele sobre essa possibilidade de consulta. Esclareça que essa consulta tem o objetivo de ajudar a vc entende-lo melhor e ainda para buscar uma vida a dois com mais qualidade, como também criar um ambiente mais sereno e acolhedor para a filha de vcs. Procure conversar num momento em que vc percebe-lo mais acessível, mais sereno e disposto a um diálogo. Com calma e paciência inicie a conversa. Talvez seja importante ressaltar que é vc que está necessitando de uma ajuda para lidar com a situação e que juntos poderiam buscar o apoio do psiquiatra e melhorar a vida a dois.

      Conviver com uma pessoa sem saber o que de fato ela tem, pode ser muito difícil e mais sofrido, principalmente quando essa pessoa não reconhece seu estado. katia não pense que você vai resolver o problema sozinha. O bom andamento da situação depende de todos fazerem cada qual a sua parte. Você faz a sua, mas entenda que boa parte da situação vai depender do seu marido, principalmente da ida ao médico e da aceitação do provável tratamento. Você também necessita de cuidados, assim como a sua filha. Esteja atenta para não permitir que novas agressões aconteçam. Proteger a você e a sua filha é essencial.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  7. adalgisa nachtigall 21 de março de 2014 às 13:28 - Responder

    Oi! É sobre meu filho que queria saber; ele tem 25 anos,e tenho reparado que ele troca de comportamento de tempos em tempos.
    Ele perde o interesse pelas coisas, não quer trabalhar, deixa de fazer as coisas normais, que ele gosta…….até mesmo academia,e a namorada se queixa que ele fica mais sem paciência, xingando, etc.
    Como isso tem se repetido, estou achando que é um problema de doença, e um rapaz ótimo, só mesmo esse afastamento.
    Obrigada! Poderiam me responder? Dizer o que fazer?

    • Equipe Abrata 22 de março de 2014 às 18:38 - Responder

      Olá Adalgisa

      Parece que o seu filho está precisando de cuidados e apoios médicos. O ideal será levá-lo para uma consulta médica com um psiquiatra tendo em vista esclarecer a origem destes comportamentos. Se são originados por um quadro de doença ou se são outras situações que ele possa estar vivenciando e favorecendo estes comportamentos descritos por vc. Converse sobre a ida ao médico, no momento em que ele estiver mais tranquilo e receptivo. Ou mesmo, peça o apoio da namorada para ajudá-la nesta tarefa, se sentir que ele poderá negar a ida ao médico. Encorajá-lo a contatar o médico com o propósito de ajuda-la, vc mãe, a buscar uma caminho mais adequado para apoiá-lo e estar mais próxima dele. Diga-lhe que é vc que está precisando de orientações de como lidar com essas novas situações que estão surgindo e gostaria de buscar este apoio junto com ele.

      Conte sempre com a ABRATA.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  8. adalgisa nachtigall 23 de março de 2014 às 21:59 - Responder

    Obrigada! sinto que é isso que tenho que fazer, mas qual médico?

  9. adalgisa nachtigall 23 de março de 2014 às 22:02 - Responder

    Desculpa! mas vi ali que é o psiquiatra.
    obrigada!

  10. lima 13 de abril de 2014 às 22:42 - Responder

    Sinto que estou a beira do abismo. Eu faço tratamento há 9 anos mas apenas há um ano eu fui diagnosticada com TBH. Não consigo fazer o tratamento. Começo é quando estou me sentindo melhor vou esquecendo de tomar os remédios. Me isolo de td e de todos..

    • Equipe Abrata 22 de abril de 2014 às 12:54 - Responder

      Lima

      O trastorno bipolar é uma doença com uma condição caracterizada pela instabilidade do humor. A pessoa apresenta oscilações entre fase de euforia (mania ou hipomainia) e de depressão, intercaladas com período de estabilidade. E há um consenso entre os profissionais de saúde e estudos científicos de que o tratamento medicamentoso é fundamental para o controle da doença. Sem o tratamento medicamentoso o quadro da pessoa portadora de TB tende a piorar, com a recorrência de todas as fases do transtorno. Saiba que vc é a principal responsável pelo seu bem estar e adesão ao tratamento. Atitudes de abandono da medicação refletem a autonegação da doença e boicote ao tratamento, que somente darão prejuízos como vc mesma relata.
      Além da tomada diária da medicação, conforme prescrita pelo seu médico, saiba que o sucesso implica em outras atitudes como: aceitação da doença, ritmo regular de vida, dormir no mesmo horário, cerca de 08 horas, alimentar-se no mesmo horário, isto é manter regularidade e rotina diária. Manter uma atividade física, preferencialmente pela manhã, (à noite pode agitar, atrapalhar o sono). E se possível também ter um apoio de psicoterapia, que lhe ajudará a entender a doença e as suas manifestações.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  11. Cecilia Sauer 15 de abril de 2014 às 17:52 - Responder

    Gostaria de saber se um paciente que nao sabe se tem esse transtorno e vai ao medico para tratar a ansiedade, como é o meu caso, onde acabo descontando na comida, e fui medicada com sibutramina, os sintomas podem piorar? Sempre fui deprimida e agora tomando sibutramina piorei…

    • Equipe Abrata 20 de abril de 2014 às 21:03 - Responder

      Prezada Cecília

      Obrigada pelo contato com a ABRATA.
      Porém, lhe informamos que a sua pergunta foge do âmbito da missão da ABRATA e sugerimos que é recomendável você procurar esclarecimentos com o médico que lhe acompanha.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  12. Joaquim (pseudônimo) 26 de abril de 2014 às 23:27 - Responder

    Nos últimos meses minha namorada têm demonstrado irritabilidade extrema alternada com momentos de total tranquilidade. Ultimamente ela tem se irritado mais e hoje ela terminou nosso namoro sem dar muitas explicações. Parece ser um caso normal de fim de namoro, mas pelo que li no texto, algumas coisas se encaixam no comportamento dela. Seria possível um quadro de bipolaridade causar tal reação (fim de namoro)? Se sim, será que em um dado momento ela vai voltar a si e perceber que fez besteira? Não posso realmente dar muitos detalhes a respeito, mas por enquanto é isso…

    • Equipe Abrata 28 de abril de 2014 às 14:43 - Responder

      Prezado Joaquim (pseudôninmo)

      O transtorno bipolar ocasiona flutuações imprevisíveis do humor. Os indivíduos portadores evoluem de estado emocional elevado (conhecido como mania) para um estado baixo (conhecido como depressão). A doença evolui por ciclos de altos e baixos. Estes sintomas podem interferir, atrapalhando muito o andamento de sua vida no trabalho, e tonar as relações afetivas, as relações familiares mais difíceis. O diagnóstico do TB habitualmente envolve um exame psiquiátrico minucioso, uma entrevista com o médico psiquiatra, observando-se que uma história detalhada dos sintomas é extremamente útil. A confirmação ou não se uma pessoa apresenta apenas depressão ou os dois componentes, mania e depressão, geralmente exige uma avaliação periódica dos sintomas. Caso confirme a doença, será necessário o tratamento medicamentoso, assim como o apoio com a psicoterapia para a remissão dos sintomas. Felizmente dispomos, hoje em dia, de vários remédios que podem controlar o transtorno bipolar, de tal modo que, se a pessoa não puder tomar algum deles ou não se beneficar o suficiente, é possível trocá-los ou fazer uma combinação entre eles.

      Mas, antes de qualquer conduta, é fundamental a pessoa procurar um psiquiatra, para analisar os sintomas que sente e assim o médico poder oferecer um dignóstico. Sem esse procedimento não podemos falar, ou dizer se um indivíduo é portador ou não da bipolaridade e mesmo se os seus comportamentos evidenciados estão associados a uma doença, ou se são reflexos do quadro de uma doença mental. Somente o psiquiatra está habilitado para identificar se é uma doença mental ou não.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  13. Bipolar 2 de maio de 2014 às 15:22 - Responder

    Eu tenho 15 anos. Sempre me acharam uma pessoa bipolar mas eu achava que isso era “normal” para a minha idade. Só que isso foi se agravando, comecei a ler sobre o transtorno e percebi que tenho quase todos os sintomas. Costumo mudar de humor de um dia ou hora pra outra, acordo feliz da vida e sorridente e depois uma série de pensamentos negativos invadem minha cabeça e eu fico muito triste e pra baixo. Minha auto estima oscila entre os picos muito alta e muito baixa, nunca em uma coisa equilibrada, não consigo manter o equilíbrio de nada praticamente. Sou impaciente, me irrito fácil com tudo e costumo explodir, falo o que não deveria e fico com pensamentos suicidas, depois começo a rir e voltar ao normal, é difícil a convivência comigo porque eu sou muito imprevisível, meu namorado é o que mais sofre com isso. Também costumo começar muitos projetos mas não chego a conclui-los por perder o interesse rápido por eles, quando estou triste também costumo comer em excesso. Quando colocam algo na minha cabeça é muito difícil de tirar e perco o sono facilmente graças a isso. Também apresento dificuldade sérias em controlar minhas emoções, não consigo segurar o choro e qualquer coisa ruim que aconteça gera um efeito bola de neve na minha cabeça, fazendo eu ficar depressiva e melhorar em um dia mais ou menos. Apresento muitos outros fatores além desse e acredito que estou desenvolvendo o transtorno bipolar tipo II, eu queria saber se tem como eu melhorar isso sem ajuda psiquiátrica? E também queria me certificar de que eu tenho mesmo o transtorno bipolar, agradeço desde já.

    • Equipe Abrata 3 de maio de 2014 às 13:24 - Responder

      Olá Letícia

      Os sintomas descritos sugerem um possível transtorno bipolar, porém resssaltamos que somente o psiquiatra poderá lhe dizer se vc apresenta ou não um transtorno bipolar, ou qq outro transtorno mental. O psiquiatra é o profissional especializado para dar um dignóstico de uma doença mental, assim como definir o tratamento adequado que cada pessoa que deve receber.

      Para o tratamento adequado do transtorno bipolar, saiba que existem quatros pontos fundamentais: 1)Medicação 2)Psicoterapia 3)Grupos de apoio mútuo 4)Psicoeducação. Seguindo este percurso, caso confirme o diagnóstico, vc poderá se cuidar, se fortalecer. Mas antes de tudo, vc necessita se consultar com um psiquiatra. Sem este passo, buscar um médico, as suas dúvidas permanecerão e caso seja portadora da doença, os sintomas tendem a se agravarem se vc permanecer sem o apoio médico. Sozinha, não chegará a um dignóstico e muito menos a um tratamento e melhoras dos sintomas que vc nos relata.

      O diagnóstico do TB, habitualmente, envolve um exame psiquiátrico minucioso, uma entrevista com o médico, observando-se que uma história detalhada dos sintomas é extremamente útil. A confirmação ou não se uma pessoa apresenta apenas depressão ou os dois componentes, mania e depressão, geralmente exige uma avaliação periódica dos sintomas. Caso confirme a doença, será necessário o tratamento medicamentoso, assim como o apoio com a psicoterapia para a remissão dos sintomas. Felizmente dispomos, hoje em dia, de vários remédios que podem controlar o transtorno bipolar, de tal modo que, se a pessoa não puder tomar algum deles ou não se beneficar o suficiente, é possível trocá-los ou fazer uma combinação entre eles.

      Mas, antes de qualquer conduta, é fundamental vc procurar um psiquiatra, para analisar os sintomas que sente e assim o psiquiatra poder oferecer um diagnóstico. Sem esse procedimento não podemos falar, ou dizer se um indivíduo é portador ou não da bipolaridade e mesmo se os seus comportamentos evidenciados estão associados a uma doença, ou se são reflexos do quadro de uma doença mental. Somente o psiquiatra está habilitado para identificar se é uma doença mental ou não.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  14. Isi 17 de maio de 2014 às 20:38 - Responder

    Boa noite, preciso de ajuda. Meu namorado ta c problemas e tudo indica que é transtorno bipolar, só q ele ta em crise e terminou comigo, nao sei como ajudá-lo, já que nao estarei mais perto para orienta-lo e incentiva-lo a buscar ajuda profissional.

    • Equipe Abrata 21 de maio de 2014 às 19:21 - Responder

      Olá Isi

      É essencial que o seu namorado procure um psiquiatra para buscar o diagnóstico se ele tem um não um quadro de bipolaridade. Como vc, a partir de agora estará mais distante, que tal conversar com um familiar do seu namorado, de sua confiança, e relatar as suas preocupações e sugerir que alguém assuma esta questão, esse apoio ao seu namorado. Neste momento é importante a família, os familiares estarem por perto e cuidar para que o mais cedo possível ele seja encaminhado a sua médico para cuidar da saúde. Um diagnóstico não é definido apenas por suposições. Há necessidade de uma avaliação criteriosa por um profissional especializado e muitas vezes, o diagnóstico pode ser demorado.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  15. Vera 24 de maio de 2014 às 22:55 - Responder

    Olá! Minha filha tem diagnosticado TB, seu psiquiatra está fora do país, ela teve uma crise terrível e tivemos que interná-la, porém a clínica não permite acompanhante e muito menos visita antes de 5 dias de tratamento, boletim só 45 minutos por dia de todos os pacientes, sábado e domingo não tem boletim, isso é bom ou importante para paciente e família? Ficar em meio a estranhos, nem mesmo seu médico, ajuda?

    • Equipe Abrata 25 de maio de 2014 às 19:14 - Responder

      Prezada Vera

      A situação de internação é sempre angustiante para a família e para o paciente. O ideal é que, quando se fizer necessário, a internação seja feita pelo médico do paciente e com o consentimento tanto do paciente como da família.
      Vemos que este não é o seu caso. Em casos de agitação intensa, é muito comum o paciente tentar manipular a famíia para tentar uma alta forçada e antes do tempo necessário para controlar o quadro. Diante disso, muitos psiquiatras combinam com a família de não autorizar visitas ou mesmo contatos telefônicos com o paciente nos primeiros dias. São situações em que o próprio psiquiatra e a enfermagem da clínica se encarregar de intermediar a comunicação, “com os informes necessários. Para que isso ocorra bem, é importante que haja um bom relacionamento entre os profissionais, a família e o paciente.
      Sugerimos que você converse com o psiquiatra que está responsável pela sua filha e peça os esclarecimentos necessários para você compreender melhor a situação e explique a ele que você precisa entender para poder cooperar.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  16. Lucas 28 de maio de 2014 às 17:04 - Responder

    Eu morei com uma mulher que é Bipolar por 7 meses, e até hoje eu não sei se eu era o único homem com quem ela se relacionava pois.
    É normal ela estar comigo e sentir desejo por outro homem e jurar de pé junto que não existe nada entre ela os dois, pois se conhecem a muitos anos e é um grude que da até nojo.
    Tanta coisa que passa na minha cabeça que nem sei o que dizer a respeito do que passei.

    • Equipe Abrata 30 de maio de 2014 às 17:45 - Responder

      Caro Lucas

      Não podemos lhe dizer se as atitudes da sua companheira são decorrentes ou não de um episódio de transtorno bipolar. Porém sabemos que o transtorno bipolar é uma doença mental grave que afeta o humor e o comportamento, quando a pessoa está em crise. Viver com o transtorno bipolar é difícil. Isto é tão verdade para os familiares, como para as pessoas diagnosticadas com a doença. O TB provoca alterações do humor, desde infelicidade profunda, passando por euforia energética, a um estado de espírito misto no qual uma energia agitada se combina com sentimentos de tristeza desesperada.
      A boa notícia é que logo que a doença bipolar seja diagnosticada, todas estas consequências negativas podem ser resolvidas. Existem tratamentos eficazes que conseguem controlar as intensas variações de humor. O que, por sua vez, permite que os portadores e as pessoas que os rodeiam comecem a recompor as suas vidas.
      É essencial para o tratamento e manuntenção da qualidade de vida, que a sua companheira mantenha as consultas com o psiquiatra em dia, assim como o uso adequado e diário da medicação, e se possível também procurar a psicoterapia, com um psicólogo. Se desejar, poderá se ofercer para acompanhá-la as consultas e também aproveitar apra conversar com o médico acerca das suas dúvidas em relação à doença.

      No site da ABRATA, vc encontrará um livro on line “Guia para os cuidadores de pessoal com transtonro bipolar”, tem muitas dicas sobre como lidar com a doença e com a pessoa portadora durante e depois das crises, além de muitas informações sobre a doença. Passe por lá: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Abraços
      Equipe

  17. Denilson José da Silva 1 de junho de 2014 às 14:47 - Responder

    Olá Equipe Abrata,

    Casei-me com minha mulher a cerca de 9 meses, ela atualmente esta grávida fazem cerca de 4 meses, antes de estar grávida ela tinha dificuldades em fazer as tarefas de casa como se isso não fosse de sua vontade, como se não houvesse prazer em desempenha-las, o que confesso ter me deixado muito insatisfeito, a ponto de haver discussões com ela sobre essas falta de interesse. Essas discussões deixavam ela muito irritada, o que me fazia parar de dar continuidade a discussão. Porém após a gravidez ela ficou muito fria e esquisita comigo, além de ter enjoado de mim, e por poucos motivos nos discutíamos e cada vez mais sentia ela distante de mim, a tal ponto em que ela não queria sair comigo e sempre em minha ausência tinha gosto apenas em falar com sua mãe, onde também abordava de nosso problemas de relacionamento com a mesma. Sua mãe a cerca de 7 anos atrás na ultima crise de minha esposa cuidou dela acompanhando-a continuamente em um CAPS, desde estes 7 anos ela não voltou a ter crise aparente. Nos conhecemos a cerca de 2 anos atrás e casamos. Porém após outra discussão minha esposa ficou muito estranha comigo e como sempre fazia entrou em contato com sua mãe que lhe mandou voltar pra casa, como em outras discussões que tivemos que ela acabou seguindo a vontade da mãe e voltando, isso sempre fez com que eu não tivesse a oportunidade de lhe dar com este problema. Agora minha esposa esta grávida e saiu de casa, esta morando na casa da mãe a cerca de 3 semanas, e não quer contato nenhum comigo, o que esta dificultando nossa relação. Tento falar com ela por meio de ligações mas ela só deseja falar comigo por meio de mensagens, e diz não querer se quer ouvir minha voz, e para somar os problemas sua família acredita que o problema esta sendo eu, aconselhando-a a afastar-se de mim. Confesso esta sofrendo muito pois Amo minha Esposa e quero muito esta com ela e meu filho como uma família. Tento ligar para ela e ela não me atende e sua família não quer que eu vá visita-la. Não sei se pode tratar-se de uma crise ainda até interceptiva pela própria familia ou se trata-se de uma decisão real e lucida que confesso duvidar devido a não ter motivos aparentes para tamanha estranheza comigo por parte de minha esposa. Não sei se tento mesmo assim procura-la e temo as consequencias de saúde que podem vir a ter, ou se dou esse tempo e espaço para ela! estou muito aflito e confesso desejar o conselho de vocês que são profissionais! A gravidez de minha esposa foi considerada de risco pois ela teve que para de tomar os remédios para bipolaridade pr recomendação médica, agora ela esta fazendo seu Pré-natal em um hospital especializado aqui em Recife-PE, chamado IMIP.
    Muito obrigado pela atenção de Vocês a este meu caso!

    • Equipe Abrata 8 de junho de 2014 às 10:38 - Responder

      Prezado Denilson

      A situação que você nos relata é muito difícil e exemplifica bem o quanto as questões médicas, psicológicas e relacionais estão imbricadas e devem ser levadas em conta no tratamento do transtorno bipolar.
      Você relata que sua esposa teve que interromper o tratamento para a bipolaridade devido à gravidez. A interrupção do tratamento é a principal causa de recaída e recidiva de episódios do transtorno bipolar, assim como as alterações hormonais da gravidez também favorecem o desencadeamento de crises. Diante disso, o risco de sua esposa estar novamente doente é muito grande e é fundamental que ela seja avaliada por um psiquiatra e acompanhada com frequência para controlar eventuais crises.
      Por outro lado, problemas psicologicos relacionados à gravidez ou ao relacionamento de vocês podem ficar mais exacerbados neste período e isso requer o auxílio de um terapeuta de família para avaliar e orientar a situação. A situação fica mais difícil pelo fato de sua esposa estar se recusando a falar com você e parece que isso se relaciona ao fato de, num primeiro momento, você ter exigido dela um desempenho nas tarefas de casa que, talvez, estivesse prejudicado por sintomas da bipolaridade.
      Embora sua esposa possa escolher ficar longe de você neste momento, sugerimos que você tente um contato com alguém da familia para informar sobre os riscos dela ficar sem o tratamento e da importância dela ter contato com o psiquiatra e psicologo. Outra coisa é comunicar o profissionais de saúde que vinham cuidando dela sobre o atual estado de coisas para que a situação possa ser avaliada por especialistas que possam dar a você, a ela e à família dela as orientações mais adequadas à situação.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  18. Kely 10 de junho de 2014 às 17:33 - Responder

    Olá! Estou em um infinito de tristeza e pensamentos de morte, não quero ver ninguem, nao quero mais viver, nao vejo sentido nisso. o pior é que estou tomando todos os medicamentos, sinto que eles nao estao fazendo efeito mas tenho medo de dizer isso para a minha médica.

    • Equipe Abrata 27 de junho de 2014 às 12:10 - Responder

      Olá Kely

      Antes de mais nada saiba que a sua médica é a sua grande aliada no seu tratamento e na busca de uma qualidade de vida com produtividade!
      Vc está precisando de ajuda! Procure por ela, converse assi,m como escreveu para a ABRATA. Se tiver dificuldades, escreva, faz uma cópia desta mensagem e entregue para a sua médica.
      Você está precisando de ajuda, sim. A sua médica está ao seu lado e do seu lado!
      Os pensamentos de morte são muito comuns para as pessoas deprimidas e se constituem em pensamentos automáticos, frutos de uma avaliação errônea que a pessoa faz da vida em função do estado de humor alterado. Esse estado de humor é transitório e passa, principalmente se a pessoa pede ajuda e vai se tratar com um psiquiatra especializado em transtornos do humor. Com o tratamento, os pensamentos diminuem de frequência e intensidade e a pessoa recupera o sentido da própria vida. Então, o importante é o seguinte: os pensamentos são transitórios e vão passar, mas o suicídio não – este não tem volta!
      Procure a sua médica o mais breve!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  19. evandro delmondes 29 de junho de 2014 às 14:51 - Responder

    eu e a minha namorada nos amamos mas ela teve uma crise e eu nunca tinha presenciado,ela é bipolar ela diz que agora ama um cara que ela conheceu a muitos anos atras,o primeiro namorado dela,e diz que é pecado eu ficar com ela e chora por lamentar e diz que me ama mais não pode ficar comigo,quando ela volta ao normal ela vai voltar ter o mesmo sentimento que tinha por mim?quanto tempo ela vai ficar nessa crise?ela esta internada e sendo medicada.

    • Equipe Abrata 19 de setembro de 2014 às 18:41 - Responder

      Caro Evandro

      Conforme vc relata a sua namorada parece estar apresentando um episódio de mania em que as percepções ficam alteradas. Além disso num momento de crise a funcionalidade da pessoa e seu desempenho no trabalho ficam prejudicados, surgem dificuldades nos relacionamentos afetivo e familiares, causam conflitos e geram sofrimentos entre os familiares. Nesta fase acontece uma exaltação do humor eufórico, expansivo e as vezes irritável, com pensamento acelerado, com muitas ideias, planos novos, não usuais, otimismo exagerado e também aumento da autoestima, dentre outras manifestações com desinibição exagerada ou comportamento inadequado. É importante vc buscar conhecer mais o que acontece quando a sua namorada quando ela está passando por uma crise e buscar perceber o que é doença se manifestando e o que a personalidade dela. Saiba que nos momentos de crise, será muito difícil vc tentar um diálogo para definir as questões do relacionamento ou qq outra questão. O ideal será esperar que a sua namorada adquira uma estabilidade, e fora de um momento de crise buscar dialogar acerca do namoro de vc.
      A remissão de crise varia de pessoa para pessoa, e será necessário a tomada da medicação prescrita pelo médico. Quando a medicação começa fazer efeito a pessoa se sente melhor. Geralmente, ao fim de duas ou três semanas, após o início da tomada correta da medicação, os sintomas devem começar a melhorar. Se tal não acontecer, será importante procurar o psiquiatra.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  20. mayara 18 de julho de 2014 às 19:06 - Responder

    Minha mãe sofre deste transtorno, é muito difícil para as pessoas entender o motivo dela ser tão agressiva com a família, e com outras pessoas ela se controla, queremos muito cuidar dela, dar os remédios, acompanha-la aos tratamentos, mas ela resiste, não gosta da nossa presença, inventa situações que não acontece. O que me preocupa são as alucinações e outra a doença dela está mexendo de forma negativa com todos. É tão complicado que chega a ser assustador. Queria entender essa repulsa sobre a família, queria saber como agir.

    • Equipe Abrata 10 de agosto de 2014 às 19:35 - Responder

      Olá Mayara

      O transtorno bipolar é uma doença que acomete não só o portador, mas afeta os relacionamentos de todos aqueles que convivem com o doente. Não é à toa que um dos principais tratamentos propostos é o atendimento psicoterapêutico da família, justamente para que todos possam conhecer sobre a doença, como para tratar do estigma que sempre está presente, para tratar dos problemas de comunicação e do clima emocional da família que também estão presentes, e para identificar, dentre os membros da família, pessoas que possam também ser portadoras do transtorno.
      A negação da doença e a falta de aceitação do tratamento por parte do portador são problemas muito frequentes e devem ser abordados na consulta com o psiquiatra, com o psicoterapeuta individual e da família também.
      Outra abordagem com excelentes resultados é frequentar grupos de ajuda mútua, sejam só de pacientes, como de familiares e grupos mistos. Os resultados desta abordagem tem a ver com o fato dos participantes poderem trocar experiências, informações e dicas com pessoas que já passaram pelos mesmos problemas, fazendo com que aprendam mais e se beneficiem do fato de se sentirem pertencendo a um grupo e de serem ajudados e de ajudarem os outros com suas questões.
      A ABRATA tem vários grupos de apoio mútuo e sugerimos a você que centre em contato por telefone e se inscreva, primeiro para o Grupo de Acolhimento e participar desta experiência, juntamente com sua família. Tel:Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h00

      Abraços
      Equipe ABRATA

  21. José Guilherme 2 de agosto de 2014 às 18:56 - Responder

    Olá, tenho 19 anos e fui diagnosticado com o transtorno Bipolar, até ai comecei o tratamento com medicamentos porém devido aos efeitos colaterais tal como: Aumento de prolactina , diminuição da Libido e entre outros, resolvi parar. Com muita calma e conversa, consegui me controlar por um bom tempo, porém agora estou em um dilema na minha vida, sei que isso tem haver com minha doença, mas estou com Atração Indesejada por pessoas do mesmo Sexo coisa que nunca aconteceu antes e isso está me perturbando e muito, me deixando em um profundo estado depressivo, com vontade de suicídio. Pois fico toda hora pensando nessa confusão e acabando pondo minha sexualidade em dúvida e fico toda hora me perguntando se sou gay ou não. As vezes tenho vontade de gritar muito e falar isso, mas tenho consciência de que não quero isso e quando este fato acontece eu fico muito irritado.
    Oque eu posso fazer para melhorar este estado meu ?!
    Agradeço desde Já a ajuda

    • Equipe Abrata 10 de agosto de 2014 às 19:49 - Responder

      Caro José Guilherme

      É verdade que alguns medicamentos usados no transtorno bipolar podem produzir aumento de prolactina e redução da libido. Eles podem ser usados por um período longo ou curto e serem substituídos caso não sejam tolerados pelo paciente. No entanto, nenhum medicamento tem como efeito modificar a orientação sexual da pessoa que o utiliza. Pode-se aumentar ou diminuir a libido, mas não mudar sua direção. O que pode acontecer é que, sem a medicação, a pessoa fica exposta às oscilações de humor características da doença e, se ela tiver um episódio de mania ou de hipomania, o humor fica exaltado (eufórico ou irritado) e a libido aumenta. Além disso, aumentam também os impulsos de maneira geral e uma tendência que estava adormecida pode ser despertada. Não por causa de medicamentos, mas devido à instabilidade de humor. O importante é que o paciente procure o psiquiatra para avaliar a situação e faça o tratamento necessário. Além disso, um acompanhamento psicoterapêutico com um psicólogo, é fundamental para que a pessoa aprenda a se conhecer mais e a cuidar de seus conflitos e administrar sua vida com harmonia e autoaceitação.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  22. Adriana 7 de agosto de 2014 às 11:55 - Responder

    Tenho 37 anos e estou casada há 10. Tenho transtorno bipolar e quero engravidar. Faço tratamento medicamentoso e com psicóloga. Tenho muita depressão. Gostaria de saber se para eu engravidar posso deixar de tomar os medicamentos, pois tenho preocupação com a formação do feto, de os medicamentos prejudicarem o mesmo.

    • Equipe Abrata 13 de agosto de 2014 às 23:11 - Responder

      Olá Adriana

      Vc está correta em se preocupar com a medicação da qual faz uso, antes de engravidar-se. Porém sugerimos não parar/não interromper a sua medicação, sem antes conversar com o médico. A interrupção da medicação, sem o acompanhamento médico, favorece o aparecimento dos sintomas da doença e poderá lhe trazer muitos prejuízos e complicadores para a gravidez. Assim como, a própria gravidez que também promove muitas alterações ao corpo da mulher, devido a ação hormonal. Converse com o seu médico, programe-se e cuide muito bem de vc! E tenha uma gravidez segura e feliz!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  23. Rosângela Cara Lopes 12 de agosto de 2014 às 08:56 - Responder

    Olá,
    Sou mãe de um rapaz maravilhoso de 23 anos com diagnóstico de transtorno bipolar recente. Há um ano ele teve um surto e chegou a ser internado na psiquiatria do Hospital Mandaqui, de lá pra cá fazemos acompanhamento no Caps, e tivemos o diagnóstico em torno de dois meses atrás, ele faz uso de medicação e agora conhecemos a Abrata por indicação do psiquiatra. Tudo é muito novo pra mim e tenho buscado ajuda pra lidar com isso, mas o que mais tem me angustiado é que no início, nos momentos de depressão dele, ele passou a fazer uso de drogas e agora que está um pouco mais equilibrado quanto a doença, por conta dos medicamentos e terapias, vive uma luta imensa para livrar-se da droga. Meu filho é de poucos amigos, nunca viveu em baladas, tem uma namorada que o ajuda bastante. Gostaria de saber se há alguma relação entre drogas e o transtorno bipolar. Como mãe, essa situação está me consumindo.
    Aguardo se possível um retorno.

    Parabéns pelo trabalho de vocês.

    • Equipe Abrata 24 de maio de 2015 às 00:23 - Responder

      Prezada Rosangela

      Por algum motivo técnico a sua mensagem ficou perdida entre as mensagens respondidas. Mas vamos lá!
      Sim, há uma relação. Um número significativo de jovens que abusam de drogas estão realmente sofrendo de um transtorno de humor subjacente, como depressão ou transtorno bipolar. Sem perceber, eles podem estar tentando “auto-medicar” seus sintomas de depressão ou transtorno bipolar
      Jovens com transtornos do humor que abusam do álcool ou drogas podem procurar estas substâncias porque eles oferecem temporariamente relaxamento, ou ajudá-los a se sentir mais confiante e enérgica. Infelizmente, o relaxamento é temporário e pode causar a depressão se agravar ou mesmo a bipolaridade, resultando em duas situações graves, em vez de um.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  24. maah 8 de setembro de 2014 às 18:48 - Responder

    Olá,estou enfrentando um dilema na minha vida,convivo há 05 anos com uma pessoa bipolar,com surtos constantes.Eu o amo e luto contra isso,mas tá sendo muito difícil;hoje estámos ótimos em tudo,amanhã do nada ele surta e se isola,me ofende,é agressivo e fica indiferente comigo,essa situação tá me deixando angustiada,sem vontade mais pra nada e sem coragem de separar-me,pois o amo e n quero abandoná-lo.O pior é que ele não aceita a doença e se ofende quando toco no assunto.Me ajude,me diga a verdade,conseguirei contornar ou vai ser impossível?Penso de estar afundando nisso,me machucar muito mais e ter um sofrimento eterno.

    • Equipe Abrata 18 de setembro de 2014 às 13:12 - Responder

      Prezada Maah

      O portador do transtorno bipolar é a pessoa mais interessada na sua melhora e deve sempre se lembrar de que ele tem uma doença, mas não é um doente. Isto o torna co-responsável pelo sucesso do tratamento e estimula a participação ativa no processo terapêutico como um todo. Em algumas situações, no caso do transtorno bipolar a dificuldade aumenta, porque a pessoa só em algumas épocas e às vezes nem percebe que está passando por um episódio/crise. Isto aumenta o risco de abandono do tratamento e precipita as conseqüências como vc relata. O portador suspende a medicação por sentir-se bem e achar que pode controlar sozinho, porque lhe falta a excitação ou abandona pelos efeitos colaterais. Todas estas questões devem ser discutidas com o terapeuta e com o psiquiatra.
      O uso contínuo da medicação associado a outros cuidados favorecem a aquisição de uma qualidade de vida. Sem o uso da medicação, cf prescrito pelo médico, a pessoas estará exposta a crises constantes e as vezes de forma evolutiva. A remissão dos sintomas somente acontece com o uso da medicação.
      O transtorno bipolar pode afetar não só a vida da pessoa com a doença, mas também a de sua família, seu cônjuge e seus amigos. Pessoas importantes na vida de uma pessoa são muitas vezes uma ajuda para lidar com a doença. Mas para isso a família, o cônjuge e os amigos necessitam buscar conhecer sobre a doença e de como lidar com a pessoa com transtorno bipolar, assim como lidar com o transtorno e sobre o impacto que este poderá ter em suas vidas.
      Entendemos que uma escolha tão séria como a de um casamento não deve ser feita em função de um diagnóstico ou rótulo. Dizer que alguém é bipolar ou diabético, ou hipertenso ou ainda portador de TDAH não nos faz conhecer essa pessoa. A sintomatologia de um transtorno pode ser bastante semelhante para muitos de seus portadores, mas existem diferenças importantes que mudam completamente a forma de levar a vida de cada um. Por exemplo, uma pessoa com o transtorno bipolar, interessada em se tratar, que busca ajuda e aceita suas limitações tem uma vida com qualidade de vida muito superior à de alguém que nega sua condição, não aceita tratamento e expõe seus familiares a todo o sofrimento decorrente da convivência com um doente que se deixa cronificar. A participação do familiar e do cônjuge na vida de uma pessoa bipolar é de suma importância, é alguém que acompanha o doente e o estimula a procurar tratamento precoce ao menor sinal de recaída. Ocorre que isso é muito mais fácil quando o portador coopera. Garantido isso, é possível aproveitar uma convivência rica com alguém que, a despeito da doença, tem uma grande sensibilidade e pode se relacionar de uma maneira criativa, divertida, intensa e com pontos de vista sobre a vida muito enriquecedores.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  25. Thaisa 9 de setembro de 2014 às 18:00 - Responder

    Olá, bom tenho 26 anos e estou casada a 8 meses.
    Meu marido sabe lidar muito bem com minha bipolaridade, mas tenho tido o sentimento de que um dia ele se canse, meu casamento é a coisa mais preciosa que tenho, depois de perder fortes amizades por consequencia dessa maldita doença.
    Estou vivendo um tempo em que só penso no pior, ou em me separar e sumir, ou em voce imagina oq,
    Sou de SP mas moro atualmente no interior do paraná, e aqui as pessoas não entendem mesmo oq é ser eu.
    Meu esposo me ama e me ajuda em tudo, tomo um fluoxetina de manhã e um (q esqueci o nome pra dormir)
    mas acho q não esta fazendo efeito, minha mente esta inquieta e as unicas coisas que penso são as situações vergonhosas que causei por conta disso…
    não sei mais oq fazer.
    Obrigada …só de escrever aqui me sinto bem.

    • Equipe Abrata 18 de setembro de 2014 às 18:36 - Responder

      Olá Thaisa

      Vc já pensou na possibilidade de conversar com o seu médico sobre a sua medicação? Relatar a ele os sintomas que está sentindo, assim da mesma forma que vc nos relata e ainda conversar acerca das suas suspeitas de que a medicação não está promovendo os resultados esperados ou o que vc esperava ocorrer – a melhora dos sintomas e vc se sentir melhor. Agende um consulta e dialogue com o seu médico, isso é essencial.
      Também seria interessante vc buscar o apoio de um psicólogo, caso ainda não tenha tenha. A psicoterapia é uma parte importante do tratamento do transtorno bipolar, sendo usada em conjunto com a medicação. A psicoterapia tem o objetivo de lhe assegurar que, uma vez controlados os sintomas, a pessoa tenha capacidade e estratégias para tomar as rédeas do seu tratamento, da doença e retomar a sua vida, além de ajuda-lá gerenciar o seu humor e dar resposta mais positivas no dia a dia.
      Apesar de vc ter o transtorno bipolar, acreditamos que é confortador saber que milhares de pessoas como você vivem vidas plenas e produtivas. Pode nem sempre ser fácil, mas viver com a bipolaridade não significa que tenha de desistir das suas ambições, sonhos e objetivos. Ninguém que tenha o transtorno bipolar deve ser definido pela sua doença.

      Sinta-se acolhida pela ABRATA.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  26. Lilian 25 de setembro de 2014 às 13:42 - Responder

    Equipe, boa tarde!

    Preciso de ajuda. Meu, agora, ex marido tem 25 anos, eu tenho 27 e um filho de um relacionamento anterior. Ele tem oscilações de humor repentina, temos 2 anos de relacionamento e diversas vezes ele teve surtos de alteração de humor, fica pavio curto, irritado, me culpando pelo afastamento dos amigos dele entre outras coisas, sente o peso do relacionamento e de ‘criar’ um filho que não é dele.
    No geral nosso relacionamento sempre foi muito perfeito, gostamos de sair, viajar, dançar. Sempre fomos muito parceiros em tudo! quando ele tem essas crises ele geralmente termina o relacionamento e 3 dias depois ele volta sofrendo MUITO, depressivo, angustiado, com falta de ar e palpitações. Ele volta falando que eu sou a mulher da vida dele, que é aquela a familia que ele quer construir, que so me vê no futuro ao lado dele, mas que as pessoas (pais) sempre falam muito que ele é novo demais pra tudo aquilo e ele internaliza essa realidade, sendo que logo depois ele sofre por me amar.
    Terminamos na semana retrasada, em um domingo, passou a semana inteira e na outra segunda ele ficou completamente depressivo, chorando demais e me mandando e-mails LINDOS, fralando da minha imnportancia na vida dele e que ele reconhece esses surtos que ele tem, que procuraria ajuda por mim, por ele e por joao (meu filho) que ele n perdera a oportunidade de novo de nos fazer felizezs; Na terça ele ainda estava mal e acabamos nos encontrando e eu consegui acalma-lo, passamos a noite juntos e foi tudo muito lindo, muito carinhoso. Ele dormiu na minha casa na quinta e na sexta bem cedo viajou para uma formatura do primo. No domingo voltou completamente diferente de novo! Ele falou que não tem forças pra bater de frente com a familia, que era completamente contra aquele relacionamento pq eu tinha filho e uma vida ja bem a frente da dele.
    Acontece que nesse vai e vem de sentimentos eu fico no meio desse turbilhão, hoje quem esta mal sou eu, eu não consigo me alimentar, so faço chorar, ja perdi 8kg e não sei mais o que fazer.. eu me culpo pelo termino, por ter filho (mesmo eu AMANDO ENLOUQUECIDAMENTE O MEU BEBÊ), me culpo por não ter ajudado ele.
    A familia sempre teve um bom relacionamento comigo e com o meu filho, porém eles enxergam o filho deles como uma criança ainda, ele é superprotegido pelos pais. Eu não sei o que fazer.

    • Equipe Abrata 1 de outubro de 2014 às 17:26 - Responder

      Olá Lilian

      Antes de tudo Lilian, vc precisa cuidar de vc! Cuide-se muito bem!
      O seu ex-marido é um homem adulto, que conforme o seu relato deve estar passando por oscilações de humor, causadas por algum motivo: abandono da medicação, tomada irregular da medicação, estilo de vida estressante… dentre mais possibilidades. Ele, seu ex-marido, precisa urgente, procurar o psiquiatra para avaliação clínica.

      Vc diz que tem um filho e, neste momento da sua vida, apesar de “amar enlouquecidamente” seu ex marido, vc e seu filho devem ser as pessoas mais importantes para serem cuidadas. Se vc adoecer o seu filho, poderá ficar abandonado e também adoecer. Cuide de vcs dois!

      Ressaltamos que a pessoa com o TB é a pessoa mais interessada na sua melhora e deve sempre se lembrar de que ele tem uma doença, mas não é um doente. Isto o torna responsável pelo sucesso do tratamento e estimula a participação ativa no processo terapêutico como um todo.

      Tenha em mente que não pode controlar o comportamento da pessoa com TB, mas sim a forma como vc lida com isso. Tenha cuidado para não aceitar abusos verbais, emocionais, físicos ou financeiros, simplesmente pq a pessoa está doente.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  27. THY 10 de novembro de 2014 às 19:08 - Responder

    COMECEI A NAMORAR COM UM TB, HÁ POUCO MAIS DE UM ANO, COMEÇAMOS A NAMORAR PELA INTERNET E COM UM MES DE NAMORO ELE VEIO MORAR NA MESMA CIDADE, E LOGO DEPOIS COMEÇAMOS A MORAR JUNTOS, LOGO NO COMEÇO DO NAMORO ELE ME FALOU SOBRE SEU PROBLEMA, QUE TINHA DESENCADEADO A DOEÇA DEVIDO TER PRESENCIADO A MORTE DO PAI, QUE SE SUICIDOU-SE QUANDO ELE TINHA 14 ANOS DE IDADE, PASSOU POR UMA FAZE MUITO COMPLICADA A PONTO DE SER INTERNADO EM CLINICAS PSIQUIATRA, PASSANDO A GRANDE PARTE DA ADOLESCENCIA TOMANDO VÁRIOS MEDICAMENTOS FORTE ANTIDEPRESSIVOS, ONDE ELE RELATA QUE DEVDO A ISSO NÃO SE RECORDAVA DE QUASE NADA DE SUA ADOLESCENCIA E QUE TINHA MUITA VERGONHA DA DOENÇA A PONTO DE NÃO ACEITA-LÁ…. DETALHE; ELE FOI CASADO DURANTE 12 ANOS E TEM UMA FILHA DO PRIMEIRO CASAMENTO E A FILHA POR SER ADOLESCENTE NUNCA ACEITOU NOSSO RELACIONAMNTO, NÃO SEI SE FOI POR CIÚMES OU SE A EX DELE COLOCOU COISAS NEGATIVAS NA MENTE DELA, MESMO ASSIM DECIDIMOS CONTINUAR NOSSO RELACIONAMENTO, ELE ERA MUITO CARINHOSO, GOSTAVA DE PRESENTEAR SEMPRE ERA CHEIOS DE ELOGIOS E ME AJUDAVA COM TUDO, ATÉ AI TUDO BEM, DEPOIS ELE COMEÇOU A MUDAR ME TRAIU A PRIMEIRA VEZ E QUANDO EU DESCOBRIR ELE CHOROU MUITO ME PEDINDO PERDÃO E SE MALTRATAVA DIZENDO QUE ELE ERA UM LIXO E QUE NÃO ME MERECIA, EU O PERDOEI E PASSADO 9 MESES ELE DECIDIU TERMINAR DO NADA, RELATANDO QUE EU ERA UMA OTIMA PESSOA E QUE NÃO O MERECIA POIS O PROBLEMA ESTAVA NELE POR NÃO ME AMAR COMO NO COMEÇO DO NAMORO, E ELE SE ENVOLVEU NOVAMENTE COM OUTRA PESSOA,FOI DAÍ QUE COMECEI A PESQUISAR SOBRE A DOENÇA E VI VÁRIOS RELATOS PARECIDOS COM O QUE EU ESTAVA PASSANDO, TENTEI PROCURAR AJUDA COM A IRMÃ DELE QUE TAMBEM CONVIVEU COM A DOENÇA , MAS ELA NÃO CONHECIA A DOENÇA A FUNDO, PESQUISEI MAIS SOBRE O TRANSTORNO BIPOLAR E CHEGUEI A LER O LIVRO UMA MENTE INQUIETA DE JAMISON, KAY REDFIELD . BUSCANDO ENTENDER AS CAUSAS DESSA DOENÇA, FOI DAÍ QUE DECIDI PROCURAR AJUDA COM UM PSIQUIATRA. NESSE MEIO TEMPO VOLTAMOS E CONVENCI ELE A SE TRATAR, ELE ACEITOU O TRATAMENTO E COMEÇOU A TOMAR O CARBOLÍTIO. NO COMEÇO ELE CHORAVA MUITO E DIZIA QUE NÃO IRIA CONSEGUIR LEVAR O TRATAMENTO ADIANTE, ENTROU EM DEPRESSÃO E SE ISOLOU DE TODOS, COMEÇOU A FALTAR AO TRABALHO SE QUEIXANDO DE ENXAQUECA FORTE, QUASE PERDEU O EMPREGO DEVIDO AS FALTAS, FOI DAÍ QUE ELE DECIDIU NOVAMENTE TERMINAR O NOSSO NAMORO ALEGANDO AS MESMAS COISAS, SENDO QUE EU ENGRAVIDEI DELE E HOJE ELE ESTÁ ENVOLVIDO COM OUTRA E TAMBEM ABANDONOU O TRATAMENTO, E FALA QUE VAI EMBORA DE CASA PRA MORAR SOZINHO, E VIVE DIZENDO QUE ESSA VAI SER A OPORTUNIDADE DELE FAZER O QUE TANTO QUER, QUE É O SUICIDIO. QUE DEVO FAZER? DEIXO ELE IR EMBORA, POIS ESTOU GRÁVIDA E NÃO O ACEITO, SABENDO QUE TEM OUTRA…

    • Equipe Abrata 27 de novembro de 2014 às 21:38 - Responder

      Prezada Thy

      De acordo com o seu relato, parece que ele ainda apresenta sintomas da doença e ainda abandonou a medicação. Manter a consulta mensal com o psiquiatra é fundamental para o bom resultado do tratamento. Sem a medicação os sintomas da doença retornam e vc pouco pode fazer para ajudá-lo, a não incentivando-o a procurar o psiquiatra e se tratar. Mas, saiba, que o seu namorado é o responsável por ele e pelo cuidados com ele mesmo. Vc já pensou na possibilidade de cuidar de vc? Procurar a ajuda com um psicólogo. Vc está está passando por um momento muito delicado em sua vida que é a gravidez e a futura chegada do seu bebe e a maternidade. Vc precisa estar com saúde, fortalecida para futuramente cuidar do seu/a filho/a. Reflita sobre isso!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  28. Fernanda 1 de dezembro de 2014 às 20:11 - Responder

    olá,
    Meu nome é Fernanda e sou casada a 4 anos com uma pessoa que tem TB, mas que não quer fazer o tratamento e nesses 4 anos tem sido de idas e vindas, descobri alguns dias duas traições em menos de 1 semana ele nega até a morte mesmo tendo mensagens comprovando ele diz que me ama e que não quer se separar de mim, mas dias depois diz que é melhor assim que eu só sei expulgar suas amizades e ele está na fase de se sentir o máximo, o mais bonito o mais interessante e diz que só gosta de fazer amizade, mas agora que estamos separados faz de tudo para voltar comigo entra em depressão diz que quer ter um filho, mas eu sei se eu aceitar ele novamente. Ele vai continuar me traíndo, pois com isso ele se sente o maxímo o que faço traições são comuns em caso de bipolaridades ele me diz que são apenas amigas, daqui a pouco diz que elas não prestam que querem acabar com o nosso casamento e minutos depois diz que eu estou afastando ele das amigas que até então conheceu em menos de 2 meses e que me traiu com elas a minha dúvida é isso é uma caracterista da TB ou isso é desvio de carater?
    abraços,
    Fernanda

    • Equipe Abrata 10 de dezembro de 2014 às 10:32 - Responder

      Prezada Fernanda

      O seu relato sugere que o seu marido está apresentando os sintomas de um episódio bipolar, provavelmente devido a falta de tratamento. Isto é, ausência de medicação, acompanhamento médico e sem rotina no dia a dia. Porém, entendemos o seu empenho em ajuda-lo. Mas Saiba que o principal interessado em se tratar tem que ser o próprio portador da doença. Sem tratamento a situação e os relacionamentos familiares tornam-se mais complexos. Não se cuidando ele poderá ser envolvido por situações de diversos prejuízos em sua vida pessoal, profissional, desde os financeiros até a perda dos relacionamentos sociais entre outras situações. Sem o tratamento adequado a pessoa evidencia os sintomas de um episódio de depressão ou mania/euforia, apresentando comportamentos inadequados, elevado humor ou extrema felicidade que é inadequada, grandiosidade sentido inflado de importância, comportamento imprudente ou julgamento pobre (temerário atos, hipersexualidade), alucinações e psicoses, entre outros sintomas.
      Se vc reside em SP, aproveitamos para convida-la para participar do Grupo de Apoio Mútuo para familiares. Eles acontecem na terça, quinta e sábados. São grupos constituídos por familiares cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções de forma solidária, dando apoio e conforto uns aos outros. Entre em contato por telefone e primeiro faça a sua inscrição para o Grupo de Acolhimento, Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      No site da ABRATA, vc encontrará o livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOAS COM TRANSTORNO BIPOLAR. Ele traz informações sobre a doença e divas de como lidar com o portador. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  29. Cori 10 de dezembro de 2014 às 15:24 - Responder

    Eu sou portadora do TB. Antes eu não fazia o tratamento correto, não ia ao psiquiatra.. enfim… fazia tudo errado. Eu tinha fazes em que ficava com vários homens na mesma semana, outras vezes eu me sentia a pior pessoa do mundo. Apenas depois que quase consegui tirar minha vida e ficar internada em uma clinica psiquiatrica, é que comecei a fazer o tratamento certinho. Hoje estou estabilizada e levo minha vida normalmente. Por isso que digo que o tratamento correto é a melhor opção. Infelizmente, a pessoa tem querer fazê-lo.
    Espero que dê tudo certo pra vcs!! bjos

    • Equipe Abrata 24 de dezembro de 2014 às 19:49 - Responder

      Prezada Cori

      Agradecemos o seu valoroso e corajoso depoimento. É muito importante que outras pessoas também portdoras do transtonro bipolar saibam que fazendo o tratamento é possível conseguir mais qualidade de vida e estabilidade apesar da doença.
      Grande Abraço
      Equipe ABRATA

  30. lucas 14 de dezembro de 2014 às 16:04 - Responder

    Estou com todos os sintomas desse transtorno, mas sempre me recuso a procura um psiquiatra, tenho medo de ser tratado diferente pelas pessoas por causa da doença. No começo do ano fui a um medico com sintomas de ansiedade e depresao, ele me receitou sertralina, senti uma melhora, mas depois q parei esta voltando de novo. Mas tambem acho q nao tenho a doença, pois tenho 20 anos e ja sofri muito durante minha vida,e tudo q acontece comigo pode ser consequência do q ja vivi na vida e vivo . Aff estou sofrendo muito nao sei exatamente oq acontece comigo sofro muito.

    • lucas 14 de dezembro de 2014 às 16:07 - Responder

      esses remédios para trata essas doenças estraga muito o corpo. eu nao quero isso pra mim. tenho um sonho de hipertrofiar meu corpo, coisa q o tratamento vai impedir.

      • Equipe Abrata 6 de janeiro de 2015 às 20:52 - Responder

        Caro Lucas

        O tratamento com o profissional especializado, o psiquiatra, é o caminho ideal para buscar a manutenção de uma qualidade de vida. Com s pesquisas atuais, as medicações promovem poucos efeitos colaterais e muitas vezes no início do tratamento, quando necessitam ainda fazer ajustes na medicação. Cuide-se, procure um médico da sua confiança, converse muito sobre a medicação, quais os resultados esperados, quais os prováveis efeitos colaterais. Aceitar que necessitamos da ajuda de médico é o primeiro caminho para uma vida mais saudável, com confiança. Já pensou em procurar um psicólogo? Reflita sobre essa possibilidade. Permita-se ser ajudado, apoiado por profissionais especializados que poderão compreender os sintomas que vc relata.
        Grande Abraço
        Equipe ABRATA

    • Equipe Abrata 24 de dezembro de 2014 às 20:18 - Responder

      Caro Lucas

      Primeiramente gostaríamos de lhe dizer que somos solidários com o seu sofrimento. Mas também gostaríamos de lhe dizer que sendo tão jovem não há necessidade de permanecer no sofrimento. Vc sabia que quanto mais cedo se tratar, buscar um apoio de um médico, mais fácil será se libertar dos sofrimentos e vir a ter uma vida adulta mais saudável e com mais qualidade. Vc mesmo relata que teve melhoras com a medicação. Porque parou de tomar os remédios se lhe fizeram bem? Reflita sobre isso. O médico é um profissional que estuda anos sobre as doenças com o objetivo de trazer ao seu paciente melhoras e bem estar. Se não aceita o diagnóstico da doença, converse com o seu médico sobre isso e pergunte a ele como chegou a esse diagnóstico. Não fique em dúvida, e nem com dúvidas! O médico está do seu lado, é o seu aliado, e deseja somente o seu bem estar.
      Lucas que tal procurar o apoio de um psicólogo? Ele poderá lhe ajudar a entender o que acontece com vc e como lindar com os sofrimentos da vida.
      Grande Abraço
      Equipe ABRATA

  31. lauea medeiros 26 de dezembro de 2014 às 18:08 - Responder

    Olá boa tarde sofro desse transtorno a 6 anos parei por um tempo e acabei tendo q voltar meu tratamento mas enfim…….
    estou tendo um relacionamento em que sinto muita desconfiança sei que ele mente pois ele porprio ja me confirmou isso mas minha cabeça nao para nao consigo ter confiança nele no que fala no que faz em nada sei que o amo mas minha confiança não me ajuda
    sou uma pessoa muito desconfiada desconfio de minha própria mãe as vzs penso q ela mesma poderá estar conspirando contra mim sei que isso não e de mim mas não consigo evitar não consigo olhar uma tv escutar uma música minha cabeça não para de pensar e sempre coisas ruins nunca boas em sentido de melhorias não consigo fazer nada ultimamente só na cama deitada sinto uma canseira sem tamanho não sei mais o que faco para melhorar principalmente essa minha desconfiança pois sei q faço mal a todos q estão a minha volta pq tenho crises de raiva e acabo machucando quem não quero gostaria de um esclarecimento uma ajuda
    desde ja agradeço a atençao

    • Equipe Abrata 6 de janeiro de 2015 às 21:53 - Responder

      Olá Lauea

      É essencial que vc não pare o seu tratamento, pq os sintomas da doença retornam e as vezes com mais força e com novos sintomas. A desconfiança que vc relata pode estar relacionada aos sintomas da própria doença, assim como o desânimo e o cansaço. Procure o seu médico, converse com ele sobre isso e observe se vc está tomando a medicação da forma que foi orientada.O apoio de uma psicóloga poderá ser de grande ajuda para vc aprender lidar com os comportamentos que lhe aflige, até mesmo a desconfiança que sente de todos. buscar uma qualidade de vida é fundamental para todos e relacionar-se confiando nas pessoas amadas e nos familiares contribuem muito para um vida mais plena e feliz. Cuide-se sempre!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  32. Rosangela Silva 10 de janeiro de 2015 às 12:55 - Responder

    Tive um relacionamento com um homem, que ao meu ver tem TB. Esse relacionamento durou quase nove anos, entre idas e vindas. Ele era extremamente ciumento e possessivo, não só comigo mas com a mulher que estivesse. Depois de muitos acontecimentos na vida dele que eu o ajudei muito, muitas coisas aconteceram, até então não morávamos junto, então fizemos união estável, moramos juntos durante um ano e quatro meses, mas tinha que ser do jeito dele, não podia contrariá-lo, minha filha veio com seu bebe morar comigo, e ele tinha ciume, dizia que estava atrapalhando nosso relacionamento, já que a atenção estava sendo dividida. Teve problemas em seu trabalho, resolveu construir uma casa no terreno que ganhou de herança, a principio queria que eu fosse e pedisse transferência do meu trabalho,até então estávamos casados, mas ele foi ficando diferente, então liguei para ele e pedi que decidisse, e por telefone ele falou: melhor nos separarmos, perguntei se era outra mulher e disse que não, apesar que soube por outros que ele estava saindo com outra, está atitude sempre é a mesma,então não dá certo e ele me procura, desta vez dissolvemos a união estável. Tenho todos os motivos para esquecê-lo e fico sempre querendo saber o porquê, porque perdi tanto anos com ele, porque eu não disse não quando ele vinha trás de mim, me deprimo com essa situação, horas fico preocupada com ele pois sempre eu tirava ele de situações difíceis, hora fio com raiva. Que faço?

    • Equipe Abrata 16 de janeiro de 2015 às 15:10 - Responder

      Prezada Rosangela

      Muitas vezes permanecemos em relacionamentos afetivos que infelizmente não temos a resposta imediata pq fiquei tanto tempo, pq não terminei mais cedo e infinitas perguntas mais. deixamos de fazer algo quando estamos preparados para isso! Assim é a vida para todos, e inclusive nos relacionamento afetivos. Vários fatores nos prendem a uma pessoa e a partir do momento que nos envolvemos emocionalmente, de alguma forma nos dedicamos a situação, a pessoa… O importante será, agora, cuidar de vc, se fortalecer e com o tempo as respostas as suas perguntas virão. Se for necessário peça ajuda a um profissional como o psicólogo para lhe apoiar e ajudar esclarecer as questões que lhe afligem.
      Quanto a doença do seu namorado, por mais que vc quisesse e tentou ajudar, antes de tudo ELE precisar querer se tratar, se cuidar e buscar uma vida mais saudável. Vc sozinha, sem o querer dele, não conseguirá.
      Abraços
      Equipe ABRATA

    • kelly 9 de fevereiro de 2015 às 04:00 - Responder

      Prezada Rosangela

      Eu também vivo exatamente está situação, estou casada com um bipolar, a vida e triste e complicada, muitos anos e varias brigas e discursoes pesadas, seu comentário me faz perceber que não e so comigo e me faz sentir um pouco melhor, estamos nos divorciando esta semana e tenho certeza de que ele virá novamente atras de mim, mas desta vez não vou me deixar levar pela pena que tenho dele por ser doente, vou pensar um pouco em mim, cuidar de mim, estou acabada, neste um ano de casamento meu desgaste emocional foi muito grande, achei que poderia cuidar dele, mas o que acontece é que esquecemos de nós mesmas.

      Grande abraço se quiser se comunicar comigo mande por e-mail
      cordejambocollection@yahoo.com.br

  33. Rosangela Silva 12 de janeiro de 2015 às 20:58 - Responder

    Preciso saber que mais tenho que fazer para obter resposta a minha pergunta acima

    • Equipe Abrata 13 de janeiro de 2015 às 14:29 - Responder

      Olá Rosangela
      vc se esqueceu de colocar a pergunta. por favor, reenvia.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  34. Claudia 20 de janeiro de 2015 às 17:30 - Responder

    Nossa toda vez que resolvo voltar a pesquisar sobre o assunto me deprimo. Meu namorado é bipolar, tem todas as características e todos que convivem com ele comentam. Aliás os mais próximos, porque os conhecidos so percebem o lado bom, porque o bipolar é extremamente prestativo, carinhoso, amigo e alegre para esconder o verdadeiro eu dos outros. Realmente tem mania de grandeza, passo por situações em que ele se diz o chefe e me faz dizer que ele é o chefe e que manda em tudo e todos, que é o mais inteligente etc. Me vejo em todas as situações citadas e também me pergunto por que me permito viver e passar por isso?! Fico na esperança de uma mudança, uma melhora, mas realmente sem acompanhamento não será possível. Passo por momentos em que eu sinto que eu preciso de ajuda. Assim como a Rosangela também me sinto iludida e enrolada toda vez que ele se afasta, tenta outros relacionamentos e volta dizendo que eu sou a mulher da vida dele. Tenho 3 filhos de 2 casamentos falidos. Ele faz rodízio para pegar no pé dos meus filhos no intuito de dizer que o relacionamento não tem como dar certo por causa deles. Meu objetivo é reestruturar minha família e morarmos todos juntos, porque instável como ele é, nem pensar em morar um em cada casa. Ou vai ou raxa! Até porque acredito na vida a 2 e não tenho como bancar a minha casa e ainda contribuir na dele. Pra mim não é vida. Faz 3 meses que estamos vivendo um isolamento, não convivo com meus amigos e nem ele com os dele. Ele tem momentos de rebeldia e irritabilidade por se permitir deixar de fazer as coisas para estar comigo, por opção própria. Deixei de fazer o que gosto e de ser eu mesma para evitar incomodação. O tratamento que ele tem comigo é o mesmo que ele tem com a própria família. Me passa uma sensação de falta de afetividade e vínculo, mas momentâneo, pois ele está sempre na volta da família, mesmo que seja para infernizar kkkk Usa palavrões para se dirigir a nós como se fossem palavras de carinho, da apelidos que nos diminuem como pessoas e do nada se irrita, chega a se babar de raiva depois passa e não entende porque as pessoas ficam tristes com o que ele fala. Se justifica dizendo que está ensinando kkkk Apesar de tudo é carinhoso e faz parecer que não mente kkkk Outra característica é falar muito mal dos amigos e fazer questão de falar sobre todas as aventuras amorosas que teve na vida…. Não sei até quando vou aguentar…. Ele já foi casado e a ex conseguiu fazer com que ele procurasse ajuda, porém se deu alta kkkk E como é muito querido por todos e não falta mulher para ele o problema são os outros. Ah percebi que ele tem pelo menos uns 4 grupos de amigos diferentes e ele da um tempo de cada um, as pessoas esquecem o que ele fez de ruim e voltam a procurar kkkk SOCORRROOOOOOO Para piorar acho ele muito manipulador e eu uma idiota!

    • Equipe Abrata 13 de fevereiro de 2015 às 09:00 - Responder

      Prezada Claudia

      Quando uma pessoa recebe o diagnóstico de transtorno bipolar é fundamental que ela faça o acompanhamento com o psiquiatra, tome a medicação prescrita diariamente e todos os dias, além de manter uma rotina no dia a dia, como horário para dormir e alimentar-se. Sem estes princípios básico o portador passa a ter uma vida atribulada apresentando os sintomas da doença. O seu namorado necessita seguir estes passos. Que tal tentar um pessoa que ele confia para conversar com ele para retornar ao tratamento. Sem o tratamento a vida com a doença mental torna-se penosa apra o portador e a família, trazendo muitos sofrimentos para todos.
      Vale ressaltar ue o principal responsável pelos cuidados com a saúde é o seu namorado. Vc poderá apoiá-lo nos tratamentos, desde que ele aceite que tem uma doença grave, crônica e que terá que cuidar sempre! Precisa querer se cuidar, ser responsável pela sua doença. Vc, sozinha, sem a vontade dele, pouco ou nada poderá fazer se ele não aceitar que tem uma doença séria e fazer o tratamento adequado.
      Procure se cuidar, busque o apoio de um psicólogo e se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h, a partir do dia 12 de janeiro.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Abraços
      Equipe ABRATA

  35. Sr Silva 10 de fevereiro de 2015 às 11:13 - Responder

    Bom dia! A minha situação é a seguinte, eu estou em um relacionamento de um ano e quatro meses com uma pessoa que apresenta diagnóstico de transtorno bipolar. logo no começo do relacionamento, devido as alternâncias de humor eu logo imaginei que se tratasse disso, ela é uma pessoa maravilhosa, carinhosa, tem um coração imenso, mas de uma hora pra outra isso muda, ela fica irritada com tudo, se explode facilmente, fala coisas que depois se arrepende e quem sofre mais com isso e a família, especialmente a mãe e eu, o namorado no caso. isso se alterna constantemente, um dia ela ta uma maravilha e outro já vem a crise, mas sei que mesmo quando está em crise jamais faria mal a alguém ou a si própria. eu consigo entende-la melhor porque já venho de um histórico, minha mãe tinha o mesmo problema e basicamente as mesmas características que ela, a única diferença que reparei que ela tem uma mudança com mais frequência que minha mãe tinha. hoje minha mãe não está mais entre nós, mais o falecimento não tem nada aver com a doença. eu quero pode ajuda-la, pois sou apaixonado por essa garota e ela é uma das pessoas mais fantásticas que conheci, eu sei que Deus me colocou no caminho dela, pois eu consigo compreender o que ela passa, pois dificilmente outras pessoas consegue suportar, como já aconteceu em relacionamentos anteriores, só que não sei que fazer pra ajuda-la pois a família sempre viu algo errado mas nunca tomou providências e eu sei que se for falar com ela, a primeira coisa que vai pensar que estou chamando de “maluca” e vai recusar tratamento. Tem horas que dar vontade de largar tudo, mas meu amor é maior que qualquer problema e sei que Deus me colocou na vida dela pra cuidar e acho que sou eu consigo fazer ela ser uma pessoa melhor, só que o grande problema é que não sei por onde começar…. poderia me ajudar ?

    • Equipe Abrata 23 de fevereiro de 2015 às 00:27 - Responder

      Caro Sr Silva

      É essencial saber se a sua namorada está fazendo uso da medicação para o transtorno bipolar. E caso ela esteja fazendo uso dos remédios, é essencial retornar ao psiquiatra e verificar o que está acontecendo e provocando as alterações de humor da forma com descreve. Como a sua mãe também teve essa mesma doença vc deve saber sobre a importância de usar a medicação e manter um rotina de vida, como dormir no minimo 08hs por dia, alimentar-se bem e tomar as medicações no horário.
      O primeiro passo será agendar uma consulta com o psiquiatra e juntos conversarem sobre os sintomas que ela está apresentando.
      No site da ABRATA vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença ele traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx.
      Leia também os folhetos que estão disponíveis, eles trazem mais dicas sobre a doença.
      Caso vcs residam em SP, aproveitamos a oportunidade para participar das atividades da ABRATA. Primeiro no grupo de acolhimento e depois no grupo de apoio mútuo. São grupos constituídos por portadores de transtorno do humor e de familiares cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções de forma solidária, dando apoio e conforto uns aos outros. Ligue Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      Abraços
      Equipe ABRATA

      • Sr Silva 23 de fevereiro de 2015 às 09:46 - Responder

        Só que o maior problema é conseguir convence-la de quem tem esse problema e precisa de ajuda, ainda mais que eu sou o único que tenta ajuda-la, porque as outras pessoas sabem que as atitudes dela não é normal mas não fazem nada pra mudar isso. E no momento ela está no momento de crise e inclusive terminou até o relacionamento comigo, eu sinceramente não sei o que fazer eu gosto muito dela, quero ajuda-la mas cada dia que passa ta ficando mas difícil.

        • Equipe Abrata 29 de março de 2015 às 21:42 - Responder

          Sr Silva

          Seguem algumas sugestões:
          As dificuldades são maiores quando o paciente não aceita ser doente, e em caso extremos é necessário iniciar o tratamento contra a sua vontade. Com o passar do tempo, família e paciente aprendem a identificar os primeiros sinais de uma recaída, antes que ele perca o senso crítico. Isto é muito importante, porque a intervenção precoce possibilita abreviar e atenuar o novo episódio da doença. O paciente é a pessoa mais interessada na melhora e deve sempre se lembrar de que ele tem uma doença, mas não é um doente. Isto o torna co-responsável pelo sucesso do tratamento e estimula a participação ativa no processo terapêutico como um todo.

          É importante oferecer apoio, levá-la ao médico, conversar com o médico sobre outros medicamentos, sobre os efeitos colaterais e a possibilidade de ouvir uma segunda opinião.
          •Caso o paciente considere a ajuda uma interferência, lembrar que isto é um sintoma da doença e não uma rejeição.
          •Ficar atento a sinais de suicídio: desesperança, falta de sentido da vida, pensamentos de suicídio, ajeitar seus negócios. Falar com o médico.
          •Nas épocas de bem-estar de pacientes com manias freqüentes, estabelecer regras para sua segurança em caso de piora: reter cheques, cartões de crédito, chaves do carro. Planejar atividades antecipadamente para que não exceda.
          •Dividir o cuidado do paciente com outros membros da família.
          •Após a recuperação, a readaptação leva algum tempo. Não sobrecarregar, nem super proteger. Auxiliá-lo a fazer as coisas – não fazer pelo paciente.
          •Junto com o paciente aprender a diferenciar dias bons e ruins de euforia ou depressão.

          Abraços
          Equipe ABRATA

  36. Rosangela Silva 13 de fevereiro de 2015 às 21:26 - Responder

    Claudia Boa noite!!!!
    Estava lendo seu depoimento sobre seu namorado, tudo que você descreveu aconteceu comigo. Hoje estamos separados desde Novembro, por decisão dele como sempre, pois quando dá as crises, que acontece algo errado na vida dele, ele muda tudo, inclusive de mulher, não dá para fazer plano. Te aconselho procurar ajuda ou resolver de qualquer forma, pois me afetou psicologicamente mesmo não estando com ele e me sentindo mais livre, sinto um vazio,medo de ter outro relacionamento, e de repente ele volta e me procura, mesmo sabendo que não quero mais essa vida Sinto-me estranha, e acredito que quanto mais convivermos nessa situação pior.Nossos filhos também sofrem, então penso será que vale a pena?

    • Equipe Abrata 16 de fevereiro de 2015 às 23:56 - Responder

      Olá Rosangela
      O tratamento do transtorno bipolar não é tão simples como gostaríamos que fosse! Necessita de muita dedicação pelo portador da doença, como seguir regras e rotinas no dia a dia, além de tomar a medicação todos os dias de acordo com as orientações médicas e ainda superar alguns efeitos colaterais. A medicação só começa fazer efeito depois de três a quatro semanas e muitas vezes necessita de ajustes, isto é mudança de dose, as vezes de remédio, até acertar de forma a trazer resultados.
      Saiba também quando portador da doença bipolar, não aceita que tem um doença grave e crônica o controle da doença fica bem mais difícil, complexa e estressante para todos: familiares e o próprio doente.
      Essa é uma doença que ainda não tem cura, ela pode ser controlada se a pessoa obedecer as regras do tratamento, aceitar que tem uma doença mental, cuidar da rotina diária, desde tomar os medicamentos, dormir bem, cerca de 08 horas por dia, se alimentar no horário, entre mais cuidados como fazer psicoterapia e atividades físicas. Não é tão simples! Exige também que o portador e os familiares busquem conhecimento sobre a doença.
      Lidar com a doença e com a pessoa que tem a doença, requer muita paciência, tolerância e ainda incentivar para tomar a medicação e o tratamento como um todo. Sugerimos que vc leia o artigo DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA? postado no site. Link: https://www.abrata.org.br/new/artigos.aspx
      Rosangela se desejar conhecer um pouco mais sobre como lidar com a pessoa com transtorno bipolar e poder apoiar os seus filhos neste processo de relacionamento com uma pessoa bipolar, sugerimos a leitura do livro GUIA PARA OS CUIDADORES DE PESSOAS COM TRANSTORNO BIPOLAR, que está disponível no site da ABRATA. https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Conte com a ABRATA!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  37. Deborah 1 de março de 2015 às 02:22 - Responder

    Olá, meu marido tem o transtorno bipolar. E, pelo que li, têm algumas características de outras pessoas com o mesmo transtorno, mas ele toma remédio, frequenta psiquiatra e psicólogo. O que me intriga é que mesmo com a medicação em dia, sempre está em crise, ultimamente eufórico, sempre consegue colocar a culpa de algo errado no nosso casamento em mim, é autoritário, às vezes agressivo, quebrou o dedo do meu pé com um cabo de vassoura, isso já têm uns dois anos, mas quando fica muito nervoso acabo indo para a casa da minha mãe. Estou pensando em me separar, sei que é uma patologia, deveria estar ao seu lado, mas por conta do temperamento agressivo não sei até quando vou aguentar. Estou muito cansada, é muito difícil, minha família e a dele apoiam a nossa separação.

    • Equipe Abrata 2 de março de 2015 às 16:25 - Responder

      Prezada Deborah

      Será que o seu marido está fazendo o tratamento da forma orientada pelo psiquiatra? Tomando as medicações, todos os dias, no mesmo horário, dormindo cerca de 08h diárias, que são comportamentos básicos para buscar a estabilização da doença. Se os sintomas da doença permanecem, isto é as crise acontecem mesmo com a medicação, é importante informar o psiquiatra sobre essa situação. Se o seu marido está fazendo uso correto da medicação, talvez o médico precise fazer um ajuste no tratamento medicamentoso.
      O transtorno bipolar é uma das doenças mentais mais comuns, afetando entre três a cinco por cento dos adultos em todo o mundo. Homens, mulheres e crianças, todos são afetados. Para a maioria, este problema manter-se-á durante muitos anos. Pode durar toda a vida, por vezes desaparecendo, outras vezes regressando meses ou mesmo anos
      mais tarde. Viver com a doença bipolar é difícil. Isto é tão verdade para os conjuges, familiares, como para as pessoas diagnosticadas com a doença.
      Sugerimos para vc a leitura do artigo DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA? Segue o link no site:https://www.abrata.org.br/new/artigos.aspx
      Desejamos a vc muita serenidade e paz nas tomadas de decisões.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  38. Adriana 1 de março de 2015 às 22:02 - Responder

    Quero parabenizá-los pelo site,estive lendo os caso aqui relatados e me identifiquei muito com o problema no qual tenho passado com meu marido.Tem dias que ele é muito gentil,amoroso,dedicado,mais do nada ele tem crises de irritação,começa a achar que minha familia tá contra ele,é uma coisa assim de dar medo mesmo.Já tentei dialogar com ele,pq já pesquizei muito sobre o comportamento e lendo aqui na ABRATA,agora tenho certeza mesmo que ele tem esse transtorno.Mais ele não aceita fazer,e pra piorar bebe todos os dias,e qdo fica alterado,fica muito estranho,fala coisas sem sentido,eu fico com medo,ele nunca me bateu,mais muitas vezes fica me xingando,e proferindo palavras ofensivas a meu respeito.E as vezes fala que quer morrer,que vai se matar,por besteiras,é só eu ou minha filha não darmos muita atenção a ele,que ele fala essas coisas.Não sei mais o que fazer,e sabendo a respeito do passado dele,sou a quinta esposa,isso toma peso qdo imagino o que elas passaram com ele,.Acho que vou desistir,cansei,cansei mesmo!Eu sei que não deveria fazer isso,pq o amo muito,mais isso que esse comportamento dele está afetando o meu emocional!

    • Equipe Abrata 2 de março de 2015 às 18:03 - Responder

      Olá Adriana
      Agradecemos os seus cumprimentos.
      De acordo com as pesquisas o transtorno bipolar é uma das doenças mentais mais comuns, afetando entre três a cinco por cento dos adultos em todo o mundo. Homens, mulheres e crianças, todos estão expostos. Para a maioria, este problema manter-se-á durante muitos anos. Pode durar toda a vida, por vezes desaparecendo, outras vezes regressando meses ou mesmo anos mais tarde.
      Viver com a doença bipolar é difícil. Isto é tão verdade para os cônjuges, amigos e familiares, como também para as pessoas diagnosticadas com a doença. A boa notícia é que logo que o transtorno bipolar seja diagnosticado, as consequências negativas poderão ser resolvidas e os sintomas da doença estabilizados. Existem tratamentos eficazes que conseguem controlar as intensas variações de humor. O que, por sua vez, permite que os doentes e as pessoas que os rodeiam comecem a recompor as suas vidas. Mas, vivenciar essa possibilidade somente para as pessoas que aceitam buscar consultar-se um psiquiatra, aceita fazer uso a medicação prescrita e seguir regras de vida diária. Quando o portador da doença, não aceita que tem uma doença mental, que ainda não tem cura, mas tratamento que a estabiliza, não procura o psiquiatra, de fato as relações familiares e sociais tornam-se muito difíceis e complicadas.
      Tomar medicação por tempo indefinido (mesmo quando a pessoa se encontra bem) pode ajudar a prevenir recorrências e reduzir hospitalizações e o risco de suicídio. A medicação também pode reduzir os sintomas se o paciente está em uma fase aguda da doença. Por essas razões, ela é considerada tratamento de primeira linha para o transtorno bipolar. Sem aceitar estas possibilidades de tratamento a convivência familiar torna-se muito difícil.
      Como cônjuge, você também precisa tomar conta de si própria, além do seu marido, caso contrário poderá sentir-se oprimida e completamente esgotada. Vc correrá o risco de se sentir deprimida e de desenvolver outros problemas de saúde. No entanto, não negligencie a própria saúde e bem-estar, poderá desenvolver problemas de saúde. Além disso, não será capaz de dar o seu apoio ao marido caso a sua saúde esteja comprometida.
      Tenha em mente que, apesar de oferecer apoio ao seu marido, a doença é dele e é da responsabilidade dele geri-la e aceitar buscar o tratamento. O transtorno bipolar é uma doença complexa que necessita de gestão contínua, e não se trata de algo que pode ser curado para sempre.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  39. Amanda 2 de março de 2015 às 22:07 - Responder

    Olá! Quero parabenizar todo trabalho desenvolvido para o apoio às pessoas com transtorno bipolar.Atualmente descobri que meu marido foi diagnosticado com essa doença mental, confesso que não fiquei surpreendia. Namoramos 2anos, casados a 3 anos onde sempre tivemos uma convivência tranquila ( ao contrário da maioria dos casos), sempre mostrando-se carinhoso, me passava segurança, um pai maravilhoso, enfim… Para mim tudo era perfeito, até que um dia (pela segunda vez), criou dívidas enormes , tornou-se uma pessoa fria e muito mais muito mentirosa,até que descobri que ele gastava dinheiro com prostitutas . Estou separada, sofrendo muito, à beira de uma depressão.A primeira vez que aconteceram os sintomas foi a dois anos atrás mas o médico deu o diagnóstico errado, fiquei ao lado dele o tempo todo, mas atualmente depois dessa traição cheguei ao meu limite…

    • Amanda 5 de março de 2015 às 14:25 - Responder

      Gostaria de saber quando terei resposta sobre esse comentário .

      • Equipe Abrata 9 de março de 2015 às 15:10 - Responder

        Amanda
        Desculpe-nos pela demora. Respondemos hoje.
        Abraços
        Equipe ABRATA

    • Equipe Abrata 9 de março de 2015 às 15:09 - Responder

      Prezada Amanda
      A sua história se parece com muitas outras que, recentemente, estamos recebendo. O importante é que vc está buscando mais informações e ajuda. Os sintomas que vc relata acerca do comportamento do seu marido sugerem sintomas dos transtorno bipolar, como a compra compulsiva e impulsividade sexual e comportamento de risco que acontecem com algumas pessoas. A traição independente de uma doença é algo muito difícil de lidar e provoca conflitos na vida de um casal, envolvendo uma doença, torna-e mais complexo e as emoções se misturam dificultando mais ainda a tomada de decisão. Provavelmente esses comportamentos inadequados ocorreram em função dele estar com os sintomas da doença por falta de tratamento adequado e sem uso de medicação. Veja, não estamos justificando ou protegendo ao seu marido, mas sim relatando possibilidades de situações que acontecem quando a pessoa com bipolaridade não faz o tratamento adequado, não toma a medicação e instala-se um episódio/crise. Vc não relata se ele está fazendo uso da medicação. Parece que não, tendo em vista estar manifestando alguns sintomas da doença. Saina que a estabilização da doença também refere-se a um estilo de vida saudável, que inclui sono regular, alimentação saudável. Evitar o álcool, drogas e comportamentos de risco. Outro fator importante para a estabilidade da doença é a consulta, as vezes mensal com o psiquiatra. O psiquiatra poderá avaliar se medicação está trazendo os resultados esperados, como também se a pessoa continua com alguns sintomas apesar de estar tomando a medicação e assim poderá fazer ajustes no tratamento.

      Amanda pra vc sugerimos a leitura do artigo DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA? que está no site da ABRATA. Acreditamos que poderá nortear a sua tomada de decisão. Link: https://www.abrata.org.br/new/artigos.aspx
      No site da ABRATA também tem um livro on-line de apoio aos familiares: Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Ele traz dicas de como lidar com a pessoa bipolar em diversas situações. Link https://www.abrata.org.br/site2022/?p=959&cpage=12#comment-5430
      Abraços
      Equipe ABRATA

  40. sonia 9 de março de 2015 às 01:58 - Responder

    boa noite!
    Lendo esta matéria percebo que meu namorado além de depressão ele também pode sofrer de bipolaridade, no caso dele ele ja toma anti depressivo, mas de uns dias para cá ele tem se sentindo incapaz de tudo estamos a 2 anos juntos. Na relação sexual ele anda com inibido, baixo e agora se sente incapaz de tudo hj terminou comigo dizendo que ele não tem cura e não quer que eu sofra mas que prefere sofrer agora do que mais tarde. Gostaria de saber se este comportamento seria normal ou por momentos de uma pessoa depressiva e se ele pode voltar atras do que ele falou? Qual maneira que poderia ajudá-lo? Me esqueci além disso ele é ex dependente químico e já tem 3 anos que esta limpo pode ser uma abstinência?

    • Equipe Abrata 9 de março de 2015 às 19:55 - Responder

      Olá Sonia

      De acordo com o que vc relata do seu namorado está com sintomas de depressão, isto é numa crise depressiva. É essencial ele procurar o médico e relatar como está se sentindo. Nisso vc poderá ajudá-lo, sugerindo agendar um consulta e quem sabe até agendar prá ele, acompanhá-lo, pq provavelmente ele não terá disposição para fazer, devido a depressão.
      nessa fase depressiva a pessoa perde toda disposição pra fazer qq atividade, inclusive alimentar-se, conversar, namorar, e até cuidar da higiene pessoal. Somente co o apoio de um psiquiatra e fazendo o tratamento a pessoa poderá recupera o ânimo pela vida.
      De acordo com o seu relato não parece ter relação com a questão da dependência química, depois de três anos que está limpo. Agora se ele tem ou não bipolaridade, somente o psiquiatra poderá dizer.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  41. JOSE R (CODINOME) 11 de março de 2015 às 14:20 - Responder

    Oi, tenho 27 anos e namoro uma moça de 33, logo no início do namora ela me disse ser bipolar, mas para mim isso nunca foi um problema pois sempre gostei muito dela,mas ultimamente nosso relacionamento esfriou ela não vem passando por um momento bom acabou saindo do emprego.
    Me declarei pra ela falando dos meus sentimentos pra ver se ela se sentia mais segura,mas ela me pediu um tempo dizendo que se sentia sufocada e que não queria me fazer sofrer dizendo que a culpa não é minha e sim dela,ela chorou bastante se dizendo doente. Será que eu não deveria tem exposto meus sentimento?
    O que devo fazer,respeitar esse tempo esperando a poeira abaixar e não procurar?
    Gostaria muito da ajuda de vocês,pois amo ela e não quero perde-la.

    • Equipe Abrata 29 de março de 2015 às 21:24 - Responder

      Caro Jose R

      Em algum momento da vida as relações importantes poderão ser frequentemente danificados ou tenso, como resultado da depressão ou doença bipolar. Mas também não quer dizer que um relacionamento afetivo com uma pessoa com transtorno bipolar não seja positivo ou saudável. A doença é de natureza recorrente. Repete-se de tempos em tempos, pode durar de semanas a anos, se não for tratada, ou desaparecer espontaneamente por algum tempo. Cada um dos episódios de depressão e de (hipo)mania pode melhorar por completo com medicamentos. Futuros episódios serão evitados através do controle da manutenção deste tratamento.
      Não é fácil viver com a doença bipolar. Esta exerce, frequentemente, uma pressão insuportável nos relacionamentos, que podem começar a desfazer-se e romperem-se.
      Se estiver no meio de um episódio maníaco ou depressivo, a pessoa pode não ter consciência dos danos que estão a ser provocados nas relações com os seus amigos e familiares. Cuidar de alguém com doença bipolar também pode colocar o relacionamento com amigos, colegas e familiares sob uma enorme pressão. Não existem respostas fáceis para nenhum destes problemas No entanto, existem algumas medidas práticas que pode tomar para tornar as coisas mais fáceis.
      José achamos importante fazer esclarecimentos acerca da doença para deixar bem evidente que a exposição que fez dos seus sentimentos para a sua namorada só podem ser positivos e não negativos, a declaração dos sentimentos não tem uma hora marcada, nem dia certo ou errado, elas acontecem em nossas vidas, principalmente se estamos com uma pessoa que nutrimos um afeto.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Traga sua namorada. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Abraços
      equipe ABRATA

  42. Rafael 12 de março de 2015 às 09:48 - Responder

    Olá, primeiramente gostaria de parabenizar a equipe por todo o suporte que da às pessoas que passam por isso e às pessoas que convivem com elas. Tenho um relacionamento, de mais de 10 anos, que envolve várias idas e vindas. Minha noiva foi diagnosticada com depressão a 6 anos atrás e faz tratamento desde então, mas não tem sido eficaz. Na última crise, estávamos muito bem até uma sexta-feira, fazendo planos de morarmos juntos e casarmos, porém, sem nenhum motivo aparente, já no sábado ela quis terminar tudo, disse que estava tudo ruim no relacionamento, que não via futuro entre a gente, etc., palavras que ela utilizou outras vezes que terminamos. Porém, das outras vezes, a gente sempre acabou voltando, seja uma semana depois, um mês depois ou alguns meses depois. Não tenho dúvidas de nossos sentimentos, mas gostaria de saber da opinião de vocês, e queria saber se o tratamento para depressão, caso o problema dela seja a bipolaridade e não a depressão em si, pode estar causando o aumento da reincidência das crises. Obrigado.

    • Equipe Abrata 29 de março de 2015 às 19:24 - Responder

      Prezado Rafael

      Em primeiro lugar, queremos agradecer o seu reconhecimento pelo nosso trabalho. É uma alegria saber que conseguimos realizar nossa missão de ajudar os portadores de transtornos de humor, bem como aos seus familiares e amigos, a terem mais esclarecimento, orientação e conforto nas suas questões.
      Com relação à questão que você levanta, de fato, se sua noiva for bipolar e estiver recebendo medicamentos para uma depressão unipolar, ela pode ter problemas e não conseguir se estabilizar. Isso ocorre porque o uso de medicamentos antidepressivos, principalmente sem associação a estabilizadores do humor, pode produzir instabilidade do humor, provocar o aparecimento de sintomas mistos e propiciar uma cronificação do quadro.
      Se existe esta suspeita, é imperativo colocar essa dúvida para o psiquiatra que faz o tratamento dela.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  43. Tatiana 13 de março de 2015 às 10:43 - Responder

    Bom dia,

    Gostaria de compartilhar minha história e se possível receber opiniões. Há dois anos conheci uma pessoa, a qual me sintonizei muito, tínhamos muitas semelhanças, gostos, conversas, pensamentos, princípios… Era exatamente o que eu sempre procurei. Seis meses depois ele me pediu em casamento, da maneira mais linda (apesar de não ser meu sonho), conversamos e resolvemos que casar seria “fazer planos”, neste mesmo tempo ele quis morar junto, eu fiquei em dúvida, mas por diversas casualidades acabamos morando junto e foi o início do inferno. A convivência me trouxe realmente a ideia de que ali naquela pessoa existia duas personalidades, uma que era um amor e a outra… Enfim, o que acontecia: do nada, num momento em que nada diferente acontecia, ele descarregava grosserias e informações das quais eu não conseguia entender, e só depois que eu percebia que eu realmente não tinha nada a ver com aquilo e estava recebendo pedradas a toa. Assim ele fazia e desfazia planos, era grosso, me fazia chorar, começava discussões sem nexo, e momentos após ou vinha pedir desculpas ou fingia que nada tinha acontecido, não se passava uma semana em tranquilidade. Até que seis meses depois ele terminou comigo, por um motivo que só existia na cabeça dele, mas que ele colocou a culpa em mim, assim também fez a viagem que tínhamos planejado, mas ele tinha cancelado, e foi sozinho. Se arrependeu em poucos dias, depois de algumas semanas voltamos. Mas não demorou muito para ver que os velhos “traços” não se apagaram. Ele entrou em um período depressivo, ele já havia me dito que tinha depressão, me mandado vídeos, até ai eu entendia, mas o comportamento agressivo realmente me machucava, eu procurei ajuda psicológica, pq não entendia, não conseguia colocar os pensamentos em ordem para poder fazer uma análise do que estava acontecendo ali, a minha terapeuta ajudou muito. Assim três meses depois terminamos, três meses depois fui estudar fora do país (ele já sabia disso e tinha até feito planos de ir junto)… Agora seis meses depois ele vem me dizer que ainda quer casar comigo, e me conta fatos da vida dele dos quais juntando com artigos como os que vcs postam, acho que ele tem sim um transtorno bipolar. Ele foi a um psiquiatra com especialidade em transtornos de humor, esta tomando Lítio… Eu fico chateada, pq talvez ele não assuma, ou talvez ele não soubesse… Talvez uma atitude de reconhecer este transtorno (tanto eu como ele) teria levado a um desfecho diferente. Desculpe o texto longo. Obrigado pela atenção.

    • Equipe Abrata 29 de março de 2015 às 20:20 - Responder

      Prezada Tatiana

      O transtorno bipolar é caracterizado por episódios de mudanças extremas e prejudicando no humor, energia, pensamento e comportamento. Os sintomas podem surgir ou de repente ou gradualmente durante a infância, adolescência ou idade adulta. A depressão e transtorno bipolar tendem a ser de natureza episódica. Estas doenças são tratáveis, mas ainda não podem ser curadas. O objetivo do tratamento deve ser para controlar a doença, diminuir a gravidade de episódios depressivos e maníacos e recidivas para manter um nível mínimo.
      O essencial é que a pessoa que recebeu o diagnóstico do transtorno bipolar faça corretamente o tratamento e mantenha um rotina de vida diárias, que são fundamentais para não ocorrer novas crises ou recaídas dos sintomas da doença. Infelizmente, alguns portadores não a aceitam que tem a doença ou não fazem o tratamento da forma que o médico orienta. Há muitas razões por que as pessoas que receberam o diagnóstico de TB evitam começar o tratamento para transtornos do humor. Infelizmente, ainda existe vergonha ou estigma em torno desses transtornos, mesmo que eles tenham uma causa biológica, assim como em pacientes com diabetes ou asma. Embora o público está gradualmente se tornando mais informado sobre a depressão e desordem bipolar, medo, preconceito e equívocos ainda existem e fazem algumas pessoas relutam em admitir que têm um transtorno de humor. Eles temem que as pessoas irão discriminá-los. Eles podem até acreditar que, se eles buscam tratamento são fracos de vontade, com defeito, ou até mesmo “louco”. Infelizmente, muitas pessoas com essas crenças incorretas preferem sofrer do que procurar tratamento. Algumas pessoas pensam que eles merecem se sentir mal, outro sinal de prejuízo no julgamento. Eles também podem se sentir culpado sobre as questões para as quais não são responsáveis. Outra razão que as pessoas evitem o tratamento tem a ver com os sentimentos e crenças que fazem parte da doença. Aqueles que se sentem horríveis, que estão sempre cansados e acredito que eles sempre vão se sentir mal não pode ter a energia para empurrar-se para obter ajuda.
      Há muitas maneiras que você pode apoiar o seu ex-namorado os outras pessoas com depressão e transtorno bipolar. Mais importante ainda, incentivá-lo a começar o tratamento e seguir as instruções do seu médico. Saiba tudo o que puder sobre a doença e seu tratamento, de modo que você pode ser tão favorável quanto possível. Saiba também que a pessoas pode sentir uma auto-estima tão baixa que é difícil para eles acreditarem que eles são importantes para ninguém. Você pode ter dificuldade de relacionar-se com ele, porque as pessoas com transtornos do humor nem sempre são fáceis de estar ao redor e pode mesmo rejeitar aqueles mais próximos a eles. Você não deve tomar isso pessoalmente, é apenas mais uma indicação de quão ruim eles se sentem a maior parte do tempo. Não tratá-lo como inválido, é importante para ele ser tão auto-suficiente quanto possível. Tranquilizá-lo de que o sucesso do seu tratamento só pode ter um efeito positivo sobre o seu futuro.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Tatiana se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  44. Vanda 22 de março de 2015 às 09:05 - Responder

    Conversando com meu marido essa noite sConversando com meu marido essa noite sobre “teimosia” cheguei a sua materia e acho que sou bipolar! Faço terapia e vou dizer a ela da minha suposta descoberta! Vamos là estou com algumas dividas!
    Conversavamos sobre o fato de eu sempre achar que tenho razão em tudo! Então fiquei pensativa e cheguei a uma conclusão, eu não acho que trnho razão por “birra” ou pelo simples fato de “ganhar o merito” quanto eu não concordo con alguem, por mais que no fim a pessoa me prove que eu errei! Enquanto discordo é muito real, tenho cenas em minha mente com cores cheiro e detalhes! Ex besta: Eu guardei um cartão no “automatico” e não me recordo disso de forma alguma! Então meu marido pergunta: onde esta o meu cartao que você guardou?
    Nessa hora em minha mente vem a imagem dele com o cartão na mao e guardando no bolso! Não sei se essa imagem era de outro dia e meu cerebro trocou ou se quer ela nunca existiu! Mas juro por tudo que a imagem existe, com detalhes, cores, dia e hora… E nessa hora me irrito muito com ele porque “obivio” ele não lembra desse momento mas eu tenho certeza e discutimos ! So me dei conta hoje que sou tao “teimosa” porque os fatos que acredito e brigo por eles sao muito reais…. Isso me preocupou e joguei algo no google p saber se existia um distirbio assim! Foi entao que achei seu site! Isso è possivel? Meu cerebro criar momentos para me dar razão? Realmente faria sentido minha teimosia, sou uma pessoa boa e sensata e me irrita muito passar por isso quase sempre! Me incomodo com minha teimosia e faço forca pars não discutir com mundo achando ter razão, mas ai lembro de todos os fatos da minha razão e não faz sentido eu nem tentar convencer o outro das minhad razoes uma vez que tengo detalhadamente em minha mente! Se isso for mesmo essa disfunção tem oque eu fazer para melhorar? obre “teimosia” cheguei a sua materia e acho que sou bipolar! Faço terapia e vou dizer a ela da minha suposta descoberta! Vamos là estou com algumas dividas!
    Conversavamos sobre o fato de eu sempre achar que tenho razão em tudo! Então fiquei pensativa e cheguei a uma conclusão, eu não acho que trnho razão por “birra” ou pelo simples fato de “ganhar o merito” quanto eu não concordo con alguem, por mais que no fim a pessoa me prove que eu errei! Enquanto discordo é muito real, tenho cenas em minha mente com cores cheiro e detalhes! Ex besta: Eu guardei um cartão no “automatico” e não me recordo disso de forma alguma! Então meu marido pergunta: onde esta o meu cartao que você guardou?
    Nessa hora em minha mente vem a imagem dele com o cartão na mao e guardando no bolso! Não sei se essa imagem era de outro dia e meu cerebro trocou ou se quer ela nunca existiu! Mas juro por tudo que a imagem existe, com detalhes, cores, dia e hora… E nessa hora me irrito muito com ele porque “obivio” ele não lembra desse momento mas eu tenho certeza e discutimos ! So me dei conta hoje que sou tao “teimosa” porque os fatos que acredito e brigo por eles sao muito reais…. Isso me preocupou e joguei algo no google p saber se existia um distirbio assim! Foi entao que achei seu site! Isso è possivel? Meu cerebro criar momentos para me dar razão? Realmente faria sentido minha teimosia, sou uma pessoa boa e sensata e me irrita muito passar por isso quase sempre! Me incomodo com minha teimosia e faço forca pars não discutir com mundo achando ter razão, mas ai lembro de todos os fatos da minha razão e não faz sentido eu nem tentar convencer o outro das minhad razoes uma vez que tengo detalhadamente em minha mente! Se isso for mesmo essa disfunção tem oque eu fazer para melhorar?

    • Equipe Abrata 29 de março de 2015 às 20:54 - Responder

      Prezada Vanda

      Parece que vc tem uma clareza muito grande do que ocorre com vc e isso é em grande parte essencial para buscar uma ajuda, assim como está fazendo em buscar a ABRATA. Sugerimos que vc procure o mais breve um psiquiatra para juntos buscarem o diagnóstico do que acontece com vc, se vc apresenta ou não os sintomas de uma doença mental e se precisa de tratamento medicamentoso. Em caso de uma diagnóstico de depressão ou transtorno bipolar o objetivo do tratamento deve ser para controlar a doença, diminuir a gravidade de episódios depressivos e maníacos e recidivas para manter um nível de qualidade de vida sem os sintomas da doença.
      procure o psiquiatra e fale sobre os sintomas que vc sente, as “teimosias”, o mau humor, e o seu desejo de buscar novos caminhos para a sua vida, mais qualidade de vida, mesmo que seja através de um tratamento.
      Conte sempre com a ABRATA
      Abraços
      Equipe ABRATA

  45. Michelle 30 de março de 2015 às 14:28 - Responder

    Nossa, é incrível como encontro todos os sintomas do meu marido nesta matéria, ele já foi diagnosticado por um psiquiatra e iniciou o tratamento a uma semana.
    E de fato hoje ele é uma pessoa fria, muito diferente de quem ele era antigamente, sempre carinhoso, atencioso e presente. Hoje ele me culpa por qualquer problema e na maioria causados por ele mesmo, não há como rebater, sempre com muitos argumentos e convícto de sua certeza, já me pediu divórcio, e por enquanto estamos ‘juntos’ porém separados na mesma casa.
    Gostaria de saber se com o decorrer das medicações se a clareza dos fatos, das próprias atitudes ficarão claras para ele, pois é bem complicado o convencer de qualquer erro e até mesmo fazê-lo entender que a separação não irá resolver os problemas pois são causados por ele mesmo.

    • Equipe Abrata 8 de abril de 2015 às 14:58 - Responder

      Olá Michele

      Respondemos a vc na mensagem anterior.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  46. Aline 1 de abril de 2015 às 16:29 - Responder

    Olá, boa tarde! Que bom encontrar esse site, ler os depoimentos e perceber que não estou sozinho nesse universo, que até ontem era desconhecido pra mim.
    Namorei 04 anos com um cara maravilhoso! Há dois anos terminamos por um motivo extremamente idiota, e eu me senti muito culpada, achando que eu havia dado causa ao término. Passados uns meses voltamos, mas depois de muita dor e sofrimento. Ficamos bem por um tempo e exatamente dois anos depois, novamente terminamos (incrivel, na mesma semana de janeiro..a primeira em 2013 e a outra agora). Só que dessa vez foi muito mais intenso. O motivo da briga foi mais idiota ainda e ele sumiu no mundo!!! Rompeu com a família, foi pra outra cidade, fez gastos absurdos, se envolveu com outras mulheres… Não tem um pensamento linear, cada hora está de um jeito e não aceita que ninguém sequer sugira que ele precisa de ajuda. Se afastou dos amigos e não quer nem ouvir falar de mim… que simplesmente fiz tudo pelo relacionamento. Fez uma viagem para longe a disse pra família que não vai mais voltar, que quer viver uma nova vida, que conheceu outra pessoa e mudou os valores. Sério, é outra pessoa.. às vezes acho que o homem que tanto amei morreu. Que nunca mais ele vai voltar. É uma dor desesperadora a que sinto. Todos me falam que ele não vale nada, que é um imaturo e cafajeste… MAs eu sei que é essa “condição”… O que me dói, é que no fundo ele sabe que tá causando dor na família, em mim, e simplesmente não se importa. Ele é uma bomba relógio e infelizmente tá devastando a minha vida e a da família dele. Por favor, alguém me ajude a lidar com isso. Não sou de SP, tenho tentado achar grupos de apoio na internet… se souberem de alguma coisa que possa ajudar, eu faço qq coisa. Já fui a duas terapeutas diferentes, mas nenhuma tem um conhecimento aprofundado do assunto e elas querem tratar somente a mim, como se eu pudesse simplesmente esquecer que ele existe…

    • Equipe Abrata 8 de abril de 2015 às 16:04 - Responder

      Prezada Aline

      Sugerimos que busque o apoio de um psicólogo para ajudar-la a viver essa perda. No momento, há necessidade mesmo de cuidar de vc, dos seus sentimentos pra vc dar continuidade em sua vida e não dos sentimentos ou razões que levaram o seu ex-namorado, que por motivo de doença ou por escolha pessoal, ou qualquer outra razão, decidiu dar novos rumos em sua vida. De acordo com seu relato parece que está batalhando sozinha para manter esse relacionamento. Siga com a sua vida pessoa, busque novas oportunidades e principalmente busque um apoio terapêutico prá vc. Quando ao seu namorado, caso ele tenha alguma doença mental, somente ele poderá tomar a decisão de buscar um profissional especializado e se cuidar.
      Abraços
      equipe ABRATA

  47. Aline 9 de abril de 2015 às 16:11 - Responder

    Hehe, realmente relendo o que eu escrevi sugere que ele simplesmente cansou do relacionamento e eu daria tudo pra que fosse só isso.
    Esse fds ele me ligou completamente transtornado de outra cidade, falando coisas disconectas, dizendo q me amava, que queria um filho… daí de repente brigava, me acusava, falava mal dos outros… e eu sendo paciente, pq ele ameaçava nunca mais voltar, sair perambulando sem rumo ou se jogar da varanda.
    Ele voltou pra cidade, mas não quis ficar em casa e ng sabe do seu paradeiro, mas pelo menos ele dá notícias dizendo que está bem. Ele só me procurou um dia desde que voltou, pedindo pra que eu o buscasse na casa dos pais, estava muito agitado. Como eu não sabia o que fazer, só fui ver como ele estava, mas não o levei pra casa, pq era claro que ele estava em surto.
    Agradeço muito o auxílio, acho que a única coisa que posso fazer é esperar ele pedir ajuda mesmo. Vocês acham a internação compulsória uma solução válida? Imagino que ele não nos perdoaria…
    Ah, ele bebe muito, usa maconha, não dorme por dias seguidos…

    • Equipe Abrata 19 de abril de 2015 às 21:23 - Responder

      Olá Aline

      Infelizmente a combinação do álcool, droga e doença mental é muito complexo, trazendo mais dificuldade, problemas de saúde para a pessoa, no tratamento e naturalmente nas relações com os familiares e outras pessoas do seu convívio.
      Em caso de uma situação que o portador da doença pÕe em risco a sua vida e a vida de terceiros, sim a família poderá conduzir para uma internação.
      Há três modalidades de internação: 1. internação voluntária: dá-se a pedido ou com o consentimento da própria pessoa com transtornos mentais; 2. internação involuntária: dá-se sem o seu consentimento, a pedido de terceiro; 3. internação compulsória: determinada pela Justiça.
      Mesmo quem vai voluntariamente para um estabelecimento é avaliado por um psiquiatra para saber se é a internação será autorizada , ou seja, nenhuma internação pode ser realizada sem um parecer médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. As clinica ou o hospital psiquiátrico possui o psiquiatra de plantão parra realizar a avaliação.
      As vezes o portador manifesta uma mágoa para com as pessoas que o internam, mas no decorrer do tratamento ele vai percebendo a melhora dos sintomas e essa mágoa vai reduzindo.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  48. Renato 21 de abril de 2015 às 05:25 - Responder

    Boa noite ! Pelo que li na matéria, desconfio que minha namorada também seja bipolar. Ela se comporta muito estranho, tendo crises existenciais, sempre ficando enjoada de tudo e de todos. Ela já terminou comigo umas 5 vezes, alegando não gostar mais de mim, e que estava decidida a seguir sozinha, e passando 1 mês e meio ela sempre pede pra voltar, alegando estar arrependida e sofrendo muito. Não sei mais o que fazer porque está ficando cada vez pior. Ela é realmente bipolar ? E se ela for, como faço pra convencê-la a se tratar ?

    • Equipe Abrata 23 de abril de 2015 às 14:00 - Responder

      Caro Renato

      Considerando o seu relato, parece que a sua namorada possa estar passando por uma alteração do humor. Neste momento será muito bom, sugerir a ela uma consulta com um psiquiatra para buscar um diagnóstico. Somente ele, o psiquiatra, poderá dizer se a sua namorada apresenta ou não os sintomas do transtorno bipolar. Para algumas pessoas o diagnóstico de doença bipolar oferece uma explicação bem-vinda para a forma como se têm sentido, para esclarecer os momentos de conflitos, angústias e depressão e as tomadas de decisões intempestivas. Para outras pessoas poder ser um golpe terrível, e por isso resistem procurar o médico e esclarecer as alterações de humor. Muitas outras têm um misto de sentimentos. Converse com ela que existe um lado positivo, com um diagnóstico, com a explicação do psiquiatra, os conflitos do dia a poderão reduzir, é que estará numa posição muito melhor para receber o tratamento mais adequado para a doença, se for o caso, de modo a ajudar a reduzir e a aliviar os seus sintomas.
      Sem dúvida que isto deverá melhorar incomensuravelmente a sua vida. E, por outro lado, confirmando o diagnóstico de um transtorno mental, tem de conformar-se com o fato de que tem uma doença mental crônica. Isto é, indiscutivelmente, um desafio. Mas com a ajuda e apoio da família e orientação certas, é um desafio que pode ser superado.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  49. Juliana 24 de abril de 2015 às 09:54 - Responder

    Meu pai ele tinha um disturbio diagnosticado pelo medico, o que gerava transtornos bipolares e ele tambem bebia muita bebida alcoolica. Tenho 18 anos. Eu ainda nao fui ao medico neurologista ou psiquiatra (detesto bebidas alcoolicas). Mas eu sou uma pessoa emocionalmente muito instavel. Me irrito facilmente (principalmente com eu irmao) e as vezes me isolo no quarto ouvindo musica.

    • Equipe Abrata 8 de maio de 2015 às 13:39 - Responder

      Cara Juliana
      O fato de vc ter um familiar com diagnóstico de transtorno bipolar, não quer dizer necessariamente que vc também terá. Porém, os estudos evidenciam que há uma predisposição genética para os descendentes, em poderá ou não se manifestar. Como vc é ainda muito jovem, mas evidencia uma preocupação que tal procurar uma psiquiatra para uma consulta e esclarecimentos. As suas reações sugerem também questões da sua própria faixa etária e relações entre irmãos. Mas estar atenta e se prevenir, sempre é bom, nunca é demais.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  50. João Paulo 26 de abril de 2015 às 11:54 - Responder

    Acho que eu sou bipolar. Já li muito sobre o assunto, e além disso minha irmã tem diagnóstico positivo. Tivemos uma infância muito violenta com meu pai. Sou separado a uns 3 e meio, mas não consigo me desvincular da mãe de meus filhos. Fui eu quem quiz a separação. Na realidade, já nos separamos e voltamos umas três vezes. Só que dessa vez foi mais longa. Além disso, comecei (pelo menos eu tento) um relacionamento com uma amiga da faculdade. Me sinto em paz perto dela. Mas estamos sofrendo muito devido minhas depressões e oscilações de humor, sentimento de culpa pela ausência com meus filhos, por ter deixado a mãe deles que também não aceita a separação. Agora, estou afastado da minha namorada e fiz uma promessa de volta pra ex, pelos filhos, que acho que não conseguirei cumprir. Preciso de ajuda.

    • Equipe Abrata 8 de maio de 2015 às 20:46 - Responder

      Olá João Paulo

      Se vc está preocupado com a possibilidade de ser uma pessoa com transtorno bipolar, sugerimos que procure um psiquiatra para uma consulta. Nada melhor do usar o recurso da prevenção. Vc cita a depressão sugerindo que já recebi esse diagnóstico. Neste caso será muito importante também procurara o psiquiatra, quem sabe com o apoio de uma medicação a intensidade da depressão seja reduzida e ocorra a remissão. Quanto ao histórico da separação, dificuldade de relacionar-se com uma nova namorada ou mesmo o sentimento de culpa em relação ao filhos, também seria importante buscar o apoio de um psicoterapeuta para ajuda-lo a clarificar os sentimentos e os dilemas que a vida nos traz.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  51. Helena Borges 27 de abril de 2015 às 15:38 - Responder

    Olá, foi muito bom ler esse artigo.
    Meu noivo chegou na minha vida cheio de amor, quis logo me apresentar à família.
    Era amoroso, atencioso, fazíamos planos.
    Ano passado ele entrou num cargo de diretoria da equipe de corrida que .
    frequenta. Só fala nisso …
    Ele corre desde os 15 anos e é bitola do nisso. Tem um emprego na firma da família. E seu interesse é realmente a corrida e as viagens que faz para as maratonas.
    Nosso aniversario de namoro foi um fiasco pois havia uma prova televisionada.
    Ele foi assistir na casa dele … Dizendo que wu sei de sua paixão pela corrida. Frio e distante.
    Ultimamente não me encosta mais, e dormimos em quartos separados porque ele não dorme. Liga a TV com volume alto e quando acordo ele está no computador vendo passagens para a próxima maratona.
    Alguns meses atrás comentei do meu aniversario de 30 anos. Que meu presente seria uma viagem a dois.
    E ele falou das maratonas. Eu disse que não faço 30 anos todos os anos.
    Ele não toca no assunto. Faço aniversário agora em maio. E só o vejo procurando passagens para viajar com os amigos e só fala disso.
    Fora isso, não levanta do sofá, não conversa, não quer sair de casa e se diz gordo porque ganhou 2 quilos. Ele é magro!
    Tudo que eu falo e faço está errado, ele me evita de todas as formas mas quer que eu esteja sempre por perto.
    Essa semana terminamos porque eu não aguentei mais tanta indiferença e falta de consideração.
    Ele não atendeu meus telefonemas quando notou que eu não aceitaria mais ser rejeitada dessa forma.
    Fez sua família me cortar das redes sociais, porque eu mencionei que seria melhor eu tirar meus pertences da casa dele, afinal estava claro que ele não me inclui na vida dele e nem carinho sente mais por mim.
    Isso foi por e-mail, pois ele não fala comigo.
    Só respondeu que concorda com minhas colocações e que vai deixar meus pertences no meu prédio.
    Se recusa a falar comigo e não sei dele há alguns dias. É a segunda vez que ele age assim, mas dessa vez incluiu a família.
    Em momento algum ele conversou comigo e sei que essa semana ele tem reunião na diretoria do esporte.
    Ele fica obcecado e não fala de outra coisa. Tudo que eu falo para fazermos ele trata como um aborrecimento, pois não pratico corrida … Jamais o impedi, sempre incentivei.
    Conversei com uma amiga dele de infância, psicóloga, que me falou da bipolaridade dele. E que eu me aproximei demais dos fracassos dele. Que ele faz isso com as namoradas, se apaixona, ou se diz apaixonado, começa uma vida e não consegue ir adiante na hora de tomar um passo mais sério.
    Ele tem 43 anos e seus pais têm cargos de destaque na cidade. Ele é inseguro, mas conviver com essa frieza atual é insuperável. É como se eu fosse um saco de pancadas.

    • Equipe Abrata 8 de maio de 2015 às 21:02 - Responder

      Prezada Helena

      Tendo em vista que vc sugere que o seu namorado é portador do transtorno bipolar e, ainda considerando o seu relato, parece que ele está vivenciando períodos de oscilação do humor, sugerindo também a manifestação de comportamentos obsessivos. Comportamentos característicos da doença, quando a pessoa não faz um tratamento adequado ou o faz de forma irregular. Para estabelecer um humor mais estável, no caso da pessoa bipolar, é importante o uso da medicação, consultas periódicas e medidas de vida saudável, como alimentar-se bem, sono no minimo de 08 horas, além de uma vida de rotinas. Vale ressaltar que neste quadro relatado, vc tem pouco a fazer ou nada a fazer. Para buscar um tratamento ou mesmo manter um tratamento depende exclusivamente dele, que é uma pessoa adulta ou mesmo do desejo da família em sugerir e estimular o tratamento com um profissional especializado e parece que estas situações estão descartadas. Cuide de vc muito bem.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  52. Jane esteves 29 de abril de 2015 às 10:38 - Responder

    Olá bom dia! me chamo jane. Sofro de TB e gostaria se vcs tem algum grupo de apoio aki no Rio de Janeiro??? tenho muita vontade de ir e acho que seria bom pra mim e pra toda minha Família.
    Agradeço!

    • Equipe Abrata 29 de abril de 2015 às 23:52 - Responder

      Olá Jane

      No RJ indicamos o GABrio – Grupo Afetivo Bipolar Rio – Local: Rio de Janeiro.
      Esse grupo é dedicado a portadores, pais, familiares e amigos, profissionais das áreas de saúde e a todos que se interessarem em saber mais sobre o Transtorno de Humor Bipolar. Mais informações: (21) 2576- 5198
      Av 28 de Setembro, 389 – Sétimo Andar – Auditório. Ed. Vila Trade Center –
      Vila Isabel – RJ
      Abraços
      Equipe ABRATA

  53. Sabrina Andrades 4 de maio de 2015 às 01:31 - Responder

    Boa noite,
    primeiramente agradeço a publicação deste artigo, pois contribuiu muito para o conhecimento sobre transtorno bipolar.Gostaria de tirar uma dúvida, me relaciono com uma pessoa que foi diagnosticado com este transtorno a bastante tempo…ele já deu inicio a vários tratamentos,porém faz uso da cocaína,acredito que isto deve “tirar” o efeito da medicação correto?Neste momento ele não esta tomando nenhuma medicação, pois disse que não tomará mais nenhum tipo de remédio e não acredita que vá ajuda-lo em nada, pois já fez vários tratamentos e desistiu!Já tivemos muitas separações em função destes problemas…eu sofro muito com isto.O que posso fazer para ajuda-lo?As vezes ele se afasta de mim….e some por dias sem atender ligações isto tem haver com o transtorno de humor?

    • Equipe Abrata 20 de maio de 2015 às 22:38 - Responder

      Prezada Sabrina

      O abuso de drogas somente contribuirá agravar os sintomas do transtorno bipolar assim como promover novas crises. A droga potencializa os efeitos da medicação. É comum acontecer de uma pessoa que esteja sofrendo com sintomas de um funcionamento mental alterado, procurar no álcool ou outras substâncias de abuso, alívio para seu desconforto, mas na realidade esse alívio não acontecerá. Uso, abuso e dependência de drogas devem ser reconhecidos e enfrentados, antes de tudo, pela pessoa acometida.
      É fundamental que um psiquiatra seja consultado e todas as informações devem ser fornecidas, do modo mais franco e aberto possível. Mesmo que uma pessoa acredite que o uso que faz de uma substância não seja prejudicial a sua saúde, isto deve ser discutido e esclarecido junto ao médico. Sem o apoio de um psiquiatra e o querer da pessoa de se cuidar, qq outra iniciativa da sua parte poderá lhe trazer mais frustrações e decepções. As drogas somente agravam e potencializam os sintomas de transtorno bipolar
      O portador do transtorno bipolar, no caso o seu namorado, é a pessoa mais interessada na sua melhora e deve sempre se lembrar de que ele tem uma doença, mas não é um doente. Isto o torna co-responsável pelo sucesso do tratamento e estimula a participação ativa no processo terapêutico como um todo. Mas, sem ele querer fazer um tratamento tanto para o abuso de drogas como também para o tratamento do transtorno bipolar, pouco ou quase nada vc poderá fazer para ajuda-lo. no momento, procure conduzi-lo para aceitar a procurar um psiquiatra e fazer o tratamento.
      Abraços
      EQUIPE ABRATA

  54. Ivan Giacomuzzi 13 de maio de 2015 às 22:16 - Responder

    Sou casado e minha mulher é bipolar desde a infância. Ela e minha sogra me contaram no início do nosso relacionamento, mas não contaram tudo…como por exemplo da gravidade à qual poderia chegar. Minha mulher tem crises pesadas, cuja frequencia vem aumentando ao longo dos últimos anos. Ela não procura tratamento e nem consigo falar no assunto. Gostaria muito de receber orientações de como lidar com as crises dela, pois as agressões verbais que ouço com relação a mim, à minha filha do primeiro casamento e à minha ex mulher na qual eu mesmo nem sequer penso, são demasiadamente pesadas. Um psiquiatra com quem ela se tratou no passado me falou que se não tratada esta doença caminha para a demência…e isso me preocupa. Além do que já expus, ela tem um aneurisma cerebral…o que me preocupa mais ainda em vistude do estresse constande a que ela mesma se expõe com as crises. Agradeço qual orientação. Grato.

    • Equipe Abrata 24 de maio de 2015 às 00:15 - Responder

      Prezado Ivan

      Sensibilizamos com o seu relato e sabemos que quando a pessoa portadora do transtorno bipolar recusa o tratamento a situação segue com diversas complicações e torna-se muito difícil para os familiares. Há muitas razões por que as pessoas evitem começar o tratamento para transtornos do humor. Infelizmente, ainda existe vergonha ou estigma em torno desses transtornos, mesmo que eles tenham uma causa biológica, assim como em pacientes com diabetes ou asma. Embora a sociedade está se tornando mais informada sobre a depressão e bipolaridade, o medo, o preconceito e equívocos ainda existem e fazem algumas pessoas relutarem em admitir que têm um transtorno de humor. Elas temem que as pessoas irão discriminá-las. Elas podem até acreditar que, se elas buscam tratamento serão vistos como fracos de vontade, com defeito, ou até mesmo “louco”. Infelizmente, muitas pessoas com essas crenças incorretas preferem sofrer do que procurar tratamento. Algumas pessoas pensam que elas merecem se sentir mal, outro sinal de prejuízo no julgamento. Eles também podem se sentir culpadas sobre as questões para as quais não são responsáveis. Outra razão que as pessoas evitem o tratamento tem a ver com os sentimentos e crenças que fazem parte da doença. E nestas situações as relações importantes são frequentemente danificadas ou tensas, como resultado da depressão ou doença bipolar. O mais importante ainda, será incentivá-la a começar o tratamento e seguir as instruções do seu médico. Procure conhecer tudo o que puder sobre a doença e seu tratamento, de modo que você pode ser tão favorável quanto possível.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Abraços
      Equipe ABRATA

  55. Luiz Augusto Ribeiro Pessoa 28 de maio de 2015 às 13:14 - Responder

    Boa tarde,meu nome é Luiz Augusto sou portador do transtorno bipolar e gostaria de uma indicação de um grupo de tratamento aqui no Recife Pernambuco…Desde já obrigado!

    • Equipe Abrata 1 de junho de 2015 às 22:21 - Responder

      Prezado Luiz Augusto

      Não localizamos um grupo de apoio a pessoa com transtorno bipolar em Recife. identificamos um grupo no CAPs. Porém não conhecemos, e será importante vc procurar conhecer e observar e avaliar as atividades oferecidas. Ou mesmo entrar em contato e solicitar informações de outro local de atendimento.
      Grupo de Familiares dos Usuários do CAPS Espaço Azul PCR
      E-mail: cerqueiraluiza@hotmail.com
      Fone: (81) 3232-4485
      Contato: Iesa Vilanova e Luiza A. de Cerqueira
      Abraços
      Equipe ABRATA

  56. cristina aquino 10 de junho de 2015 às 21:13 - Responder

    Sofro de transtorno bipolar. Tem um grupo de apoio aki em Aracaju?

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2015 às 16:26 - Responder

      Prezada Cristina

      Lamentamos, mas não localizamos grupos em sua cidade.
      Por favor, entre em contato co o CAPs – Centro de Apoio Psicossocial da sua cidade. Geralmente eles sabem informar sobre a existência de grupos de apoio.
      Abraços
      Equipe ABRATA.

  57. Cristiane 13 de junho de 2015 às 22:29 - Responder

    Boa noite, meu irmao tem 20 anos e tem transtorno bipolar. Já iniciou tratamento e após uns 5 meses abandonou. Agora está em fase de mania intensa por compra e acha que é normal e a família que está errada. Eu gostaria de saber se existe alguma clínica de internaçao para o caso, (de preferencia involuntária já que ele não aceita o problema) onde ele possa ser acompanhado pelo tempo necessário para se conhecer e compreender a necessidade da medicação para ter uma vida normal, ou seja, para que ele entenda o que tem e como lidar com isso.

    Muito obrigada…

    Cristiane

    • Equipe Abrata 28 de junho de 2015 às 20:51 - Responder

      Olá Cristiane

      A eficácia do tratamento está na manutenção dos medicamentos aliados a uma rotina de vida saudável, como horário para dormir. É extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e evitá-las fortalecerá o equilíbrio do seu irmão.
      Em Porto Alegre indicamos o Grupo de Apoio do Hospital das Clinicas. veja com eles a possibilidade de indicar um psiquiatra. Entre em contato: PORTO ALEGRE – GAPB (grupo de apoio aos parentes e pacientes bipolares), no Hospital de Clínicas de PORTO ALEGRE. A reunião será às terça, 19 horas na sala 160 (em frente ao Banco do Brasil). Não é necessário retirar senha, mas chegar 15 minutos antes do início. Reuniões mensais na terceira terça-feira, às 19 h – Sala 160, térreo
      Informações: http://gapb.wordpress.com/ Telefone: (51) 3359.8846
      Abraços
      Equipe ABRATA

  58. Nilton Lara Batista 6 de julho de 2015 às 11:22 - Responder

    Sou portador do transtorno bipolar, levo uma vida normal trabalho, estudo e faço as coisas normais; já fazem 3 anos que faço tratamento e os remédios são muito bons.
    Aos amigos que tem o mesmo problema procurem tratamento e verão que terão uma vida normal como qualquer outra pessoa.

    • Equipe Abrata 6 de julho de 2015 às 15:13 - Responder

      Caro Nilton
      este depoimentos são muito importantes para estimular outras pessoas que também tem a doença e não sabem como lidar. Jamais perder a esperança!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  59. alicell 25 de julho de 2015 às 15:27 - Responder

    Boa tarde! Quero parabenizar pelos e esclarecimentos. Meu esposo é diagnoticado bipolar há cerca de 6 anos, embora os sintomas já o acompanhavam há anos. muito difícil a situação para a familia. Já aconteceu de tudo de tudo até de gastar o ultimo centavo até´o ponto de ficarmos sem dinheiro pra alimentação, fora as dívidas, brigas e confusões, temos 25 anos de casados e um filho de 20, sofremos muito com isso tudo, hoje ele saiu de casa com todas as sus roupas, já não sei mais o que fazer para ajudá-lo pois ele nao aceita se tratar. Moro em Vitoria da Conquista na Bahia, aqui acho que não tem um centro de apoio as familias e aos pacientes com trastornos.

    • Equipe Abrata 17 de agosto de 2015 às 22:15 - Responder

      Prezada Alicel

      O seu relato sugere os comportamentos de uma pessoa está apresentando os sintomas da doença, isto é um episódio (crise). O essencial será ele aceitar que tem uma doença mental e que necessita fazer um tratamento de forma continuada, tomando as medicações todos os dias, sempre no mesmo horário.
      As dificuldades são maiores quando a pessoa não aceita ser doente, e em caso extremos é necessário iniciar o tratamento contra a sua vontade. Com o passar do tempo, família e paciente aprendem a identificar os primeiros sinais de uma recidiva, antes que ele perca o senso crítico. Isto é muito importante, porque a intervenção precoce possibilita abreviar e atenuar o novo episódio da doença e evitar os possíveis problemas dos comportamentos inadequados que acontecem durante os sintomas da doença.
      Também será importante para a família e para o portador compreenderem que a medicação somente fará efeito se seguir corretamente a orientação médica, ou seja, nas doses prescritas e sem esquecer de tomar. Entender as limitações e levar o sofrimento do deprimido a sério alivia muito. O paciente em euforia requer ao mesmo tempo firmeza e muita paciência da parte dos familiares. É difícil ficar lembrando que a pessoa está doente, fora de seu estado normal. Nem sempre a família consegue relevar as provocações, insultos ou agressões. O paciente precisa ser alertado sobre a inadequação de seu comportamento.
      O tratamento depende do objetivo a ser alcançado.
      Na fase aguda ele é dirigido para o controle do presente episódio. Na fase de manutenção tratamento visa prevenir ou atenuar futuros episódios. O tratamento é composto de medicamentos, orientação e psicoterapia.
      Devido aos sintomas de euforia, por exemplo, como falta de senso crítico, desinibição e hipersexualidade, energia e otimismo aumentado, a pessoa avalia a realidade de modo distorcido, achando sempre que tudo vai dar certo. A pessoa não consegue controlar os impulsos e irrita-se toda vez que alguém o contraria. Além de se endividar e provocar brigas, durante um episódio maníaco a pessoa pode vir a colocar em risco ou destruir seu casamento, perder o emprego e os amigos, abandonar os estudos, comprometer sua reputação e credibilidade ou arruinar-se financeiramente. O tratamento precoce ajuda a manter a estabilidade no casamento e no trabalho.
      No site da ABRATA vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  60. Jessica soares 4 de agosto de 2015 às 22:14 - Responder

    Meu namorado de 23 anos , tem 1 ano que fez o diagnóstico de transtorno bipolar , depois de 1 ano do primeiro episódio , há 1 mês ele teve outro episódio , compras compulsivas , sociável , saindo para todos os lugares , irritado com as pessoas apenas da família , os amigos são as melhores companhias p ele , ignorante , se tornou uma pessoa sem sentimento é arrependimento,o que eu não estou sabendo lidar e com a situação em relação a mulheres , fala com todos os contatos do face , até mesmo com mulheres que não conhece , primeira coisa que faz quando começa a crise e terminar o namoro . Está fazendo acompanhamento com psiquiatra , psicólogo e fazendo uso de depakene e quetiapina há 20 dias e ainda não ouve melhora da euforia .gostaria de saber a melhor forma de lidar com essa situação , em relação a traições , termino de namoro , Pq acaba que é difícil aguentar esse tipo de situação . Quanto tempo pode durar a crise de euforia ? Pode evoluir p depressão logo em seguida ?

    • Equipe Abrata 17 de agosto de 2015 às 20:46 - Responder

      Prezada Jessica
      Os sintomas relatados por vc sugerem que o seu namorado está num episódio (crise) de mania e estes sintomas desaparecem somente com o uso da medicação, conforme prescritos pelo psiquiatra. Porém, se os sintomas não reduzem ou desaparecem será essencial procurar o mais breve possível o psiquiatra para uma nova avaliação e possivelmente um ajuste da medicação. O ajuste na medicação é um processo natural no tratamento. Em relação aos sintomas de hipersexualidade, eles também fazem parte do quadro do episódio/crise. Essa é uma situação muito delicada quando o portador da doença tem um relação conjugal ou namorada. Pq para o companheiro(a) essa situação é muito difícil de aceitar ou mesmo lidar, apesar de ser sintomas de uma doença.
      Geralmente, após um epsiódio de mania ou euforia, poderá surgir um episódio depressivo. Procure contatar o psiquiatra o mais breve.
      Sugerimos para vc a leitura do artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Abraços
      Equipe ABRATA

  61. 19 de agosto de 2015 às 20:30 - Responder

    Boa Noite.
    Descobri a bipolidade do meu ex marido logo que fomos morar juntos,sempre tendo uma crise em cima da outra,começou a me trair e jurar de pé junto que não tinha feito nada, ele era de outra cidade, certo dia disse que queria voltar pois tem um filho de 10 ano, então larguei tudo aqui e fui com ele ,alugamos uma casa lá e ficamos por 1 ano e meio, mais como ja estava cansada de tanta mentira resolvi voltar, ele voltou junto, quando voltei logo consegui emprego ,voltei a fazer faculdade ,mais ele não consegui ter a mesma sorte, então num certo dia cheguei em casa e ele tinha tomado todos os remédio de casa, logo marquei uma consulta com um psiquiatra,ele já tinha laudos e ja havia passado pelo cps, então o medico deu os medicamentos necessários,quando acabou ele parou de tomar consegui um novo emprego e começou a fazer a fazer o que ele fazia onde estavamos morando, eu sempre pegando no seu pé ,pedindo que falasse a verdade,se estava me traindo que seguisse sua vida.
    Saiu num sabado para ver um jogo de bola e voltou no outro dia, dai não deu mais fechamos o pau e a paciência acabou…ele pegou as coisas dele e foi embora me culpando de estar passando necessidades,dificuldades finaceira…e logo descobri que tudo isso que ele me disse era mentira…Ja esta morando com outra mulher…trocando de mulher como troca de roupa,fomos casados 4 anos e meio…e estou passando por uma fase bem ruim. pois fiz tudo por ele e ele só soube me dar tristezas e decepções…foi muito ingrato..Fora que me deixou cheio de divida…tirando foto feliz da vida com a outra mulher…quando ele veio buscar o resto das coisas dele ,ele teve corragem de trazer ela com ele…não sei o que passa na cabeça de uma pessoa assim..que parou de tomar todos os medicamentos, porque não achou necessidade de continuar com o tratamento…o pior defeito de um bipolar é a mentira ,e não medir as consequências dos seus atos…Estou num momento de muita tristeza porque sempre o amei muito, e sempre fiz de tudo para o ajuda-lo e quando ele apresentou melhorar me deu um pé na bunda..sem remorso….dai pergunto a pessoa bipolar tem sentimentos? tem remorso? ama? ou é só sexo que rege seu mundo? fico pensando será que quando ele parar para pensar ele vai se arrepender do que fez? o bipolar consegue discernir o certo do errado? ele sente cupa do mal que faz as outras pessoas com suas mentirar? e seu egoismo? por favor responda essas perguntas para que eu possa me sentir melhor…obrigada…

    • Equipe Abrata 10 de setembro de 2015 às 15:33 - Responder

      Prezada Jô

      Quando a pessoa recebe o diagnóstico de transtorno bipolar e não faz o tratamento clínico e medicamentoso e ainda não consulta-se frequentemente com um psiquiatra, não ocorre a remissão dos sintomas. Isto é os sintomas da doença permanecessem com tendência a agravarem-se e os comportamento inadequados potencializam-se, as vezes chegando a situações que colocam em risco a sua vida pessoal, assim como a compulsão para comprar, etc. E nesta situação de falta de tratamento, alguns indivíduos podem apresentar hipersexualidade, uma libido exacerbada e muitas vezes podendo chegar a ter atitudes de expor em situação de risco a sua saúde. De acordo com o seu relato o seu ex-marido poderá estar vivenciando numa situação assim. Com o tratamento adequado a pessoa com transtorno bipolar mantem qualidade de vida e bem estar no desempenho das suas atividades e relacionamentos sociais. A pessoa com transtorno bipolar apresenta comportamentos inadequados quado não faz o tratamento clínica e medicamentoso, não mantém uma rotina de vida diária.
      Não devemos considerar a pessoa com transtorno bipolar um “perdedor”, simplesmente porque você tem uma doença mental crônica. Ter um transtorno de humor não significa que o individuo vai levar uma vida bem sucedida ou improdutiva. Na verdade, se há necessidade e é primordial aceitar que tem uma doença grave e receber o tratamento adequado, tomar a medicação todos os dias e assumir a responsabilidade pela gestão da sua doença, ele descobrirá que assim poderá alcançar os seus objetivos de vida.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  62. cassia 26 de agosto de 2015 às 23:41 - Responder

    Oi ainda (talvez nem seja) diagnosticada como bipolar, mas isso me deixa muito pensativa, meus relacionamentos amorosos sempre foram marcados por sentimentos de intensidades de minha parte, mas logo perdia o interesse e ia levando com a barriga,agora estou num namoro de quase 2 anos q provavelmente vai afundar logo, é muito difícil viver com alguém q é otimista mas irritada em um momento e outro momento tenta cometer suicídio, sentir essa tristeza terrível que me faz querer desistir de tudo até mesmo de comer, (comida sempre foi meu prato preferido rs) agora nem sei se termino a relação ou espero estar feliz de novo! Se é que ele suportará por mais tempo, já perdi emprego, amigos, acho que queria compartilhar com alguém a tristeza de hoje! Fico pensando se ainda tenho solução ou devia desistir de tudo, ao menos ainda penso eu acho.

    • Equipe Abrata 7 de setembro de 2015 às 20:34 - Responder

      Prezada Cassia

      De acordo com o seu relato parece que vc ainda não tem um diagnóstico de transtorno bipolar. Os sintomas que vc descreve sugerem possível alteração do humor, mas somente um psiquiatra poderá lhe dizer se é isso mesmo ou não.
      Para algumas pessoas o diagnóstico de doença bipolar oferece uma explicação bem-vinda para a forma como se tem sentido. Para outras é um golpe terrível. Muitas outras têm um misto de sentimentos. Independentemente da forma como poderá se sentir acerca do assunto, é provável que tenha uma série de dúvidas e perguntas relativamente ao diagnóstico e ao que o mesmo significará para a sua vida.
      Se os seus sintomas forem diagnosticados como resultantes da doença bipolar, o seu médico deve então explicar-lhe o que acontece a seguir em termos de tratamento e monitorização contínua dos sintomas. Pode ser um período muito difícil e confuso. Muito provavelmente terá muitas perguntas a fazer, portanto, seria útil pensar nelas
      antecipadamente de modo a poder obter o máximo de informações possível. Eis algumas sugestões:
      Porque pensa que tenho doença bipolar? E agora? Preciso de fazer mais exames? Devo ser encaminhado para um especialista? Pode recomendar-me alguns grupos de apoio locais ou websites onde possa obter informações? Que tratamento recomendaria? E porquê? Entre outras questões.
      Cassia procure por psiquiatra e busque mais qualidade de vida para vc.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  63. Tiago Souza 30 de agosto de 2015 às 19:32 - Responder

    Olá, tenho 25 anos e há 3 anos fui diagnosticado com THB. Tive muita dificuldade para aceitar o diagnóstico, mas aceitei ser tratado como tal… No entanto, algumas medidas como: Não beber, perder noites e etc, foram muito difíceis para eu me adaptar e perceber que elas eram prejudiciais mesmo para o meu desenvolvimento.
    Hoje tenho cerca de 2 anos que não tive nenhuma crise, nem para cima nem para baixo. Uso bons medicamentos e faço terapia…
    Aos que têm o mesmo diagnóstico, sigam corretamente os passos indicados pelos seus psiquiatras e psicólogos… Vocês terão uma vida normal!

    • Equipe Abrata 7 de setembro de 2015 às 21:33 - Responder

      Olá Tiago

      Agradecemos o seu contato com a ABRATA e ao seu depoimento.
      A manutenção de rotina de vida diária é essencial para os bons resultados do tratamento e remissão dos sintomas da doença, assim como o uso correto da medicação.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  64. Rai 2 de setembro de 2015 às 01:43 - Responder

    Só que tem sabe como é passar dias sem dormir, se irritar por nada , amanhecer estranhamente bem alegre agitada, a pessoa mais linda e inabalável, e derrepente por qualquer pressão normal do dia a dia, entrar em um buraco sem fim não sentir fome ,focar que tudo da errado na vida ser totalmente negativo, sentir se uma vontade tremenda de deixar de existir… enfim… Já fui para na uti por duas vezes que tentei suicídio, e realmente não morri por que não era o dia, tinha uma falta de paciência tão grande com minha filha que já agredi (nossa tudo que mais arrependo em minha vida). Mas enfim hj, faço tratamento, e confesso que já cheguei em uma fase , que devido aos medicamentos, eu estava tão bem que resolve parar de me tratar… mas outro erro, entrei na fase da mania, gastei horrores me individei me separei divorciei, e fiz coisas horríveis colocando minha saúde em risco… entrei em depressão , as medicações me fizeram ganhar peso, senti arrependimento de tudo que fiz, e tentei minha segundo tentativa de suicídio… Estou tentando retomar as rédeas da minha vida… mas confesso não é nada fácil lidar com essa doença.

    • Equipe Abrata 10 de setembro de 2015 às 16:06 - Responder

      Querida Rai

      O seu relato evidencia muita força, esperança e bem querer pela vida, apesar do relato de tentativas de suicídio. Tomar as rédeas da vida é o primeiro passo para o autocuidado quando se tem uma doença grave e crônica. Não deve ser mesmo um momento fácil, apesar da sua força de vontade e neste momento será muito bom vc poder contar com o apoio de pessoas da sua confiança, que lhe respeitam e amam.
      O alívio dos sintomas é apenas o primeiro passo no tratamento de depressão ou da bipolaridade. O bem estar e a recuperação, preocupam você – pois significam o retorno a uma vida. A recuperação ocorre quando a sua doença deixa de ficar no caminho de sua vida. E você decide o que a recuperação significa para você. A pessoa com transtorno do humor tem o direito de se recuperar de acordo com as suas necessidades e objetivos. E esse direito ninguém e nada deve tirar de vc!
      Às vezes, a depressão e o transtorno bipolar poderá levá-la a sentir que parece difícil definir as metas para si mesmo. Poderá sentir-se em alguns momentos, quase impossível pensar sobre as suas expectativas, o que você espera ou o que lhe preocupa. Mas o estabelecimento de metas é uma parte importante para o seu bem estar, não importando onde você está no seu caminho para a recuperação. Trabalhar no que você pode, quando você puder!
      Identificar os objetivos de vida é o coração do processo de recuperação. Quando vislumbramos um futuro para nós mesmos, começamos a sentir mais motivados para fazer tudo o que pudermos para alcançar esse futuro.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  65. vitor 3 de setembro de 2015 às 15:16 - Responder

    Eu invejo os que conseguem achar um tratamento correto. Mas não é a maioria.
    Eu tenho 5 anos de psiquiatria pelas costas + 10 anos de tratamento psicológico. Nunca fiquei estável , muito pelo contrário : os remédios só pioram.A psiquiatria atual é ridícula.Os anti depressivos me deixam eufóricos, antipsicóticos me deixam agitado e com MUITA RAIVA, Lítio não dá conta de depressão e assim vai … um pior que o outro.Quando se dá conta está tomando um coquetel de 5 ou mais remédios que não resolvem nada.
    Isso que eu tenho sintomas leves, imagina se fosse grave.
    Sinceramente, melhor remédio é o suicídio.
    Espero me matar em breve e levar essa maldita doença junto comigo.
    Mais um bipolar pra reforçar as estatísticas de suicídio…

    • Equipe Abrata 12 de setembro de 2015 às 21:11 - Responder

      Prezado Vitor

      A doença bipolar tem caráter crônico, passa por instabilidades mas com tratamento adequado a pessoa alcança períodos de grande melhora e estabilidade.
      Muitos fatores colaboram para as oscilações do humor, além da medicação ter que estar adequada para cada pessoa com o transtorno Bipolar.
      Os profissionais de saúde devem saber manejar as medicações, é o que se espera deles, bem como abordar aspectos psicológicos que interferem na doença.
      NÃO DESISTA! Procure profissionais que com certeza vão conseguir ajudar a estabilizar o quadro.
      Lembre-se:
      Os pensamentos suicidas são temporários. O suicídio é permanente. Não se entregue a pensamentos suicidas, você pode superá-los.
      Seus sentimentos de desesperança não são a verdade. Quando você se sente assim? Saiba, é a sua doença falando – sua mente está mentindo para você. Lembre-se que os pensamentos suicidas não são realidade.
      Se você está pensando em suicídio, é importante reconhecer esses pensamentos pelo que eles são: expressões de uma doença clínica tratável. Eles não são verdadeiros e não são culpa sua. Não deixe o medo, a vergonha ou constrangimento, ou o infeliz encontro com um médico incapaz de percebe-lo e ajuda-lo, se interporem no caminho da sua comunicação com um médico, terapeuta, família ou amigos, fale com a alguém imediatamente.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  66. Camila 8 de setembro de 2015 às 15:33 - Responder

    Olá, a minha mãe foi diagnosticada com transtorno bipolar há alguns anos atrás e a mesma é aposentada por este motivo, pois não consegue viver socialmente, gostaria de saber se atitudes como, quebrar as coisas, esconder utensílios domésticos, esconder comida, ofender a família, levantar calunias, criar discórdia numa família inteira, expulsar os familiares de casa, despeja-los colocar as coisas na calçada, fica o dia inteiro na rua, gritar quando é contrariada, a falta de responsabilidade com as despesas de casa, são sintomas ou não de uma pessoa com transtorno bipolar, a verdade é que cada vez é mais difícil conviver com a minha mãe, ela coloca Deus no meio de tudo para se vitimizar, nada para ela nunca está bom, ela já pediu para na companhia elétrica solicitou o corte de energia assim como a retirada do relógio com todos os filhos em casa… minha mãe já passou por 7 internações, no final das contas a gente não sabe se é doença, se é maldade ou o que é ! o que eu sei é que não aguento mais!

    • Equipe Abrata 12 de setembro de 2015 às 22:19 - Responder

      Olá Camila

      Vc não esclarece se a sua mãe continua fazendo uso ou não da medicação, o que é essencial para manter a pessoa estabilizada sem os sintomas da doença. O seu relato sugere que a sua mãe está apresentando os sintomas de um episódio(crise) da doença bipolar. Será necessário a família leva-la ao psiquiatra para um acompanhamento e avaliação clínica. Assim o médico poderá rever e fazer ajustes as medicação, caso ela esteja fazendo uso e avaliar os sintomas. Caso ela esteja medicada, verifique se ela está tomando as medicações da forma que o médico prescreveu. A manutenção da medicação de forma correta, tomada todos os dias, de preferência no mesmo horário, faz com que a os sintomas da doença não se manifeste, ou quando eles surgem, sejam em menos intensidade e com mnos prejuízo para ela e para a família.
      Procurar por um atendimento médico é uma atitude primordial neste momento.
      Abraços
      Equipe ABRATa

  67. su 14 de setembro de 2015 às 03:04 - Responder

    Meu pai sofre de bipolaridade a alguns anos e nesses anos todos ele sempre teve altos e baixos. Trocamos de médico várias vezes, fizemos tratamento c lítio c vários remédios que não seguram as crises dele. Ele deu p quebrar as coisas, ta agressivo, só fala de Deus e lembra do passado o tempo todo quase. E o pior ele não aceita a doença. Sinceramente não sei mais o que fazer ele acha q ele ta assim por causa de fulano ou ciclano não acc a doença crônica. No momento ele está médico c um antidepressivo e remédio p dormir que não fazem mt efeito msm aumentando a dose bem.

    • Equipe Abrata 23 de setembro de 2015 às 21:58 - Responder

      Cara Suellen! Os altos e baixos que você relata, são normais quando se trata de bipolaridade. A parte mais difícil do tratamento é a dosagem certa dos medicamentos, os quais só o seu médico poderá realizar. Todas as situações que ocorrerem, também devem ser de conhecimento médico, para que o mesmo possa adequar a medicação.
      Como você disse que ele não aceita a doença, sugerimos que venha conhecer a ABRATA, para que possa entender um pouco mais sobre o transtorno e compartilhar sobre o assunto.
      Para maiores informações, estamos à sua disposição de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas, pelo telefone 3256-4831.
      Abraços!
      Equipe Abrata!

  68. karol 15 de setembro de 2015 às 14:08 - Responder

    Olá.
    Conheci uma amiga de minha melhor amiga, e nos tornamos amiga
    Ela tem o transtorno bipolar, mas ela conversava comigo normal, me ligava todos os dias e eu ligava pra ela. Nos tornamos grandes amigas.
    Quando foi um dia eu fui conversar com ela, ela falou comigo que não queria conversar e queria ficar sozinha, pensando, falando que não estava bem.
    Achei que fiz algo ou falei algo que magoou ela, mas ela disse que não, que era com ela mesma, que queria ficar sozinha.
    Fiquei com sentimento de culpa.
    Ligo para ela, ela não atende.
    Queria saber se isso é normal, se é sintomas da bipolaridade.

    • Equipe Abrata 24 de setembro de 2015 às 15:50 - Responder

      Olá Karol! O isolamento na bipolaridade é um sintoma normal, desde que não se estenda por muito tempo, só quem poderá avaliar o caso é um médico psiquiatra. Existem muitos outros sintomas, por isso a importância de um acompanhamento médico. Sempre vale a pena investigar.
      No nosso site encontra-se várias dicas e informações sobre a doença, e como lidar com o portador em diversas situações. Temos também muitas atividades em grupo onde as pessoas compartilham suas experiências, você será muito bem vinda.
      Abraços!
      Equipe Abrata!

  69. Anonimo 23 de setembro de 2015 às 18:50 - Responder

    Minha esposa foi diagnostica com o transtorno, foi ao psiquiatra, ao psicólogo, mas não aceita a doença e parou a medicação. A mãe dela tb foi diagnosticada e também o Avô.
    Já quase me divorciei 2 vezes, acabei voltando atrás, por causa do nosso filho, mas, ultimamente acho que eu estou entrando em depressão, pois sou muito criticando em tudo que faço, ela tem mania de perseguição, sempre acha que estou falando mal dela, ou traindo(coisa que nunca fiz).
    Mas estou muito desanimado da relação é muito difícil, conviver com a pessoa que se acha um Deus, que acha que não tem defeitos, tudo é minha culpa, não estou aguentando tamanho fardo, além do desgaste no trabalho, tá muito difícil.
    Acho que não consigo mais ir adiante nessa relação, ter uma pessoa te acusando dia e noite é horrível.
    Ela não dorme bem, a culpa é minha, tudo de ruim que acontece com ela é culpa minha, tô cansado disso.
    Fora que hoje, tenho meu nome sujo por causa das compras feitas, não tenho mais cartão de crédito, não posso ter crédito em lugar nenhum. E tenho muita coisa em casa que não foi usado pra nada, só gastou por gastar dinheiro, e acha isso muito normal, afinal, quem não compra por impulso né?
    Pronto desabafei!!!!!

    • Equipe Abrata 24 de setembro de 2015 às 18:30 - Responder

      Caro anônimo!
      Sugerimos que em primeiro lugar, você cuide de si mesmo. Procure uma ajuda psicológica, ou pessoas com quem você possa compartilhar o problema.Se reside em São Paulo, aproveitamos para convidar você a participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. São grupos separados. Lá as pessoas falam de suas experiências, e aprendem a encontrar soluções com quem conhece os transtornos. Você será muito bem vindo!
      Nosso horário de atendimento, é de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas.
      No site da ABRATA você também pode encontrar, várias informações e dicas sobre a doença.
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  70. B.G.S. 26 de setembro de 2015 às 14:19 - Responder

    Ola, estou namorando a cerca de 1 mes. meu namorado foi diagnosticado com TOQ grave e com leve bipolaridade, estamos passando por uma crise atualmente, ele, por conta de contas para pagar esta muito nervoso, e culpa a crise, estou disposta a ficar com ele apesar de tudo, mas eu nao sei como agir, nao sei como ajudar, e nessa semana ele esta muito complicado, e ele não acredita que eu goste realmente dele, talvez por ser 14 anos mais nova que ele acabe ajudando. Ele gosta muito de se cuidar, é muito vaidoso, mas existem coisas que ele faz, que eu acho desnecessário, mas eu não sei como falar que eu gostaria que que ele parasse de fazer certas coisas. Estou completamente sem saber o que fazer, mas não quero desistir do relacionamento.

    • Equipe Abrata 28 de setembro de 2015 às 16:16 - Responder

      Olá B.G.S.!
      Sugerimos que leia o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO É BIPOLAR…E AGORA? Muito interessante!
      Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Você também pode participar do Grupo de Apoio Mútuo, aos familiares e portadores, onde é necessário fazer uma inscrição, pelo telefone (11) 3256-4831 de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.Nesses grupos, as pessoas compartilham suas experiências,e aprendem a encontrar nova soluções, a partir do contato, com quem conhece o problema. Você será muito bem vinda!
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  71. Mirian Miranda 27 de setembro de 2015 às 04:16 - Responder

    Gostaria de saber se isso acontece desde a infância , pois eu vivia em um cenário onde meu pai com neurose compulsiva batia na minha irmã que tbm acho que é bipolar e eu vendo tudo aquilo me mordia , batia a cabeça na parede e me estribuchava no chão puxando o meu cabelo ….ora to bem ora to péssima minha psicóloga disse que pelos meus relatos sou bipolar

    • Equipe Abrata 28 de setembro de 2015 às 16:31 - Responder

      Cara Mirian!
      Sugerimos que procure um médico psiquiatra, pois só ele poderá te dar um diagnóstico.
      Se você reside em São Paulo, aproveitamos a oportunidade, e te convidamos para participar das nossas atividades, às quais acontecem todas na nossa sede, com a agenda disponível no site da própria ABRATA, ou se preferir entre em contato conosco, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  72. Mirian Miranda 27 de setembro de 2015 às 04:21 - Responder

    Casei com 17 anos e apanhava do meu marido perdi as contas de quantas vvezes apanhei ia embora de casa ele já atrás de mim para eu voltar eu tenho quase certeza de que ele tbm é bipolar

    • Equipe Abrata 28 de setembro de 2015 às 16:41 - Responder

      Cara Mirian!
      Sugerimos que procure orientação psiquiátrica, pois só assim poderá saber o diagnóstico do seu marido.
      Como dissemos no e-mail anterior, ficaríamos felizes que participasse das nossas atividades, caso resida em SP.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  73. Amanda 27 de setembro de 2015 às 23:08 - Responder

    Meu namorado é diagnosticado. É o 3o ano que ele tem essa crise e dessa vez foi pior, ele ficou internado por 19 dias e está fazendo tratamento aqui fora. Antes de ser internado em uma crise terminou comigo disse que não me amava mais que não queria mais ficar comigo, depois fui visitar ele e voltamos e estava tudo indo bem (em termos porque ainda tinha suas crises) e hoje uma semana depois ele terminou de novo disse q não me amava, que não queria mais. Estou tão confusa, pois machuca tanto e me dá vontade de desistir dele e seguir em frente. Eu o amo, mas é uma dor tão grande que já não sei mais se tenho forças. O que faço?

    • Equipe Abrata 28 de setembro de 2015 às 17:03 - Responder

      Olá Amanda!
      Sugerimos que leia o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO É BIPOLAR….E AGORA? Muito interessante! Caso tenha sido este, o diagnóstico do seu namorado.
      O link é: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Você poderá também, participar do nosso Grupo de Apoio Mútuo, para familiares e portadores, onde as pessoas trocam suas experiências, e aprendem a encontrar novas soluções, à partir do contato com quem conhece o problema.
      Nosso horário de atendimento, é das 13:30 às 17:00 horas, de segunda à sexta-feira, pelo telefone (11) 3256-4831.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA

  74. marcia 1 de novembro de 2015 às 00:00 - Responder

    Olá me identifiquei com a dificuldade enfrenta dá pela Amanda, meu marido faz tratamento para depessao, porém acredito que o diagnóstico teria que incluir a bipolaridade, pois ele alterna o tempo todo… Todo vez que inicia a medicação após 20 dias vai embora de casa e alega que não me ama mais, logo em seguida abandona a medicação e diz que está ótimo jogando a culpa em mim! Tornou-se um ciclo, depois volta para casa fica bem durante um mês e depois recomeça tudo outra vez, bipolaridade, transtorno de ansiedade, pessimismo ao extremo e volta a ficar deprimido… Será que eu sou a culpada? Aliás me sinto culpada e entro numa montanha russa emocional sem fim que tem me prejudicado ao extremo, não sei mais o que fazer.

    • Equipe Abrata 1 de novembro de 2015 às 18:15 - Responder

      Cara Marcia!
      Ninguém consegue cuidar do outro, se não se cuidar também. Sugerimos que procure ajuda que poderá ser psicológica, ou Grupos de Apoio Mútuo. Esta atividade é importante, porque é onde as pessoas trocam suas experiências e aprendem a encontrar novas soluções a partir do contato com quem conhece o problema. Conversar com outras pessoas pode ajudá-la a encontrar uma saída.
      Caso resida em SP e queira participar, é necessário agendamento pelo telefone (11) 3256-4831 de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas.
      No nosso site você encontra artigos e informações sobre transtornos do humor, link: https://www.abrata.org.br.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  75. Diego L. Nery 30 de novembro de 2015 às 05:24 - Responder

    Primeiramente, gostaria de elogiar o excelente e esclarecedor artigo ora publicado. Pois bem, tenho 30 anos, sou advogado, pós graduado e fui diagnosticado como portador de TB tipo 2 no início deste ano. Tomo remédios para regular humor e antidepressivo. Após o diagnostico meu casamento acabou. Senti que eu estava enlouquecendo minha ex mulher de tanta instabilidade emocional e a deixei. Sou bonito, bem sucedido e fico com muitas mulheres as vezes duas ou tres por semana. Porém, não consigo mais me apegar a ninguém. Parece que o TB me deixou frio igual uma pedra de gelo. Isso é uma faceta da doença? Queria me dedicar a uma só mulher, tentar ser feliz novamente. Nao sei o que fazer… Ajude-me!

    • Equipe Abrata 30 de novembro de 2015 às 19:04 - Responder

      Prezado Diego!
      O tratamento para o transtorno bipolar, requer muita disciplina, mas a longo prazo, os resultados são bem satisfatórios.
      Sugerimos que continue tomando as medicações regularmente e continuadamente, e se puder complemente com psicoterapia, à qual o ajudará a entender melhor todo o processo, aumentando cada vez mais sua qualidade de vida. Quando estiver mais estável emocionalmente, as suas necessidades também ficarão mais equilibradas.
      Caso resida em SP, e queira participar dos Grupos de Apoio, é só agendar pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas. Conversar com outras pessoas poderá ajudá-lo a encontrar uma saída.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  76. Jonny 30 de novembro de 2015 às 21:03 - Responder

    Boa noite,
    Fui diagnosticado pelo cid f31 tras.. afe… bipolar.
    Bom na moral, já fiz muita esteira na vida, como xingar o sistema e a sua corrupção, isso dentro do ônibus, parecia que estava louco, e com uma fúria enorme, depois quando passava a euforia, respirava e ficava envergonhado com o que havia feito. Não é fácil convier fazendo as pessoas que te ama sofrerem. Isso me entristece muito as vezes e por isso penso em ficar sozinho, assim poderei realmente saber o que sou e o que sinto.
    Diante dessas coisas, descobri que estar bem é a melhor coisa que o ser humano precisa para tocar sua vida.

    Ser Feliz é a melhor coisa, confiar em sí mesmo e vencer na vida de cabeça eerguida.

    Se cuidem e n tenham vergonha, conversem com seus amigos sobre isso e assim os verdadeiros irão te acolher da melhor forma.

    Abraço

    • Equipe Abrata 1 de dezembro de 2015 às 15:27 - Responder

      Caro Jonny!
      Aproveitamos a oportunidade e o convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo. Esta atividade é muito importante, porque é onde as pessoas trocam suas experiências e aprendem a encontrar novas soluções à partir do contato com quem tem problemas semelhantes. Você tem razão quando diz que é bom ter com quem contar nos momentos difíceis.
      Caso queira participar, se você residir em SP, é só agendar pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vindo!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  77. Luiza 18 de dezembro de 2015 às 15:37 - Responder

    Convivo com meu marido há 15 anos e ele foi diagnosticado com TB há quase 3. A busca por ajuda partiu dele. Ele sempre foi muito impulsivo, irritadiço e ansioso, tivemos brigas terríveis. Ele nunca me agrediu fisicamente, mas suas palavras sempre foram cruéis. Hoje ele está medicado e sem terapia. É uma pessoa boa, um homem honesto, carinhoso, ou seja, tem uma série de qualidades, mas desde que ele se descobriu com esse diagnóstico, parece que se privilegiou dessa situação. Ele sempre teve muito problema para ficar nos empregos, exercia uma profissão que dizia não gostar, entrou na faculdade várias vezes e nunca conseguiu terminar, agora, porém engatou na faculdade e está no 5º período. Meu problema consiste no fato dele não querer trabalhar enquanto estiver estudando, ele diz que não há o que ele possa fazer, já que a profissão que tinha anteriormente ele odeia e ainda não pode trabalhar dando aulas. O que eu ganho dá perfeitamente para segurar a casa, mas eu não concordo com essa situação, pois já tem quase 3 anos que estou sustentando tudo sozinha, a casa, o nosso filho de 13 anos, lazer e tudo o que uma vida digna merece. Não nos falta nada, mas acho que a dinâmica familiar não deve funcionar desse jeito, já disse a ele várias vezes que na minha concepção ele está vivendo como um adolescente, pois a mãe dá uma quantia em dinheiro para ele pagar a faculdade e o que sobra, ele se locomove e paga pelos seus remédios.
    Antes o discurso dele era de que ele não podia arrumar um emprego que não fosse dando aula, pois na cabeça dele trata-se de um subemprego, mas em nossa última conversa, mudou o discurso: diz que “não pode arrumar emprego nenhum, pois não está bem e acha que vai fazer muito mal para ele, lidar com situações que ele não está preparado, pessoas enchendo a paciência, ônibus lotado, essas coisas”. Sempre fui muito paciente, mas tem 6 meses que acabei um tratamento contra um câncer de mama, fiz mastectomia, quimioterapia, enfim… Agora estou na fase do acompanhamento. Durante o tempo que estava em tratamento ele estava uma seda, agora, voltou a falar coisas do tipo: “Você não sabe o que é sentir o que eu sinto”, “Você não está na minha pele”, “Você não sabe o que é essa doença”. Fico muito irritada, pois passei por uma situação extremamente difícil e em momento nenhum fiz chantagem emocional com ninguém. Já estivemos para nos separar, pois estou muito cansada. Sou muito grata a ele por ele ter passado pelo câncer comigo, mas essa questão do trabalho me incomoda demais, pois quero viver. O câncer mudou muito minha vida, marcou meu corpo e minha alma e ele. Gostaria muito que ele arrumasse um emprego ou alguma coisa para fazer, mas ele diz que se eu não estou satisfeita, melhor nos separamos. Estou a um passo de fazer isso.

    • Equipe Abrata 18 de dezembro de 2015 às 21:24 - Responder

      Prezada Luiza!
      Sugerimos que procure uma ajuda pra você, que poderá ser psicológica ou Grupos de Apoio. O estresse que está vivendo requer um suporte especializado para ajudá-la a processar tudo o que está acontecendo, se não quem adoece é você.
      Se residir em SP, aproveitamos a oportunidade, e a convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo. Esta atividade é muito importante, porque é onde as pessoas trocam suas experiências e aprendem a encontrar novas soluções com quem vive problemas semelhantes.
      Se quiser participar, é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  78. lud 20 de dezembro de 2015 às 04:22 - Responder

    Olá.
    Tenho um esposo bipolar, faz tratamento psiquiatrico, porém já largou 2x o acompanhamento psicologico.
    Ele tem sido agressivo comigo e alguns momentos, como me empurrar e apertar forte minha mão e costuma me criticar em diversos momentos, como dizer que sou muito emotiva.
    Gpstaria de ajuda nesse sentido, sobre a agressividade fisica de um bipolar…até q ponto ele poderia chegar? assassinar a mim? estou com receio.
    obigada

    • Equipe Abrata 20 de dezembro de 2015 às 17:43 - Responder

      Prezada Lud!
      Sugerimos que procure ajuda para você, que poderá ser psicológica ou Grupos de Apoio. O estresse que está vivendo, requer um suporte especializado, para ajudá-la a pensar e a processar tudo o que está acontecendo com o seu marido.
      Sugerimos que leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO É BIPOLAR, E AGORA?. Muito interessante! Link: http//abrata.org.br/blogabrata/?=1757#.
      Se você residir em SP, e quiser participar dos Grupos de Apoio Mútuo, é necessário agendamento pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

      • lud 22 de dezembro de 2015 às 02:38 - Responder

        OLÁ
        OBRIGADA PELO RETORNO
        Já havia lido o artigo e reli agora. Contudo, acho que poderia ser abordado mais a situação das esposas diante de reiterada agressões, afinal, hoje em dia discute-se bastante sobre relacionamentos abusivos e feminismo. Fica a sugestão!
        Boa noite

        • Equipe Abrata 23 de dezembro de 2015 às 22:47 - Responder

          Agradecemos a sua sugestão!
          Abraços!
          Equipe ABRATA!

  79. Barbara 23 de dezembro de 2015 às 21:32 - Responder

    Meu pai foi diagnosticado com transtorno bipolar, porém, pesquisando sobre esse transtorno e sobre depressao, é caracteristico que a pessoa tende a se isolar das outras. E meu pai ao contrario quer atençao e quer ficar falando sobre os problemas toda hora, ja chegou a acordar o meu irmao 5 horas da manha pra ficar falando. Isso é normal? Nao sera outro tipo de doença? Obrigada!

    • Equipe Abrata 23 de dezembro de 2015 às 23:01 - Responder

      Prezada Bárbara!
      Entendemos que seu pai, está sob tratamento já que foi diagnosticado, portanto sugerimos que passe estas informações ao profissional responsável, pois só ele poderá te dar estas respostas, fazendo uma nova avaliação se for o caso.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  80. Jorge 25 de dezembro de 2015 às 19:47 - Responder

    Oi.Tenho 19 sou bi,preciso mt q alguem me ajude
    Conheci um menino (q veio atras d mim) dois anos mais velho.Ele se encantou por mim,começamos a ficar.Todos os dias ele me dizia q tava se apaixonando,q eu tinha roubado o coraçao dele,q sou lindo,q ele só pensava em mim e amava meu sorriso etc.
    Até q 1 dia, dpois d 1 mes “juntos”,d uma hora p outra ele disse q não qeria mais nem conversar cmgo pois ele é bipolar.
    Eu fiqei mal,tentei reverter…Ele disse q não tá numa fase boa pra se envolver cmgo.mas dpois disso,ele SEMPRE vem atras d mim,fica perguntando se to com outros,fica c ciumes d mim,tem dia q fala q qer me ver depois nao qer mais.Me manda msg q ta com sdd e q ta triste.Mas depois me trata mal de repente.Um dia fala q qer dormir cmgo,me beijar, no outro fala q nao ta legal.
    OKele é bipolar.Mas como lidar?No q devo confiar?Q ele gosta d mim? Ou correto seria não conversarmos? Tento d novo?Falo td q sinto?Gosto mt dele,e sei q ele sente algo.To apaixonado, qeria mto ser o motivo da felicidade dele.
    Há 1 mês to sem saber o q fzer.Qndo eu menos espero ele vem atras mas depois tudo muda.
    É normal esse comportamento dele? Como posso ajuda-lo nisso?O q faço?Gosto demais dele e qro ser feliz ao lado dele.e ele é lindo!faz tratamento psicológico mas ultimamente tá diferente.Percebi q foi depois q aconteceu algo com ele (algo meio pessoal)
    Como faço p mostrar q qero estar ao lado dele fazendo o bem pra ele? Ja expliquei q gosto dele e aceito ele exatamente do jeitinho q ele é.

    • Equipe Abrata 26 de dezembro de 2015 às 16:53 - Responder

      Prezado Jorge!
      Se você reside em SP, aproveitamos a oportunidade e o convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo. Esta atividade é muito importante, porque é onde as pessoas trocam suas experiências e aprendem a encontrar novas soluções à partir do contato com quem tem problemas semelhantes. Conversar, poderá ajudá-lo a encontrar uma saída. Para participar é necessário agendamento pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas.
      Sugerimos que leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO É BIPOLAR….E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

      • Jorge 28 de dezembro de 2015 às 01:39 - Responder

        Obrigado… como nao resido em SP, tentarei agendar e participar um dia que eu estiver por aí! Mas gostaria apenas que pudesse me responder se pelo menos essa maneira dele se comportar é normal. Eu particularmente acho que ele gosta, e muito, de mim. Geralmente nao deixo esses probleminhas afetarem nisso.

        • Equipe Abrata 2 de janeiro de 2016 às 00:17 - Responder

          Prezado Jorge!
          Infelizmente não podemos avaliar o comportamento de pessoas. Nosso trabalho é passar informações sobre os transtornos afetivos, cabendo apenas ao profissional de saúde, psiquiatra ou psicólogo(a), dar qualquer tipo de diagnóstico.
          Aguardamos seu contato, se vier a SP.
          Abraços!
          Equipe ABRATA!

  81. Ivan 27 de dezembro de 2015 às 13:43 - Responder

    Prezada equipe ABRATA, parabenizo-lhes pelo bom trabalho desenvolvido que se reflete neste site de grande ajuda para quem convive com portadores de transtornos afetivos. Sou professor de filosofia numa universidade federal no Ceará e relacionei-me nos últimos 7 anos com uma médica e professora do curso de medicina na área de saúde da família, e que trabalha num serviço de saúde mental como acunpunturista. No início do relacionamento, ela contou-me sobre seu diagnóstico de transtorno bipolar, sobre suas duas crises nas quais foi internada para tratamento psiquiátrico e o uso dos medicamentos que fazia, junto com a psicoterapia. Depois de alguns meses, ela deixou de fazer psicoterapia, apesar de minha insistência que continuasse. Nosso relacionamento foi rompido muitas vezes por ela em momentos de irritabilidade aumentada e findou subitamente após o último episódio de (suponho) hipomania, quando, após um período de 3 meses de estabilidade afetiva, ela deixou de tomar o remédio Litium por uma semana, e nos encontramos (em meio a um relacionamento mantido à distancia nos últimos 3 anos e prestes a voltarmos à convivência) e percebi logo o retorno da instabilidade afetiva, embora ela só tenha admitido dias depois que havia interrompido o uso do medicamento. Aí seguiram-se momentos de euforia, com atitudes sexualmente exacerbadas em público, que ela chegou a dar-se conta, e irritação desconfiada por ciúme sem motivo real, até tornar-se agressiva verbalmente, com depreciações de minha pessoa, chegando a chamar-me de “psicopata”, o que caracteriza comportamento psicofóbico, como aprendi no site da ABRATA.
    Sofri muito com os episódios de seu transtorno afetivo e cheguei a perceber-me também levemente transtornado, chegando a perder sono e com diminuição de apetite durante as primeiras semanas. Compartilho esta experiência para estimular as pessoas a valorizarem os tratamentos e a psicoeducação promovida pela ABRATA, que podem evitar perdas e sofrimentos como os que vivemos.

    • Equipe Abrata 2 de janeiro de 2016 às 00:01 - Responder

      Prezado Ivan!
      Ficamos felizes com o seu contato, e ao mesmo tempo lamentamos sobre o seu relacionamento.
      Nosso objetivo maior, é fazer com que as pessoas entendam o que é, e como conviver com os transtornos afetivos, sendo portador ou familiar, para que suas vidas tenham maior qualidade, desde que se faça o tratamento correto, regular e continuado.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  82. Edson Santos 28 de dezembro de 2015 às 14:08 - Responder

    Boa tarde,

    Estou em um relacionamento com uma pessoa bipolar, realmente a amo mais está começando a me afetar, ela discute comigo por coisas insignificantes,horas depois esta numa alegria fora do normal…ela está ocilando muito…ontem por exemplo estavamos em um almoço em família e ela estava muito feliz, entramos no carro pra ir embora ela parecia outra pessoa, hoje ela brigou comigo pq eu queria levar o lixo pra lixeira…repito a amo, mais estou começando a ficar afetado com essas crises…o que posso fazer a respeito?

    • Equipe Abrata 2 de janeiro de 2016 às 00:28 - Responder

      Prezado Edson!
      Sugerimos que procure ajuda pra você, que poderá ser psicológica ou Grupos de Apoio Mútuo, que são atividades onde as pessoas compartilham suas experiências e aprendem a encontrar novas soluções com quem tem problemas semelhantes. Conversar com os outros poderá ajudá-lo a encontrar uma saída.
      Caso resida em SP, e queira participar, é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Sugerimos que leia também o artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO É BIPOLAR E AGORA? Muito interessante! Link:http//abrata.org.br/blogabrata/?=1757#.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  83. lucy 31 de dezembro de 2015 às 17:27 - Responder

    olá boa tarde. tenho 50 anos e sempre fui bipolar e bordeline. Sofri muito nessa minha vida, internações, tentativas de suicidio, auto mutilação, drogas, alcool, traições,brigas, promiscuidade, gastos excessivos, depressão, euforia, solidão. Enfim não desejo isso a ninguém. Mais uma vez estou tentando o tratamento, estou usando carbonato de lítio cr
    450 , mas eu tenho pavor de engordar e sempre para os tratamentos.
    E tb não é só isso, não sou mais jovem e dessa vez um dos sintomas é a sonolência, prostração. Só que eu não aguento mais aquela , vida louca, eu quero paz, eu quero ser normal, não me corto mais, graças a Deus. Minha família não está nem aí comigo, não tenho amigos. Espero que dessa vez eu consiga, pq não aguento mais aquela loucura, não aguento mais brigas, não saber quem eu sou, é muito sofrimento.

    • Equipe Abrata 2 de janeiro de 2016 às 01:06 - Responder

      Prezada Lucy!
      Entendemos que está sob tratamento, já que menciona que foi diagnosticada.
      Sugerimos que informe ao profissional que acompanha o seu caso, tudo o que está acontecendo com você, inclusive à respeito da medicação, à qual é fundamental. Somente um tratamento regular e continuado, trará bons resultados futuros. A partir daí, o mesmo verá ou não a necessidade de mudanças, ou ajustes no seu tratamento, podendo aumentar sua qualidade de vida.
      Aproveitamos a oportunidade e a convidamos para conhecer os Grupos de Apoio Mútuo, caso resida em SP. Nesta atividade as pessoas compartilham suas experiências, e aprendem a encontrar novas soluções com quem tem problemas semelhantes. Conversar com os outros poderá ajudá-la a encontrar uma saída.
      Para participar, é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  84. renato 18 de janeiro de 2016 às 17:59 - Responder

    Boa tarde, eu tive um relacionamento que durou dois anos, eu comecei perceber que ela tinha sintomas de trastorno bipolar só nunca tive coragem de chegar e falar pra ela. durante esses dois anos, nós terminamos e voltamos algumas vezes, eu estava tomando coragem pra falar pra ela pois queria cuidar dela, mas ai ela terminou o relacionamento e mudou totalmente comigo, não fala mas comigo, parece que somos dois desconhecidos, ela virou outra pessoa totalmente diferente da que conheci e vivi esse tempo. eu gostaria de saber se esse comportamento tem haver com o transtorno bipolar que ela possa ter, se a doença faz com que as pessoas mudam seu jeito totalmente, pois isso que houve com ela, eu ainda gosto muito dela. Obrigado

    • Equipe Abrata 19 de janeiro de 2016 às 17:59 - Responder

      Prezado Renato!
      Somente um profissional que pode ser psicólogo(a), ou psiquiatra, poderá dar um diagnóstico preciso de qualquer tipo de transtorno do humor.
      Aproveitamos a oportunidade, e o convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo, caso resida em SP. Esta atividade é muito importante, porque é onde as pessoas trocam suas experiências e aprendem mais sobre os transtornos do humor, e a encontrar novas soluções à partir do contato com quem vive problemas semelhantes.Conversar com os outros, poderá ajudá-lo a encontrar uma saída.
      Se quiser participar é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  85. Danielle Souza 20 de janeiro de 2016 às 11:28 - Responder

    Meu marido foi diagnosticado há cerca de 1 ano e meio como Bipolar, após uma grave depressão decorrente do falecimento de seu pai. É interminável o processo de procura de tratamentos adequados e eu acabei cedendo ao abandono do tratamento no ano passado…Gostaria de saber se vocês tem alguma indicação de profissionais ou entidades em Aracaju/SE. Hoje além dos sintomas da bipolaridades ele teve episódios de Pânico, o que piorou muito a situação. Conto com sua orientação. abs

    • Equipe Abrata 20 de janeiro de 2016 às 17:28 - Responder

      Prezada Danielle!
      Os tratamentos para os transtornos do humor, não podem ser interrompidos a não ser à pedido médico, o que não é o caso pelo que você menciona, justamente pelo fato da situação poder se agravar.
      Sugerimos que procure os CAPS da sua região, que são Centros de Apoio Psicossociais. Às vezes eles tem tratamentos e informações sobre os transtornos do humor.
      Não abandone o tratamento, ele é essencial para a qualidade de vida do seu marido, e de sua família.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  86. Camila Nunes 10 de fevereiro de 2016 às 01:52 - Responder

    Olá,a minhas dúvidas são de como agir qdo ele está na crise, no pico do mau humor. Já sai de casa com as crianças e qdo voltei ele estava pior. Fico calada nesses momentos e peço as crianças que tbm se calem. Já tentei ser amável..etc..etc. Parece que nada funciona. Como devo agir nessa hora do mau humor ?

    • Equipe Abrata 10 de fevereiro de 2016 às 18:17 - Responder

      Prezada Camila!
      Sugerimos que procure ajuda para você, que poderá ser psicológica,ou Grupos de Apoio, para que tenha um suporte especializado, e possa processar, todo o estresse pelo qual vem passando.
      Nos Grupos de Apoio, as pessoas trocam suas experiências, e aprendem a encontrar novas soluções, à partir do contato com quem vive problemas semelhantes. Conversar com os outros, poderá ajudá-la a encontrar uma saída.
      Se quiser participar, caso resida em SP, é necessário agendamento, pelo telefone, (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  87. sandra ramos 26 de fevereiro de 2016 às 10:57 - Responder

    ola, a minha mãe sempre foi uma pessoa muito complicada, sempre tentei imaginar como uma pessoa que é amável se transformava na pessoa mais malvada e fria de uma hora para outra, sofri muito ninguem intende, porque ela é minha mãe e ela quando esta nesse momento de maldade, ela liga pra todo mundo se queixando de mim, ou seja eu sou a filha malvada e ela a pobre mãe sofredora, para muitos eu sou até drogada, sem nunca eu ter visto uma droga na vida, porque é assim que minha mae insinua, e não adianta eu eu fazer nada, porque a consequencia e a mesma… se eu fala algo mesmo que seja inofencivel se torna um absurdo, se eu não falo nada eu sou a filha malvada que nao da bola para a coitada da mãe, e sisso se arrastou por toda a minha vida, o que eu ja levei anos construindo, ela destroi em minutos, não posso comprar nada pra mim se antes comprar pra ela, não posso ter amizade com ninguem, eu sou uma refem dela. Agora podem me perguntar mil vezes porque ainda estou perto dela, eu não sei, mais toda vez que penso em sair de perto, sei que vou pagar um preço muito caro, porque o telefone dela e uma arma e a imaginaçao tambem, ja houve um caso que ela chegou ao cumulo de ir na policia registrar queixa de mim por roubo de algo que ela nunca teve. e quando falo para ela ir pelo menos em um psicólogo, ela vira tudo, e diz que eu quero internar ela no hospicio para ficar com a aposentadoria dela….E derrepente ela se torna a possoa mais doce, tão doce que chego a esquecer o quanto ela e malvada… sempre tive a falsa esperança que com o passar doas anos ela mudaria, mais infelizmente está cada vez pior, e como agora e ja é idosa, ela usa esse fat para poder me prender mais ainda… ela diz que é analfabeta, e não é verdade, mais ela adora as vezes dizer que é uma idosa analfabeta. por favor o que posso fazer? como posso me libertar desse pesadelo… porque eu não aguento mais… e acho que tambem ja estou depressiva com tudo isso….obrigada

    • Equipe Abrata 29 de fevereiro de 2016 às 21:39 - Responder

      Prezada Sandra!
      Aproveitamos a oportunidade e a convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo, caso resida em SP. Esta atividade é muito importante, porque é onde as pessoas trocam informações e aprendem a encontrar novas soluções à partir do contato com quem tem problemas semelhantes. Conversar com os outros poderá ajudá-la a encontrar uma saída, para que consiga suportar todo estresse pelo qual vem passando.
      Se quiser participar é necessário agendamento, pelo telefone, (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  88. TO 31 de março de 2016 às 01:52 - Responder

    Querida equipe, sou diagnosticada com Transtorno Afetivo Bipolar e Toc, faço tratamento há mais de cinco anos e não vi muita melhora. Eu gostaria de saber se esses dois transtornos atrapalham, afetam a minha vida amorosa e afetiva.

    • Equipe Abrata 31 de março de 2016 às 22:00 - Responder

      Boa noite!
      Qualquer transtorno do humor se não estiver estabilizado, afetará todas as áreas da nossa vida.
      Como você menciona que faz tratamento há cinco anos, e não melhorou muito, talvez fosse importante conversar com o profissional que te acompanha, para que o mesmo faça uma nova avaliação, e quem sabe ajustes no tratamento.
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  89. clara 12 de abril de 2016 às 12:14 - Responder

    Meu namorado é bipolar diagnosticado. Sabe que certos comportamentos/atitudes, como ingerir álcool ou quase não dormir desembocam e crises e mesmo assim não muda. Faz tratamento psiquiátrico, mas , quando está longe da família, se descuida. Já está com depressão severa há 5 meses e deletou todo tipo contato comigo da noite para o dia. Não sei nada dele há mais de 2 semanas. Não sei como me conectar com a família dele; não conheço ninguém nem tenho o contato. Vivo muito angustiada, sem saber se está sendo cuidado, onde está nem como está. Tenho medo de ficar doente também, de tanta preocupação.

    • Equipe Abrata 20 de maio de 2016 às 19:46 - Responder

      Olá Clara

      Parece que vc está vivendo uma situação de fato muito aflitiva e por enquanto sem caminhos. Mas, infelizmente, se o seu namorado não quer se ajudar, se cuida, a situação fica bem complexa. E não tem mesmo como vc ajudá-lo, por mais que queira. Primeiro pq apesar dele ser conhecedor da doença que tem, não se cuida adequadamente. E para as pessoas que estão ao lado, essa situação traz muito sofrimento e ainda sentimentos de impotência. Ele é adulto! É o responsável pela saúde e bem estar dele e ainda da manutenção de uma rotina de vida que lhe ajudará a não ter crises, além do uso correto da medicação. Se vc nos escreve preocupada, acreditamos que de fato preocupa-se muito com ele, porém nesta situação relatada pouco poderá fazer por ele, por mais que o ame. Agora, cuide-se de vc, senão poderá ficar doente também, Envolva-se com as questões da sua vida, busque fazer atividades que tragam alegria e bem estar.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  90. Maria 14 de abril de 2016 às 18:40 - Responder

    Equipe ABRATA!
    Vivo em Portugal, e estou a passar ha cerca de 7 anos um inferno com o meu companheiro, o que inicialmente me pareceu ser feitio, ou comportamento agora acho mesmo que se trata de algo bem mais sério, mas esta fora de questão ele aceitar que tem algum problema, ou muito menos tratar-se.
    Esta uns dias mais ou menos, mas do nada…ou se o chamar a atenção por algo de errado que tenha feito, transforma-se fica mau de aturar, ameaça ha 7 anos que vai embora de casa, não me fala a mim e ao meu filho durante muito tempo, nao janta e fecha-se no quarto mal chega a casa, faz isto volta e meia vivo sempre com o coração nas mãos, o meu filho esta a sofrer imenso, e eu já não sei mais o que fazer…

    • Equipe Abrata 28 de abril de 2016 às 16:57 - Responder

      Querida Maria

      Em relação ao tratamento de qualquer doença, ou mesmo procurar saber se tem ou não uma doença, as dificuldades são maiores quando a pessoa, no caso o seu marido não aceita ser doente ou mesmo pesquisar se tem alguma doença, e em caso extremos pode ser necessário iniciar o tratamento contra a sua vontade. Com o passar do tempo, família e paciente aprendem a identificar os primeiros sinais de uma recidiva, antes que ele perca o senso crítico. Isto é muito importante, porque a intervenção precoce possibilita abreviar e atenuar os comportamentos que ele apresenta. Você já pensou na possibilidade de pedir ajuda a outra pessoa da sua família como por exemplo a um cunhado ou cunhada. Ou se ele ainda tiver os pais, pedir apoio aos pais para ter uma conversa com ele. Também poderá pensar na possibilidade de uma migo que seu marido confia muito ter alguma conversa sugerindo prá ela procurar um médico.
      Infelizmente sem esclarecimento prévio sobre o que está acontecendo com o seu marido você terá grande dificuldade em ampará-lo. É muito difícil ficar lembrando e convivendo com a pessoa que parece que está doente, fora de seu estado normal, mas não quer se tratar. Nem sempre a família consegue relevar as provocações, insultos ou agressões. Sabemos que é essencial o seu marido ser alertado sobre a inadequação de seu comportamento.
      Não sei se em sua cidade existe o médico que vai até a sua residência. Caso existe, quem sabe numa dessas visitas ele possa estar presente e surja a oportunidade do médico manter um diálogo.
      Maria caso o seu marido continue negando procurar um médico e um tratamento, lembre-se muito bem de cuidar de você e do seu filho. Você necessita estar bem, para ter qualidade de vida e ainda apoiar ao seu filho. Busque ajuda em sua cidade pra você e seu filho. Ele é um home, um adulto, espera-se que num momento ele desperte e veja que precisa de ajuda. Mas enquanto isso não acontece cuida de você e do seu filho. Sabemos que a situação que vive é muito complicada. Mas preste atenção também em você e em seu filho, procurem fazer algo que traga alegria e paz para você dois. Apesar do difícil momento em sua vida.
      Conte conosco.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  91. Ana 7 de maio de 2016 às 00:49 - Responder

    Boa noite! Uma dúvida, esses remédios antidepressivos é tipo fluoxetina?

    Obrigada

    • Equipe Abrata 2 de julho de 2016 às 19:27 - Responder

      Prezada Noemia
      Desculpe-nos pela demora em lhe responder. Estamos com demanda muita alta de mensagens.
      A fluoxetina é um antidepressivo, mas nem todo antidepressivo é semelhante à fluoxetina. Existem diversos tipos de antidepressivo, cada um podendo ter mecanismos de ação diferente do outro, e com eficácia e efeitos diferentes. Somente o médico psiquiatra pode saber quando indicar um ou outro antidepressivo, dependendo da necessidade do paciente.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  92. Ana 9 de maio de 2016 às 11:42 - Responder

    Bom dia, equipe.

    Me relacionei durante 3 anos com uma pessoa que foi recentemente diagnosticado com transtorno bipolar. A partir do diagnóstico, ele se tornou mais depressivo e cético em relação ao próprio tratamento. Além disso, terminou o namoro com o intuito de me “proteger” dele mesmo. Ele vive sozinho e sem familiares por perto. Como é tudo muito recente estou sem saber como agir e lidar com o problema. Qual seria a melhor forma de agir? Tenho medo que ele tenha algum efeito colateral aos remédios e não tenha ninguém para ajudá-lo se preciso. Outro questionamento é se existe a possibilidade de se manter um relacionamento normal com o andamento do tratamento ou se infelizmente seria o caso de me distanciar.
    Att.

    • Equipe Abrata 2 de julho de 2016 às 20:36 - Responder

      Olá Ana

      Desculpe-nos pela demora em lhe responder. estamos com demanda muito alta de mensagens.
      Sugerimos para vc a leitura do livro que poderá baixar em PDF no site da ABRATA – Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com a pessoa que apresenta a doença, em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Leia também o artigo, poderá responder aos seus questionamentos. DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Convide o seu ex-namorado. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  93. Mag 10 de maio de 2016 às 23:41 - Responder

    Olá equipe Abrata!
    Fui diagnosticada com tab há 4 anos , e desde então não consigo completar as coisas que projeto, aliás , agravou este comportamento , pois a autosabotagem sempre foi o meu “forte”. Com relacionamentos fui sempre excessivamente apaixonada e carente. Há alguma relação com tal transtorno este tipo de “afeto”?

    • Equipe Abrata 2 de julho de 2016 às 21:09 - Responder

      Olá Mag

      Sim, todo o seu relato tem haver com os sintomas do transtorno bipolar. Será essencial vc procurar pelo seu médico psiquiatra e relatar todos os sintomas, assim como fala pra nós. Com o tratamento adequado poderá chegar a estabilização e ter mais qualidade de vida.
      A indicação da psicoterapia é outro apoio importante. Ela auxilia na aceitação da doença, na compreensão dos sintomas e do tratamento, atenua as conseqüências sofridas, melhorando o prognóstico e a qualidade de vida. Na psicoterapia vc poderá aprender a lidar com os estímulos que o prejudicam, a se adaptar socialmente e a se reestruturar depois de um novo episódio da doença. Servirá também para melhorar as condições da pessoa que apresenta a doença na forma de se relacionar com as pessoas ou de retomar trabalhos e estudos.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  94. Luiza 23 de maio de 2016 às 21:43 - Responder

    Equipe ABRATA,
    eu ainda não procurei ajuda profissional, portanto não fui diagnosticada. Mas tenho uma característica em relação à depressão que gostaria de saber se pode ser transtorno bipolar. Inconscientemente sei que tenho uma depressão “amena”. Nunca tive uma crise mais grave, mas vivo num estado de depressão. Num dia me sinto um pouco mais feliz, bonita. Noutro, de repente, fico sem vontade de sair de casa, muito desanimada. No meu relacionamento tenho mania de procurar coisas do passado dele. Depois de brigas, eu paço um período normal, de boa convivência. Mas, depois de mais um tempo, sinto impulsão por ficar procurando coisas, e pior, fico com vontade de achar para poder criar caso. No final sempre sofro
    Vocês poderiam me dar uma opinião sobre o que acontece comigo?

    Obrigada

    • Equipe Abrata 5 de março de 2017 às 10:47 - Responder

      Querida Luiza.

      Procure um médico psiquiatra para avaliar os sintomas que apresenta.

      As causas possíveis da depressão incluem uma combinação de fontes biológicas, psicológicas e sociais de angústia. Cada vez mais, as pesquisas sugerem que esses fatores podem causar problemas na função cerebral, incluindo a atividade anormal de certos circuitos neuronais no cérebro.

      A sensação persistente de tristeza ou perda de interesse que caracteriza a depressão pode levar a uma variedade de sintomas físicos e comportamentais. Estes podem incluir alterações no sono, apetite, nível de energia, concentração, comportamento diário ou autoestima.
      A depressão também pode ser associada a pensamentos suicidas.
      A base do tratamento geralmente inclui medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois. Cada vez mais, as pesquisas sugerem que esses tratamentos podem normalizar a função cerebral associada à depressão.

      Consequências da depressão não tratada:

      As consequências da depressão quando não tratada, pode fazer com que se torne uma doença grave e também causar danos adicionais.
      Quando a depressão não é tratada, não há dúvidas de que ela piora com o passar do tempo. Em seus casos mais graves, o paciente tem pensamentos suicidas frequentes, e o risco de cometer esse ato é maior quando não tem o tratamento.
      A depressão também pode fazer alguma outra condição médica ficar mais difícil de tratar. Estudos revelam que pacientes que tem depressão acabam morrendo em maior número do que pessoas que não tem a doença.
      Confira agora alguns dos danos que a depressão não tratada pode trazer:
      Danos cardiovasculares
      Quando o nível de serotonina no cérebro está desequilibrado fazem a capacidade do sistema nervoso central não funcionar corretamente. Com isso, o corpo não consegue responder bem as situações, e assim o sistema nervoso central libera adrenalina extra, que com o tempo causa danos irreversíveis ao sistema cardiovascular.
      A depressão também pode aumentar a inflamação endotelial, fazendo a tensão das artérias e vasos sanguíneos aumentar a viscosidade das plaquetas, e consequentemente aumenta o risco da formação de coágulos de sangue e ataques cardíacos.

      Aumento da mortalidade.
      Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças, pessoas que tem depressão e não tratam podem morrer até 25 anos mais cedo do que quem não tem a doença. Isto acontece principalmente pelas mudanças químicas no cérebro e os efeitos da depressão a longo prazo no corpo.

      Danos cerebrais.
      Quando a depressão não é tratada, ela pode fazer uma parte do cérebro conhecida como hipocampo diminuir de tamanho. Ao se recuperar da doença, o hipocampo volta ao seu tamanho normal.
      Mas, quando a depressão demora a ser tratada, o cérebro não consegue tem mais a capacidade de se recuperar, e assim o paciente corre maior risco de ter a doença permanente ou então ataques frequentes de depressão.

      Saúde física.
      Recentemente foram feitos estudos em pacientes com acidente vascular cerebral ou a doença arterial coronariana. Os estudos mostraram que os pacientes com depressão e que estão se recuperando de ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais, acabam achando muito difícil seguir as recomendações do médico e lidar com os problemas da doença.
      Outro estudo apontou que pacientes com depressão tem maiores chances de morrer nos primeiros meses após sofrerem um ataque cardíaco.

      Isolamento social.
      A serotonina é uma substância no cérebro que faz as pessoas se sentirem mais felizes e sociais. Quando essa substância está em desequilíbrio, o paciente vai começar a abandonar atividades que antes ele costumava sentir prazer, pois pensam que estas atividades não valem nem o esforço de sair de casa.
      É por isso que é tão normal pessoas com depressão não tratada ficaram o dia todo na cama, perder dias ou até mesmo semanas de trabalho, e parar de participar de encontros com familiares.
      Um sintoma comum da depressão é sentir que precisa ficar em casa com as janelas e cortinas fechadas, ignorar ligações telefônicas, emails, mensagens, ou qualquer outra coisa que faça ter o contato social.

      Cuide-se, está bem?

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  95. JR 13 de junho de 2016 às 10:23 - Responder

    MORO COM UMA PESSOA QUE É BIPOLAR HÁ 1 ANO, NAMORAMOS 3 ANOS E JÁ SABIA QUE ERA ASSIM, MAS EU ESTOU PIRANDO … AGORA DÁ VONTADE DE SUMIR E, AO MESMO TEMPO, SINTO QUE TENHO QUE AJUDÁ-LA. ESTOU FICANDO MALUCO SEM SABER O O QUÊ FAZER….

    • Equipe Abrata 25 de fevereiro de 2017 às 11:05 - Responder

      Olá JR.

      O Transtorno Afetivo Bipolar leva este nome por causa da alternância de dois estados emocionais básicos: a alegria e a tristeza. Assim como acontece nas doenças físicas, que muitas vezes representam excesso ou falta de algum elemento normalmente presente no corpo, muitas doenças da mente também representam alterações para mais ou para menos de aspectos emocionais comuns. O equivalente doentio da alegria recebe o nome de mania e o da tristeza, depressão. Estes equivalentes doentios dos aspectos emocionais constituem o que se denomina polos. Como são dois, entende-se o termo bipolar. O estado de bipolaridade é característico do chamado transtorno afetivo bipolar.
      Pois bem. Os sintomas do transtorno bipolar podem ser controlados com o tratamento medicamentoso combinado com
      psicoterapia.
      Muitas vezes os familiares e amigos também procuram apoio na terapia ou em grupos de ajuda.
      Se você residir na cidade de São Paulo ou na cidade de Santos, telefone (11) 3256-4831 para participar dos Grupos de
      Apoio Mútuo.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  96. Maria 19 de junho de 2016 às 20:06 - Responder

    Meu namorado faz tratamento contra depressão há bastante tempo mas não encara que a terapia e a atividade física são aliadas para efetividade no tratamento. Ele se irrita muito fácil e fica completamente fora de si. Isso já aconteceu em alguns momento comigo. Ele quando fica irritado faz uso de álcool de maneira compulsiva,apesar de ter consciência de que não pode beber ainda assim ele bebe. E sempre culpa os outros por ter chegado a esse momento. Eu acredito que ele não esta tomando a medicação correta pois toma florentina e bromazepan. Ele não quer concordar que eu vá no psiquiatra com ele para falar junto com ele. Como faço pra conseguir convencê-lo que não se trata de invasão de privacidade e, sim,para fazer a psiquiatra tomar conhecimento de coisas que ele deve esta omitindo. Por exemplo quando ele fica nervoso é praxe que vai beber e os efeitos são catastróficos, ele cai, se machuca roubam as coisas dele. Enfim fica num estado lamentável. Pelo que percebo ele não conta tudo para a psiquiatra. Enfim, o que gostaria é de poder participar da consulta mas com o consentimento dele para que não seja invasiva.

    • Equipe Abrata 25 de fevereiro de 2017 às 10:36 - Responder

      Prezada Maria.

      É importante o apoio de familiares às pessoas que têm transtorno bipolar e depressão. E verificamos que
      você está mais que interessada em auxiliar o seu namorado.
      Primeiramente, não force a situação demonstrando o desejo de estar com ele quando da consulta com a
      psiquiatra. Pode até acontecer de seu namorado paralisar o tratamento se se sentir desconfortável.
      Porém, nada impede que você fale com a profissional que o acompanha. Telefone para o consultório e
      veja se há possibilidade de ser atendida.
      E aqui vão algumas dicas importantes:

      Confira abaixo outras 10 dicas que separamos para você saber lidar com o TB:

      Apoie o paciente em momentos difíceis. Mantenha os medicamentos na dose certa e no horário prescrito;
      Seja firme e tenha paciência. Isso porque o relacionamento com o paciente em euforia pode ser desgastante;
      Detecte com o paciente os primeiros sinais de uma recaída; se ele considerar como intromissão, afirme que seu papel é auxiliá-lo;
      Fale com o médico em caso de suspeita de ideias de suicídio e desesperança;
      Estabeleça regras de proteção durante fases de normalidade do humor, como retenção de cheques e cartões de crédito em fase de mania;
      Auxilie a manter boa higiene de sono e programe atividades antecipadamente.
      Não exija demais do paciente e não o superproteja; auxilie-o a fazer algumas atividades, quando necessário;
      Evite demonstrar sinais de preconceito que favoreçam ao abandono do tratamento;
      Aproveite períodos de equilíbrio para diferenciar depressão e euforia de sentimentos normais de tristeza e alegria;
      Participe de terapias familiares em grupo, conjugal e orientações psicoeducacionais.
      .
      Abs.
      Equipe ABRATA.

  97. Luiz Silva 27 de junho de 2016 às 09:26 - Responder

    Vivia um sonho encantado. Casei apaixonado e ela por mim. A medida que os primeiros anos passaram ela passou a manifestar insegurança com relação ao meu amor:dizia que eu “não cuidava dela como antes”, quando na verdade oque ocorrera foi que amor estava consolidado e agora podemos dizer que “fase da paixão” estivesse em segundo plano. Nunca entendi aquilo. Agravou. Fomo para terapia. A terapeuta um dia me disse: “ela se recusa a tratar questões importantes na vida dela. estou temendo , pois um dia você vai “encher o saco” e entrarão em circulo vicioso: ela cobra- você se magoa”.
    Foi mais ou menos assim. A vida seguiu. Prosperidade financeira. Filhos, férias de sonho, casa bonita…mas a insegurança dela sempre minava tudo e minhas mágoas por ela não acreditar no meu amor também.
    Mudamos de fase: ela agora me agredia (moralmente) por não se sentir amada e eu passeia revidar da mesma forma. Uma disputa diária, pois a critica a conduta de um era rebatida pela critica na conduta do outro. E ela criticava absolutamente tudo. Cansei de revidar e me afastei. Dois juntos , mas cada dia mais estranhos.
    Quando tudo já estava bem crítico, a primeira filha com 6 anos, tudo parecia ruir, já estávamos “separados” emocionalmente. Veio a segunda filha. Lembro que levei um buque de rosas brancas para casa, quando do resultado do exame de gravidez se confirmou. Eu queria PAZ. Não veio. Ela sempre cobrando um afeto que , por Deus!, eu dava e nunca preenchia!
    Ao final da licença maternidade ela “surtou” teve crise de pânico e ansiedade. Teria de voltar a escola para lecionar – onde já exercia com maestria o cargo há quase 20 anos, sendo uma das mais bem sucedidas carreiras de toda aquela rede de ensino – e tinha medo de não conseguir . Alegava medo de separação da filha, mas já passara por essa separação quando a filha mais nova nasceu e não teve nenhum problema. Tudo era par ser mais fácil com a chegada do segundo filho e não foi. Foi o pior desastre (não o filho – amadíssimo – mas a conduta da vida dela a partir daí).
    Foi para o psiquiatra para tratar o transtorno.
    Passou a usar antidepressivo (lexapro) e voltou a escola (que havia mudado de mantenedora durante a licença maternidade – talvez muito do pânico tenha tido essa origem. Ela, estrememanete controladora, não sabia como enfrentar uma nova proposta de ensino em seu emprego, uma nova realidade).
    Com seis meses de tratamento abandonou. O psiquiatra me chamou dizendo: “ela abandonou. Não pode ser obrigada. Vai ter que manter a medicação a vida toda, uma vez que se recusa a tratar a causa, traves da terapia.”
    Com o tempo foi negligenciando a medicação, parava de tomar, falhava e a vida ia se transformando num inferno. Controladora, critica, irritada o tempo todo dizia que a culpa de tudo que lhe acontecera era (e ainda é , até hoje) minha porque eu não há amava.
    Como assim, eu não a amava? E toda vida que construímos? Casa, filhos, sonhos? Isso não é amor? Para ela não é, pois não é manifestado da forma que ela quer que seja: beijos, abraços, carinhos sem ter fim, 24 horas por dia.
    Minha pergunta pra ela sempre foi: como abraçar e beijar 24 horas por dia um “porco espinho” ou a rosa mais espinhenta do roseiral?” , Pois é assim que me sinto: ferido em minha auto estima em meu papel de homem , pai e profissional, por ela que me critica e controla o tempo todo. Como amar alguém assim?
    Me acusa de doente e pediu que eu entrasse em terapia e usasse medicação, posi com certeza_na opinião dela_ eu tenho algum transtorno grave.
    São oito naos nesse sofrimento. Sinto que meu amor agora acabou. Cheguei ao limite. Ela percebe e usa meus filhos como refém. sabe que por eles não saio de casa e me agride moralmente dia-a- dia. Antes caia na asneira de revidar, mas agora não revido. Saio de perto para que os filhos (15 e 8 naos) não ouçam as barbaridades. No entanto ela usa a filha menor para desabafar suas infelicidades e me culpar. Resultado: a filha menor esta em psicologo, cheio de medos com relação mãe (medo da mãe sofrer) e a adolescente diz que não aguenta aquela casa de loucos .
    Saí do quarto, o qual já não usava mais há anos.
    Cansei.
    Hoje tenho convicção de que, ao ler o artigo, sou casado com uma pessoa doente que se recusa a tratamento, e isso é o grande problema de nossa família.
    Ela agora já esta fria e distante comigo, já diz que encheu de minha falta de amor, agra pressiona para eu sair de casa, mesmo sabendo que sou apegado a família e
    aos filhos (um pai participativo e carinhoso) e que isso vai me arrasar, principalmente porque ela vai deixar claro para eles que a saída foi intenção e ação minha e não dela. Que eu abandonei o barco.
    Não vejo saída no meu caso senão a separação até mesmo porque , depois de anos, eu vi que mereço ser feliz também e que sou especial, sou importante e mereço ser amado sem ter que pagar preço tão alto por esse amor. E o pior: para ela, ao sair de casa e reconstruir a vida – o que é para mim um fracasso e o inicio de um nova fase – para ela vai ser a consolidação da sua primeira dúvida, lá do inicio dessa história; “ele não me ama”.
    Alguém aqui tem duvidas do meu amor?
    Obrigado
    L

    • Equipe Abrata 5 de julho de 2016 às 16:08 - Responder

      Caro Luis

      Infelizmente quando uma pessoa recebe um diagnóstico de transtorno mental, de uma doença crônica e não aceita fazer o tratamento, ou mesmo não aceita a doença, os relacionamentos afetivos ficam muito complexos, para todos. Para a família inteira, cônjuge, filhos… as relações cotidianas tornam-se sofridas, conflituosas. A relação profissional e social, também ficam comprometidas.
      Por vezes a doença pode dominar a vida da pessoa, a ponto de ela se esquecer de seus pontos fortes e de suas capacidades. Principalmente quando não faz uso das medicações e nem busca apoio com um psicólogo. Apoio essencial para oferecer suporte, entendimento acerca da doença, aderir ao tratamento, assim como apoiar nas relações interpessoais, que sempre sofrem desgastes, as irreparáveis.
      Sabemos que a pessoa ao receber o diagnóstico, assim como toda a família, pode passar por uma fase natural de luto ao interiorizar seu transtorno bipolar. Poderá negar a doença ou vivenciar um sem­-número de emoções diferentes, como tristeza, raiva ou vergonha. Pode demorar algum tempo até que a pessoa se ajuste à doença. O termo “recuperação” é usado para descrever “a forma de viver a vida de modo satisfatório, esperançoso e produtivo, mesmo com as limitações impostas pela doença.
      Luis reflita sobre a possibilidade de vc e seus filhos receberam um apoio psicológico considerando a sua decisão de interromper o casamento devido aos desgastes que sofreram e parecem sofrer. Quem sabe com o apoio de um profissional este processo poderá ser mais suave, evitando mais conflitos emocionais e também cuidando da preocupação que vc relata dos seus filhos ficarem com a imagem de vc “pulou fora do barco”. A decisão de enfrentar um fim de casamento é muito difícil, sofrida e angustiante, mesmo como decidimos que é esse o caminho a tomar. Enfrentar este momento com o apoio de um profissional, poderá ser menos doloroso para os seus filhos, prá vc e mesmo para a sua mulher.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  98. Alguém 29 de junho de 2016 às 09:51 - Responder

    Eu estou tão cansada, esgotada e sem saber mais o que fazer e como fazer!
    Sou casada a 9 anos com um bipolar II e que não aceita o diagnostico, tem quadro depressivo direto e está sem tratamento e sem remédio há muito tempo e fala que não vai procurar ajuda!
    Conclusão: Não tenho paz, sou agredida verbalmente todos os dias, xinga td mundo, fica transtornado! Tem ódio extremos das pessoas e se fizeram algo que contrariou ele, pronto! Vira inimigo mortal!
    Sempre tive paciencia, mas acho que meu casamento está no fim!
    Tudo o que acontece de ruim na vida dele a culpa é minha! Procuro não responder, mas mesmo calada estou errada! Daí qdo peço pra parar ele fala, tá vendo não aguenta ouvir a verdade, vc tem q ouvir e ficar quieta…. e por aí vai!
    Alguém pode me ajudar?
    Tenho 3 filhos, e o mais velho já apresenta algumas caracteristicas do pai!

    • Equipe Abrata 6 de julho de 2016 às 21:34 - Responder

      Olá Alguém

      Imaginamos o tamanho do seu cansaço. Convencer um adulto de que precisa de tratamento para ter uma vida com mais qualidade, saúde e bem estar, ser produtivo, conviver socialmente e no ambiente familiar, não é nada fácil. Como muitas situações que surgem no decorrer da vida, com ou sem a presença de uma doença, chegamos num momento que será necessário dar um limite. Fazer escolhas difíceis. De seguir em frente, permanecer onde está, dar mais uma oportunidade, recuar, enfim….
      A aceitação do tratamento não é algo tão simples como pode parecer à primeira vista. Aderir a um tratamento significa entrar em concordância com a conduta proposta pelo médico e equipe terapêutica. Para que isso aconteça, é necessário que a pessoa doente tenha:Capacidade de se perceber doente. Aceitação do diagnóstico. Informação sobre o transtorno e seu tratamento. Aliança terapêutica. Psicoterapia e grupos de autoajuda. Apoio da família e amigos. E, infelizmente, as vezes não é garantia de adesão.
      A falta de adesão ao tratamento não é exclusiva dos transtornos do humor, acontece com várias doenças. É muito frequente em bipolares – mais de um terço abandonam o tratamento duas ou mais vezes e não comunicam o médico.
      Claro que não há solução mágica, um tratamento só acontece e é efetivo se houver uma participação ativa e concordante por parte do paciente. No entanto, é possível tentar um caminho (muitas vezes árduo e demorado) para tentar sensibilizar alguém que se suspeita sofrer de um transtorno do humor a, pelo menos, admitir que pode estar precisando de atenção especializada.
      Mas sugerimos a vc a leitura do livro Guia para Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar que está disponíveis no site da ABRATA. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares. Convide o seu marido também. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h. A participação nos Grupos podrã lhe ajudar muito. Pois encontrará pessoas que vive situações parecidas com a sua.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  99. clara 7 de julho de 2016 às 15:48 - Responder

    Orem muito! Não adianta se desgastar. Eu estava ficando doente de tanta preocupação e e nada que eu fazia surtia efeito. Agora só peço a Deus pela cura da pessoa que amo e para que o Espírito Santo atue em sua mente. Mesmo tratando, sempre faz que sabe que não deve fazer e, logo, vem outro surto. A depressão é horrível! Mas eles não conseguem sair desse ciclo vicioso. Só Deus mesmo, que pode fazer o impossível! Orar nós podemos! É isso que estou fazendo neste momento.

    • Equipe Abrata 17 de julho de 2016 às 12:12 - Responder

      Prezada Clara

      A maioria das pessoas necessita de uma crença para enfrentar as adversidades que a vida impõe. Somos sabedores de que buscar ou ter alguma religião pode melhorar a qualidade de vida e a capacidade de suportar as adversidades e a medicina, hoje, reconhece esse caminho. Mas, isso não quer dizer que seja a única forma de tratamento para uma doença crônica ou mesmo um transtorno bipolar. Procurar pelo tratamento medicamentoso, consultar-se com um psiquiatra, tomar as medicações indicadas e se possível fazer a psicoterapia são atitudes essenciais para o enfrentamento de qualquer doença.
      Abraços
      equipe ABRATA

  100. Dada da Silva 14 de julho de 2016 às 15:00 - Responder

    Haja paciência com essas pessoas. Meu filho tem este problema há 10 anos, e outro dia arranjou briga no trânsito , querendo matar o outro motorista , Tive de dizer que era doido, pois ia sair morte, então o motorista deixou pra lá, mais meu filho perseguiu o cara, quase foi fatal.

    • Equipe Abrata 24 de fevereiro de 2017 às 17:46 - Responder

      Olá Dada da Silva.

      A família tem que ter paciência e muito amor para lidar com familiares bipolares.
      Porém, com o tratamento apropriado e com disciplina, a pessoa pode ficar estabilizada.
      É importante, também, contar com a ajuda de um terapeuta.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  101. Silvassauro 14 de julho de 2016 às 15:05 - Responder

    Meu filho tem este problema há 10 anos, e outro dia arranjou briga no trânsito , querendo matar o outro motorista. Tive de dizer que era doido, pois ia sair morte, então o motorista deixou pra lá, mais meu filho perseguiu o cara, quase foi fatal.Estava descompensado , medicação sem efeito e ele parte para agressão. Depois fica dormindo até passar e volta como nada tivesse acontecido.

    • Equipe Abrata 2 de fevereiro de 2017 às 09:36 - Responder

      Olá Silva.
      É sabido que os transtornos mentais causam grave problemas nos relacionamentos em geral. Entretanto, sabe-se, também, que os sintomas podem
      ser controlados quando a pessoa faz um acompanhamento médico frequente e, também, psicoterapia. O transtorno afetivo bipolar, por exemplo,
      é uma doença com causas biológicas, neuroquímicas e psicossociais em que existe uma alteração do humor, cujos sintomas podem ser classificados
      da seguinte forma: episódios depressivos alternando com episódios de euforia (mania ou hipomania), dependendo da intensidade e da duração e
      casos em que há uma mescla dos episódios depressivos com os de euforia. Para que haja a estabilização da doença, os especialistas realçam
      algumas providências importantes: tratamento medicamentoso aliado à psicoterapia, além da participação da família e de amigos para prevenir
      recaídas e, consequentemente, no incremento da qualidade de vida para o ente querido e para a própria família como um todo. Sugerimos, também,
      a leitura do livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOAS COM TRANSTORNO BIPOLAR, que você pode baixar gratuitamente no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx.
      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  102. Preto 29 de julho de 2016 às 17:08 - Responder

    Eu amo uma pessoa com transtorno afetivo que compartilho esse artigo no facebook e estou publicando este comentário para que Paula saiba disso, como uma prova de amor que embora hoje distante jamais deixou de existir.

    • Equipe Abrata 29 de julho de 2016 às 18:26 - Responder

      Caro Preto

      Publicamos o seu amoroso depoimento.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

    • Oliveira 23 de outubro de 2016 às 22:41 - Responder

      Eu amo uma mulher diagnosticada com depressão bipolar, é muito difícil, hoje não estamos mais juntos, somos apenas amigos , tem 2 anos que nos separamos, mas a amo muito faria tudo por ela, mas é difícil saber o que fazer.

      • Equipe Abrata 7 de fevereiro de 2017 às 10:12 - Responder

        Prezado Oliveira.

        A depressão bipolar é a depressão que afeta as pessoas diagnosticadas com transtorno bipolar. Este transtorno se caracteriza pela oscilação do humor entre os polos depressivo e eufórico/agitado, podendo também apresentar-se como uma mistura dos sintomas de ambas as polaridades.
        E é importante que pessoas com você continuem apoiando os pacientes a fim de continuarem a se cuidar, fazendo o tratamento
        com disciplina.
        A sua participação nesse contexto proporcionará a ela grande segurança.
        Se quiser conhecer mais sobre o assunto, leia as matérias publicadas em nosso site, blog e facebook. Sugerimos também que vc assista aos vídeo da ABRATA disponíveis no youtube ABRATA.

        Abs.
        Equipe ABRATA.

  103. Laercio Cardoso 25 de agosto de 2016 às 15:46 - Responder

    Terminei recentemente um relacionamento conjugal de 2 anos com uma pessoa que sofre de Transtorno Bipolar, pois de manhã ela estava bem e no final do dia estava hiper estressada, mau humorada, briguenta e agressiva com palavras, não suportei e saí de casa, pois no aguentava mais …

    • Equipe Abrata 20 de fevereiro de 2017 às 17:23 - Responder

      Olá Laercio.

      Indicamos a você a leitura do artigo publicado no site da ABRATA, que tem como título: TRANSTORNO BIPOLAR: UM PROBLEMA QUE AFETA OS RELACIONAMENTOS.
      Segue uma pequena amostra do texto sugerido:

      … O tipo de oscilação causada pelo transtorno leva a um desgaste. Em especial ao desgaste da relação com o cônjuge. Se em algum momento esse comportamento é visto como algo da personalidade da pessoa, aos poucos os ciclos se tornam claros. Mas pode acontecer o contrário – inicialmente os ciclos serem espaçados e bem definidos e com o passar dos anos se tornarem mais constantes e contínuos.
      Abs.
      Equipe ABRATA.

  104. Vania 29 de agosto de 2016 às 01:12 - Responder

    Meu marido teve um surto e foi diagnosticado com transtorno bipolar. A fala da especialista sobre a perda de sensibilidade, sentimentos e afeto – o que significa o aumento do distanciamento, superficialidade e frieza do paciente – me tocou especialmente porque é do que mais sofro eu, que amo uma pessoa bipolar. Mas queria saber, com a melhora do paciente, pelo tratamento, essa característica entra em remissão?

    • Equipe Abrata 1 de setembro de 2016 às 16:29 - Responder

      Olá Vania

      O tratamento para a pessoa com diagnostico de bipolaridade, quanto seguido corretamente, são eficazes, levando a remissão dos sintomas. O uso correto da medicação e alterações na rotina de vida, possibilita, em algumas semanas, reverter um quadro grave de mania/euforia. A doença não tem cura, mas as pessoas melhoram, recebem alta e reassumem suas atividades do dia dia e os sintomas citados em sua mensagem vão reduzindo e “retornando”.
      Ressaltamos também, como qualquer pessoa que precisa de um tratamento a longo prazo, a maioria das pessoas com transtorno bipolar poderão ter períodos de falta de aderência ao tratamento, principalmente quando percebem que houve remissão dos sintomas, mas eles precisam entender que a interrupção abrupta da medicação vai acelerar uma recaída depressiva ou mania.
      Os grupos de apoio, como oferecidos pela ABRATA e de psicoeducação para a pessoa com a doença e os familiares ajudam muito para que toda a família entenda melhor o problema e lide melhor com ele.
      No site vc também poderá baixar o livro GUia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e encontrará muitas dicas sobre como lidar com o seu marido durante os episódios e em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Sugerimos também a leitura do artigo, DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?. Muito interessante! Link: https://www.abrata.org.br/site2022/?p=1757#
      Abraços
      Equipe ABRATA

      • Vania 1 de setembro de 2016 às 19:33 - Responder

        Agradeço demais a resposta. Que pena que vocês estão em São Paulo e nós no Rio de Janeiro. Mas sigo o site e estou conseguindo entender melhor sobre o transtorno.
        Muito obrigada novamente.

        • Equipe Abrata 5 de novembro de 2016 às 18:19 - Responder

          Obrigada Vânia
          Conte co a ABRATA.
          Abraços
          Equipe ABRATA

  105. Daniela 5 de setembro de 2016 às 09:37 - Responder

    Bom dia equipe Abrata.

    Sou casada há 6 anos com um bipolar que não aceita tratamento. Temos um filhinho de 4 anos.
    Faço terapia para dar conta da situação. Estou depressiva e cheguei ao meu limite. Ele me ensinou a desgostar dele. O amor e a admiração que eu sentia por ele, acabaram.
    Nunca discuto com ele, sempre me calo. Tenho a consciência tranquila de que fiz tudo o que podia.
    Agora tomei a decisão de me separar. Acredito que meu filho terá mais qualidade de vida e eu terei paz.
    Tenho o apoio dos meus pais e irmãos.
    Gostaria do conselho de vcs, um forte abraço!

    • Equipe Abrata 16 de fevereiro de 2017 às 10:53 - Responder

      Querida Daniela.

      A questão colocada por você é bastante pessoal e a decisão deve partir de você, com o devido apoio familiar.
      Sabemos que o transtorno bipolar é uma doença séria e que pode ser controlada com tratamento medicamentoso e psicoterapia.
      A adesão ao tratamento medicamentoso é fundamental para conseguir a estabilidade. No entanto, muitas pessoas se negam a
      admitir que têm a doença, que é crônica, e que precisam tomar medicamentos continuamente para tratá-la.
      Desconhecem que, com o tratamento adequado, reduzem-se as chances de recorrência de crises, é possível ter controle da
      evolução do transtorno, reduzem-se as chances de suicídio, e que podem levar uma vida mais saudável.
      Sugerimos que se consulte com um psicoterapeuta para que seja possível a organização dos seus sentimentos e, se tiver
      que se separar de seu marido, o faça com muito segurança.

      Um grande abraço.
      Equipe Abrata.

  106. Gaby 9 de setembro de 2016 às 13:58 - Responder

    Olá.
    Sou casada há 1 ano e 5 meses . Meu marido tem essa doença, e quando está em crise se afasta completamente de mim , sofro bastante por esse motivo ..o quê fazer para melhorar ?

    • Equipe Abrata 13 de fevereiro de 2017 às 09:09 - Responder

      Olá Gaby.

      O Transtorno Afetivo Bipolar é centrado nas alterações do humor, subdividindo-se em dois polos da doença: o humor depressivo e o humor eufórico, também caracterizado como a fase de mania da doença. Entretanto, não é apenas o humor que sofre alteração no transtorno bipolar, algumas funções cerebrais também sofrem alterações como as que estão relacionadas com os ritmos biológicos: o sono, o apetite, o controle dos movimentos do corpo, a memória, a concentração, a impulsividade, e os desejos e vontades, inclusive o sexual que podem aumentar ou diminuir dependendo em que polo da doença esse paciente esteja.
      As mudanças que ocorrem com o portador do transtorno bipolar acabam gerando sofrimento não só para eles, mas também para seus familiares, trazendo bastante desconforto, principalmente quando esse indivíduo está na fase de mania.

      Embora seja uma doença séria, o transtorno bipolar pode ser tratado. O tratamento é à base de medicamentos para controlar os sintomas. Recomenda-se,
      também a psicoterapia como valioso instrumento para organizar as emoções e os sentimentos.
      Dessa forma, o seu marido deve continuar com o tratamento.
      O apoio familiar é indispensável.
      Sugerimos a você a leitura do livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR, que pode ser baixado no endereço:
      https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  107. Deise 16 de setembro de 2016 às 20:52 - Responder

    Olá
    Tenho um filho de 17 anos e recentemente
    Foi diagnosticado bipolar nesse período meu filho foi embora de casa e diz me odiar eu sempre fui a pessoa mais próxima dele e agora ele me ignora e diz que tem medo de mim

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2017 às 19:24 - Responder

      Deise
      Obrigada pelo contato e desculpe-nos pela demora em lhe responder. Estivemos um período sem voluntários para esta atividade.
      Na adolescência há uma dificuldade em aceitar ter uma doença, ainda mais uma doença psiquiátrica.
      O primeiro movimento é este mesmo, se revoltar e culpar o mundo pelos seus problemas.
      Neste momento será essencial buscar manifestar muita tranquilidade e calma, apesar de que sabemos o quanto é complexo os pais lidaram com o jovem nesta idade, e um pouco mais complexo quanto surge uma doença. Sugerimos que converse com quem ele está morando e vá tentando uma aproximação.
      Acompanhe a distância o quadro dele e vá tentando se aproximar com dicas de livros e site, tudo com muito amor.
      No site da ABRATA vc também poderá baixar o livro – Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Assita também as palestra psicoeducacionais disponíceis no youtube ABRATA. https://www.youtube.com/user/abrataorg
      Abraço equipe ABRATA

      • Equipe Abrata 30 de janeiro de 2017 às 19:16 - Responder

        Deise
        Deve estar sendo muito difícil para você lidar com o diagnóstico e o afastamento do seu filho.
        Esta reação que ele apresentou pode ser devido ao medo do diagnóstico, falta de conhecimento e uma tendência que os filhos tem de culpar os pais pelo que lhes acontecem de ruim,
        Não fique chateada com ele, tente diferentes formas de abordagem.
        É importante, para ajuda-lo que você estude sobre o transtorno, quanto mais souber, mais poderá ajudar. Informe também o seu filho.
        Tente incentivar seu filho a falar com você, escute-o atentamente e aconselhe naquilo que ele pedir ou quando houver oportunidade. Mas, sempre com um tom de voz suave e evitando discussões.
        Cuide de você, e se você se sentir abatida ou sem recursos, procure ajuda de familiares ou profissionais da saúde, mas não perca o controle. Frequente um grupo de apoio para familiares ou amigos de pessoas com Transtorno Bipolar.
        Abs
        Equipe ABRATA

  108. Rodrigo 23 de setembro de 2016 às 14:54 - Responder

    Olá.

    Tenho vivido hà 14 anos algo similar em minha vida. Minha esposa tem oscilação absurda do humor. Sempre acha que a forma que ela pensa e faz é a correta e não há outro meio de se atingir um objetivo. De tempos em tempos, temos discussões sobre os mesmos temas, alguns já encerrados, mas o assunto volta e ela age como se tivesse sido há poucos minutos,revive o problema, age agressivamente, chegando a me agredir fisicamente, me morder, quebrar objetos de casa. Tudo isso seja na frente de quem estiver. O pai dela e irmã são iguaizinhos. Ofendem, mas se sentem ofendidos, ninguém presta ou sabe fazer nada se for de forma diferente da deles. Ela gasta demais, mesmo com coisas que deixa a casa mais elegante (contudo em momento errado e com objetos desnecessários) como trocar sofá da sala, dormitórios das crianças, dar presentes, mesmo que tenhamos outras contas para pagar, antes de fazer novas dívidas. Nada é programado, tudo é de “sopetão”, deu na telha faz. E, de repente, vem a depressão, aí diz que não cuido dela, não me importo com ela, que está gorda e eu irei atrás de outras mulheres, e como muitos já disseram, de tempos em tempos, quer se divorciar, pois não me aguenta e não aguenta minha família. Mês sim e outro tabém “me põe para fora de casa”. Como ela é advogada, já chegou a deixar uma petição de divórcio pronta. Sofro muito pois já cheguei a falar com ela sobre o tema, inclusive mostrar o site, vídeos. Hoje ela toma remédios para depressão, para não ter que se tratar como bipolar, antes nem isso fazia, hoje aceita para dizer que está se cuidando. Hoje já tivemos discussão quanto à minha família e a dela (sempre há uma competitividade, comparação e a dela é sempre melhor). Na época de depressão, dorme bastante, ou fica com insônia, dizendo que a mente não pára de trabalhar, manda mensagens para o celular para não esquecer de fazer alguma coisa, comprou uma loja de roupa infantil, mesmo eu dizendo que o ponto não era bom e que para tal investimento era necessário cautela e pesquisa, conclusão, com a crise, vendemos a loja, temos dívidas enormes até hoje por causa disso, e ela recentemente ainda me disse (como se fosse comprar uma peça de roupa) que estava pensando em comprar um apartamento na cidade de Mogi das Cruzes, como investimento (sendo que male-má temos dinheiro para pagar nossas contas). Não sei mais o que fazer.

    • Equipe Abrata 11 de fevereiro de 2017 às 11:19 - Responder

      Prezado Rodrigo.

      Aparentemente, a sua esposa apresenta sinais do transtorno bipolar.
      Entenda o que é essa doença:

      Transtorno afetivo bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo. Sua característica mais marcante é a alternância, às vezes súbita, de episódios de depressão com os de euforia (mania e hipomania) e de períodos assintomáticos entre eles. As crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave), frequência e duração.

      As flutuações de humor têm reflexos negativos sobre o comportamento e atitudes dos pacientes, e a reação que provocam é sempre desproporcional aos fatos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles.

      Em geral, essa perturbação do humor se manifesta tanto nos homens quanto nas mulheres, entre os 15 e os 25 anos, mas pode afetar também as crianças e pessoas mais velhas.

      Tipos

      De acordo com o DSM.IV e o CID-10, (manuais internacionais de classificação diagnóstica), o transtorno bipolar pode ser classificado nos seguintes tipos:

      1) Transtorno bipolar Tipo I

      O portador do distúrbio apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a vários meses. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.

      2) Transtorno bipolar Tipo II

      Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador.

      3) Transtorno bipolar não especificado ou misto

      Os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número nem no tempo de duração para classificar a doença em um dos dois tipos anteriores.

      4) Transtorno ciclotímico

      É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento instável ou irresponsável.

      Causas

      Ainda não foi determinada a causa efetiva do transtorno bipolar, mas já se sabe que fatores genéticos, alterações em certas áreas do cérebro e nos níveis de vários neurotransmissores estão envolvidos.

      Da mesma forma, já ficou demonstrado que alguns eventos podem precipitar a manifestação desse distúrbio do humor nas pessoas geneticamente predispostas. Entre eles, destacam-se: episódios frequentes de depressão ou início precoce dessas crises, puerpério, estresse prolongado, remédios inibidores do apetite (anorexígenos e anfetaminas), e disfunções da tireoide, como o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.

      Diagnóstico

      O diagnóstico do transtorno bipolar é clinico, baseado no levantamento da história e no relato dos sintomas pelo próprio paciente ou por um amigo ou familiar. Em geral, ele leva mais de dez anos para ser concluído, porque os sinais podem ser confundidos com os de doenças como esquizofrenia, depressão maior, síndrome do pânico, distúrbios da ansiedade. Daí a importância de estabelecer o diagnóstico diferencial antes de propor qualquer medida terapêutica.

      Sintomas

      Depressão: humor deprimido, tristeza profunda, apatia, desinteresse pelas atividades que antes davam prazer, isolamento social, alterações do sono e do apetite, redução significativa da libido, dificuldade de concentração, cansaço, sentimentos recorrentes de inutilidade, culpa excessiva, frustração e falta de sentido para a vida, esquecimentos, ideias suicidas.

      Mania: estado de euforia exuberante, com valorização da autoestima e da autoconfiança, pouca necessidade de sono, agitação psicomotora, descontrole ao coordenar as ideias, desvio da atenção, compulsão para falar, aumento da libido, irritabilidade e impaciência crescentes, comportamento agressivo, mania de grandeza. Nessa fase, o paciente pode tomar atitudes que reverterão em danos a si próprio e às pessoas próximas, como demissão do emprego, gastos descontrolados de dinheiro, envolvimentos afetivos apressados, atividade sexual aumentada e, em casos mais graves, delírios e alucinações.

      Hipomania: os sintomas são semelhantes aos da mania, porém bem mais leves e com menor repercussão sobre as atividades e relacionamentos do paciente, que se mostra mais eufórico, mais falante, sociável e ativo do que o habitual. Em geral, a crise é breve, dura apenas uns poucos dias. Para efeito de diagnóstico, é preciso assegurar que a reação não foi induzida pelo uso de antidepressivos.

      Tratamento

      Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.

      De acordo com o tipo, gravidade e evolução da doença, a prescrição de medicamentos neurolépticos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e estabilizadores de humor, especialmente o carbonato de lítio, tem-se mostrado útil para reverter os quadros agudos de euforia e evitar a recorrência das crises. A associação de lítio com antidepressivos e anticonvulsivantes tem demonstrado maior eficácia para prevenir recaídas. No entanto, os antidepressivos devem ser utilizados com cuidado, porque podem provocar uma guinada rápida da depressão para a euforia, ou acelerar a incidência das crises.

      A psicoterapia é outro recurso importante no tratamento da bipolaridade, uma vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas características da doença, ajuda a prevenir a recorrência das crises e, especialmente, promove a adesão ao tratamento medicamentoso que, como ocorre na maioria das doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida.

      Recomendações

      Portadores de transtorno bipolar e seus familiares precisam estar cientes de que:

      * seguir o tratamento à risca é a melhor forma de prevenir a instabilidade emocional e a recorrência das crises, o que assegura a possibilidade de levar vida praticamente normal;

      * os remédios podem não fazer o efeito desejado logo nas primeiras doses que, muitas vezes, precisam ser ajustadas ao longo do tratamento;

      * crises depressivas prolongadas sem tratamento adequado podem aumentar em 15% o risco de suicídio nos pacientes bipolares;

      * o paciente pode procurar alívio para os sintomas no álcool e em outras drogas, solução que só ajuda a agravar o quadro;

      * alternar a fase de depressão com a de mania pode dar a falsa sensação de que a pessoa está curada e não precisa mais de tratamento;

      * a família pode precisar também de acompanhamento psicoterápico, por duas diferentes razões: primeira, porque o distúrbio pode afetar todos que convivem diretamente com o paciente; segunda, porque precisa ser orientada sobre como lidar no dia a dia com os portadores do transtorno.

      Pois bem. Você, ou outro pessoa da confiança de sua esposa, terá de conversar com ela para rever o diagnóstico e fazer o tratamento adequado.
      Pessoas com o diagnóstico de depressão não têm a energia manifesta em sua esposa. Talvez seja transtorno bipolar.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  109. eduarda 24 de setembro de 2016 às 12:15 - Responder

    Meu esposo é diagnosticado com transtorno bipolar estou gravida de 7 semanas, meu bebe pode nascer com transtorno bipolar porque ele tem.

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2017 às 19:15 - Responder

      Prezada Eduarda,
      Desculpe-nos pela demora em responder. Passamos por um período sem voluntários para responder as mensagens.
      O transtorno bipolar tem, dentre suas causas, a presença de fatores genéticos. Estima-se que, quando um dos pais é portador do transtorno bipolar, o filho terá cerca de 25% de chance de desenvolver o transtorno. Ocorre que os fatores genéticos não são a única causa envolvida. O que o filho herda é uma predisposição para desenvolver a doença, mas pode acontecer de o indivíduo ter a predisposição para a doença e não manifestá-la. Assim como uma pessoa pode ter predisposição para o diabetes e nunca ficar diabética, especialmente se fizer uma dieta pobre em carboidratos.
      É importante você saber que um ambiente tranquilo, com alimentação adequada, rotina de sono, alimentação e atividades moderadas pode reduzir as chances de uma criança predisposta de manifestar os sintomas do transtorno.
      Queremos dizer com tudo isso que, se o seu marido tem transtorno bipolar, seu filho tem uma chance de 25% de herdar a tendência a manifestar essa doença, mas tem 75% de não herdar.
      O importante é sempre ficar atenta, conversar sobre isso com o pediatra que acompanhar seu filho ou filha e, diante de alguma dúvida, procurar um atendimento especializado para orientação sobre medidas preventivas ou de tratamento, se for o caso.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  110. DDD 8 de outubro de 2016 às 03:59 - Responder

    Minha esposa foi medicada para depressão e deixou a fase maníaca aguda, começou com ciúmes doentios, passou para raiva e agora fala que o primeiro namorado é o amor da vida dela. Isso terá remissão ou será que é o fim do meu relacionamento? Ela está obcecada com isso e foi até atrás dele.

    • Equipe Abrata 10 de fevereiro de 2017 às 11:27 - Responder

      Olá DDD.

      Se a sua esposa foi diagnosticada com transtorno bipolar, é fundamental que siga o tratamento à risca e que se apoie,
      também, na psicoterapia porque as suas emoções e sentimentos estão ainda a merecer ajuda.
      Atualmente, o tratamento mais indicado para o transtorno bipolar é uma combinação de medicamentos e terapia.
      Um tratamento adequado com acompanhamento correto pode ajudar a pessoa com transtorno bipolar a ter uma vida produtiva,
      com qualidade e satisfação.
      O transtorno bipolar é uma doença séria cujo tratamento é por toda a vida.
      Porém, com disciplina e persistência, quem sofre com o transtorno bipolar pode alcançar a remissão dos sintomas.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  111. Claudia 17 de outubro de 2016 às 02:09 - Responder

    Meu namorado é bipolar. Preciso de ajuda.

    Claudiamoraes85@hotmail.com

    • Equipe Abrata 9 de fevereiro de 2017 às 10:31 - Responder

      Olá Claudia.

      O transtorno bipolar pode causar grande impacto na rotina e no funcionamento das relações familiares e interpressoais.
      Por isso é fundamental que todos estejam envolvidos no tratamento, conhecendo a doença, a medicação e os efeitos na
      rotina do paciente.
      Com informações suficientes, os familiares poderão ajudar num tratamento adequado, evitando recaídas e alcançando
      melhores resultados, inclusive com um ambiente menos estressante.
      Algumas dicas:
      – Tratar o assunto com naturalidade;
      – Encorajar o paciente a procure tratamento;
      – Incentivar a adoção de um estilo de vida saudável;
      – Ajudar a perceber o que desencadeia o problema;
      – Lembrar de tomar o medicamento;
      – Sugerir a combinação do tratamento com psicoterapia.

      Indicamos a você a leitura do artigo publicado no site da ABRATA, que tem como título DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO TEM
      O TRANSTORNO BIPOLAR … E AGORA?

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  112. Izaias da cruz da penha 20 de outubro de 2016 às 13:35 - Responder

    Estou no início do tratamento na fase diagnóstica ainda. Tenho todos os sintomas acima. E como estivesse passando um filme da minha vida. Só que, ultimamente, além dos sintomas acima, estou também tendo visões e vozes. Estou sensível a qualquer barulho, parece que minha percepção auditiva aumentou muito. Tenho vontade de sumir sem destino… às vezes desejo de dar um fim em minha vida.As coisas acontecem de forma muito rápida em minha cabeça… nesse momento sinto uma breve esperança . Mas não sei daqui a 2 horas ou amanhã..?????? Sou do RJ, se houver alguém que tenha dado a volta por cima me ligue ou me mande um e-mail.. Radiologiaizaias@Gmail.com ou 21995438661. Estou muito confuso….

    • Equipe Abrata 9 de fevereiro de 2017 às 09:58 - Responder

      Prezado Izaias.

      Os sintomas que você está sentido devem ser levados ao médico que o acompanha. Ele explicará o que se passa, ainda mais que
      você está no início do tratamento.

      Sugerimos que você procure informações no endereço que ora postamos, pode ajudá-lo a interagir com outras pessoas.

      GABrio – Grupo Afetivo Bipolar Rio – Local: Rio de Janeiro.
      Esse grupo é dedicado a portadores, pais, familiares e amigos, profissionais das áreas de saúde e a todos que se interessarem em saber mais sobre o Transtorno de Humor Bipolar.
      Mais informações: (21) 2576- 5198
      Av 28 de Setembro, 389 – Sétimo Andar – Auditório. Ed. Vila Trade Center –
      Vila Isabel – RJ.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  113. LINDY 29 de outubro de 2016 às 11:04 - Responder

    HOLA, ME CHAMO LINDY, TENHO 41 ANOS E DESDE NOVINHA ME VEJO COMO UMA PESSOA COM SÉRIAS ALTERAÇOES NO HUMOR,, HOJE SEI QUE A BEBIDA MASCARAVA MUITAS COISAS ,POIS FAZ UNS 10 ANOS QUE NAO BEBO E SOU O OPOSTO.MAS HÁ EXATOS 8 ANOS ATRÁS COMECEI A SENTIR INSONIA, PENSAMENTOS ACELERADOS, IRRITABILIADE, PAVIO CURTISSIMO .SAÍ DE UM RELACIONAMENTO NO QUAL O HOMEM NÃO ME SUPORTAVA MAIS.HÁ EXATOS 4 ANOS ENTREI NUMA DEPRESSÃO NA QUAL NAO SAÍ DE CASA POR TODO ESSE TEMPO, RESULTADO: HOJE VIVO ISOLADA DO MUNDO, DAS PESSOAS, NAO CONSIGO ATENDER MEU PRÓPRIO CELULAR, VIVO PEDINDO PARA DEUS AFASTAR TODOS DE MIM.POIS NA REAL NÃO ME ENCAIXO NO MEIO DE NIGUÉM..SINTO VAZIO QUE NÃO ACABA NUNCA. E NAO CONSIGO ME RELACIONAR SENTIMENTALMENTE COM NIGUÉM. PROCUREI UM PSIQUIATRA DO SUS E DEVIDO MINHAS QUEIXAS ME DIAGNOSTICOU A PRINCÍPIO COM A TAL BIPOLARIDADE. MAS EU NUNCA ACEITEI, FINGIA PARA O MÉDICO E NÃO TOMAVA NEM UM REMÉDIO POIS PENSAVA QUE AQUELE DIAGNÓSTICO ESTAVA TODO ERRADO.MAS DENTRO DE MIM SEI QUE SOFRO SERIAMENTE DESTE TRANSTORNO E SEI QUE SE NÃO PROCURAR AJUDA, ALGO DE MUITO RUIM VAI ACONTECER POIS SEMPRE CAIO EM DEPRESSÃO E PLANEJO MINHA MORTE COM TODA CAUTELA, AFINAL PARA MIM A VIDA É UM PESO.NAO SINTO ESPERANÇA NEM VISLUBRO UM FUTURO… ESTÁ TÃO DIFICIL, EU JÁ IA DESISTIR, ACHO QUE SÓ ESTÁ FALTANDO CORAGEM PARA FAZER O QUE SE DEVE E MEU SOFRIMENTO ACABAR E O DAS PESSOAS TAMBÉM….. O QUE FAÇO ME AJUDEM

    • Equipe Abrata 7 de fevereiro de 2017 às 09:42 - Responder

      Querida Lindy.

      Agradecemos a sua mensagem e a oportunidade de indicar algumas sugestões a fim de vê-la melhor.

      O Transtorno Bipolar é uma doença que apresenta como principal característica distúrbios do humor, quase sempre na forma
      de oscilação ou flutuação entre os polos depressivo e eufórico/agitado, podendo também apresentar-se como uma mistura dos
      sintomas de ambas as polaridades.
      Além das alterações do humor, o Transtorno Bipolar pode prejudicar outras funções, como: a capacidade de raciocinar, de
      memorizar, de focar a atenção; aumento ou diminuição dos movimentos e insônia ou excesso de sono.
      Além disso, o transtorno prejudica a funcionalidade dos pacientes e seu desempenho no trabalho, dificultam os relacionamentos
      afetivos e familiares, causam conflitos e geram sofrimento entre familiares e amigos.
      A base do tratamento é a medicamentosa. Sem os medicamentos, a tendência do transtorno bipolar é a repetição de novos
      episódios de depressão e/ou de euforia.
      A adesão ao tratamento é fundamental para conseguir a estabilidade. E a estabilidade leva o paciente a ter uma vida normal.

      Dessa forma, Lindy, sugerimos que junte as suas forças e recomece do zero. Procure um médico psiquiatra e faça o tratamento
      com disciplina para a tão sonhada estabilidade.
      Para tudo há uma solução, e esta está próxima a você, é somente aderir ao tratamento e viver uma vida com qualidade.

      Um enorme abraço.
      Equipe ABRATA.

  114. Lorena 5 de novembro de 2016 às 00:52 - Responder

    Olá,
    Conheci um rapaz há uns três meses e desde então temos nos aproximado. O vi poucas vezes, apenas umas cinco ou seis, mas nos falamos quase todos os dias. Uma das vezes eu percebi um comportamento muitíssimo estranho. Ele estava muito inquieto, não parava de falar um segundo, era até difícil dar uma opinião no assunto, porque era difícil interrompê-lo. A conversa também foi estranha demais. De repente ele começou a falar de idéias que ele tinha que ter pra entrar na pós graduação. Ele é estudante de engenharia. As idéias que ele apresentava eram muito estratosféricas, tinham sentido lógico, mas eram grandiosas… achei estranho. Logo depois eu descordei dele em um assunto bem simples e ele se mostrou muito irritado, começou a falar a opinião dele dizendo “palavrões e continuou argumentando, mas era difícil entender os argumentos porque eram umas frases cheias de metáforas… aí se eu perguntava de novo ou pedia pra reexplicar… mais metáforas de um jeito impaciente, como se eu não estivesse entendendo o óbvio… e eu com a sensação de “nossa, esse menino não está falando coisa com coisa”… tenho certeza que não o vi desta maneira nenhuma outra vez… muito pelo contrário, ele é educadíssimo e muito carinhoso. Fiquei com isso na cabeça e percebi que eu tinha uma angústia… toda vez que o via me perguntava como ele estaria, porque percebi essa personalidade super instável. Também é perceptível que às vezes ele está mais frio, nesse dia por exemplo estava muito frio. E que se irrita com facilidade. Aconteceu nesse mesmo período de falar com ele pelo celular e ele contar os problemas… eu descordar de uma coisinha e ele já se irritar… se irrita por tudo… Bem… o tempo passou e da última vez que o vi (há uma semana) ele estava super tranquilo e agradável, mas aí ele me contou dois eventos da vida dele nos últimos tempos. Gritou com a namorada, novamente com xingamentos porque ela teve uma atitude que ele não gostou, e eles tiveram uma super briga. Com a namorada anterior a esta, ele teve uma discussão em que quebrou um ventilador na frente dela. Foi processado por agressão psicológica e teve que se mandar a tantos metros dela. Ele me contou isso com a consciência de que aquilo não era correto, usou a frase “tem uma coisa dentro de mim”, mas ainda assim queria se justificar dizendo que as atitudes das pessoas o deixaram irritado. Enfim… quando soube disso voltei a pensar no dia que o vi estranho e vim procurar na internet sobre transtornos e agressividade… como o conheço pouco, não conheço a família dele não pude tirar muitas conclusões. Só tenho esses fatos e a ideia de ter o visto estranho demais nesse dia que descrevi não sai da minha cabeça. A diferença é notável demais! Era outra pessoa. E então? Acha que tem alguma chance de ser uma hipomania? Eu não pude ainda conversar com ele sobre isso, mas pensei em perguntar a respeito. Certamente se ele tem alguma coisa não foi identificado. É um homem com 32 anos hoje. Esses casos de namoro foram um esse ano e outro há uns dois anos atrás… fiquei preocupada.

    • Equipe Abrata 7 de março de 2017 às 17:17 - Responder

      Olá Lorena

      O seu relato sugere que o seu namorado está precisando do apoio médico, caso ele ainda não tenha. Sugerimos a vc, caso consiga estabelecer um diálogo, que converse com ele sobre a possibilidade dele buscar consultar-se com um psiquiatra com o propósito de identificar o que se passa com ele e quais são as causas para as alterações de humor.
      As vezes passamos longos períodos sofrendo e batendo a cabeça, enquanto basta buscar o apoio de um médico para nos orientar e avida tornar mais suave e feliz.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  115. Lorena 5 de novembro de 2016 às 01:02 - Responder

    Oi, eu escrevi o comentário anterior com muitos detalhes… poderia me enviar a resposta por e-mail sem publicar aqui no site? Vai que ele resolve procurar por isso na internet… ou mais alguém que conhece ele… e lê isso aqui… ele vai ficar bravo. Obrigada!

    • Equipe Abrata 6 de fevereiro de 2017 às 18:18 - Responder

      Olá Lorena.
      A seu pedido a resposta foi enviada para o seu e-mail.
      Abs.
      Equipe ABRATA.

  116. Antonia de Fátima Chagas Guerra 7 de novembro de 2016 às 11:59 - Responder

    Fui diagnosticada com Transtorno Afetivo Bipolar, há 6 anos. Tenho 56 anos, e toda a minha vida foi uma montanha russa de emoções, extremamente desgastante. Perdi amizades, fui parar numa ilha social.
    Com o tratamento medicamentoso atenuou bastante as fases, mas, ainda há o desgaste das fases.
    Quero agradecer a ABRATA pelo apoio, informações, etc.
    Um abraço a todos.

    • Equipe Abrata 21 de janeiro de 2017 às 17:25 - Responder

      Querida Antonia

      Agradecemos a sua mensagem e conte sempre com a ABRATA.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  117. terezinha 27 de novembro de 2016 às 21:11 - Responder

    Gostaria de saber se há algum grupo de ajuda em Florianópolis.

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 20:37 - Responder

      Olá Terezinha.

      Encontramos alguns endereços nos quais você deve solicitar informações pois não conhecemos o trabalho que desenvolvem.
      São eles:

      • ABRASME – Associação Brasileira de Saúde Mental
      Web: http://www.abrasme.org.br
      Dentre suas principais finalidades estão o apoio na articulação entre centros de treinamento, ensino, pesquisa e serviços de saúde mental; o fortalecimento das entidades-membro e a ampliação do diálogo entre as comunidades técnica e científica e destas com serviços de saúde, organizações governamentais e não governamentais e com a sociedade civil.

      • Associação de Usuários e Familiares do NAPS Ponta do Coral
      • E-mail: capspontadocoral.pmf@gmail.com
      Fone: (48) 3228-5074
      Contato: Ana Angélica Silva

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  118. cintia de castro silva 1 de dezembro de 2016 às 03:00 - Responder

    Tenho transtorno bipolar e isso acabou com o meu casamento é difícil para o homem conviver com uma mulher que, na maioria das vezes, só ficava deprimida ou irritada.
    Meu ex marido nunca soube entender a minha doença e também nunca se interessou,mas hoje sigo em frente tentando me entender e aos poucos aceitando o tratamento.

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 19:05 - Responder

      Querida Cintia.

      Você é uma mulher notável!

      Venceu um casamento desfeito e, agora, assume a sua doença e o respectivo tratamento.

      Siga em frente mesmo … faça coisas que lhe dão prazer, saia de casa, arrume-se, ame-se.

      Você já é uma vencedora, parabéns.

      Um enorme abraço.
      Equipe ABRATA.

  119. Ex de Bipolar (relato) 4 de dezembro de 2016 às 17:49 - Responder

    Namorei um bipolar diagnosticado há 10 anos, no início do namoro ele me escondia a doença por não aceitá-la. Dizia que era especial, que tinha poderes de telepatia, premonições, sinergia, ele via e ouvia coisas que não existiam, se considerava mais inteligente que os psiquiatras que ele se consultava.Ele tinha quase 30 anos e nunca conseguia concluir nenhum projeto, ele cursos 5 cursos de graduações diferentes ao longo da vida e desistiu de todos, assim como, todos os empregos que ele conseguia desistia pouco tempo depois, sempre julgando que os cursos e os trabalhos que frequentou não serem bons pra ele.
    Tinha uma relação complicada com os familiares, se isolava com frequência e era agressivo com sua irmã, tia e até mesmo sua mãe que eram as pessoas que conviviam com ele na época chegando ao ponto de ferir a própria mãe na tentativa de enfrentar a tia quebrando a porta aos chutes.
    Quando ele não estava em crise, era uma pessoa amorosa, carinhosa, dedicada e atenciosa a todos que ele amava. Cada vez que ele se alterava e voltava ao normal era como se o que tivesse acontecido fosse completamente normal.
    Nas primeiras semanas de namoro ele foi um namorado encantador, no entanto, logo vieram as crises e eu, por meio de muito questionamento a ele e à família, me confirmaram que ele tinha a doença.
    Ele brigava comigo por coisas insignificantes, ciúmes excessivos e insegurança, algumas vezes me enchendo de defeitos de caráter por tentar ajudá-lo. Tinha o “pavio curto”, algumas vezes me deixando em situações constrangedoras em público devido à instabilidade emocional, pois o seu humor mudava de dia para noite e de uma hora para outra. Terminou comigo diversas vezes por coisas banais, se isolando por completo e me excluindo de seus contatos. Cheguei a pensar muitas vezes em terminar por ter medo da convivência com ele no futuro, que poderia piorar a ponto de chegar à agressão.
    Namoramos por um ano, era uma pessoa que eu amava muito e fiz de tudo para
    motivá-lo a crescer na vida, construir um futuro, uma profissão. Porém, ele encarava tudo como uma ofensa. Sempre fui paciente e compreensiva perante a situação dele, no entanto, vi que estava infeliz e desgastante nosso relacionamento. Em uma de suas crises ele decidiu terminar o namoro e eu aceitei tranquila diferente das outras vezes que ele o fez.
    Hoje percebo o quanto foi traumatizante e constrangedor tudo que passei, não aconselharia ninguém a se relacionar amorosamente com um Bipolar, porque exige demasiada força de vontade, compreensão e paciência do cônjuge, a não ser que ele queira se tratar aceitando e entendendo a doença.
    Desde já agradeço.

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 20:01 - Responder

      Olá.

      Agradecemos a sua mensagem, em que você demonstra muita coragem enquanto convivia com o seu namorado.
      Nem sempre é assim. Há doentes que aderem ao tratamento medicamentoso e alcançam a estabilidade depois de um tempo e retomam
      a sua vida com funcionalidade.

      O outro lado da moeda é mais comum: muitas pessoas com transtorno bipolar têm dificuldade em aceitar que têm uma doença crônica
      e que precisam tomar os medicamentos continuamente para tratá-la.

      Outros abandonam o tratamento por causa dos efeitos colaterais dos medicamentos estabilizadores do humor, como, por exemplo,
      o ganho de peso e tremores finos das mãos.
      ´
      É importante saber que, na maioria das vezes, é possível diminuir ou interromper os os efeitos colaterais com a diminuição da dose
      do medicamento, ou com a sua troca.

      Algumas formas de psicoterapia, quando associadas ao tratamento medicamento, ajudam bastante.

      Um forte abraço.
      Equipe ABRATA.

  120. Ana 9 de dezembro de 2016 às 10:30 - Responder

    Olá pessoal,

    Meu namorado tem transtorno bipolar e outros distúrbios de personalidade e somente agora eu soube. Ele é moço, tem 55 anos e eu tenho 45, estávamos indo bem até o começo de suas crises, acontece que agora ele decidiu se afastar de mim definitivamente sob a alegação de que há um motivo e de que ele também sente muita culpa quando ejacula. Ele não se abre comigo e gostaria de poder ter algum tipo de esclarecimento. Agradeço por me responderem se possível .

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 18:20 - Responder

      Olá Ana.

      Os transtornos mentais em geral, podem causar algum desgaste ou estresse no relacionamento.

      Em momentos mais tensos, as pessoas com transtorno bipolar podem desenvolver um episódio de mania ou depressão. “A mania pode, claro, se refletir em outros tipos de comportamento que parecem saudáveis, como obstinação por exercícios físicos ou então, como dissemos, compras. Mas existem outros tipos de comportamentos que trazem grande sofrimento. Da mesma forma que os humores se alteram, a libido também pode ficar aumentada. Isso pode levar a traições ou comportamento sexual de risco, por exemplo”.

      Por outro lado, também esses momentos de relacionamentos mais íntimos, podem refletir numa depressão se houver, por exemplo, falha na ereção.

      Uma providência que pode ser associada ao tratamento medicamentoso é a psicoterapia. Leia esta nota:

      COMO A PSICOLOGIA PODE AJUDAR O PACIENTE DIAGNOSTICADO COM TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR?
      A psicoterapia poderá ajudar no trabalho cognitivo, trabalhando os pensamentos disfuncionais tanto da depressão como da euforia, e oferecendo o máximo possível de equilíbrio para este paciente.
      Como o transtorno bipolar é uma doença de excessos, num dia está caído na cama mas no outro pode estar de festa em festa, um dos pontos principais do trabalho do psicólogo seria ajudar este paciente a identificar qual comportamento é consequência da doença, pois ele pode confundir e considerar que está melhorando, principalmente quando está saindo de um momento depressivo e entrando na euforia.
      Abs.
      Equipe ABRATA.

  121. ines salete may 11 de dezembro de 2016 às 10:52 - Responder

    BOM DIA.
    GOSTARIA DE SABER O QUE POSSO FAZER COM MEU MARIDO ,ALIÁS NÃO AGUENTEI MAIS.TIVE QUE ABANDONAR.NÃO AGUENTEI, ELE É DOENTE POR SEXO,PRICIPALMENTE COM MENINAS JOVEM. TEM 62 ANOS. NÃO SEI, JÁ PEDI PARA SE TRATAR. ACHO QUE TEM PROBLEMA DE CABEÇA,PORQUE É IMPOSSIVEL UMA PESSOA NESSA IDADE TER TANTO DESEJO. ELE SEMPRE FOI MULHERENGO,MAS DE UM TEMPO PARA CÁ CADA VEZ MAIS.TEM PROBLEMA DE DIABETE. É BEM COMPLICADO. VIVEMOS 21 ANOS JUNTOS E FUI OBRIGADA A SAIR DE CASA PORQUE SAI AO MEIO DIA VOLTAVA 3 OU 4 HORAS DA MANHA. ISTO É DOENÇA. OK TENQUE FAZER EU GOSTO DELE,MAIS É IMPOSSIVEL NÃO TEM COMO VIVER COM UMA PESSOAS ASSIM ME AJUDE. BJOS

    • Equipe Abrata 4 de fevereiro de 2017 às 19:22 - Responder

      Olá Ines.

      Não podemos afirmar se o seu marido tem algum transtorno mental porque não há diagnóstico médico nesse sentido.
      O que pode sugerir é que você se cuide melhor, pois parece-nos que você vive em função dele, esquecendo-se de que a sua
      vida é muito importante e merece “curtir” as coisas boas que ela oferece.
      Saia mais de casa, procure fazer atividades físicas, como caminhadas, por exemplo. Reúna-se com pessoas de seu círculo
      de amizade e vá ao cinema.
      Espaireça, refresque a sua cabeça, a fim de que possa ter mais qualidade de vida.
      Estamos à disposição para mais informações.
      Abs.
      Equipe ABRATA.

  122. Fernanda 6 de janeiro de 2017 às 18:37 - Responder

    A medicação eh importante, mas surto eh desencadeando por razões psicológicas. Não acredito de forma alguma que a doença seja puramente física. O que desencadeia as crises são outros problemas. No meu caso, familiares e creio eu que talvez nem tivesse desenvolvido a doença caso muita coisa não tivesse acontecido. Acho que isso deveria ser mais frisado. Abraço.

    • Equipe Abrata 22 de janeiro de 2017 às 23:34 - Responder

      Fernanda

      Qualquer doença piora quando o ambiente em que o indivíduo se encontra é estressante. Assim como o ambiente estressante pode ser o “gatilho” para desencadear os sintomas do trastorno bipolar ou depressão. O ambiente familiar pode interferir na melhora ou na piora das pessoas com transtorno bipolar e depressão. Um ambiente familiar estressor é prejudicial para qualquer pessoa. No caso de pacientes com transtorno bipolar ou depressão, muitos estudos demonstram que famílias de pacientes bipolares tendem a ter um padrão de comunicação característico, conhecido como “emoção expressa”, em que expressam suas emoções de maneira inadequada, intensa e tendem a serem críticos demais. Uma boa comunicação familiar pode até mesmo ajudar e facilitar a recuperação do paciente.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  123. Lili 18 de janeiro de 2017 às 00:00 - Responder

    Descobri meses atrás que sou bipolar…agora entendo pq fiz com que meu marido me deixasse e porque não dou certo com ninguém e entendi minha vontade de isolamento. Espero que o medicamento me ajude

    • Equipe Abrata 22 de janeiro de 2017 às 22:56 - Responder

      Olá Lili

      Ao receber um diagnóstico de transtorno bipolar, na maioria das vezes muito nos assusta e apavora, assim como aos nossos familiares. Mas por outro lado, traz esclarecimentos e a compreensão para muitos sofrimentos por desconhecer o que estava acontecendo e principalmente como lidar com tudo isso, com os sintomas ruins da doença. E a possibilidade de novos caminhos e esperança de uma vida melhor com o apoio do tratamento adequado.
      Ressaltamos que normal ter dúvidas e poderá sentir-se incomodada com o tratamento, mas procure sempre conversar sobre isto com seu terapeuta, médico ou família. Se tiver efeitos colaterais desagradáveis com a medicação, discuta com seu médico, mas não altere a dose da medicação por conta própria. Os sintomas que reaparecem são às vezes ainda mais difíceis de tratar. Junto com seu médico poderão encontrar um novo caminho ou remédio com que se sinta melhor.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos portadores. Traga a sua família também. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h. Os Grupos de Apoio Mútuo /GAMs são constituídos por pessoas com depressão e bipolaridade ou familiares cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros
      Assista também aos vídeos da ABRATA sobre diversos temas relacionados ao transtorno bipolar; https://www.youtube.com/user/abrataorg
      Quanto conhecer acerca da doença, mais fortalecida e confiante vc se sentirá.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  124. Lucas 20 de janeiro de 2017 às 18:42 - Responder

    Olá, me relaciono com uma pessoa que tem transtorno bipolar, ela sabe que tem mas acha que não consegue se abrir com um profissional para falar de tudo. E toda vez que passa por uma crise, termina o nosso relacionamento, nunca sei quando será pra valer ou não, pois logo em seguida vem o arrependimento. Não sei o que faço quando acontece isso, se insisto, se deixo de procurá-la, se aceito o afastamento ou sabendo que isso é sintoma da doença, vou atrás, mesmo que ela não queira.
    Me diga, qual a melhor forma de ajudá-la nisso e durante essas crises.
    Sou a pessoa que mais dá força pra ela.

    • Equipe Abrata 5 de fevereiro de 2017 às 10:38 - Responder

      Olá Lucas.

      O transtorno bipolar se caracteriza pelas alterações do humor, cujos sintomas podem ser classificados em episódios depressivos alternando com episódios de euforia (também chamada de mania ou hipomania dependendo da intensidade e da duração) e casos em que há uma mescla dos episódios depressivos com os de euforia.

      Esse tipo de oscilação causada pelo transtorno leva a um desgaste. Em especial ao desgaste da relação com o namorado ou cônjuge. Se em algum momento esse comportamento é visto como algo da personalidade da pessoa, aos poucos os ciclos se tornam claros. Mas pode acontecer o contrário – inicialmente os ciclos serem espaçados e bem definidos e com o passar dos anos se tornarem mais constantes e contínuos.

      As obstinações, antes vistas como sinônimo de determinação, tornam-se claramente desproporcionais. O sentimento de perseguição e de desconfiança – que muitas vezes acompanham o transtorno – costumam se refletir na família do parceiro ou parceira. Círculos de amizade podem ficar comprometidos e o isolamento social, em determinados períodos, pode trazer grande sofrimento. Esse comportamento é comum a todos os bipolares: a sensibilidade exagerada aos acontecimentos, ao estresse, ao que se diz e à opinião alheia e, consequentemente, ao isolamento.

      Os sintomas do transtorno bipolar podem ser controlados com o tratamento medicamentoso associado à psicoterapia.

      Informe-se sobre a doença de maneira a fundamentar o seu apoio para que sua namorada procure ajuda profissional. O seu apoio e o de amigos e familiares é fundamental para fortalecer o paciente.
      Estamos à disposição para mais informações.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

      • Alex Figueiredo 19 de fevereiro de 2017 às 13:26 - Responder

        Olá, estou passando pelo mesmo problema com minha esposa, pessoas sempre me alertaram sobre o comportamento dela e eu desconfiava da instabilidade emocional dela, ela tinha essas crises, terminava o relacionamento e no mesmo dia voltava atrás.Em uma dessas crises, ela foi embora e eu conheci uma outra mulher com a qual comecei a me relacionar para não sofrer, porém acabei voltando com minha esposa em alguns dias e ela descobriu sobre a outra mulher, voltamos mas a confiança que ela tinha em mim se foi, e as crises volte e meia vinham com mais frequência, uma hora estava de um jeito outra hora estava de outro, explosiva com pequenas coisas. E na ultima semana tivemos uma briga feia na qual ela foi embora novamente, nossa história existe amor, eu aprendi a amar com os defeitos dela, hoje estamos separados fiz de tudo pra voltar, ela teve até pequenas recaídas, mas esta sobre influencia da família para não voltar, ela me disse que o amor que ela tinha a uma semana atrás por mim acabou, por isso gostaria de entender mais sobre os bipolares, até onde isso e verdade e onde é a bipolaridade, ela já teve muitas atitudes que fazia no impulso e se arrependia.

        • Equipe Abrata 20 de fevereiro de 2017 às 08:36 - Responder

          Olá Alex.

          O Transtorno Afetivo Bipolar leva este nome por causa da alternância de dois estados emocionais básicos: a alegria e a tristeza. Assim como acontece nas doenças físicas, que muitas vezes representam excesso ou falta de algum elemento normalmente presente no corpo, muitas doenças da mente também representam alterações para mais ou para menos de aspectos emocionais comuns. O equivalente doentio da alegria recebe o nome de mania e o da tristeza, depressão. Estes equivalentes doentios dos aspectos emocionais constituem o que se denomina polos. Como são dois, entende-se o termo bipolar. O estado de bipolaridade é característico do chamado transtorno afetivo bipolar.

          O transtorno bipolar é caracterizado pela alternância de fases de tristeza e alegria doentias, conhecidas respectivamente como depressão e mania, de onde vem o antigo nome de Psicose Maníaco Depressiva. Diferente do que ocorre nas situações normais, estas alternâncias não acontecem em resposta a estímulos externos que explicariam os estados emocionais. Em alguns casos, essas alternâncias podem ocorrer no mesmo dia ou na mesma hora. Mas estes são casos excepcionais, não é o mais comum. Por este motivo, o diagnóstico destes casos nem sempre é fácil.

          E para conhecer com mais informações, acesse o site, blog e facebook da ABRATA.

          Um abraço.
          Equipe ABRATA.

  125. Fabiana 26 de janeiro de 2017 às 19:22 - Responder

    Concordo com a Fernanda, no meu caso a família e namorado que complica com a minha vida e não o transtorno em s…

    • Equipe Abrata 31 de janeiro de 2017 às 17:35 - Responder

      Fabiana
      Agradecemos o seu depoimento.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  126. Cristina 24 de fevereiro de 2017 às 08:04 - Responder

    Acho que meu marido tem transtorno bipolar, às vezes do nada ele muda totalmente o seu humor, não fala comigo durante uma semana ou mais, só responde o que eu pergunto, às vezes por uma pequena discussão ele fica isolado dias e mais dias. E quando ele está normal, é a melhor pessoa do mundo. Isso pode ser características de um transtorno bipolar?

    • Equipe Abrata 24 de fevereiro de 2017 às 10:12 - Responder

      Querida Cristina.

      No transtorno Bipolar clássico sem tratamento cada fase dura, em geral, de três a seis meses, depois existe uma fase de normalidade que é variável e posteriormente uma fase de euforia que também pode durar de três a seis meses. Com tratamento adequado este período pode ser abreviado.

      Sintomas de Transtorno bipolar:

      Os sintomas de transtorno bipolar dependem do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa para pessoa. Para alguns, os picos de depressão são os que causam os maiores problemas. Para outros, a preocupação é maior durante os picos de mania. Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e hipomania acontecerem ao mesmo tempo. Confira os principais sinais do transtorno bipolar:

      Fase maníaca:

      Distrair-se facilmente
      Redução da necessidade de sono
      Capacidade de discernimento diminuída
      Pouco controle do temperamento
      Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
      Manter relações sexuais com muitos parceiros
      Gastos excessivos
      Hiperatividade
      Aumento de energia
      Pensamentos acelerados que se atropelam
      Fala em excesso
      Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
      Grande envolvimento em atividades
      Grande agitação ou irritação.
      A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses. Os sintomas acima são mais comuns em pessoas que tem o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos intensos.

      Diagnóstico do transtorno bipolar pode levar 10 anos.

      Fase depressiva:

      Desânimo diário ou tristeza
      Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
      Perda de peso e perda de apetite
      Comer excessivamente e ganho de peso
      Fadiga ou falta de energia
      Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
      Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
      Baixa autoestima
      Pensamentos sobre morte e suicídio
      Problemas para dormir ou excesso de sono
      Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.
      O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas.

      Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.

      As oscilações de humor podem ocorrer também de acordo com a estação do ano. Algumas pessoas, por exemplo, possuem picos de mania ou hipomania durante a primavera e o verão (estações mais quentes), e sintomas de depressão durante as estações mais frias, como o outono e o inverno. Para outras pessoas, acontece o oposto.

      As mudanças de humor podem acontecer com mais frequência em algumas pessoas, com oscilações acontecendo de quatro a cinco vezes por ano e, em alguns casos, até mesmo várias vezes ao dia.

      Episódios de mania e depressão podem resultar também em psicose, doença em que há perda de contato com a realidade.

      Pois bem. Diante da complexidade da doença, é fundamental que a pessoa seja avaliada por um psiquiatra para fazer o
      diagnóstico e prescrever o tratamento adequado.
      Atualmente os especialista sugerem o tratamento medicamentoso associado à terapia a fim de que as pessoas com transtorno
      bipolar possam levar uma vida produtiva e satisfatória.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA,

  127. Ana Luiza Novaes Rauber 1 de março de 2017 às 19:31 - Responder

    Boa noite.
    Tenho uma dúvida que vem me preocupando há tempos.
    Meu namorado de quase 3 anos é bipolar tipo II, diagnosticado há anos e faz tratamento medicamentoso e psicoterápico.
    Contudo, ele apresenta sempre as fases de hipomania e depressão.
    A minha dúvida é que, hora ele diz que me ama, que nos vê juntos para sempre, e que sou a mulher que ele mais amou até hoje, hora ele diz que me ama muito, mas com carinho, não como mulher. E tais atitudes se alternam frequentemente.
    Então eu por favor gostaria de saber se é comum essas variações alterarem inclusive o afeto do paciente bipolar por seu cônjuge.
    Desde já obrigada.

    • Equipe Abrata 2 de março de 2017 às 10:44 - Responder

      Prezada Ana Luiza.

      O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos, na verdade, na maioria das vezes esses sintomas não aparecem. Os transtornos afetivos não estão com sua classificação terminada. Provavelmente nos próximos anos surgirão novos subtipos de transtornos afetivos, melhorando a precisão dos diagnósticos. Por enquanto basta-nos compreender o que vem a ser o transtorno bipolar. Com a mudança de nome esse transtorno deixou de ser considerado uma perturbação psicótica para ser considerado uma perturbação afetiva.
      A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos. Uma pessoa que tenha uma fase depressiva, receba o diagnóstico de depressão e dez anos depois apresente um episódio maníaco tem,,na verdade, o transtorno bipolar, mas até que a mania surgisse não era possível conhecer diagnóstico verdadeiro. O termo mania é popularmente entendido como tendência a fazer várias vezes a mesma coisa. Mania em psiquiatria significa um estado exaltado de humor.
      A depressão do transtorno bipolar é igual a depressão recorrente que só se apresenta como depressão, mas uma pessoa deprimida do transtorno bipolar não recebe o mesmo tratamento do paciente bipolar.
      Pois é, Ana Luiza, a alternância do humor é típica dessa doença. As pessoas que convivem com as pessoas com transtorno bipolar devem conhecer muito bem o assunto e
      verificarem se estão dispostas a percorrer o caminho ao lado do paciente.
      Por isso é recomendado ao companheiro que também procure ajuda psicológica e grupo de apoio mútuo.
      Se você residir na cidade de São Paulo ou na cidade de Santos- SP, participe das atividades oferecidas pela ABRATA aos familiares e amigos.
      O telefone é (11) 3256-4831, e o atendimento é de 2ª a 6ª feira, das 13h30 às 17h.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  128. Ana Luiza Novaes Rauber 2 de março de 2017 às 10:51 - Responder

    Bom dia! Desde já agradeço a resposta que vocês me deram tão prontamente. Contudo eu ainda tenho a dúvida específica que é se o transtorno bipolar, além de deixar o HUMOR do paciente instável, se também deixa seus AFETOS instáveis, do tipo “hoje te amo” amanhã não te amo”.

    • Equipe Abrata 4 de março de 2017 às 07:16 - Responder

      Olá Ana Luiza.

      Como já dissemos, é uma característica do transtorno bipolar a oscilação do humor.
      E para que a pessoa com transtorno bipolar fique estabilizada, são fundamentais os medicamentos apropriados.
      Agora, quanto aos sentimentos, comportamentos, etc., é importante a combinação do tratamento medicamentoso com a psicoterapia.
      O seu namorado poderá ser mais claro com relação aos seus sentimentos em relação a você quando estiver fazendo a terapia, muito
      embora ela não modifica o que se sente, somente traz mais clareza.
      Não sei o que podemos dizer mais.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  129. Kely 7 de março de 2017 às 17:37 - Responder

    Olá! venho aqui porque me encontro muito confusa com as mudanças frequentes de humor/comportamento do meu namorado. Namoramos há quase 5 anos, mas terminamos e resolvemos tentar mais uma vez. Faz dois meses que reatamos, porém, toda semana, praticamente, ele tem crises de bipolaridade. Na verdade ele sempre foi assim, mas percebo que os intervalos de tempo de uma crise para outra está cada vez menores. O que mais me deixa para baixo é que ele só fica assim comigo: quando não estamos namorando ele nunca fica assim (já terminamos 3 vezes). Ele fica super frio, ignorante, agressivo, me trata com muita indiferença, se isola, e me faz pensar até que eu estou fazendo mal para ele, o que é totalmente contrário, porque sempre o trato bem e faço de tudo para ele não se irritar e cair na crise. Por outro lado, quando ele não está na crise, ele é uma pessoa maravilhosa, me faz se sentir amada, me faz bem e vejo que ele também fica bem. Mas, infelizmente, ele não reconhece que precisa de tratamento, quando está assim não quer nem me ver. Por favor, me ajude a entender isso. O nosso namoro fica muito frio e eu não quero que acabe por este motivo. Desde já, agradeço.

    • Equipe Abrata 8 de março de 2017 às 09:17 - Responder

      Querida Kely.

      Se uma pessoa não trata o transtorno bipolar, existem estudos que indicam que podem ocorrer um aumento dos sintomas.
      Além disto, para um bom resultado do tratamento do transtorno bipolar, é necessário o envolvimento do próprio paciente, pois somente ele é capaz de, após aprender sobre a doença, saber como lidar com ela (com o apoio da família), aprender a identificar novos episódios de humor, se preparar para lidar com conflitos e eventos ruins, aprender a diferenciar sintomas da doença e aspectos de sua personalidade, compreender a importância do medicamento e assim obter um melhor resultado quanto a redução dos sintomas.

      Não tratar qualquer transtorno mental é sempre ruim para o paciente e para a família. No caso do Transtorno Afetivo Bipolar, além do sofrimento do próprio indivíduo, pode dificultar seu relacionamento com a família, dificuldades ou incapacidade de trabalhar, estudar, aumenta os riscos de suicídio e agressões.

      Um dos problemas observados no transtorno bipolar do humor é a falta de aderência ao tratamento medicamentoso. Cerca de 52% dos pacientes não são aderentes às suas medicações. Os meios mais comuns de avaliar a adesão à medicação são os autos relatos dos pacientes e a avaliação do médico. No entanto, os pacientes e alguns médicos tendem a subestimar estratégias de não aderência. Muitas estão disponíveis para ajudar aos médicos a estimar com maior precisão e melhorar a adesão entre seus pacientes.

      Entre os motivos de não aderência ao tratamento destacamos os fatores relacionados com o próprio transtorno e os fatores relacionados com a medicação. Assim, uma história de episódios maníacos tem sido associada com a má adesão ao tratamento, possivelmente porque os pacientes com características mais maníacas podem ter pior visão acerca da doença do que aqueles com doença depressiva.
      A não aceitação da doença e a falta de adesão ao tratamento podem aumentar as chances de recorrência das crises e aumento da intensidade de eventuais episódios.
      Sugerimos que você converse com o seu namorado sobre a importância dos medicamentos para a sua estabilidade. E sugira, ainda, a psicoterapia.
      Conte-lhe como está difícil conviver quando ele não se trata. Aja com paciência e firmeza.
      Boa sorte.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  130. Michele B. Mota 9 de março de 2017 às 16:35 - Responder

    Boa tarde a todos.
    Convivo com uma pessoa com transtorno bipolar faz 4 anos, que é medicado e tem consultas semanais com um psiquiatra, ou seja, é bem assistido pelo tratamento que faz e pelo acompanhamento da família que se preocupa com ele em tudo… não perde um dia sequer de tomar os remédios e nos horários certos (manhã e noite). O que ocorre, é que mesmo assim, tem crises… termina o relacionamento e volta diversas vezes (já perdi as contas das vezes que ele terminou e dias depois me procurava pedindo “pelo amor de Deus” para que eu o aceitasse de volta. O que sempre fiz, pois o amo muito. Nunca foi agressivo comigo, o que acontece é que ao entrar em crise, fica distante, frio e demonstrando querer ficar sozinho. Essa situação, no início, foi motivo de grande sofrimento para mim, mas o tempo e a convivência ensinaram-me a ter compreensão pelo estado dele, que após algum período, volta ao normal e ele fica assim, estável, por meses.
    Minha dúvida: a medicação que ele toma não deveria impedir dele ter as crises?
    Para finalizar, não posso deixar de relatar aqui, que o aprendizado que obtive, a compreensão e a força para enfrentar esta situação (nada fácil), que é conviver com um bipolar diagnosticado, foi primeiramente através de Nosso Senhor, e,depois, o apoio da ABRATA, sempre atenciosa e muito carinhosa conosco.

    Agradeço muitíssimo a todos.
    Abraços.
    M.

    • Equipe Abrata 12 de março de 2017 às 07:54 - Responder

      Cara Michele.

      O tratamento do transtorno bipolar costuma ser necessário para a vida toda e consiste na combinação de medicamentos com psicoterapia.
      Às vezes funciona muito bem por um tempo, mas não resiste a episódios graves de estresse. São os denominados “gatilhos”.
      Dessa forma, ainda que a pessoa com transtorno bipolar esteja fazendo o tratamento adequado, podem ocorrer episódios de depressão ou de
      mania (euforia).
      Seguem abaixo algumas dicas para os cuidadores de pessoas com transtorno bipolar:

      -Apoie o paciente em momentos difíceis. Mantenha os medicamentos na dose certa e no horário prescrito;
      -Seja firme e tenha paciência. Isso porque o relacionamento com o paciente em euforia pode ser desgastante;
      -Detecte com o paciente os primeiros sinais de uma recaída; se ele considerar como intromissão, afirme que seu papel é auxiliá-lo;
      -Fale com o médico em caso de suspeita de ideias de suicídio e desesperança;
      -Estabeleça regras de proteção durante fases de normalidade do humor, como retenção de cheques e cartões de crédito em fase de mania;
      -Auxilie a manter boa higiene de sono e programe atividades antecipadamente.
      -Não exija demais do paciente e não o superproteja; auxilie-o a fazer algumas atividades, quando necessário;
      -Evite demonstrar sinais de preconceito que favoreçam ao abandono do tratamento;
      -Aproveite períodos de equilíbrio para diferenciar depressão e euforia de sentimentos normais de tristeza e alegria;
      -Participe de terapias familiares em grupo, conjugal e orientações psicoeducacionais.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  131. Jaci 10 de março de 2017 às 23:02 - Responder

    Eu e meu noivo estamos juntos há 2 anos, ele diminuiu por conta própria a medicação indicada e depois que optamos por morar juntos, nossa relação sexual diminuiu muito, as crises são frequentes, em todo momento ele fala que me ama .. mas, sexualmente, parecemos amigos .. li bastante sobre o assunto e sempre falam em aumento de libido do bipolar .. não sei mais o que fazer! Chega a ser constrangedor para ambos!
    Sempre cansado, exausto, desanimado, antissocial e faz uso de maconha!
    Por favor, me deem uma luz!

    • Equipe Abrata 11 de março de 2017 às 08:24 - Responder

      Prezada Jaci.

      O transtorno bipolar é uma doença crônica e grave e deve ser tratado com medicamentos e psicoterapia.
      Quando a pessoa decide por conta própria alterar a medicação sem a oitiva médica correrá o risco de ter episódios mais sérios e com
      mais intensidade.
      Dentre as causas do abandono do tratamento estão:
      – ganho de peso;
      – diminuição da libido;
      – ideações suicidas;
      – e outras consequências.
      Por outro lado, com o aconselhamento médico e psicoterápico, a pessoa com transtorno bipolar pode ter uma vida saudável.
      Acreditamentos que o seu noivo tenha diminuído a medicação no intuito de melhorar a libido. Não é uma boa opção. Somente o médico
      poderá aconselhar quanto à diminuição dos medicamentos ou alteração da dosagem.
      E com a psicoterapia combinada ao tratamento medicamentoso poderá ocorrer uma menor frequência de novos episódios, bem como a possibilidade
      de melhora no relacionamento afetivo.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  132. Jaci 10 de março de 2017 às 23:03 - Responder

    Eu e meu noivo estamos juntos há 2 anos, ele diminuiu por conta própria a medicação indicada e, depois que optamos por morar juntos, nossa relação sexual diminuiu muito, as crises são frequentes, em todo momento ele fala que me ama .. mas sexualmente parecemos amigos. Li bastante sobre o assunto e sempre falam em aumento de libido do bipolar .. não sei mais O que fazer! Chega a ser constrangedor para ambos!
    Sempre cansado, exausto, desanimado, antissocial e faz uso de maconha!
    Por favor, me deem uma luz!

    • Equipe Abrata 17 de julho de 2017 às 06:27 - Responder

      Cara Jaci

      Agradecemos o contato.
      É sabido que o transtorno bipolar é uma doença mental, que exige tratamento contínuo e com disciplina. O doente não deve
      deixar de tomar os medicamentos prescritos pelo psiquiatra quando entende que está melhor.
      O psiquiatra que acompanha o seu noivo poderá adequar as doses dos remédios ou substituí-los por outros. Os eventuais
      efeitos colaterais, como a perda de libido, devem ser tratados na consulta médica.
      Realçamos que a utilização de drogas pode aumentar a intensidade dos sintomas do transtorno bipolar.
      Dialogue com seu parceiro e procurem ajuda psiquiátrica e psicológica.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  133. Lucas 12 de março de 2017 às 11:58 - Responder

    Olá, minha namorada diversas vezes termina comigo do nada, falando que vai se afastar e que é pra eu não a procurar mais. Uma dúvida, nessas crises assim, devo respeitar e não a procurar, porque talvez isso vá passar, ou a procuro e tento conversar? Meu medo é esperar a crise e ela não querer mais porque eu não a procurei, mas se procurar, posso estar desrespeitando a vontade dela e causando uma briga maior ainda. O que devo fazer nessas horas que a crise afeta em cheio o relacionamento ? ( ela termina porque acha que é um estorvo na minha vida, mesmo eu já tento demonstrado em tudo que eu estou ao lado dela).
    Obrigada pela atenção.

    • Equipe Abrata 13 de março de 2017 às 09:13 - Responder

      Prezado Lucas.

      Ao que parece, a sua namorada tem transtorno bipolar, é isso?

      Mas, afinal, o que é bipolaridade? Bem, trata-se de um transtorno que se caracteriza como uma variação da depressão, sendo caracterizado por alterações fortes e súbitas no humor, com períodos de felicidade extrema intercalados com momentos de irritação intensa e depressão profunda.

      Em geral, a chamada fase maníaca, em que a empolgação é incontrolável e inexplicável, os pacientes costumam apresentar os seguintes sintomas: dificuldade para controlar o temperamento; bebida em excesso; maior propensão à promiscuidade; gastos exagerados; hiperatividade; envolvimento em muitas atividades; entre outros.

      Já na fase depressiva, a pessoa fica constantemente desanimada, sem capacidade de concentração, com fadiga, mudanças extremas nos hábitos alimentares e no peso, sensação de inutilidade, problemas de sono, afastamento social, pensamentos suicidas, etc.

      Com o tratamento apropriado, combinado com a psicoterapia, a pessoa com transtorno bipolar pode levar uma vida saudável e produtiva.

      Nos momentos em que você percebe que sua namorada está mais vulnerável, tenha paciência e se mostre solidário.

      Não é fácil conviver com alguém de tem o transtorno bipolar. É preciso muito amor e determinação.

      Leia o livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR que pode ser baixado pelo site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx.
      E leia o artigo: DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO É BIPOLAR … E AGORA?. Está postado em nosso site.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  134. Gracieli Pedron 14 de março de 2017 às 19:58 - Responder

    Olá como vai?
    Resolvi procurar ajuda de vocês depois de ler várias matérias e ver perguntas e respostas.
    Vou tentar ser breve, estou com meu parceiro que tem depressão e transtorno bipolar, estamos juntos há 3 anos, nesse período já houve várias brigas e desentendimentos. Ele antes de me conhecer já foi internado duas vezes , e já é a 3 vez que ele quis se separar e, em todas as vezes, eu que o procuro, ele não vem atrás, não me liga e nem fala que quer voltar.
    Sou sempre eu quem peço e ele aceita, me xinga e ofende. Muito com palavras, chega até dizer que não gosta de mim.
    Gostaria de saber até que ponto isso faz parte dá doença, se essas descompensações de sentimentos são normais, e o mais estranho que para a família dele e para conhecidos diz me amar e que não viver mais sem mim.
    Ele não consegue expor seus sentimentos por mim, sempre diz que se ele me tratar muito bem, mimar e dar muito carinho, que eu vou querer mandar nele .
    Preciso muito de ajuda, pra saber lidar mais com tudo isso.
    Já marquei até psiquiatra para mim, isso pode me ajudar ??
    Muito obrigada , aguardo ansiosa por um resposta.

    • Equipe Abrata 17 de julho de 2017 às 06:04 - Responder

      Prezada Gracieli

      Agradecemos a mensagem.
      Para lidar com um parceiro bipolar você deve estar bem, física e emocionalmente. O amor é um ingrediente fundamental para estabelecer
      um elo forte entre parceiros. Mas, às vezes, é insuficiente. É necessário que o cuidador se cuide também.
      Achamos uma ótima ideia procurar um psiquiatra e, eventualmente, uma psicoterapia.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  135. Ítalo Mendes Rodrigues 20 de março de 2017 às 20:02 - Responder

    Olá, fui diagnosticado com o transtorno ano passado. Faço uso do Ácido Valproico como estabilizador de humor, no início senti uma certa melhora da euforia, mas mesmo assim continua a irritabilidade, muitas vezes fico hiperativo, e também notei uma diminuição na necessidade do sono. Já cheguei a ir dormir a 01:00 da manhã e acordar às 06:00 como se tivesse dormido bem. Já faz mais ou menos duas semanas que tenho crises que ficam variando, em um momento estou bem e em outro quero ficar sozinho, com pensamentos negativos, etc. A psiquiatra na qual eu faço acompanhamento disse que não posso tomar antidepressivo porque causa ciclagem rápida. Mas se essas crises de depressão ficam voltando e as de manias ou hipomanias também a medicação não está sendo apropriada?

    • Equipe Abrata 21 de março de 2017 às 08:06 - Responder

      Caro Ítalo.

      O tratamento para o transtorno bipolar é complexo e, em alguns casos, pode funcionar bem por um período, como você
      mesmo relata, mas não resistir a episódios estressantes do cotidiano.

      Prevenção, eis a palavra-chave. Os estabilizadores do humor são a base de prevenção. Cerca de um terço das pessoas com Doença Bipolar ficam completamente livres de sintomas com a manutenção estabilizadora apropriada. A maioria das pessoas se beneficia de uma grande redução no número e na gravidade das crises.
      O médico poderá ter de fazer um acerto da medicação ou uma outra combinação terapêutica caso continuem a verificar crises de mania ou depressão. Caso a medicação não seja 100% eficaz, não fique desencorajado: a informação rápida do médico sobre sintomas de instabilidade é essencial para um ajustamento terapêutico que previna a eclosão de uma crise. Não receie informar o seu médico sobre quaisquer mudanças de sintomas, pois dessa informação precoce depende o controle da doença.
      Se sentir mudanças no sono, na energia (aumento ou diminuição), no humor (alegria excessiva, irritabilidade ou tristeza) e no seu comportamento e relações com pessoas, será melhor contatar com o médico sem demora.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  136. Aurea 21 de março de 2017 às 21:56 - Responder

    Tenho o diagnóstico de TAB; em uma fase esvazio a casa; dôo cama, mesa etc e tal; não suporto as coisas; noutras compro tudo que não uso em função da quantidade e acabo doando depois sem usar.
    Por que isso acontece?

    • Equipe Abrata 22 de março de 2017 às 08:33 - Responder

      Cara Aurea.

      O que caracteriza o transtorno bipolar é a oscilação do humor.

      As pessoas com Transtorno Bipolar vivenciam estados emocionais intensos fora do comum em períodos distintos chamados “episódios de humor”. Um estado de excitação ou alegria exagerada é chamado de episódio maníaco e um estado extremamente triste e de desesperança é chamado episódio depressivo. Às vezes, um episódio de humor inclui ambos os sintomas de episódios maníacos e depressivos. Isto é chamado de estado misto. As pessoas com Transtorno Bipolar também podem ficar explosivas e irritadas durante um episódio de humor.

      Mudanças extremas na energia, atividade, sono e comportamento acontecem juntos com estas mudanças de humor. É possível que alguém com Transtorno Bipolar passe por longos períodos de humor instável ao invés de pequenos episódios de mania ou depressão.

      Os sintomas do Transtorno Bipolar são descritos abaixo.

      Mudanças no humor;
      Um longo período sentindo-se “elevado” ou exageradamente feliz ou com elação do humor;
      Humor extremamente irritado, agitação, sentindo-se “ligado” ou “agitado”;
      Mudanças no Comportamento;
      Falando muito rápido, pulando de uma ideia para outra, tendo pensamentos acelerados;
      Facilmente distraído;
      Aumento de atividades direcionadas a um objetivo, como iniciando novos projetos;
      Incansável;
      Dormindo pouco;
      Tendo uma crença não realista quanto às próprias habilidades
      Comportando-se impulsivamente e se envolvendo em muitas atividades prazerosas, de alto-risco, como gastando tudo o que tem, sexo impulsivo, investimentos impulsivos nos negócios;
      Mudanças no humor;
      Um longo período sentindo-se angustiado ou vazio;
      Perda de interesse em atividades que antes gostava, incluindo sexo.;
      Mudanças de Comportamento
      Sentindo-se cansado ou “lentificado”
      Tendo problemas de concentração, para lembrar-se das coisas e tomar decisões
      Sentindo-se inquieto ou irritado
      Mudança no apetite, sono ou outros hábitos;
      Pensando em morte ou suicídio ou tentando suicídio.

      Os especialistas em transtorno afetivos – depressão e transtorno bipolar, têm sugerido a combinação do tratamento medicamentoso com a psicoterapia.
      A Terapia Cognitivo-comportamental.
      A Terapia Comportamental Cognitiva para a pessoa portadora do Transtorno Bipolar tem os seguintes objetivos:

      Educar pacientes e familiares sobre o Transtorno Bipolar, seu tratamento e suas dificuldades.

      Ensinar métodos para monitorar a ocorrência, a gravidade e o curso dos sintomas maníaco-depressivos. Facilitar a aceitação e a cooperação com o tratamento. Oferecer técnicas não medicamentosas para lidar com sintomas e problemas. Ajudar a enfrentar fatores de estresse que estejam interferindo no tratamento. Estimular a aceitação da doença e diminuir o estigma associado ao diagnóstico.

      A pessoa aprende a reconhecer padrões de comportamento e pensamento, a ter papel mais ativo no tratamento, a lidar com os problemas que produzem estresse e a reconhecer os sintomas que indiquem que uma recaída pode acontecer, para agir preventivamente.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  137. ANA LUZIA MARTINS DE OLIVEIRA 26 de março de 2017 às 22:53 - Responder

    Boa noite, meu marido e diagnosticado com TAB, tem uma lesão no cérebro, fala que vai embora, que não me ama, mas me trata bem e depois me trata mal, toma acido valproico , amitriptilina, respiridona, fenitoina ,imipramina e nortopril. Esta complicado para mim porque o comportamento dele e muito instável, não tem desejo sexual e dorme a maior parte do tempo, não trabalha e também tem fibromialgia e graves problemas na coluna. Gostaria de saber se o comportamento de estar feliz e triste e me amar em um dia e odiar no outro e a falta de desejo sexual tem a ver com o TAB ou não. OBS.: antes de viver comigo ele tinha uma vida desregrada e com medicação irregular.

    • Equipe Abrata 13 de abril de 2017 às 09:57 - Responder

      “Prezada Ana Luíza,
      Seu relato demonstra como o comportamento de uma pessoa com transtorno bipolar pode ser instável e oscilar de um polo a outro.
      É muito provável que essa instabilidade no comportamento do seu marido em relação a você seja decorrente dos sintomas do transtorno bipolar que ainda não está adequadamente estabilizado. É muito importante você conversar com seu marido sobre isso e também com o psiquiatra que o acompanha para que sejam feitos ajustes no esquema de tratamento. Muitas vezes, a associação de antidepressivos ajuda no início mas depois dificulta a estabilização do quadro. No entanto, existem pessoas bipolares que necessitam tomar antidepressivos junto com estabilizadores do humor. Mas veja bem, apenas o especialista pode avaliar em cada caso qual o melhor ajuste para cada situação, por isso é importante que o seu marido seja avaliado por um psiquiatra com experiência no tratamento do transtorno bipolar.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA”

  138. Kinha 28 de março de 2017 às 00:27 - Responder

    Boa noite. Recebi o diagnóstico de TAB, o que explicou muito o meu comportamento até hoje. Não tenho fases de euforia exagerada, mas costumo apresentar compulsão por compras. Junto ao diagnóstico, veio o desemprego. Não pude mais ir ao médico, terapeuta e parei com o Lítio e Sertralina. Existe algum grupo de apoio e/ou tratamento que eu possa fazer gratuitamente? Obrigada.

    • Equipe Abrata 28 de março de 2017 às 09:52 - Responder

      Prezada Kinha.

      Você pode procurar o CAPS de sua cidade para dar continuidade ao tratamento.
      O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência num dispositivo de atenção diária, personalizado e promotor da vida.
      É fundamental para a sua estabilidade que o tratamento para o transtorno bipolar não seja interrompido sob pena de surgirem os episódios relacionados à oscilação
      do humor.
      Quanto aos medicamentos, você pode consegui-los gratuitamente ou no próprio CAPS ou nas farmácias de alto custo.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  139. Sandra Maria de Oliveira Pontes 22 de abril de 2017 às 10:37 - Responder

    olá
    há 4 anos atrás meu esposo foi diagnosticado como bipolar mas ele abandonou logo a terapia.
    E agora piorou, pois está usando cocaína.
    como convencê- lo a procurar ajuda sem pressionar ?
    obrigada.

    • Equipe Abrata 22 de abril de 2017 às 11:08 - Responder

      Cara Sandra Maria.

      O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo anos. Ele costuma ser feito por diversos especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e neurologistas. A equipe médica, primeiramente, tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor. Também podem ser investigados os problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento.

      Confira algumas formas comuns de tratamento do transtorno bipolar:

      Hospitalização, caso o paciente tenha comportamento perigoso, que ameace a própria vida e a de outras pessoas
      Uso diário de medicamentos para controle das alterações de humor costuma ser uma prática bastante indicada no início do tratamento
      Quando os sintomas já estão controlados, o tratamento avança e o foco passa a ser manter as alterações de humor do paciente estáveis
      Se o caso do paciente for de dependência física ou psíquica de substâncias como álcool, drogas ou cigarro, o tratamento também deverá também reabilitar o paciente desses vícios.

      Por outro lado, sem tratamento a pessoa com transtorno bipolar pode apresentar algumas complicações possíveis:

      Dependência física, química e psíquica de substâncias como álcool, cigarro e drogas;
      Problemas legais e com a justiça;
      Problemas financeiros;
      Problemas e tensões em relacionamentos e outras relações pessoais;
      Isolamento e solidão;
      Problemas profissionais e fraco desempenho no trabalho, na escola e nos estudos em geral.
      Suicídio.

      Por tratar-se de uma doença grave, a família deve se envolver para conscientizar a pessoa com transtorno bipolar a se cuidar, uma vez que a não
      adesão ao tratamento pode ocasionar maior intensidade nos episódios de euforia ou depressão e aumento das chance de crise.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  140. Vanessa Quadros 28 de abril de 2017 às 04:04 - Responder

    Meu namorado foi diagnosticado como bipolar.
    Nossa relação sempre foi muito difícil, instável. Ele se mostrou apático depois de uma crise depressiva fortíssima, o que trouxe instabilidade também ao nosso namoro. De um dia pro outro, as atitudes dele mudaram, ele ficou focado e devotado ao nosso namoro. Até eu, que tenho crises de depressão, ficar doente. Ele se descompensou, e entrou fundo numa depressão com crises de ansiedade fortíssimas, que leva a atitudes de automutilação. Eu não sei como é a melhor forma de lidar com ele, eu o amo muito, mas está muito difícil.
    O psiquiatra passou recentemente um remédio pra bipolaridade e um antidepressivo/ calmante. Ele começou essa semana. Devo notar melhora na irritabilidade e nas crises?
    Preocupo-me com a nossa relação, mas principalmente com ele.
    Como seria a melhor forma de agir?

    • Equipe Abrata 29 de abril de 2017 às 10:30 - Responder

      Prezada Vanessa.

      O aparecimento do transtorno bipolar se deve a uma combinação de fatores, em que aspectos biopsicosociais desempenham papel importante no desencadeamento da doença. Assim sendo, tratamentos medicamentosos, orientação sobre a doença e psicológicos estão indicados. O segredo está no encontro da combinação ideal para cada paciente.
      O tratamento medicamentoso é fundamental para o controle dos sintomas do transtorno bipolar. Fale sempre com o médico quando houver um episódio depressivo ou
      de euforia a fim de que ocorra o ajuste na dose da medicação.

      Há pessoas que desconsideram a importância da combinação do tratamento com medicamentos e psicoterapia.

      Veja os benefícios dessa combinação:

      Os principais objetivos do tratamento psicoterápico no transtorno bipolar:
      1) adesão é – fundamental aumentar a adesão do paciente ao tratamento;

      2) funcionamento social e ocupacional – melhorar o desempenho dos pacientes em atividades sociais e laborativas;

      3) melhorar a detecção de sinais precoces de recorrências;

      4) educar o paciente acerca de sua doença e suas medicações (explicar os vários sintomas, esclarecer sobre prognóstico, instalar esperança, envolver familiares);

      5) promover um estilo de vida saudável, por exemplo, regularizar o ciclo sono–vigília;

      6) criar de forma colaborativa estratégias de lidar com estresses, que, se não administrados apropriadamente, podem provocar um episódio depressivo.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  141. Toledo 29 de abril de 2017 às 05:11 - Responder

    Eu sofro isso desde a minha adolescência, o que acaba mais comigo são as crises, é que tem dias que estou tão feliz, e depois vem uma depressão fulminante, já perdi tudo na minha vida, tentei o suicídio por duas vezes.

    • Equipe Abrata 29 de abril de 2017 às 09:33 - Responder

      Prezado Toledo.

      O Transtorno Afetivo Bipolar é uma doença mental grave caracterizada por alterações extremas do humor, configurando episódios de mania e depressão. No contexto psiquiátrico, mania significa um estado de humor exaltado, no qual a pessoa se sente muito bem independente do que acontece ao seu redor.

      As oscilações de humor são comuns em nossas vidas e, em geral, não caracterizam uma condição psiquiátrica. O que diferencia as pessoas bipolares é que essas oscilações são mais intensas, duram mais tempo e são capazes de afetar padrões de sono e energia, assim como desestabilizar a estrutura familiar e as diversas relações dos pacientes. Além disso, enquanto a maior parte das pessoas experienciam mudanças no humor devido a acontecimentos em suas vidas, as oscilações dos pacientes bipolares ocorrem sem motivo aparente.

      O transtorno se manifesta, geralmente, durante o final da adolescência e o começo da vida adulta. Entretanto, existem casos em que a doença começa a se desenvolver já na infância, durante a adolescência ou até mesmo após entrar na terceira idade. Ainda não existe uma cura definitiva para a condição e, por isso, ela tende a durar a vida inteira. Entretanto, é possível mantê-la controlada através de um tratamento adequado.

      O tratamento medicamentoso associado à psicoterapia tem dado resultados positivos no controle dos sintomas. Os grupos de ajuda também auxiliam porque o
      compartilhamento entre iguais fornece uma sensação de pertencimento.

      Verifique se em sua cidade há grupos de apoio. Procure, ainda, seguir o tratamento à risca e consulte o seu médico sempre que houver um episódio de depressão
      ou de euforia (mania).

      Uma sugestão: se estiver necessitando de uma palavra amiga em caso de grande angústia, telefone para o número 141 – Centro de Valorização da Vida -CVV.

      O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  142. Luciana 29 de abril de 2017 às 23:20 - Responder

    olá,preciso de ajuda, minha mãe que está sofrendo com o transtorno bipolar, descobrimos isso já há um mês, ela já é idosa, tem 69 anos, porque antes pensei que era só depressao. Nessa semana tivemos que interná-la ela porque ela diz que nao tinha mais alegria de viver, e que está sendo dopada com o remédio, mas uma hora ela está bem outra hora está mal. Ela agride verbalmente e em casa agrediu também com tapas, ela nao se conforma, e essa situação está devastando todo mundo, e meu pai está desiludido dizendo que nao tem mais jeito, e é melhor ela morrer. Por davor, me digam quanto tempo é necessário para que medicamento faça efeito, e para que ela não tenha mais crise, não aguentamos mais, me ajude

    • Equipe Abrata 30 de abril de 2017 às 10:40 - Responder

      Cara Luciana.

      O transtorno bipolar é uma doença mental complexa e que exige tratamento contínuo que pode ser pela vida toda.
      A sua mãe foi diagnosticada há pouco tempo e necessitou ser internada é porque não teve tempo de apresentar melhoras.
      No tratamento da transtorno bipolar, há que ter em conta, por um lado, as fases agudas e, por outro, a estratégia de prevenção das crises. Quando o doente sofre uma crise de depressão, de mania, hipomania, ou mista, precisa ser tratado na fase aguda com a terapêutica apropriada antidepressiva, anti-maníaca ou antipsicótica, sendo necessária, em muitos casos, a hospitalização no período crítico.
      Depois de tratada a fase aguda e na continuidade do seu tratamento, inicia-se a terapêutica preventiva das crises para evitar que voltem a ocorrer. Para que o tratamento seja eficaz é necessária uma medicação (tanto para a fase aguda como para a estabilização da doença), acompanhada de uma educação do doente e dos familiares (sobre a doença, os medicamentos, a necessidade de aderir ao tratamento, modificação de hábitos nocivos).

      A manutenção da medicação é outro aspecto essencial. Os medicamentos controlam, mas não curam o transtorno bipolar. Ao parar a medicação estabilizadora, mesmo depois de muitos anos sem crises, há um sério risco de uma recaída passadas algumas semanas ou meses. E, em alguns doentes, a retoma da medicação pode não se acompanhar dos mesmos bons resultados anteriores. A decisão de interromper a medicação caberá sempre ao médico.

      Pode ser benéfico um apoio psicológico para o doente e seus familiares (como lidar com os problemas e o stress, etc).

      Um abraço.
      Equie ABRATA.

  143. Oberdan 8 de junho de 2017 às 01:07 - Responder

    Minha esposa foi diagnosticada com bipolaridade em 2007, quando iniciou o tratamento. Apesar disso saiu de casa, abandonando toda a família, apresentando os mesmos comportamentos mencionados no decorrer do texto acima. Na época ela passou 8 meses fora de casa e muitas vezes dizia não conseguir sentir nada por mim e nem pelos filhos. Ela voltou para casa pedindo ajuda devido ao uso de álcool e drogas, quando retomou o tratamento com medicação por três anos, passando apenas a fazer psicoterapia. Ela viveu relativamente bem até o ano de 2015, quando teve uma leve crise, retomando a medicação, ficando estabilizada. Passou uns meses bem e com psicoterapia a psicóloga afirmou que ela não tinha a bipolaridade, mas apenas transtornos de Ansiedade Generalizada. Faz um mês que ela saiu de casa, novamente, apresentando os mesmos sintomas apresentados em 2007, ou seja, tremenda ansiedade, ações impulsivas com valorização de coisas fúteis, bastante agressiva, chegando a ameaçar a família de agressões físicas.

    Acredito ser negativo o diagnóstico da psicóloga, devido ao quadro atual ser similar ao de 2007, pois minha esposa alega não sentir nada por ninguém, não se importando comigo, nem com os filhos e demais familiares. Após a saída, ela já disse me odiar e me amar e também amar os filhos, apesar do fato da mesma não ligar para eles. Ela diz odiar quando falamos sobre sentimentos para ela e suas ações confusas. Temos sofrido muito em casa diante desta situação pois meus filhos dizem que a mãe “parece ser uma outra pessoa dentro do corpo dela”. Ela já vendeu grande parte das suas roupas e iphone por preços super baixos para a realização de coisas fúteis, exemplificando. Fico meio sem saber o que fazer, seguir minha vida sem ela, ou lutar novamente como o fiz em 2007.
    Nossa filha de 14 anos pediu que eu desse o divórcio a mãe e o outro filhos sentem-se tensos com todos esses acontecimentos e quando a mãe se aproxima. Já perdi 7 quilos em 1 mês após a saída dela de casa e tenho sofrido com isso. Ela já chegou com a ideia do divórcio pois disse que eu mereço coisa melhor para ninha vida, mas noto que falou isso quando estava irritada. E depois pediu um tempo para isso. Muito confusa.

    Queria uma opinião sobre o caso dela.

    • Equipe Abrata 8 de junho de 2017 às 09:46 - Responder

      Prezado Oberdan.

      Agradecemos a sua mensagem onde fica claro o sofrimento pelo qual passam a pessoa com transtorno bipolar e seus familiares.
      Bem, sua esposa recebeu o diagnóstico feito pelo psiquiatra e que lhe prescreveu o tratamento apropriado e combinado com psicoterapia.
      Ela não deve ter seguido à risca a prescrição médica porque não se estabilizou, mas retomou do tratamento mais tarde.

      Para ficar bem, a pessoa com Transtorno de Humor Bipolar precisa se conscientizar de que, depois do diagnóstico, não deve mais abandonar a medicação e, também, fazer mudanças no estilo de vida. A doença tem forte componente genético — nos casos em que um familiar de primeiro grau tem o transtorno, aumenta-se de 1% para 10% os riscos de ter a doença —, mas também pode ser influenciada por muitos fatores ambientais: sono desregulado, estresse, uso de drogas e abuso de álcool podem ajudar a desencadear crises.
      A psicoterapia auxilia na adesão ao tratamento medicamentoso e a organizar as emoções. Terapeuta não faz diagnóstico, somente o médico.

      Como você sabe, o Transtorno Bipolar é uma doença em que as pessoas alternam entre períodos de bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas “oscilações de humor” entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.

      Os sintomas de Transtorno Bipolar dependem do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa para pessoa. Para alguns, os picos de depressão são os que causam os maiores problemas. Para outros, a preocupação é maior durante os picos de mania. Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e hipomania acontecerem ao mesmo tempo. Confira os principais sinais do transtorno bipolar na crise ou episódio da mania (euforia).

      Pouco controle do temperamento.
      Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas.
      Gastos excessivos.
      Aumento de energia.
      Pensamentos acelerados que se atropelam.
      Fala em excesso.
      Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades).
      Grande envolvimento em atividades.
      Grande agitação ou irritação.

      A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses.

      Sugerimos algumas ações:
      1) Não desistir de sua esposa. Afinal, vocês, familiares, podem ajudá-la, mas precisam de cuidados também. No livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO
      BIPOLAR, que pode ser baixado gratuitamente no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx há várias dicas.
      2) De nada adiante conversar com ela quando estiver com depressão ou mania. Espere momentos mais tranquilos.
      3) Haja com carinho e comiseração. Ela sabe que você a ama mas está com dificuldades reais de expor os seus sentimentos porque não está adequadamente tratada, ou seja, não está estável.
      4) Terapia familiar para você e seus filhos.
      5) Pensar em internação psiquiátrica, que deve ser conversada com adultos, para que ela receba, em ambiente próprio, um tratamento contínuo.

      A realidade é que a internação é hoje um instrumento que não raras vezes se torna uma questão de vida ou morte na sua versão mais dramática, ou seja, naquelas situações em que se constata um considerável risco de suicídio – para esta situação específica é difícil imaginar forma mais eficiente de tratamento, considerando que um outro instrumento, os psicofármacos, podem exigir um tempo mínimo para que seu efeito se manifeste.

      Estamos à disposição para mais esclarecimentos.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

    • Esposa de um bipolar 9 de junho de 2017 às 23:06 - Responder

      Estou passando por uma situação bem semelhante à sua. Meu marido saiu de casa me deixando com um bebê de meses. Parece realmente outra pessoa dentro do corpo dele. Frio, não tem sentimentos, não se importa mais conosco. Age com impulsividade, me culpa de tudo. Arruma namoradas, agora veio com os papéis do divorcio pra que eu assine, que sou culpada da minha própria desgraça, que é ele a vítima. Também emagreci muito em pouco tempo e acho que tenho aparência de alguém doente. Já procurei terapeutas, advogado, auxílio, tudo que me possa manter viva para criar meu filho. Que nós todos tenhamos muita força. Que Deus olhe por nós.

      • Equipe Abrata 15 de junho de 2017 às 16:57 - Responder

        Prezada Esposa de um bipolar.

        Olhe, sem tratamento médico contínuo a pessoa com transtorno bipolar não fica estabilizada. Os sintomas são controlados com medicação e
        psicoterapia.
        E quando há recusa em dar continuidade ao tratamento, é semelhante a um avião perdido no espaço aéreo, vai para baixo (depressão) e para
        cima (mania/euforia).
        E todos padecem com a falta de conscientização do portador, ele próprio e os que o rodeiam.
        A importância, também, da psicoterapia está no fato que ela oferece suporte emocional, organizando os sentimentos e as emoções. A Terapia Cognitivo-
        comportamental tem sido indicada para as pessoas com transtorno bipolar.
        A família deve se cuidar também porque adoece junto com o ente querido.
        Consulta com psiquiatra é importante. Às vezes, o familiar pode desenvolver a depressão.O seu desgaste físico e emocional é merece atenção.
        O cuidador deve se cuidar! Insistimos nesta tecla.
        Além do mais, você tem que ficar inteira para cuidar de seu filho. Quer razão melhor?
        Quanto às questões legais, sugerimos que siga uma boa orientação jurídica.

        Um grande abraço.
        Equipe ABRATA.

  144. Raphaela 9 de junho de 2017 às 03:51 - Responder

    Eu e minha companheira estamos juntas há alguns anos. Sempre soube da bipolaridade dela contudo, de dois anos pra cá, parece que virei o alvo dela.
    Não sei mais o que fazer, ela começou a usar cocaína e só eu sei. Além de só ter piorado a situação, já que fica menos estável.
    Fico muito preocupada com o que está acontecendo e sem saber o quê fazer.
    Se eu falar pra família dela, a mãe dela não vai conseguir lidar, além de já ser idosa.
    Eu a amo, gostaria de ajudá-la a retomar o tratamento, já que está se automedicando e não está fazendo terapia.
    Fico sempre em um dilema de querer ajudar e não saber. Tenho medo dela atentar contra a própria vida. Acredito que o casamento é na saúde e não doença, mas toda situação está me fazendo muito mal, além de não aguentar mais vê-la assim.

    • Equipe Abrata 12 de junho de 2017 às 09:01 - Responder

      Prezada Raphaela.

      Não ficou muito claro no seu relato, mas deu a entender que sua companheira está instável de dois anos para cá. Pode ser que a relação de vocês seja uma fonte de estresse para ela ou que você seja o “alvo” simplesmente por ser a pessoa que convive com ela na intimidade e, assim, recebe o impacto maior das alterações de humor e de comportamento dela.
      De fato, o uso de cocaína é muito prejudicial às pessoas que têm transtorno bipolar, a cocaína mantém a pessoa instável. Você não quer contar para a mãe dela, mas vemos que não dá para você ajudar na situação se não fizer aliança com outras pessoas que possam ajudar. Se não fizer isso, ficará mais sobrecarregada e isso só desgasta. Não sabemos se você já conversou com sua companheira, mas é importante dizer a ela que ela precisa se ajudar e ajudar você a ajudá-la. Além disso, é fundamental que o psiquiatra que a acompanha saiba do estado dela e possa avaliar o grau de risco envolvido. Isso não deve ficar nas suas mãos. Converse com sua companheira e diga para ela que deseja ajudar, que quer informar o médico sobre a situação para que as coisas melhorem. E, também é importante você pensar nos seus limites, no que você aceita fazer, para quem você quer pedir ajuda e até onde você aceita ir. Lembre-se que uma pessoa não pode ajudar além dos seus limites e pensamos que sua companheira precisa saber disso até para que ela possa amadurecer uma atitude de aceitar ajuda e de se ajudar também. E a você, Raphaela, pense bem se não é o caso de você procurar uma psicoterapia para lhe ajudar a pensar melhor toda essa situação e a construir saídas mais favoráveis para você e para ela.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA

  145. Oberdan 11 de junho de 2017 às 17:37 - Responder

    É característica da pessoa dizer que não ama mais e que não quer voltar para casa porque se sente sufocada, alegando que não quer dar satisfação para ninguém. Apesar disso, me chama para sair e se relacionar (de uma forma mais acentuada durante a relação).

    • Equipe Abrata 15 de junho de 2017 às 16:26 - Responder

      Caro Oberdan.

      Se a pessoa estiver apresentando sintomas de transtorno bipolar, o melhor caminho é tratar-se adequadamente com medicamentos
      indicados pelo psiquiatra e fazer psicoterapia.
      Abs.
      Equipe ABRATA.

  146. Juliana 12 de junho de 2017 às 17:03 - Responder

    Minha mãe tem 55 anos e tem transtorno bipolar, ela já ficou internada inúmeras vezes, lembro da minha infância toda indo visitá-la nos hospitais psiquiátricos, que mais pareciam ser uma cadeia. Com os filhos adultos, e com a modernidade do tratamento, ela ficou muitos anos estável, sem crise e sem internações, porém de uns tempo para cá, ela anda tendo muitas manias ou hipomanias (não sei bem a diferença), e isto nos afeta muito, tenho dúvidas quando ela está assim, se é característica da doença ou da personalidade dela. Ela ofende a todos, por qualquer coisa, fica muito violenta, nos ataca por tudo, não podemos nem encostar sem querer nela. Preciso saber se isto é uma característica da doença, ou se ela faz tudo isto se aproveitando da doença, como muitas vezes eu desconfio.

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2017 às 07:00 - Responder

      Querida Juliana.

      Todos nós temos altos e baixos, mas no transtorno bipolar eles são mais graves. Os sintomas desta doença podem prejudicar o trabalho, o desempenho escolar, os relacionamentos e atrapalhar a vida diária. Embora o problema seja tratável, muitas pessoas não reconhecem os sinais de alerta e não obtêm a ajuda de que necessitam. Uma vez que o transtorno bipolar tende a piorar sem tratamento, é importante aprender como são os sintomas. Reconhecer o problema é o primeiro passo para melhorar.

      O transtorno bipolar provoca mudanças graves no humor, na energia, nos pensamentos e no comportamento – dos picos de mania, em um extremo para os pontos baixos de depressão, no outro. Mais do que apenas um bom ou mau humor fugaz, os ciclos do transtorno bipolar duram dias, semanas ou meses. E ao contrário de oscilações comuns de humor, as mudanças no transtorno bipolar são tão intensas que interferem em sua capacidade de atuar.

      A individualidade da pessoa pode demonstrar alterações em função da doença. Parece que o doente é outra pessoa! Não, ele tem o seu humor oscilante por causa da patologia.

      O transtorno bipolar afeta, além do humor, também o nível de energia, julgamento, memória, concentração, apetite, sono, desejo sexual e autoestima. Além disso, o transtorno bipolar tem sido associado à ansiedade, ao abuso de substâncias e a problemas de saúde como diabetes, doenças cardíacas, enxaqueca e pressão arterial elevada.

      Durante um episódio de mania, uma pessoa pode impulsivamente sair de um emprego, gastar enormes quantias em cartões de crédito ou se sentir refeita depois de dormir duas horas. Durante um episódio depressivo, a mesma pessoa pode se sentir muito cansada para sair da cama e cheia de auto-aversão e desesperança sobre estar desempregada e com dívidas.

      As causas do transtorno bipolar não são totalmente compreendidas, mas muitas vezes parecem ser hereditárias. O primeiro episódio de mania ou depressão do transtorno bipolar geralmente ocorre na adolescência ou no início da fase adulta. Os sintomas podem ser sutis e confusos; muitas pessoas com transtorno bipolar são negligenciadas ou mal diagnosticadas, o que resulta em sofrimento desnecessário. Mas com tratamento adequado e apoio, você pode levar uma vida gratificante.

      O transtorno bipolar pode ser muito diferente em pessoas diferentes. Os sintomas variam muito em padrão, gravidade e frequência. Algumas pessoas são mais propensas à mania ou à depressão, enquanto outras oscilam igualmente entre os dois tipos de episódios. Alguns têm variações frequentes de humor, enquanto outros as experimentam pouco ao longo da vida.

      Na fase maníaca, sentimentos de energia multiplicada, criatividade e euforia são comuns. As pessoas que experimentam um episódio maníaco frequentemente falam a mil por hora, dormem muito pouco e são hiperativas. Elas também podem se sentir todo-poderosas, invencíveis ou destinadas à grandeza.

      A pessoa na fase de mania se sente bem no início, mas tende a perder seu controle. Ela muitas vezes se comporta de forma imprudente durante um episódio maníaco: desperdiça as economias em jogos de azar, envolve-se em atividades sexuais impróprias ou faz investimentos financeiros tolos, por exemplo. Ela também pode ficar com raiva, irritada e agressiva – provocando brigas, atacando os outros quando eles não concordam com seus planos e repreendendo quem critica seu comportamento. Algumas pessoas até entram em delírio ou começam a ouvir vozes.

      A hipomania é uma forma menos grave de mania. Pessoas em estado hipomaníaco sentem-se eufóricas, dinâmicas e produtivas, mas são capazes de tocar adiante sua vida cotidiana e nunca perder o contato com a realidade. Para outros, pode parecer que as pessoas com hipomania estão simplesmente em um estado de bom humor invulgar. No entanto, a hipomania pode resultar em decisões ruins que prejudicam relacionamentos, carreiras e reputações. Além disso, ela muitas vezes se agrava a ponto de chegar à mania severa ou é seguida por um grande episódio depressivo.

      Um episódio misto de transtorno bipolar apresenta sintomas de mania ou hipomania e depressão. Os sinais mais comuns de um episódio misto incluem depressão combinada com agitação, irritabilidade, ansiedade, insônia, distração e pensamentos rápidos. Essa combinação de alta energia e baixo-astral tende a resultar em um risco particularmente elevado de suicídio.

      O transtorno bipolar requer tratamento de longo prazo. Uma vez que ele é uma doença crônica e com recidivas, é importante continuar o tratamento mesmo quando você está se sentindo melhor. A maioria das pessoas com transtorno bipolar precisa de medicação para prevenir novos episódios e ficar livre dos sintomas.

      O tratamento não se resume à medicação. Sozinho, o remédio em geral não basta para controlar totalmente os sintomas do transtorno bipolar. A estratégia de tratamento mais eficaz envolve uma combinação de medicamentos, terapia, mudanças de estilo de vida e apoio social.

      Bem, Juliana, sua mãe é doente e, como tal, precisa de amor e comiseração. E não os ofende por desejar assim proceder. Ela tem transtorno bipolar, o seu humor oscila como uma gangorra. Quando estiver estável, a convivência será muito melhor, acredite.

      Você, como cuidadora, também deve se cuidar. Sugerimos que faça psicoterapia e, se for o caso, tratamento medicamentoso.

      Sugerimos a leitura do livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR que pode ser baixado gratuitamente no site: http:/www.abrata.org.br/new/folderaspx.

      Estamos à disposição para mais esclarecimentos.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

      • Luciana Silva Guesso Leão 13 de junho de 2017 às 11:02 - Responder

        Sou irmã da Juliana e achei o texto muito esclarecedor.

        • Equipe Abrata 15 de junho de 2017 às 17:41 - Responder

          Olá Luciana.

          Agradecemos a sua mensagem e saiba que a equipe ABRATA se empenha em oferecer informações importantes a que nos procura.

          Abraços.
          Equipe ABRATA

  147. angelica botas alpalhão 17 de junho de 2017 às 16:53 - Responder

    Boa noite! Obrigada pela forma elucidativa com que abordam este tema.
    Tenho um casamento de 36 anos de muito sofrimento (casei aos 18),e hoje foi mais um desses horriveis dias (em que ele parece me odiar)em que não ouvi uma simples palavra sem que para tal exista algum motivo.Mais um de muitos dias em que me apetece desistir,venho ao pc e leio o vosso artigo…Meu Deus!Era como se eu tivesse escrito sobre os meus 36 anos de casada!Quando eu muito erradamente pensava que se contasse a alguém não iriam acreditar em mim…sim,porque nas raras vezes que o tentei fazer,ele de uma maneira tão convicta desmentia que eu ficava sem palavras.Só há um ano entrou em profunda depressão e aceitou ir a psiquiatra,já lá vai um ano,deixou o álcool (pelo menos)a violência verbal como me tratava melhorou,vai a psiquiatra particular pelo menos uma vez mês mas está muito complicado continuar a cuidar…sofri muito,por vezes sinto revolta mas depois vem o meu lado humano e continuo não desistindo dele mas sim de mim ,como fiz toda a vida!…

    • Equipe Abrata 18 de junho de 2017 às 05:58 - Responder

      Querida Angélica.
      Agradecemos o seu contato e a forma carinhosa que se refere à ABRATA.
      A missão da associação é educar as pessoas com transtorno bipolar e depressão, familiares, profissionais de saúde mental e a sociedade em geral sobre a natureza e tratamento dos transtornos do humor, buscando sempre reduzir o estigma e a discriminação da doença diante da coletividade.
      Ótimo que seu marido tenha procurado ajuda médica, realmente o tratamento medicamentoso é fundamental para que o doente fique estável. É importante, também, combinar os medicamentos e psicoterapia. A psicoterapia mais indicada é a Terapia Cognitivo-comportamental.
      E quanto a você? Sugerimos que se cuide também. Frequentemente, os cuidadores apresentam depressão ou outros problemas. Procure ajuda médica e psicoterapia.
      Indicamos a leitura do GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR, que você pode baixar gratuitamente pelo site https://www.abrata.org.br/new/folder.apx
      Um grande abraço,
      Equipe ABRATA

  148. Flávia Silva 27 de junho de 2017 às 21:39 - Responder

    Sou casada com uma mulher que tem TAB 1, ela é uma pessoa maravilhosa quando equilibrada, um doce, me trata feito rainha. Mas quando em crise, eu sou o pior ser humano da face da terra, ela me humilha, me xinga, não presto pra nada, sou o atraso da vida dela. Por tudo briga, nunca faço nada certo, como ela mesmo diz “sou um lixo” e é assim que me sinto sempre. Essa inconstância de não saber como a pessoa estará é de acabar com qualquer psicológico. Tenho pânico, preciso ficar medindo as palavras, como tenho que falar, pq não sei como será a reação dela. Quando em crise é mega ciumenta, acha que a traio, que a engano… tem mania de perseguição, todo mundo faz de tudo para prejudicá-la.
    Não consigo me concentrar no serviço, fico em constante estado de alerta, pois a qualquer momento ela pode explodir, me xingar e me humilhar em qualquer lugar, não mede palavras. Ultimamente ando tendo muita dor de estômago, tensão muscular, fora a vontade sumir por me sentir culpada por tudo o que acontece.
    Amo-a demais, tenho muito amor, carinho, respeito e paciência com ela… mas eu ando tão desgastada, me sinto um nada, não me acho capaz de ajudá-la, estou tendo vontade de desistir de tudo, inclusive de mim.
    Ninguém na família dela entende o transtorno, acha que ela tem frescura ou é da personalidade dela ser assim. Não tenho ninguém da minha família ao meu lado. Não tenho com quem conversar ou alguém que entenda como eu me sinto.
    Me sinto só e isso está me sobrecarregando.

    • Equipe Abrata 14 de julho de 2017 às 05:48 - Responder

      Prezada Flávia.

      O transtorno bipolar é uma doença que exige a continuidade do tratamento medicamentoso combinado com psicoterapia.
      E os cuidadores de portadores devem se cuidar também. Por exemplo, você pode e deve procurar um médico para os
      problemas físicos e, também, um (a) terapeuta.
      Verifique se em sua cidade há grupos de apoio para familiares de pessoas com transtorno bipolar.
      Sugerimos que exponha à sua esposa o que está sentido aguardando, claro, um momento de tranquilidade no qual é
      possível estabelecer-se o diálogo.
      Para leitura, sugerimos que baixe o GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  149. Elisabete 29 de junho de 2017 às 22:30 - Responder

    Belo artigo ! O artigo foca no casamento, no entanto, muitas amizades são desfeitas justamente pelo transtorno bipolar. Tenho uma amiga que considero como irmã que tem o transtorno bipolar. Todas essas fases citadas pelo artigo já presenciei na nossa amizade . Por mais que você procure se informar e compreender tem uma hora que você resolve se afastar . Mas como foi citado em um dos comentários o seu lado humano fala mais alto e você compreender que é uma pessoa com problema de saúde e precisa de carinho, atenção e compreensão .

    • Equipe Abrata 3 de outubro de 2017 às 11:16 - Responder

      Elisabete agradecemos o seu comentário.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  150. Simone Alessandra Santos 1 de julho de 2017 às 13:43 - Responder

    Angélica, também passo pela mesma situação…hoje pra mim tem sido um desses dias horríveis q vc comentou…sem nenhum motivo meu marido fica irritado, distante e até agressivo verbalmente, como se realmente me odiasse. Depois de uns 2 dias, volta ao normal, carinhoso e gentil…mas no prazo de 1 semana a 10 dias, tem outra crise e o ciclo se repete…vivo isso há 5 anos! É tenho percebido q estou ficando doente com tanta instabilidade! Não é nada fácil conviver com um bipolar! Ele faz terapia, mas com certeza maquia tudo…já fui falar com a terapeuta, questionando essa possibilidade do transtorno bipolar, mas em vez dela me ajudar, foi e contou pra ele a eu achava q ele era bipolar…ele ficou possesso! Não sei o q fazer…Estou fazendo terapia numa outra profissional, q sugeriu chama-lo pra conversar, mas ele disse q não vai responder perguntas para um estranho…não quer ser ajudado.

    • Equipe Abrata 12 de julho de 2017 às 07:43 - Responder

      Querida Simone

      Agradecemos a sua mensagem.
      Pode ser que seu marido seja portador do transtorno bipolar. Somente um psiquiatra pode confirmar se se trata ou não dessa doença.
      A psicoterapia é importante, mas a medicação é que o manterá estável.
      Você já procurou conversar com ele? Sugeriu que procure um profissional? Há que se esperar, no entanto, o momento oportuno para dialogar
      com calma e quando percebê-lo acessível.
      É importante que você dê continuidade à sua terapia. E leia o GUIA DE CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR. Baixe no site:
      https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  151. Luiz Fernando Dias 9 de julho de 2017 às 20:56 - Responder

    É muito doloroso…
    Acabei de romper o relacionamento pela segunda vez com uma pessoa que desconfio que seja bipolar. A mãe dela já foi diagnosticada com transtorno bipolar e ela também aparenta ter esse problema, venho tentando cuidar dela há anos…

    Conheci uma menininha linda que varria a porta do armazém que era o mesmo lugar que ela e os pais moravam, me lembro que lutei muito pra que ela me aceitasse como namorado, não tenho tantos atrativos físicos, sou baixo, desengonçado, nem um pouco atraente, mais tive um bom pai, amoroso e trabalhador, queria ser como ele, constituir família. Pedi pra namorar com ela 4 vezes, em todas as vezes ela recusou.

    Um dia ela aceitou, meu espírito se iluminou, fiz planos, namoramos um bom tempo, fiz faculdade, mais já notava que nosso relacionamento não era igual aos outros, ela era muito ausente, com o menor problema se enfurecia e queria terminar, mais havia também bons momentos, nossa, como sinto saudade, ela me fazia rir muito, mais ficava depressiva, falava coisas ruins de si mesma, me lembro que determinado dia foi em minha casa, e eu não estava com bom humor, por isso foi embora e terminou comigo. Como sempre fez, o menor sinal de problema, ela levantava e ia embora, não queria papo comigo e acabou.

    Passou um ano e eu aprendi a lidar com a ausência dela, quando ela queria voltar a falar comigo, sei lá, se é a tal ressaca moral de que tantos falam, mais eu já gostava de outra pessoa, e não liguei muito, mais meus princípios me orientam de que ninguém nesse mundo é descartável, devemos nós colocar no lugar do outro. Foi então que decidi reatar meu compromisso, até comprei meu apartamento

    Mais de novo ela foi embora, só por que eu falei que queria também cuidar da minha mãe. Desta vez me proibiu de entrar em contato com ela, tentei de todas as formas que ela reatasse comigo, mais só me ofendeu.

    É muito triste como esse transtorno desfigura as pessoas, parte meu coração, tinha comprado apartamento e tudo, mais ela acredita que eu sou o problema, não sei mais o que fazer.

    • Equipe Abrata 15 de julho de 2017 às 06:25 - Responder

      Olá Luiz Fernando.

      Citamos um trecho do artigo escrito pelo dr. Teng Chei Tung, médico psiquiatra e membro do Conselho Científico da ABRATA:

      O que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação.

      E quando se deve desistir da relação? Não existem regras, a sugestão é sempre lutar até as últimas forças, até o último limite, de cada um. Se não der, como acontece com muitas relações, infelizmente o relacionamento acaba, e cada um “sai catando os cacos” e se reconstruindo da melhor forma possível. Entretanto, sempre que possível, deve-se estimular pela manutenção do relacionamento, pois é tão difícil hoje em dia se conseguir ter um bom relacionamento, e desistir de relacionamentos antigos sempre se perde muito.

      Penso em acrescentar: “o que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação”

      Em nosso site, você encontra o artigo completo com o título “Descobri que meu companheiro é bipolar …e agora?”

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  152. fabricio 12 de julho de 2017 às 15:44 - Responder

    Conheci uma moça há três meses atrás, no começo estava tudo bem, ela inclusive é psicóloga formada e atende seus pacientes. Um dia depois da primeira briga ela me falou sobre o seu problema de ser bipolar, ai tivemos muitas brigas por traições dela e mudança de humor. Estava gostando dela mas não tive olhos para problema, achei que era uma coisa boba, agora ela me culpa por tudo e pelas as coisas que fiz para ela que falei, ela não que mais falar comigo, fala que tem medo de mim,que precisa se proteger, não fiz nenhum mal a ela só não soube lidar com ela e problema da bipolaridade dela. O que eu posso fazer agora ?

    • Equipe Abrata 16 de julho de 2017 às 05:55 - Responder

      Caro Fabricio

      Sugerimos que dê tempo ao tempo.
      Sabe, o transtorno bipolar ou bipolaridade é uma doença que requer tratamento contínuo e as oscilações de humor podem ocorrer
      ainda que o portador esteja se tratando.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  153. priscilla 14 de julho de 2017 às 18:09 - Responder

    Olá
    Meu marido foi diagnosticado com TB. Não segue o tratamento direito, pois alega que os medicamentos o deixam “sedado”. Nossa relação está cada dia mais dificil. Ele duvida muito de mim, acha que tenho outros homens, acha que olho, me insinuo e até mesmo faço gestos para qualquer outro homem na rua. Quando ele está bem, vivemos bem, pois ele é uma pessoa muito boa, me trata muito bem, ele é maravilhoso! Mas de repente, tudo muda… Ele faz insinuações o tempo todo. Estou muito triste. As vezes acho que eu é que sou o problema. Preciso de ajuda para aprender a suportar essas coisas… se é que tenho que suportar. Mas a pergunta é: Se vivermos juntos, será assim pra sempre? Ele sempre vai suspeitar de uma traição? Ele sempre vai pensar: “Daquela vez era verdade mesmo… é só eu tocar no assunto que você se entrega…”
    E também preciso de uma orientação quanto a um tratamento pra mim.
    Obrigada

    • Equipe Abrata 16 de julho de 2017 às 06:53 - Responder

      Queria Priscilla

      Agradecemos a sua mensagem.

      A adesão plena ao tratamento do transtorno bipolar é fundamental para a estabilidade do doente. Caso contrário, a oscilação do humor
      será frequente.
      Tente conversar com ele em ambiente tranquilo e quando o perceber acessível.
      É muito comum o cuidador apresentar sintomas de doenças dado o estresse.
      Procure um psiquiatra para avaliá-la e um psicoterapeuta.
      Leia, também, o GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR, que pode ser baixado no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  154. Bruna 28 de julho de 2017 às 16:24 - Responder

    Sou casada há 5 anos,no começo tudo ia certo. Mas de uns 2 anos pra cá meu marido diz que eu sou bipolar, já nos separamos várias vezes e voltamos.Não sei o que faço, ele me pede pra procura ajuda porque isso tá acabando com a nossa relação. Não sei se é hereditário porque ele diz que sou igual a minha mãe.

    • Equipe Abrata 29 de julho de 2017 às 11:50 - Responder

      Olá Bruna

      Agradecemos o seu contato.
      Procure ajuda de um psiquiatra para diagnosticar você e, se for o caso, prescrever-lhe tratamento.
      E já que conta com o auxílio de seu marido, peça a ele que a acompanhe na consulta.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  155. Gisele 6 de agosto de 2017 às 23:28 - Responder

    Olá! Namoro há quase 6 anos e durante todos esse período houve muitas traições por parte dele, momentos em que estávamos mto bem e na semana seguinte ele terminava dizendo que não me amava o suficiente. Depois de uma briga no começo deste ano, ele teve uma atitude totalmente descontrolada, perdeu o contato com a realidade, passou a falar nada com nada, achar que estava sendo perseguido, ficando com raiva de pessoas próximas e inclusive de mim. Saiu da cidade e foi morar no interior com os pais e disse a todos que estava mal daquela forma por minha causa, não dormia, passava a noite toda em claro, quebrava as coisas quando não funcionavam, até que foi ao psiquiatra. Tudo isso em um período de 1 semana e foi diagnosticado com TB, tomou remédios e ao passar 20 dias estava melhor, aparentemente voltando a ser a pessoa que era, voltou para a minha cidade e quis reatar o namoro. Atualmente estamos juntos novamente, mas está tudo mto estranho, ele está ciumento (nunca foi), sente um amor absurdo por mim e quer estar junto 24h por dia! Eu não sei mais o que fazer, não estou feliz nessa situação pois ele parou o tratamento, tenho medo de tudo voltar a ser como antes e eu viver uma vida infeliz, de altos e baixos. Aqui neste artigo eu não vi nada falando sobre pessoas bipolares que tem atitudes esquizofrenicas como ele teve, às vezes tenho esperança de o médico estar errado (foi apenas uma consulta) e tudo não ter passado de um surto pois neste mesmo período, ele perdeu o emprego, o país foram morar longe, as dívidas estavam altíssimas, nossas brigas mais frequentes e sem contar o fato que ele usava maconha com frequência, enfim! Estou perdida, querendo sair dessa situação mas ao mesmo tempo presa à dependência que ele tem de mim. Tenho medo de abandonar o navio e ele piorar, medo de ele surtar e ficar esquizofrênico! Existe alguma possibilidade de pessoas bipolares terem atitudes esquizofrênicas ou ficarem de vez? Agradeço a ajuda do comentário desde já! Estou perdida! Sinto que meu futuro depende de uma única escolha, ficar ou partir!

    • Equipe Abrata 12 de agosto de 2017 às 08:50 - Responder

      Prezada Gisele,
      Não temos condições de afirmar se o seu namorado tem ou não o transtorno bipolar, isso somente pode ser feito numa consulta individual com um psiquiatra habilitado. O diagnóstico pode ser feito numa primeira consulta se forem identificados os sintomas e comportamentos necessários para preencher os critérios diagnósticos. Muitas vezes, são necessárias mais entrevistas com o paciente e sua família para confirmar o diagnóstico quando existem pontos de dúvida. No entanto, você diz que ele melhorou após o início do tratamento e entendemos que ele piorou após a parada desse tratamento. A falta de tratamento é a principal causa de recaída das crises e de piora na evolução do transtorno. Além disso, o uso de drogas, como a maconha que você citou, além de outras, pode precipitar sintomas psicóticos em diversos tran stornos.
      É muito importante que você se informe bem sobre a natureza do transtorno bipolar, mas você sozinha não pode fazer o seu namorado resolver se tratar. Ele já apresenta inúmeros comportamentos que provocam muitos conflitos entre vocês e, no que se refere à parte dele, só ele pode aceitar se tratar. Mas, você pede ajuda para si mesma e isso é fundamental. Você está sofrendo e não vai resolver a situação mudando o seu namorado. Você precisa de uma atenção especializada para conseguir construir uma solução para o seu sofrimento. Você não pode mudar o seu namorado, mas pode mudar a si mesma. Sugerimos que você procure uma ajuda psicoterapêutica (psiquiatra formado em psicoterapia ou psicólogo clínico) para lhe dar condições de pensar melhor e descobrir que atitudes você preci sa desenvolver para se cuidar melhor e fazer as escolhas que podem ser necessárias daqui para a frente.

      Um abraço,
      Equipe ABRATA”.

  156. Augusto 28 de agosto de 2017 às 10:21 - Responder

    Meu melhor amigo tem comportamentos estranhos e às vezes acho que ele é bipolar. Somos amigos há quase 05 anos, no começo as coisas eram boas. Com o tempo, ele começou a se mostrar agressivo. De repente, sem nenhum motivo aparente, começava a me maltratar, diz que não me suporta, que eu falo demais e cobro em excesso. Me humilha, diz coisas que machucam, fala que eu o sufoco. Depois, as coisas voltam ao normal. No final do ano passado, ele teve uma crise de falta de ar, e acabou procurando tratamento, porém foi diagnosticado como depressão. No começo, o tratamento foi bom, ele se mostrou uma pessoa melhor. Até que em março ele terminou um namoro e depois disso tudo piorou. A princípio, ele disse que estava depressivo e precisava de um tempo. A partir de maio, começamos a brigar e desde então mal nos falamos. Ele sempre diz que falo demais, que sou insuportável e que eu sou a causa da depressão dele. O histórico familiar dele é complicado, o pai o abandonou, a mãe faleceu, não fala com o irmão. O pior é que parece que eu sou o para-raio dele, ele não age assim com mais ninguém, a não ser com a ex-namorada dele que o abandonou em função disso. Quando ele está bem, é uma pessoa excelente, amigo para todas as horas, diz que sou o irmão que ele não teve. Parece que lido com duas pessoas completamente diferentes. Me sinto perdido, não sei se ele realmente pensa isso de mim ou se seria em função de algum distúrbio. É uma montanha russa. Não sei o que fazer.

    • Equipe Abrata 31 de agosto de 2017 às 07:53 - Responder

      Prezado Augusto.

      Os especialistas em transtornos afetivos ou do humor (transtorno bipolar e depressão) prescrevem a combinação
      do tratamento medicamentoso com psicoterapia e, também, a participação em Grupos de Apoio Mútuo como os que a
      ABRATA oferece.
      Sugerimos, ainda, a psicoeducação.
      As intervenções psicossociais no tratamento dos transtornos do humor baseiam-se predominantemente no modelo psicoeducacional.
      Este modelo é entendido como uma forma de tratamento combinado aos psicofármacos, ensinando os portadores a compreender sua doença,
      a participar ativamente do tratamento e reconhecer sinais que venham a gerar uma possível recaída.
      A psicoeducação é, também, útil no auxílio de familiares e pessoas próximas do paciente.
      A psicoeducação permite que o paciente seja capaz de compreender as diferenças entre as suas características pessoais e as
      características do transtorno psicológico que precisa enfrentar, pois o mesmo passa a conhecer detalhadamente as consequências e os
      fatores desencadeantes e mantenedores dos problemas ou patologia que apresenta.
      Procure assistir a palestras psicoeducacionais. Acesse o canal YouTube para conhecer as palestras ministradas pela ABRATA.
      E, por último, pode ser que as mudanças de humor de seu amigo indiquem a possibilidade do transtorno bipolar. Outras atitudes são
      esperadas daqueles que não estão estabilizados ou estáveis.
      Você pode ajudá-lo mostrando a ele as matérias postadas em nosso site, blog e facebook.
      Há que ter paciência e empatia.
      Boa sorte!

      Um agrande abraço
      Equipe ABRATA

  157. Augusto 2 de setembro de 2017 às 10:47 - Responder

    Obrigado pela atenção e esclarecimentos. Só mais um ponto: é verdade que as pessoas que possuem transtornos afetivos tendem a descontar nas pessoas que mais gostam quando estão passando por uma fase ruim?

    • Equipe Abrata 3 de setembro de 2017 às 07:57 - Responder

      Caro Augusto

      As oscilações do humor causadas pelo transtorno levam a um desgaste. Em especial ao desgaste da relação com o cônjuge. Se em algum momento esse comportamento é visto como algo da personalidade da pessoa, aos poucos os ciclos se tornam claros. Mas pode acontecer o contrário – inicialmente os ciclos serem espaçados e bem definidos e com o passar dos anos se tornarem mais constantes e contínuos.

      As obstinações, antes vistas como sinônimo de determinação, tornam-se claramente desproporcionais. O sentimento de perseguição e de desconfiança – que muitas vezes acompanham o transtorno – costumam se refletir na família do parceiro ou parceira. Círculos de amizade podem ficar comprometidos e o isolamento social, em determinados períodos, pode trazer grande sofrimento. É, em linhas gerais, comportamentos que acometem as pessoas bipolares.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  158. Alice Peixoto da Silva de Lima 8 de setembro de 2017 às 06:20 - Responder

    Meu filho é inconstante em todas as áreas da vida,uma hora quer estudar tal faculdade,tranca a faculdade,mesma coisa é no trabalho,se sente perseguido, atualmente trabalha na praia alugando pranchas de surf,e não quer mais por medo de ser roubado, está se divorciando, não consegue ser independente.Já teve surto psicótico após ter vindo da casa do pai no Espírito Santo, dizendo que este preparou tocaia para matá-lo pois tinha ciúmes dele com a sua mulher.
    Enfim, a infância dele foi ruim,ele ficava só,ia sozinho para a escola, não tínhamos família.
    Ele é depressivo, agressivo, já tomou chumbinho em 2010,ficou entre a vida e a morte,creio que através de orações ele não morreu.
    Em resumo,ele não se sustenta, não pára em trabalho algum,é inseguro.
    Tem medo de psicólogo, psiquiatra.
    Eu preciso de orientação.
    Ele já tomou remédio,mas travava as pernas e dormia o dia inteiro,ele não quer tomar mais.
    Um dia ele quer muito alguma coisa, outro dia não quer mais.

    • Equipe Abrata 10 de setembro de 2017 às 08:59 - Responder

      Querida Alice

      Agradecemos a sua mensagem e vamos refletir sobre o assunto.
      Na maioria dos casos, os que tentam ajudar a pessoa com algum transtorno mental são hostilizados. Não há uma solução milagrosa a ser prescrita.
      O mau humor, a irritação e a resistência ao tratamento podem gerar um comportamento de agressividade verbal e algumas vezes física.Às vezes, o
      próprio doente não aceita a possibilidade de estar em um episódio de depressão, por exemplo, ou de mania (euforia), quando se trata do transtorno
      bipolar.
      Alguns esforços podem ser tentados pelos familiares e amigos, como uma conversa amigável sobre os sintomas que ele apresenta e quão ruim são as
      consequências advindas pela falta de diagnóstico e do tratamento apropriado. O psiquiatra pode receitar medicamentos com poucos efeitos colaterais.
      Geralmente eventos extremos impulsionam pessoas resistentes a procurar ajuda. Há somente aceita o tratamento após ter a vida em risco, prisões,
      processos judiciais, agressões a pessoas que amam, dentre outras situações.
      Há momentos que não podem esperar, cabe ressaltar que, quando uma pessoa põe em risco a vida ou segurança de si mesmo ou de terceiros, é previsível
      a internação involuntária, nos termos da Lei federal 10.216 de 2001.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  159. Valeria 14 de setembro de 2017 às 15:19 - Responder

    Sou casada há 2 anos e meu marido tem transtorno bipolar, ele faz tratamento com medicações e tem acompanhamento psiquiátrico. Em casa mantenho um ambiente saudável para evitar uma crise(não tem álcool em casa, tem regras principalmente sobre a comunicação, não aceito gritaria em casa e sempre gosto de chamá-lo para orar antes de dormir). Ocorre que há um mês tive momentos de stress na minha vida acadêmica e profissional e não consegui mais manter meu emocional , nesse momento não tive o suporte dele, pelo contrario ele começou a me cobrar muito mais. Se eu chegava cansada do trabalho e não arrumava as roupas dele ou não cozinhava ele ficava jogando na minha cara que eu não fazia nada. Fiquei doente com uma infecção e ele disse que era culpa minha e não cuidou de mim. Ele não trabalha e diz que é porque eu não o ajudo a procurar emprego, totalmente dependente. Eu não aguentei a pressão e comecei a chegar atrasada no trabalho e não consegui terminar a faculdade. Nesse período meu marido não quis mais tomar a medicação e entrou em crise e tive que interná-lo.
    Faz duas semanas que ele esta internado e nesse período perdi meu emprego e me sinto muito mal, além disso quando vou visitar o meu marido ele me recebe muito mal,diz que quer se separar de mim , que não confia em mim e que eu o internei por exagero meu, que ele não tem nada, que eu sou uma controladora.

    • Equipe Abrata 16 de setembro de 2017 às 08:31 - Responder

      Prezada Valeria.

      Como você já sabe, o transtorno bipolar requer tratamento medicamentoso contínuo. Ao parar com a medicação, o portador pode
      ter crises mais intensas e com maior duração.
      Você fez a opção pela internação psiquiátrica, que é um recurso utilizado para a preservação da vida do próprio doente e de
      seus familiares e cuidadores.
      Ele deve estar recebendo a ajuda apropriada. E é comum que todos os seres humanos, mesmos aqueles que estão doentes, revoltarem-se
      com a perda da liberdade, ainda que seja provisoriamente.
      Sugerimos que converse com o médico que está acompanhando seu marido e solicite o maior número de informações sobre o tratamento
      que ele está recebendo e o prognóstico de alta da clínica. E mais ainda: como lidar com seu marido no futuro.
      Quanto a você, procure ajuda de um (a) psicoterapeuta para trabalhar as suas emoções, sentimentos, etc.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

      • Valeria 24 de setembro de 2017 às 11:41 - Responder

        Obrigada, após 20 dias internado, houve uma grande melhora e ele já não fala mais de separação, ele está voltando a dormir e a comer normalmente e a se socializar (ele estava agressivo com todos). A clínica é mista e me preocupa que, devido a fragilidade dele, se envolva com alguma paciente pois no ano passado ele acabou cometendo traição dentro da mesma clínica pois estava em surto. Não foi nada sério pois a clínica interveio na situação e depois me explicou os sintomas por isso não levei a sério. E depois que meu marido voltou a si não entendeu porque cometeu o ato… e isso nunca mais se repetiu.

        O prazo para ele ficar la é de 60 dias mas pode ser que tenha alta antes. É muito dolorosa a internação e estou com alguns traumas que terei que tratar com ajuda psicológica. Meu marido não se queixa mais, na visita ele não relatou maus tratos por parte da clínica e diz que ele tem acesso ao médico sempre que pede e sabe quais medicações está tomando e sempre fala com a psicóloga.

        Não tem como estar feliz com isso, é um abalo emocional muito grande mas preciso me manter em equilíbrio se eu quiser continuar meu casamento.

        • Equipe Abrata 25 de setembro de 2017 às 08:35 - Responder

          Prezada Valeria.
          Agradecemos imensamente a sua mensagem.
          Concordamos que a internação psiquiátrica é, de modo geral, traumática para todos os envolvidos.
          E você está certa em procurar ajuda psicológica, com certeza fornecerá a você mais resistência para o enfrentamento do estresse.
          E se seu marido está em processo de estabilização dos sintomas, com certeza não cometerá eventuais deslizes. Confie nos médicos
          que estão acompanhando o tratamento.
          Boa sorte!

          Abs.
          Equipe ABRATA

  160. Victor Shamsh 17 de setembro de 2017 às 03:38 - Responder

    Em qualquer pesquisa realizada, encontramos as explicações mais comuns bem como as mais variadas a respeito do TBH.
    Possivelmente, assim como eu, outras pessoas, cônjuges de pessoas com esse transtorno, devem ter feito diversas pesquisas acerca do assunto e, possivelmente, a essa altura, como uma forma de desespero por qualquer informação que também “nos inclua”.
    Lembrando que, se estamos nessa batalha juntos é porque os amamos e, partindo do princípio que além de cuidarmos deles e do
    relacionamento, precisamos também pensar em nossa saúde emocional, que normalmente encontra-se bem abalada.
    Portanto, como um ato individualista e, talvez, até egoísta, gostaria muito de saber qual a melhor maneira de nós, os companheiros , lidarmos com o transtorno de nossas esposas e maridos a fim de que “ambos” fiquem saudáveis numa relação tão sensível.
    Agradeço desde já.

    • Equipe Abrata 17 de setembro de 2017 às 09:28 - Responder

      Prezado Victor

      Agradecemos a sua mensagem.
      Para compreender o que é ser um cuidador de um portador de transtorno mental, é preciso transportar-se para o seu mundo, imaginar-se no lugar dele, não é suficiente para isso o embasamento teórico. É preciso atentar-se para o caminho da solicitude, num esforço de ser-com-o-outro, com disponibilidade para compreendê-lo em tal momento de sua existência.
      Para o Familiar cuidador, a doença é um obstáculo a ser superado e a esperança de uma melhora está sempre presente, principalmente quando o seu entendimento da doença está firmado. Há que ser lembrado que as famílias estão passando por situações não escolhidas e para as quais não foram preparadas. Portanto, o estar nesse papel é difícil e sempre acarreta algum prejuízo para a família. Porém, muitas dessas famílias conseguem se restabelecer e manter uma estrutura adequada para o cuidado ao doente. Com um acompanhamento profissional e tratamento apropriados, a família tem o apoio necessário para poder transformar sua prática na busca da qualidade de vida.
      O cuidador deve cuidar-se para preservar a sua saúde física e mental. Psicoterapia individual ou familiar é de grande ajuda.
      No blog da ABRATA há material publicado em 05/7/2013 que trata das 10 dicas para os cuidadores de quem sofre de transtorno bipolar.
      O Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar é também de grande valia. Encontra-se no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  161. Victor Shamsh 17 de setembro de 2017 às 03:58 - Responder

    Em qualquer pesquisa realizada, encontramos as explicações mais comuns bem como as mais variadas a respeito do TBH.
    Possivelmente, assim como eu, outras pessoas, cônjuges de pessoas com esse transtorno, devem ter feito diversas pesquisas acerca do assunto e, possivelmente, a essa altura, como uma forma de desespero por qualquer informação que também “nos inclua”.
    Lembrando que, se estamos nessa batalha juntos é por que os amamos e, partindo do princípio que além de cuidarmos deles e possivelmente do relacionamento, precisamos também pensar em nossa saúde emocional, que normalmente encontra-se bem abalada.
    Portanto, como um ato individualista e, talvez, até egoísta, gostaria muito de saber qual a melhor maneira de nós, os companheiros , lidarmos com o transtorno de nossas esposas e maridos a fim de que “ambos” fiquem saudáveis numa relação tão sensível.
    Agradeço desde já

    • Equipe Abrata 9 de outubro de 2017 às 08:44 - Responder

      Caro Victor.

      Agradecemos a mensagem e, principalmente, porque você levanta uma questão muito importante sobre os
      cuidados que o cuidador de pessoas com transtorno bipolar e depressão deve receber, tendo em vista
      que, em geral, ele está sob constante estresse que poderá levá-lo à depressão, por exemplo.
      Após a reforma antimanicomial, e através das Leis Federais 8.080/1990 e 8.142/90, foi atribuída ao Estado
      a responsabilidade de promover um tratamento em comunidade, possibilitando a livre circulação dos pacientes e
      não mais a internação e o isolamento, contando, então, com os serviços de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),
      os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs),
      e os leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III).
      E às famílias foi delegada a responsabilidade de oferecer assistência, no abrigo de seu lar, aos seus entes queridos
      portadores de transtornos mentais. E, é claro, que houve uma mudança na rotina dos envolvidos porque devem, dentre
      outras coisas, monitorar a medicação, oferecer apoio nos episódios de depressão ou de mania, acompanhar o doente em
      visitas médicas e assim por diante.
      Alguns cuidados são essenciais, dentre os quais se destaca a ajuda profissional. Pode ser benéfico fazer terapia a fim
      de aprender a lidar com o transtorno bipolar de seu familiar.
      Há evidências de que fazer terapia familiar e não apenas se informar (especialmente pais e cuidadores) pode ajudar
      a conviver com uma pessoa bipolar.
      Uma sugestão: não abdique de seus afazeres diários, especialmente aqueles que lhe dão uma boa qualidade de vida.
      Você não tem que ser perfeito … ser cuidadoso e carinhoso são qualidades importantes e devem ser mantidas.
      E se você quiser ler mais a respeito, encontramos um trabalho muito interessante onde a escritora demonstrou a
      preocupação com os cuidados destinados aos cuidadores.
      DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: QUALIDADE DE VIDA EM CUIDADORES DE PACIENTES COM TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR E ESQUIZOFRENIA
      -UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
      FACULDADE DE MEDICINA
      PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: PSIQUIATRIA
      Apresentada pela pós-graduanda Mírian Cohen.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  162. Graziella G 6 de outubro de 2017 às 18:59 - Responder

    Olá, tenho uma pessoa que conheci há 2 meses, nossa relação foi bem intensa, mas com o passar dos dias percebi que tinha algo errado, em um dia ele simplesmente foi embora sem dizer nada e depois voltou como se nada tivesse acontecido. Depois me relatou alguns motivos o que o fez ir, o que não achei que fosse algo para tanto. Após alguns dias ele me relatou que tem transtorno bipolar, ele tem algumas atitudes tipo eu gosto de você mas quero ficar sozinho, você não aguentaria minhas crises. Mas, apesar disso, gosto dele e acho que vale a pena tentar uma relação mas eu não sei como ajudá-lo, às vezes chego a ficar em dúvida se essas atitudes são somente do transtorno. Ele fala em tratamento ao mesmo tempo já fala que não quer fazer, fala que está bem. Será que poderia me ajudar, queria muito ajudá-lo, mostrar que não me importo com a doença, que não é um empecilho, que só quero que ele se cuide, se trate. Estou muito confusa, não sei o que fazer e nem como lidar, às vezes ele não me atende, não responde mensagem, quando pergunto o porque ele diz que quer ficar sozinho. Realmente estou confusa e preciso muito saber como lidar com isso pois estou ficando muito triste por vê-lo assim e também por não saber se é só devido ao transtorno que tem essas atitudes.

    • Equipe Abrata 8 de outubro de 2017 às 10:59 - Responder

      Prezada Graziella G

      Você pode, por exemplo, informar-se mais detalhadamente sobre o que é o transtorno bipolar, sintomas e tratamentos.
      Há artigos publicados em nosso site, blog e facebook.
      Vamos fornecer-lhe uma definição para que você tenha ideia da complexidade e gravidade da doença.
      O transtorno bipolar é caracterizado por alterações cíclicas do humor que se manifestam como episódios depressivos alternando-se
      com episódios de euforia ou de mania em diferentes graus de intensidade. O transtorno bipolar está associado a alterações cerebrais
      funcionais envolvendo áreas como o lobo pré-frontal e a amígdala, fundamentais para o processamento das emoções e motivação e o
      hipocampo, importante para a memória. Outro componente envolvido é a produção de serotonina, um neurotransmissor que atua no
      funcionamento harmônico do sistema nervoso.
      O tratamento adequado reduz a incapacidade para o trabalho e para as atividades rotineiras e diminui a mortalidade dos pacientes,
      principalmente por reduzir o risco de suicídio em sete vezes.
      A doença não tem cura, mas as pessoas melhoram e retomam suas atividades após a instituição do tratamento adequado.
      Todo o tratamento deve ser prescrito e acompanhado por médicos psiquiatras e deve ser contínuo.
      Ao lado do tratamento medicamentoso, é importante acrescentar a psicoterapia e a participação em grupos de apoio mútuo como os
      que são oferecidos pela ABRATA.
      E a melhor forma de prevenção é aceitar que o transtorno bipolar é uma doença tratável, mas que necessita da participação ativa
      do portadores e de seus cuidadores.
      Você pode ajudá-lo a aderir ao tratamento com responsabilidade e disciplina a fim de levar uma vida produtiva, satisfatória e
      com qualidade que envolve e para ter, também, um bom relacionamento pessoal e interpessoal.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  163. CRISTIANE CAMARGO 16 de outubro de 2017 às 17:06 - Responder

    Estou em um relacionamento há 4 anos e 7 meses, no início o cara era perfeito, mas sempre achei estranho ter saído de dois casamentos e algumas atitudes de sempre dizer que não gostava de relacionamentos, porém se apaixonou muito por mim e depois de um ano estamos morando juntos. Daí percebi algumas atitudes e ele me disse que fez terapia há algum tempo. Começaram as traições, a compulsão sexual, a promiscuidade, a desistência e a perda dos trabalhos e de bens materiais. Passamos pelos piores momentos juntos até que nos separamos, mas ele sempre dizendo que me queria, que me amava e que me odiava ao mesmo tempo. Eu via o sofrimento dele, se me amava, deixava de amar os filhos e assim vice e versa, eu o ajudei a ver os filhos com amor pois ele os via como apenas um gastos, eu o ajudei a procurar a família, porém volta e meia ele quer chutar o pau da barraca. Tivemos 3 separações, moramos juntos durante 2 anos e há 1 ano ele voltou a morar com a mãe, porém vinha me encontrar todos os finais de semana e feriados. Ele toma carbolitiom, imipra, atenolol, clonazepan. Rompemos há 10 dias pois ele novamente entrou em surto, tipo eu não presto, você não me ama. Sofro pois eu o amo e ele me fez prometer que quando isso ocorresse que não era para eu desistir. Será que tem solução?

    • Equipe Abrata 17 de outubro de 2017 às 08:43 - Responder

      Prezada Cristiane.

      Os transtornos mentais podem afetar os relacionamentos pessoais e interpessoais, de modo especial quando o portador não está em tratamento
      médico contínuo, haja vista que o devido acompanhamento visa promover a sua estabilidade.
      Você menciona os medicamentos utilizados e resta saber se estão sendo ingeridos com a devida prescrição médica. É fundamental que o psiquiatra
      tome conhecimento de eventuais episódios para fazer os ajustes necessários e orientar devidamente.
      Também pode ser indicada a psicoterapia combinada ao tratamento medicamentoso.
      O transtorno bipolar é uma doença tratável e o portador poderá levar uma vida produtiva com qualidade, é o que afirmam os médicos.
      E aos companheiros, familiares e amigos incumbe a tarefa de auxiliar na adesão ao tratamento, com paciência e amor.
      Não se trata, a nosso ver, de uma promessa inquebrantável. É um pedido de ajuda dirigido a alguém em quem ele deposita carinho e confiança.
      Lembramos que os cuidadores de pessoas com transtornos mentais devem se cuidar também porque o risco de ficarem doentes é grande.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  164. Carlos Oliveira 3 de novembro de 2017 às 09:57 - Responder

    Pessoas bipolares tipo 2 em fase de hipomania, tem condições de tomar decisões? Ou seria mais adequado aguardar o humor voltar ao “normal”? Minha esposa sempre que esta na fase de hipomania quer se separar, e ela esta me convencendo que é a melhor opção…

    • Equipe Abrata 7 de novembro de 2017 às 10:00 - Responder

      Prezado Carlos.

      A hipomania é uma forma menos grave de mania. Pessoas em estado hipomaníaco sentem-se eufóricas, dinâmicas e produtivas, mas são capazes de tocar adiante
      sua vida cotidiana e nunca perder o contato com a realidade. No entanto, a hipomania pode resultar em decisões ruins que prejudicam relacionamentos,
      carreiras e reputações.
      Além disso, ela muitas vezes se agrava a ponto de chegar à mania severa ou é seguida por um grande episódio depressivo.
      O transtorno bipolar requer tratamento de longo prazo. Uma vez que ele é uma doença crônica e com recidivas, é importante continuar o tratamento mesmo
      quando o indivíduo está se sentindo melhor. A maioria das pessoas com transtorno bipolar precisa de medicação para prevenir novos episódios e ficar livre
      dos sintomas.
      O tratamento não se resume à medicação. Sozinho, o remédio em geral não basta para controlar totalmente os sintomas do transtorno bipolar.
      A estratégia de tratamento mais eficaz envolve uma combinação de medicamentos, terapia, mudanças de estilo de vida e apoio social.
      Em caso de dúvidas, você pode, também, conversar com o psiquiatra que acompanha sua esposa.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  165. Juliana 7 de novembro de 2017 às 01:27 - Responder

    Meu esposo mesmo fazendo tratamento com 3 quetiapinas todas as noites gosta de me afetar com palavras, me humilha numa noite e no outro dia vem com beijinho dizendo que me ama.
    Estou cansada, às vezes penso em desistir….
    Tenho um bebe de 3 meses, estou entrando em depressão e não consigo procurar ajuda….
    Tenho dó e raiva dele ao mesmo tempo porque ele se apoia na doença e acha que sou obrigada a aguentar seus surtos….

    • Equipe Abrata 8 de novembro de 2017 às 12:00 - Responder

      Olá Juliana.

      O tratamento para o transtorno bipolar inclui medicamentos e psicoterapia. E, além do mais, é necessário ter consultas frequentes com
      o psiquiatra para adequar as doses de acordo com os sintomas apresentados para estabilizar o humor, já que a doença se caracteriza pelas
      oscilações que vão da depressão bipolar para a mania/euforia ou hipomania, conforme o tipo.
      Quanto a você que se constitui em cuidadora/familiar, há uma sobrecarga de tarefas, sem dúvida alguma. E ainda mais porque você tem a
      responsabilidade de cuidar de seu filhinho.
      Assim, procure ajuda médica para tratar a depressão e o mais breve possível a fim de fazer o controle dos sintomas.
      Cuide-se para cuidar daqueles que necessitam de você.
      Se tiver interesse, leia o Guia para cuidadores de pessoa com transtorno bipolar, que pode ser baixado pelo site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  166. Carolina gomes 12 de novembro de 2017 às 18:59 - Responder

    Olá. Estava vivendo um sonho. Depois de muito tempo, encontrei uma pessoa muito especial. Estávamos juntos há mais de um ano. Ficamos noivos por decisão dele, envolveu a todos… um noite linda. Todos muitos felizes. Muitos sonhos e planos. Nós temos filhos de outro casamento ..todos muito felizes com esse encontro. Fui percebendo, até mesmo como psicóloga, as medicações que tomava, os rompantes que tinha. Recentemente, disse que eu o perseguia com meu ciúmes. Meu ciumes não era nada parecido com o que ele falava a respeito. Sempre a fala era maior que o ciúmes em si. Ele terminou tudo de repente, estou vivendo um pesadelo.
    Não quer mais nada, nem falar comigo. Me deu o mundo e me deixou numa tristeza profunda.

    • Equipe Abrata 20 de novembro de 2017 às 08:50 - Responder

      Prezada Carolina.

      O transtorno bipolar e a depressão são doenças tratáveis, felizmente. Porém, a adesão ao tratamento medicamentoso é indispensável
      para garantir o controle dos sintomas e a estabilidade do portador.
      O acompanhamento médico e a psicoterapia são ferramentas fundamentais para que se leve uma vida com qualidade.
      E fica a nossa sugestão: procure se cuidar para que a relação desfeita não se transforme em gatilho para uma depressão.
      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

      • LucySouza 13 de dezembro de 2017 às 15:01 - Responder

        Tenho um relacionamento há dois anos com uma pessoa bipolar.Sempre proporciono momentos felizes e agradáveis para tentar fazê-lo feliz.Ele toma um medicamento carbolitium só que acredito que esse medicamento não faz mais o efeito que deveria fazer.Ele muitas vezes se recusa em fazer o tratamento com os profissionais e sempre adia.Já acabamos e reatamos por mais de 5vzs,uma verdadeira inconstância da parte dele ,pois ele não sabe exatamente o que quer para vida dele. E soube que me traiu várias vzs.:(Quero ajudá-lo a se sentir melhor,aproximá- lo de Deus e procurar um tratamento para tentarmos ser felizes.Será que existe essa possibilidade? Será que esse medicamento ainda esta fazendo efeito ,pois já faz muito tempo que ele utiliza.Preciso de uma orientação pois essa e a última chance que estou me dando e a ele também .Ele não tem culpa de ser assim .Nos ajude, por favor!

        • Equipe Abrata 9 de janeiro de 2018 às 08:51 - Responder

          Prezada Lucy.

          O transtorno bipolar é uma doença que necessita de cuidados permanentes e, por consequência, de acompanhamento médico periódico.
          Você pode ajudá-lo propondo que procure ajuda médica e terapêutica pois, enquanto não houver continuidade do tratamento, não é
          possível ficar estável a ponto de levar uma vida com qualidade.
          Fica a nossa sugestão.
          Um abraço
          Equipe ABRATA

  167. Carlos 21 de novembro de 2017 às 17:38 - Responder

    Vivo algo parecido, mas já faz 10 anos. Tenho filhos de 10 e 16 anos. Minha esposa oscila entre agressividade e carência, várias vezes por dia ou semana. Me agride, me humilha, cria caso por problemas banais (uma torneira pingando , que precisa ser trocada, por exemplo, já é suficiente para ela me chamar de relapso, descomprometido, mau marido e por aí vai…) da mesma forma com os filhos, ela controla e reclama de tudo, por vezes coisas absurdas, e pede meu aval na punição (como punir um filho que está sendo vitima de opressão e controle exagerados! Vivo nessa corda bamba.) O whatsapp é uma tortura, ela me agride o dia inteiro. Chego a temer o momento de voltar pra casa, pelas brigas que ameaça desencadear, porém ao chegar, para minha surpresa, está calma. Não sei mais como agir. Ela só vai ao psiquiatra para pegar a receita, e ele, por sua vez, não me recebe, acha que sou um marido queixoso e nada mais. Faço terapia de apoio, mas meu terapeuta se recusa a falar com minha esposa ou mesmo a contatar o psiquiatra dela, acredita que eu tenho que encontrar uma forma de conviver em meio a esse caos ou sair de casa, me separando (o que é meu desejo, infelizmente é o que restou de opção saudável). Porém, meus filhos precisam de mim para conviver com ela… Não sei mais o que fazer. Sou um pai extremamente presente, zeloso e vejo que por vezes, sou também a mãe deles, uma vez que a mãe tem esse comportamento – que não fosse a gravidade do que diz e faz, beirava a infantilidade , como uma criança mimada, a minha esposa.

    • Equipe Abrata 26 de novembro de 2017 às 11:11 - Responder

      Prezado Carlos

      Sugerimos que sua esposa combine o tratamento medicamentoso com a psicoterapia.
      Atualmente, psiquiatras e psicólogos que são referência em transtornos afetivos não vacilam ao assumir que a abordagem não farmacológica é fundamental
      para o enfrentamento da doença. O psiquiatra Sérgio Tamai, chefe do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Santa Casa de São Paulo, aponta
      que, mesmo utilizando todo o arsenal farmacêutico, 60% dos pacientes não apresentam remissão dos sintomas da bipolaridade e os 40% restantes esboçam
      recaídas periódicas.
      De acordo com o médico, “… sem a intervenção não medicamentosa não se promove autoconhecimento e melhor entendimento da doença, ainda altamente estigmatizada.
      Já temos estudos científicos que comprovam que a psicoterapia é determinante na adesão do paciente ao tratamento farmacológico, na redução dos sintomas
      residuais e até na prevenção de recorrências”.
      Converse com ela a respeito do assunto. Enfatize que o acompanhamento com profissionais ajudará a melhorar a relação conjugal e familiar.
      Acrescente, ainda, que as consultas médicas não podem se circunscrever à retirada de receitas. Uma avaliação minuciosa deve fazer parte do atendimento médico.
      Enfim, tenha paciência … se não conseguir convencê-la a ajudar-se, solicite a algum amigo ou familiar que assuma esse papel. Todo esforço vale a pena, e
      cuide-se também.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  168. eliane 28 de novembro de 2017 às 15:31 - Responder

    Olá. Tenho um filho de 20 anos com diagnóstico de bipolaridade em tratamento desde os 7 anos. Já trocou muitas vezes de medicação , de dois meses para cá aceitou o início de psicoterapia mas não vejo melhora. Estou sempre na luta e me sinto ultimamente muito cansada. Faço psicoterapia e sigo caminho espiritual mas está muito difícil. Não gostaria de interná-lo novamente, já foi internado quando estava com 11 anos. Tenho impressão que nada resolve, nem remédio, nem nada. Gostaria de fazer parte de um grupo de ajuda a familiares e que meu filho também fizesse parte de um grupo.
    Outra questão é que iniciei uma pós graduação e meu trabalho será sobre bipolaridade e escola. Meu filho só estudou até a 8a. série mas nunca perdi a esperança. Sou professora e me dói muito mas entendo que ele não consegue. Além de fazer parte de um grupo de familiares ou amigos de bipolares, gostaria de trocar ideias, informações com pais ou familiares de jovens .
    obrigada.

    • Equipe Abrata 29 de novembro de 2017 às 09:02 - Responder

      Olá Eliane.

      O tratamento para o transtorno bipolar envolve medicamentos e psicoterapia e muita determinação. Conversas com o psiquiatra
      são imprescindíveis.
      A participação em grupos de apoio mútuo, como os que são oferecidos pela ABRATA, são importantes também porque ajudam a compreender
      a doença e a importância da adesão ao tratamento.
      Palestras psicoeducacionais também são relevantes. Você pode assistir pelo canal YouTube as que são realizadas pela ABRATA.
      Se residir na cidade de São Paulo, entre em contato com o nosso atendimento telefônico pelos números (11) 3256-4831 ou 3256-4698,
      de 2ª a 6ª feira, das 13h30 às 17h para fazer a sua inscrição.
      O primeiro passo é assistir à palestra do Grupo de Acolhimento e Integração.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  169. Magda 6 de dezembro de 2017 às 16:37 - Responder

    Olá, há mais de dois anos conheci uma rapaz, na época ele era divertido, esforçado e com um carinho imenso, desenvolvemos uma linda amizade que logo passou a relacionamento, foi tudo muito rápido. Devido a uns problemas que tinha em casa ele me chamou para ir morar na casa dele, eu tenho uma filha, agora com 13 anos, que não é dele. Naquele período ele dizia quero cuidar de você, nunca percebi nada de alteração de humor, ele sempre dizia que tinha depressão já fazia acompanhamento com psicóloga e psiquiatra,.Fui morar na casa dele e aí a situação começou a aparecer, descobri que eu estava grávida dele, na época ele estava desempregado e passava o dia em casa. Começaram então os problemas com minha filha, ele queria impor as coisas a ela e ela por sua vez começou a não ouvi-lo. Ela dizia não se conformar com a maneira que ele me tratava e ele começou a dizer que ela implicava e que minha afamilia conspirava contra ele. Minha gravidez foi… graças a Deus meu filho nasceu com saúde, após o nascimento ele proibiu minha filha de chegar perto do irmão, porque dizia que ela ia fazer mal, até que chegou um dia que do nada ele estourou e colocou minha filha para fora de casa, ia me separar, mas em conversa com a psicóloga ela me disse que se eu o deixasse naquele momento seria pior para ele. Resolvi mandar minha filha para casa da minha mãe em outro estado por um ano, ela voltará no próximo mês, e agora e começou novamente com as mesmas coisas, eu sou culpada, não sou uma boa esposa, minha filha odeia ele, minha família conspirar contra ele (eles nem sabem da atual situação pensam que está tudo bem). Ele vem tomando a medicação mensalmente, temos um custo de mais de 600,00 por mês, e fica a pergunta essa medicação não era para surtir algum efeito? Ele agora diz que quer curtir a vida, acho que está me traindo e põe a culpa em mim por tudo. O desejo dele é que eu deixe minha filha morar definitivamente com minha mãe , e isso não vou fazer, criei ela sozinha desde do nascimento o pai nunca assumiu. Procurei o psiquiatra dele para falar das crises dentro dos ônibus, na rua o mesmo me ignorou e como se ele absorvesse tudo o que meu marido dizia sobre mim, o médico nunca conversou comigo, a psicóloga falei com ela algumas vezes e senti a mesma impressão, é como se eu não o quisesse ajudar. Eu o amo e sempre desejei o melhor.
    Já não sei como agir.

    • Equipe Abrata 9 de janeiro de 2018 às 09:23 - Responder

      Prezada Magda.

      Sugerimos que você procure ajuda psicológica para trabalhar os problemas oriundos do presente relacionamento.
      A terapia pode auxiliar bastante. E, se possível, um trabalho com terapeuta familiar.
      Esperamos que tenha sucesso.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  170. alexandre 21 de dezembro de 2017 às 14:10 - Responder

    Estou separado há quase 3 meses. Vivi um relacionamento muito intenso. Uma verdadeira montanha russa de emoções.

    Nesses 4 anos, projetamos uma gravidez. Ela conseguiu engravidar em 2015 mas perdemos por conta de problemas no útero. Desde lá, ela fez uma cirurgia, fizemos novo tratamento mas não conseguimos engravidar.

    Nossas discussões tomavam proporções enormes. Muitas ofensas da parte dela e também da minha, afinal ninguém fica calado sendo ofendido.

    Infelizmente não enxerguei que isso fazia parte da doença dela. Ora feliz, ora angustiada, ora muito agressiva, ora julgadora. Quando atacada, não poupava ninguém. Nem mesmo a propria mãe pois desejou que a mesma morresse.

    Enfim, vivi 4 anos num turbilhão de emoções que somente hoje começo a entender o porquê de nossos planos não existirem mais.

    Ainda sofro muito com tudo isso mas vejo que não há solução, mesmo tendo uma grande compaixão por ela.

    Ela disse que fui descartado por ela e que está vivendo a sua vida.

    Não é fácil você ouvir da pessoa que se escolheu pra amar e ser mãe de seu filho que vc não ser mais. Mas hoje entendo que pode ser doença. Enfim, gostaria de ter esse percepção antes pois faria tudo diferente. Mas agora, não sei o que fazer.

    • Equipe Abrata 17 de janeiro de 2018 às 09:14 - Responder

      Olá Alexandre.

      Muito embora a sua preocupação seja altamente solidária, é sua ex-companheira quem deve decidir se quer ou não ajuda médica.
      Não há como forçá-la, não é?
      Se julgar importante, procure ajuda com terapeuta para trabalhar os sentimentos e emoções remanescentes da sua relação.

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  171. olga 27 de janeiro de 2018 às 18:12 - Responder

    gostaria de saber s é possível ter simultaneamente o transtorno tipo 1 e 2. obrigada

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2018 às 11:09 - Responder

      Prezada Olga.

      Há uma linha que separa os sintomas de euforia/mania e de hipomania, respectivamente, tipo 1 e tipo 2.
      Bipolar tipo I
      Há a predominância de episódios maníacos, que duram entre 7 dias e 6 meses, ou de sintomas maníacos tão severos que levam o paciente ao internamento em uma clínica psiquiátrica. Já os episódios depressivos duram pelo menos 2 semanas, mas são mais raros que os episódios maníacos. Podem ocorrer episódios mistos, onde a pessoa tem pensamentos depressivos ao mesmo tempo em que sente energia e disposição para fazer suas atividades.

      Bipolar tipo II
      Predominância de episódios depressivos, com incidência de episódios hipomaníacos, ou seja, episódios de uma espécie de mania mais leve, que não impede que a pessoa trabalhe ou estude, sem sintomas psicóticos. Entretanto, a atenção durante os episódios depressivos deve ser redobrada.

      Leia mais a respeito no seguinte endereço: Transtorno Bipolar – Abrata – Associação Brasileira de Familiares …
      https://www.abrata.org.br/new/oqueE/transtornoBipolar.aspx

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  172. DDDaDFCdfc 16 de março de 2019 às 23:57 - Responder

    Olá, namoro há quase 4 anos um rapaz que acredito ser bipolar. Muitas e muitas vezes presenciei sua mudança de humor. Num dia me tratava como uma princesa, no outro não queria nem olhar pra mim, se tornando agressivo e seco.

    Isso pode ser mesmo bipolaridade? Ele comenta comigo que tomava um remédio na adolescência, mas logo parou.

    O que faço para convencê-lo a procurar um especialista já que ele não aceita?

    • blogabrata 3 de abril de 2019 às 11:56 - Responder

      Cara DDDaDFCdfc, agradecemos sua mensagem.

      Postamos a você o artigo publicado pelo médico psiquiatra Prof.Dr. Teng Chei Tung, esperamos que goste!
      Ah, acesse o site https://www.abrata.org.br e obtenha mais informações. Também pode encontrá-las no Blog e Facebook.

      Descobri que meu companheiro(a) é bipolar, e agora?
      Dr Teng Chei Tung – Membro da Conselho Científico da ABRATA
      Quando uma pessoa recebe a notícia de que é portadora do diagnóstico de transtorno afetivo bipolar, ela normalmente sente um choque, como se fosse uma notícia horrível, ter uma doença estigmatizante e incurável, e a primeira reação é de negar, ou buscar argumentos para desconfirmar o diagnóstico. Para o seu companheiro (namorado/a, marido ou esposa, etc.) o choque pode ser um pouco diferente. Algumas vezes, o companheiro já desconfiava, e nesta situação é comum que ele ou ela foram um dos principais incentivadores da procura de ajuda, e a confirmação do diagnóstico traria até um alívio, no sentido de se confirmar que existe um problema, e que este problema pode ser enfrentado e resolvido. Em outros casos, o companheiro nem desconfiava, e todos os problemas que o paciente apresentava em termos de alterações de comportamento e suas consequências, o companheiro atribuía a culpa ao próprio paciente, como se ele não tivesse auto-controle ou fosse responsável pleno por tudo o que acontecia de ruim. Nesta outra situação, em geral o relacionamento já não estaria bom, e o diagnóstico poderia aumentar ainda mais o distanciamento e a qualidade da relação.
      Diante desta nova realidade, a de que a pessoa com quem se convivia tem um problema mental crônico que exige tratamento pelo resto da vida, o companheiro se vê envolvido subitamente por vários dilemas: eu vou aguentar tudo isso? Eu mereço sofrer o que eu já sofri? E se eu sair da relação, o que vai ser do meu companheiro/a? Se eu continuar, o que eu preciso fazer? Até quando eu vou levar esta situação? E por que aconteceu só comigo?
      Para começar, o transtorno bipolar é relativamente comum, podendo afetar de 3 a 10% da população. Desta forma, é bem comum alguém ter se envolvido com uma pessoa que depois se soube ser bipolar, e de qualquer forma se relacionar com essa pessoa nem sempre é um “show de horrores”, pois ter problemas é a regra em qualquer relacionamento. Talvez na relação com uma pessoa bipolar, a imprevisibilidade e a inconstância (os altos e baixos), tragam situações de estresse e desgaste a mais, mas também a intensidade com que as pessoas bipolares se entregam nas coisas que fazem podem trazer momentos muito bons e gratificantes na relação. Portanto, estar se relacionando com uma pessoa bipolar não é tão diferente em relação a uma outra pessoa que possa ter problemas com álcool, ou ter alguma outra doença, ou não conseguir subir na vida. Todos temos problemas e defeitos, e um relacionamento dependo de se enfrentar os problemas e defeitos, e achar soluções e melhorias para que o casal consiga superar e crescer com tudo isso.
      Então, o que o companheiro de uma pessoa bipolar precisa fazer para ajuda-lo?
      A sequência de orientações que serão listadas a seguir poderia ser adaptada a qualquer problema mais crônico ou básico que a pessoa possa ter, como problemas com drogas, com relacionamento com as pessoas ou com o trabalho. O primeiro passo é saber se a pessoa já percebeu que tem problemas que podem ser do transtorno bipolar, ou seja, se já consegue reconhecer que uma parte importante dos seus problemas pode ser explicado pela doença bipolar. Se ele não aceita, dizendo argumentos como “eu sou assim, nasci assim, não vou mudar”, ou “todos os problemas meus são os outros que ficam me causando”, então o trabalho vai ser tentar mostrar sempre que possível informações sobre o transtorno bipolar, principalmente depois que essa pessoa faz um comportamento típico, sofre a consequência e se arrepende (por exemplo, depois que gastou demais). Sempre em momentos depressivos, a pessoa aceita mais, e nos momentos mais eufóricos, a pessoa aceita menos. Porém, o mais importante é fornecer à pessoa informações de boa qualidade, consistentes, no momento que essa pessoa possa aceitar melhor, e não no calor da emoção, como por exemplo no meio de uma briga, ou de uma crise de choro. Aos poucos, a pessoa vai entendendo melhor, e vai aceitando que pode ter o problema, até aceitar procurar uma ajuda.
      E depois que o paciente procura a ajuda de um profissional de saúde, o problema já está resolvido? Infelizmente, ainda não. É a regra que os pacientes bipolares sejam inconstantes também na aceitação da doença com fases que aceitam mais e fases que não aceitam, e por conseguinte começam um tratamento e depois largam, sendo esse ciclo pode ocorrer algumas vezes no decorrer da vida. Apenas os pacientes que conseguem se manter em tratamento estável, regular, sem abandonos, que tem a melhor chance de não terem a sua vida e seu futuro prejudicados pela bipolaridade. E ter um tratamento que deixe o paciente realmente bem por um longo prazo pode demorar bastante tempo, até alguns anos de tentativas com diversas medicações. Essa dificuldade em se achar um esquema de tratamento realmente adequado é bem desgastante, tanto para o paciente como para o companheiro, exigindo paciência e persistência, além de muito diálogo e apoio mútuo dos companheiros, e da equipe de tratamento, incluindo todos os profissionais envolvidos, o médico, psicólogo, assistente social e outros. Entretanto, quando se gosta da pessoa, todos esses esforços são recompensados, pois fazendo um bom tratamento, na maioria das vezes a doença fica bem controlada, e o relacionamento conjugal pode ser muito proveitoso e satisfatório. E o companheiro tem um papel fundamental para o sucesso do tratamento, na medida em que ele ajuda o paciente a não abandonar o tratamento, não errar nos medicamentos, não faltar às consultas com os profissionais. Tudo isso demanda um grande esforço, principalmente quando o paciente está entrando numa crise de euforia ou depressão, quando o paciente começa a fazer todos os comportamentos próprios do quadro clínico, como ficar irritado ou agressivo, ou descontrolado em gastos e outras impulsividades, ou depressivo e incapaz de se esforçar, de reagir. O companheiro e os demais familiares precisam considerar que o paciente está fazendo tudo aquilo por estar fora de controle, em crise, e que depois que a crise passa, ele vai voltar ao normal. A culpa pelos comportamentos inadequados é da doença, não do paciente, e é a doença que precisa ser combatida e criticada, não o paciente.
      Portanto, o companheiro de um paciente bipolar precisa se inteirar da melhor forma possível sobre o transtorno bipolar, com informações de boa qualidade e confiáveis, e tentar fazer com que o paciente também as receba e compreenda, além de ajuda-lo a manter o tratamento sem abandoná-lo ou interrompê-lo.
      O que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação.
      E quando se deve desistir da relação? Não existem regras, a sugestão é sempre lutar até as últimas forças, até o último limite, de cada um . Se não der, como acontece com muitas relações, infelizmente o relacionamento acaba, e cada um “sai catando os cacos” e se reconstruindo da melhor forma possível. Entretanto, sempre que possível, deve-se estimular pela manutenção do relacionamento, pois é tão difícil hoje em dia se conseguir ter um bom relacionamento, e desistir de relacionamentos antigos sempre se perde muito.

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  173. Beatriz Alves dos Santos 24 de março de 2019 às 23:37 - Responder

    Olá. Tenho 27 anos e de um tempo pra cá passei a perceber que me irrito do nada. Uma irritabilidade forte, muitas vezes sem motivo, tenho dificuldade de concentração e culpo a todos ao meu redor quando eu não consigo fazer algo como estudar por exemplo.
    Muitas vezes me julgam como um doce e grossa ao msm tempo. Tem dias q nem eu mesma me suporto. Meu namorado diz que mudo repentinamente, q eu sou uma pessoa carinhosa e logo depois fria. Sou antissocial desde que me entendo por gente, faço amizade e sou simpática porém so quando eu estou bem comigo mesma. Ja me falaram q ando pela rua com a cara fechada e se eu brigar com alguem não sei disfarçar e logo depois me isolo. Não aceito criticas de ninguém e se algo der errado eu arrumo um jeito de culpar o universo, quando me acho superior me acho demais e quando me acho inferior tbm me acho demais.
    Eu não sei o que tenho mas eu sei q a cada dia q passa eu me afasto mais das pessoas e sinto q passo dos limites em algumas respostas.
    Agradeço muito se puderem me ajudar.

    • blogabrata 3 de abril de 2019 às 10:38 - Responder

      Querida Beatriz, agradecemos sua mensagem.
      Aproveitamos a oportunidade para copiar artigo publicado no site da ABRATA – https://www.abrata.org.br, de autoria do psiquiatra
      Prof. Dr.Teng Chei Tung, membro do Conselho Científico da ABRATA, que poderá ser muito útil a você!
      Leia, por gentileza:

      Transtorno Bipolar, doença mental grave, ocorre mais no adulto jovem.

      Conhecido desde a Grécia antiga, o transtorno bipolar se caracteriza por instabilidade do humor em dois polos, ora agitação e euforia, ora tristeza e depressão. É mais comum dos 20 aos 25 anos e dos 30 aos 35.
      O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica crônica que se caracteriza por instabilidade de humor em dois polos extremos, ou seja, ora o portador está agitado e eufórico, se achando o maior do mundo, ora triste e depressivo. Ele pode se manifestar em qualquer pessoa a partir da adolescência, mas é mais comum dos 20 aos 25 anos e dos 30 aos 35 anos. É raro em crianças e idosos.
      A doença ocorre em pessoas de todas as condições sociais. Não se sabe o que a causa. Pensasse que possa ser genética. Mas se sabe que apresenta traços familiares, ou seja, pessoas com histórico do transtorno na família estão mais suscetíveis.
      Existem dois tipos da doença, o 1 e o 2, além de variações pouco definidas. O tipo 1 manifesta-se em cerca de 1% da população, enquanto o tipo 2 ocorre em 3% a 8%. Diz-se que uma pessoa é portadora do tipo 1 quando tem um período de euforia mais longo com sintomas mais fortes e períodos claros de depressão; de outro lado, diz-se que alguém é portador do tipo 2 quando seu período de depressão é mais longo com sintomas intensos e seu período de euforia mais curto com sintomas leves. Portadores às vezes vivem períodos de normalidade, ou de aparente normalidade, mas, aos poucos, vão se tornando mais próximas as alternâncias de euforia e depressão.
      Sintomas da fase eufórica ou maníaca são: agitação e irritação; agressividade e hostilidade; pensamento e fala rápidos; eficiência demais; falar e/ou fazer as coisas sem medir as consequências; facilidade para se distrair; desejo ou envolvimento de fato em vários projetos ao mesmo tempo; insônia ou pouca necessidade de sono; comportamentos impulsivos e de risco, como praticar sexo sem preservativo e até enfrentar a polícia.
      Alguns sintomas da fase depressiva são: desânimo; falta de eficiência; tristeza profunda; sensação de vazio; falta de interesse pela alimentação; perda de interesse por atividades ou assuntos de que gostava; sensação de cansaço; e pensamentos suicidas e de morte. Cerca de 15% dos portadores que não se tratam tentam o suicídio, índice que cai para menos de 2% entre os que fazem tratamento.
      As consequências da doença são terríveis. Os portadores, na fase da euforia, compram de tudo e acabam endividados ou criando dívidas para a família. Perdem bens. Enfrentam as pessoas e até policiais. Ficam malvistos e têm dificuldade para viver em sociedade, encontrar e/ou manter trabalho e parceiros amorosos. Na fase de depressão, enfrentam muitos dos mesmos problemas. E ficam mais suscetíveis a doenças e/ou ao agravamento das que têm. Acabam sozinhos e o quadro se agrava. É aí que muitos tentam o suicídio.
      Pessoas com sintomas devem ser levadas a um psiquiatra. O diagnóstico é clínico. É fundamental a participação de familiares e/ou de amigos, porque os doentes, em especial na fase de euforia, não se reconhecem como tal. O psiquiatra precisa ser cuidadoso, claro, porque o transtorno pode ser confundido com depressão clínica unipolar. O tratamento é feito com remédios, que objetivam, de início, retirar o paciente da crise e, depois, equilibrar o quadro, evitando tanto a euforia como a depressão. O tratamento, em boa parte dos casos, dá melhor qualidade de vida aos portadores.

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  174. Luiz Fabiano de Oliveira Rosa 9 de abril de 2019 às 10:15 - Responder

    Que bom ler um texto preciso….reto…despido de preconceitos….Fui saber o que desconfiei a minha vida inteira que sou bipolar…diagnosticado com 44 anos….e lá se foram 2 casamentos….dei pra beber…fumar….usar brinco…ter comportamento de risco…e tudo isso por apenas 1 mês…Tudo junto de uma vez….dormir, não consigo, sempre digo que é meu sonho de consumo. Durmo pouco….quero sempre fazer mais…mas, tudo isso, é no espectro da mania…tenho medo sempre do outro lado, o do depressivo….Aí o choro vem total…a dor é dilacerante…lancinante….Resolvi parar com o tratamento desde agosto do ano passado, mas, só agora me dei conta que foi um erro, mas um erro que me levou a concluir que devo sim procurar ajuda de um profissional, e coloquei isso tudo num papel pra ler na hora da consulta. Por uma coincidência do destino (só pode), me deparei com uma autora de um livro acerca da sua bipolaridade, e por mais uma coincidência, mora na mesma cidade que moro. Aí fiz contato, ela gentilmente respondeu, e me indicou sua psiquiatra. Todo o relato dela no livro é tudo o que passei, fiquei abismado, somos tão parecidos, embora distantes…como pode!? Estou feliz com a decisão de buscar ajuda. Quero dormir bem, quero controlar meus pensamentos, fazer tudo, mas com mais calma….

    • blogabrata 11 de abril de 2019 às 11:36 - Responder

      Prezado Luiz Fabiano,
      agradecemos sua mensagem, e reforçamos a posição da ABRATA no sentido de informar à sociedade em geral, sobre
      a importância da adesão ao tratamento medicamentoso.
      Faça,também psicoterapia que, segundo os médicos psiquiatras do nosso Conselho Científico, tem auxiliado e
      muito àqueles que têm os Transtornos Afetivos.
      Boa sorte!
      Abs
      EQUIPE ABRATA

  175. Tamara Magri 3 de maio de 2019 às 11:37 - Responder

    Olá. Convívio com uma pessoa que já foi diagnosticada com transtorno bipolar. Faz nove anos que estamos juntos, temos um bar noturno, trabalhávamos juntos apenas nós dois . Como engravidei, tive que me ausentar, meu filho tem 4 meses e desde o dia que ele nasceu tudo mudou.
    Filho era uma coisa que ele sempre queria, mas depois que ganhei, ele começou a querer trabalhar mais e mais, ficando poucas horas com o nosso filho, se eu falo alguma coisa sou eu a errada, pois ele alega que está trabalhando para dar do bom e do melhor pra mim e meu filho; não posso reclamar disso, não me falta nada só que falta atenção .
    Ontem levei meu filho fazer vacina, deu reação, febre, passei a noite mandando whtas, falando que o nenê estava mal com febre. Ele parecia até interessado mas até que, amanhecendo o dia, ele chegou em casa, tinha bebido e fumado , disse que precisava relaxar porque está trabalhando muito , coisas do tipo.
    Tem horas que ele é super carinhoso com nosso filho, mas tem horas que ele não se importa , tipo, poxa teu filho estava com febre, podia ter vindo para casa no lugar de ficar bebendo e fumando que são coisas que ele começou há pouco tempo .
    Às vezes acho que eu estou cobrando muito, não sei la o que pensar!

    • blogabrata 5 de maio de 2019 às 08:11 - Responder

      Cara Tamara, agradecemos seu contato.

      A ABRATA tem como foco oferecer apoio psicossocial a familiares, amigos e portadores de Transtorno Bipolar e Depressão.
      Não sabemos se é o caso de seu marido.
      Assim,sugerimos que procure um(a) terapeuta familiar. Com certeza, você e seu marido obterão uma boa orientação.
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 21 de maio de 2019 às 07:01 - Responder

      Prezada Tamara

      Leia o interessante artigo ora postado:

      Gabriela Cupani
      Folha de São Paulo

      Crenças sobre o transtorno bipolar causam baixa adesão dos pacientes ao tratamento.

      Há quem creia que a doença é só um problema emocional, e que remédios fazem mais mal do que bem. São mitos endossados por quase metade dos doentes e familiares, diz pesquisa do IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas da USP.

      Foram avaliados frequentadores de encontros no instituto: 40% têm crenças errôneas sobre a natureza da doença, o papel da família e os efeitos da medicação.

      A doença se caracteriza por crises de euforia e depressão. Em geral, surge na adolescência ou início da vida adulta e tem forte componente genético.

      “Foi uma surpresa encontrar essas crenças em pessoas que frequentam encontros psicoeducacionais“, diz Ricardo Moreno, diretor do GRUDA | Grupo de Estudos de Doenças Afetivas do IPq.

      ALIANÇA TERAPÊUTICA

      Moreno afirma que o controle do transtorno depende de aliança terapêutica com o paciente e parentes. “Qualquer interferência, seja da crença do paciente ou da família, pode levar à interrupção do tratamento.”

      “É bem comum que o paciente abandone o tratamento por não acreditar na doença”, reforça a psiquiatra Thaís Zélia dos Santos, da Santa Casa de São Paulo.

      O tratamento inclui remédios para estabilizar o humor. “O medicamento é essencial e para a vida toda. Os pacientes me perguntam se vão virar escravos. Eu digo: quem tem depressão ou mania não tem liberdade, tem um sofrimento que não controla e um comportamento que traz consequências.”

      Sem tratamento, bipolares podem levar vida normal por períodos, já que a doença é cíclica. Só que vão acumulando danos nas relações.

      A doença não tem cura. “Precisamos combater a ignorância, o preconceito e o estigma. Preconceito e estigma começam no próprio indivíduo e na família. Eles precisam mudar a atitude, e não esperar que o mundo se transforme“, diz Moreno.

      Fonte: FOLHA DE S. PAULO | Outubro 2010

      Converse com seu marido a respeito da importância de fazer o tratamento médico psiquiátrico para controlar os sintomas do Transtorno Bipolar.
      Sugerimos, também, a Terapia Familiar.
      Abraços
      EQUIPE ABRATA

  176. Claudia 19 de maio de 2019 às 14:05 - Responder

    Melhor texto que já li sobre Transtorno Bipolar. Exatamente assim: a pessoa é irritável, uma hora agradável e otimista, a culpa é sempre projetada em alguém, há recidivas, a pessoa tem um desassossego, interpreta a situação de forma errada e põe a culpa no outro. Oscila de humor, tem percepção alterada da realidade, pavio curto, te adora e em outro momento tem desconfiança, vive um turbilhão de emoções, você tenta conversar mas é em vão, e acaba fazendo mal para quem está por perto. Tem perda de sensibilidade, emoções, a libido é aumentada. Exatamente o que o texto fala. Já vivenciei isto de perto ; o relacionamento fica indesejável, e a pessoa não aceita que tem algo de errado com o comportamento dela. Triste!

    • blogabrata 5 de junho de 2019 às 08:42 - Responder

      Prezada Claudia, agradecemos a sua mensagem.
      É mesmo muito importante conhecer o material oferecido pela ABRATA em nosso site, facebook, instagram e blog posto que
      possui base científica. São os membros do Conselho Científico da Associação que elaboram os conteúdos.
      E há um artigo publicado em nosso site – https://www.abrata.org.br, escrito pelo médico psiquiatra Teng Chei Tung que aborda o
      seguinte tema: “Descobri que meu companheiro é bipolar … e agora?”.
      É muito interessante, convidamos você a fazer a leitura.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  177. Antonio Mateus 12 de junho de 2019 às 19:34 - Responder

    Boa noite equipe!
    Preciso da vossa ajuda.
    Tenho um amigo que está sempre triste, à noite e em casa sozinho), mas no seu dia a dia parece outra pessoa, super energético e brincalhão, parece que ele Bipolar.
    O que ele pode fazer para se sentir melhor consigo mesmo?

    • blogabrata 14 de junho de 2019 às 08:32 - Responder

      Olá Antonio Mateus, agradecemos a sua mensagem.
      Sugerimos que converse com seu amigo para consultar-se com um psiquiatra. E, se for o caso,
      prescrever medicamentos próprios para os transtornos do humor, bipolaridade e depressão.
      Leia no site da ABRATA artigos publicados no site https://www.abrata.org.br
      Abraços
      EQUIPE ABRATA

  178. Marcos 12 de junho de 2019 às 23:29 - Responder

    Olá. Namorei por quase 3 anos uma mulher. No inicio do relacionamento foi maravilhoso, passamos bons momentos e tudo fluía bem, até que ela começou a implicar com uma ex namorada minha. Mas a crise de ciúmes era excessiva, ela tinha surtos incontroláveis, e quando eu tentava contê-la chegava a me agredir, fazia escândalos por motivos banais que não tinham sentido. Ficava de um a dois dias assim, depois voltava a ficar bem. Ficamos uns 10 dias bem, depois ela achava outros motivos para brigas, às vezes também por ciúmes. Ela estava separada, porém não legalmente, e depois de uns 3 meses de namoro descobri que ela ainda se relacionava com o “ex”, mandava fotos, vídeos eróticos, mensagens e ligações. Isso me abalou profundamente, e rompemos um tempo. Daí voltamos, porque eu gostava muito dela, enfim… porém as brigas voltaram a acontecer, desconfiança, traição sempre presentes. Depois de 1 ano de namoro, ela teve uma crise depressiva por causa do filho que começou a usar drogas. Eu estava lá segurando a barra, ajudando em tudo. Ela sempre foi muito ingrata, e sempre disse que eu não era parceiro, nem compreensivo. Meu tempo era para ela, tudo girava em torno dela, e ela nunca se preocupou comigo. Tinha dias que era a melhor pessoa, em outros outros era um inferno. No último ano de namoro ela teve outra crise de depressão profunda. Ficou afastada por 2 meses do trabalho. Teve um diagnóstico, além da depressão, de Bipolaridade. Começou a se tratar e quando melhorou parou de tomar a medicação porque achou que ficaria dependente dela. Nesse período todo eu estive segurando as pontas, ajudando financeiramente etc. Daí quando se sentiu “melhor” me traiu com outro cara e atualmente ele mora com ela. Ela me procura constantemente, diz que me ama e que quer voltar, porém há dias que ela diz que eu “estou forçando a barra”, que ela não sente mais a mesma coisa por mim. O ex marido continua na vida dela, e agora está com um terceiro homem que ela diz que não consegue manter nenhum relacionamento por inteiro. Resumindo: Ela é extremamente fria, percebo que seus sentimentos são inconstantes, ela não tem remorso das coisas faz com as pessoas, hoje diz eu te amo, amanhã diz adeus. Nunca está feliz. E quem está com ela também está sempre infeliz. Somos 3 idiotas alimentando esperanças de um amor que não existe dentro dela por nenhum de nós. Acho nem por ela mesma.Ela sabe que precisa se tratar, mas não toma iniciativa. Eu fico longe, mas ela vive me procurando e diz que vamos ficar juntos porque é a mim que ela ama. Eu acho que ela diz para todos a mesma coisa.

    • blogabrata 14 de junho de 2019 às 09:21 - Responder

      Prezado Marcos
      Postamos matéria contida no site da ABRATA:
      TRANSTORNO BIPOLAR: UM PROBLEMA QUE AFETA OS RELACIONAMENTOS
      Parceiros ansiosos e irritáveis, com foco no imediato e que sofrem com seus atos impulsivos. Um ciclo que passa pela depressão de maneira prolongada, pela culpa projetada em terceiros e finalmente na reincidência do mesmo tipo de comportamento. Esse tipo de rotina pode ser indício do transtorno bipolar, mas na grande maioria das vezes é difícil de ser diagnosticado.
      Ao contrário da ideia geral de que os indivíduos bipolares convivem apenas com picos de irritabilidade e depressão, o transtorno pode muitas vezes passar despercebido e ser considerado característica da personalidade. O que poucas pessoas sabem é que o transtorno bipolar pode ter ciclos curtos – até mesmo diários – e que os sintomas não necessariamente são distintos: hipomanias, irritabilidade, ansiedade e depressão podem conviver conjuntamente, o que dificulta até mesmo o trabalho dos profissionais de saúde mental para identificar o problema.
      “É bom ter em mente que o transtorno bipolar pode ser dividido em dois tipos: o tipo I, que é o mais raro, e onde os ciclos são bastante nítidos e em determinado momento os cônjuges, amigos ou familiares acabam indicando o tratamento para o indivíduo”, explica Doris Hupfeld Moreno, médica psiquiatra, especialista do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora ligada ao Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (Gruda) no mesmo instituto.
      “Já o que chamamos de tipo II é mais leve nos períodos mais ativos e acelerados – ou euforias – que caracterizam as hipomanias. À diferença da depressão, não são percebidas como problemáticas – pelo contrário, a pessoa acha que está muito bem –, e nem sempre são facilmente identificado por pessoas próximas. Frequentemente são tidas como ‘da pessoa’, ou seja, fazendo parte da personalidade dela e, portanto, normal”, completa. Vale ter em mente que as depressões nos tipos I ou II são igualmente leves, moderadas ou graves e são o tipo de episódio que mais predomina durante a vida.
      De acordo com a pesquisadora, nos indivíduos com transtorno bipolar os sintomas de ambos os polos podem ser superpostos, – aceleração com ativação e depressão combinadas, por exemplo, podem gerar um sentimento de desespero, angústia e desassossego – e mesmo os estados de hipomania podem se traduzir em impulsividade aumentada para compras, libido, ou ficar obstinado com alguém ou alguma coisa, pensando demais naquilo, sem sair da cabeça, com atitudes compulsivas. Isso tudo muitas vezes é visto pelas outras pessoas, incluindo cônjuges, como “pequenas manias”, e por definição, não trazem consequências significativas. Se houver grande impacto na vida, trata-se de mania e não mais de hipomania.
      “Mas se entendermos que essas pessoas, na verdade, estão vivendo com uma percepção alterada da realidade, é possível que percebamos onde está o perigo disso tudo. Os indivíduos bipolares acabam convivendo com esse atropelo de pensamentos. Estão sempre acelerados – seja focando as coisas de uma forma muito positiva ou muito negativa – e são impulsivos nas suas atitudes. Pensamentos grandiosos fazem parte do quadro clínico e acabam muitas vezes achando que sempre têm razão, são mais inteligentes, são melhores, etc, e se imaginam superiores em alguns ou muitos aspectos, aponta Doris Hupfeld.
      Nesse ponto, diz a especialista, é difícil até mesmo convencer esses indivíduos a procurarem ajuda, pois eles também justificam suas atitudes de forma bastante lógica. E como as alterações entre os humores podem ser rápidas – acordar com sentimentos depressivos e ter dificuldades para dormir por não conseguir desligar dos pensamentos ou sempre encontrar nova atividade, por exemplo – tanto os amigos como os parceiros não conseguem definir exatamente o que acontece.
      Fato é, que geralmente ocorre uma irritabilidade, uma impaciência, uma pressa – o chamado “pavio-curto” – que costuma não ser identificado pelo paciente e que gera um desgaste contínuo. O parceiro não sabe como encontrará o paciente, se querendo se isolar, cansado e desanimado, se de bem com a vida ou dificultando tudo e encrencando com detalhes, ou ainda estourando. O pior é que o bipolar sempre responsabiliza outros ou condições da vida pelos que lhe acontece.
      “Esse otimismo exagerado, esse efeito de ter ideias novas o tempo todo – e de ter resolvido algum problema de forma melhor que os outros – também são acompanhados pelo hábito de achar que a culpa por uma determinada falha nos seus planos foi devido a erros de terceiros: alguém errou, o mercado não estava preparado para a qualidade de determinado serviço, a crise econômica aconteceu. Nunca é culpa dele”, afirma a psiquiatra e pesquisadora.
      Desgaste – Mas esse tipo de oscilação causada pelo transtorno leva a um desgaste. Em especial ao desgaste da relação com o cônjuge. Se em algum momento esse comportamento é visto como algo da personalidade da pessoa, aos poucos os ciclos se tornam claros. Mas pode acontecer o contrário – inicialmente os ciclos serem espaçados e bem definidos e com o passar dos anos se tornarem mais constantes e contínuos.
      As obstinações, antes vistas como sinônimo de determinação, tornam-se claramente desproporcionais. O sentimento de perseguição e de desconfiança – que muitas vezes acompanham o transtorno – costumam se refletir na família do parceiro ou parceira. Círculos de amizade podem ficar comprometidos e o isolamento social, em determinados períodos, pode trazer grande sofrimento. “Esse comportamento é comum a todos os bipolares: a sensibilidade exagerada aos acontecimentos, ao estresse, ao que se diz e à opinião alheia e, consequentemente, ao isolamento.”
      É nesse ponto que as “pequenas manias” se mostram incapacitantes. “A hipomania pode, claro, se refletir em outros tipos de comportamento que parecem saudáveis, como obstinação por exercícios físicos ou então, como dissemos, compras. Mas existem outros tipos de comportamentos que trazem grande sofrimento. Da mesma forma que os humores se alteram, a libido também pode ficar aumentada. Isso pode levar a traições ou comportamento sexual de risco, por exemplo”, exemplifica Doris Hupfeld.
      Outro comportamento que leva a grandes sofrimentos para a relação é o abuso de álcool e drogas. “Essas pessoas com transtorno bipolar acabam usando o álcool e as drogas como um meio de ‘se soltarem’, encontrar a descontração no meio de uma alteração negativa do humor. Mas o polo inverso é a euforia ou mesmo comportamentos violentos, irritabilidade”, pontua a especialista.
      Tratamento – O início do tratamento desses indivíduos se dá, usualmente, quando os sintomas da depressão são preponderantes. Durante o período de hipomania, o trabalho de convencimento é mais complicado.
      “Um cônjuge, para tentar convencer o parceiro a iniciar o tratamento, tem de passar por um processo longo e muitas vezes fazer um trabalho de aproximação de profissional e paciente. E mantê-los em tratamento também é complicado, pois ao menor sinal de melhora, eles podem abandonar o tratamento”, afirma Doris.
      A especialista lembra também que quando se fala de tratamento, duas questões são especialmente complicadas. Primeiro, quando a visita ao psicólogo ou psiquiatra se inicia no período depressivo, muitas vezes o quadro de transtorno bipolar não é identificado. Isso pode levar a tratamentos medicamentosos baseados em antidepressivos. Esse tipo de confusão acaba levando a quadros de euforia ou grave irritabilidade. Por isso é preciso muita atenção.
      Uma segunda questão levantada pela especialista e pesquisadora é sobre a interrupção do tratamento para o transtorno bipolar de forma muito brusca, por abandono do paciente ou por condições como a gravidez.
      “Observamos também que muitos pacientes que passam por esse período de mania ou hipomania muitas vezes demonstram uma perda da sensibilidade e de sentimentos, uma superficialidade e frieza nas relações antes amorosas e de carinho. Há um distanciamento interior, por mais que os sentimentos exagerados e patológicos estejam à flor da pele. Precisa ficar claro que os sintomas levam a uma perda de liberdade intensos, pois eles são determinados pela doença, não mais pela sua vontade”, explica Doris Hupfeld.
      A surpresa fica por conta do contraste desse tipo de comportamento com a ideia geral de que o tratamento medicamentoso é que poderia “mudar a personalidade”. “A medicação não muda a personalidade de ninguém. Ela ajuda as pessoas a deixarem de pensar de modo distorcido, por meio de uma lógica alterada pelo transtorno. É comum os pacientes reavaliarem seus comportamentos após algum tempo do início das consultas à medida que os medicamentos fazem efeito, e passarem a agir de forma mais centrada”, explica a psiquiatra.
      O perigo, então, estaria em interromper um processo que ajuda no equilíbrio do indivíduo, pois isso poderia contribuir para que o transtorno tome outros contornos e que o tratamento, que já é um processo difícil de ser iniciado, se torne ainda mais distante do paciente e que possa trazer mais sofrimento para o cônjuge e para sua família.
      Fonte: http://mulherbipolar.blogspot.com.br/2011/01/transtorno-bipolar-um-problema-que.html
      Outros artigos podem ser acessados que esclarecem o que são relacionamentos tóxicos.
      Por último, sugerimos que procure ajuda de um(a) psicoterapeuta.

      Boa sorte!
      Abraços
      EQUIPE ABRATA

  179. Juliana j 13 de junho de 2019 às 20:18 - Responder

    Comecei a namorar um homem bipolar. Me apaixonei por ele. Já sabia que ele era bipolar.. Estava tudo bem… De uma hora pra outra, ele falou que precisava de um tempo.. Que nos brigávamos demais. É sumiu… Quero ligar para ele mas não quero pegar no pé dele. Ele me usou em 2 meses?

    • blogabrata 14 de junho de 2019 às 08:37 - Responder

      Prezada Juliana, a sua mensagem é muito importante para nós!
      Vamos lá. Os sintomas do Transtorno Bipolar podem ser controlados com medicamentos e psicoterapia.
      Se o seu companheiro observa as prescrições médicas, ele poderá ficar estável e levar uma vida com
      qualidade.
      Quanto ao fato de pedir um tempo a você, não temos condições de julgar o comportamento dele porque,
      mesmo sendo bipolar, não quer dizer que não tenha discernimento sobre as consequências de seus atos.
      Se achar interessante, converse com ele. E, como sugestão, faça psicoterapia.
      Abraços
      EQUIPE ABRATA

  180. ALLAN FELIPE DE SOUZA ALVES 16 de junho de 2019 às 19:38 - Responder

    Namorei uma menina que possuía transtorno bipolar, porém eu não sabia do problema dela e nem ela mesmo sabia, tipo ela deu em cima do meu irmão depois que tivemos uma briga. Após uns meses antes dela terminar comigo, ela mudou da água para o vinho, se sentia a tal até que pediu a separação e, depois de umas semanas, ela pediu para reatar e eu não quis, aí ela meio que pirou deu em cima do meu irmão de novo e tal. Começou a falar mal de mim. No início do meu relacionamento com ela foi umas mil maravilhas, mas depois de 3 anos tudo virou um inferno, nosso relacionamento teve altos e baixos. Eu fiquei com ódio dela porque ela fazia essas coisas, e dizia que nunca fez e que me amava, ela acreditava em uma verdade que era só dela, até que ela passou por um período de depressão e começou a se tratar e veio o diagnóstico, aí ela veio falar comigo.

    • blogabrata 18 de junho de 2019 às 08:48 - Responder

      Prezado Allan Felipe,
      O tratamento do Transtorno Bipolar envolve medicamentos psiquiátricos e psicoterapia. Com essa combinação,
      a pessoa poderá levar um vida com qualidade.
      Incentive-a a se tratar.
      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  181. Emanuel 17 de junho de 2019 às 15:37 - Responder

    Eu estou passando algo semelhante com minha esposa, ela diz que está feliz, que eu e nosso filho somos tudo para ela, e no outro dia começa a me xingar porque ela entrou no quarto enquanto eu dormia e levei um susto. Fala que sou doente pelo simples fato de me assustar com ela chegando do lado da cama. Ontem a gente saiu para ir a
    casa dos pais, ela me elogiou, tirou várias fotos, estava carinhosa comigo e, na volta, lembrou de algo passado e começou a me ofender dizendo que não dava mais certo, que eu a irritava, que meu jeito dava gastura nela, e novamente começava me atacando e dizendo que eu não sei o que ela passa, que tudo acabou, me xinga e depois fala que quer viver comigo. Tem momentos que me sinto um lixo porque parece que eu sou culpado de tudo que há de ruim no mundo! Eu tento alertá-la que talvez ela precise de ajuda, ela diz que aceita mas quando marco consulta, ela não vai, ou começa a dizer que eu que sou o problema! Eu vou fazer alguma coisa, ela diz que eu estou mentindo, aí eu mando fotos para provar e mesmo assim ela ainda me humilha, dizendo que é por outra coisa! Eu gostaria muito de ajudá-la, a minha família e mais ninguém abre os olhos para ver que ela tem algum problema, nem com os prints das conversas, das mudanças, a família prefere não acreditar.

    • blogabrata 18 de junho de 2019 às 08:36 - Responder

      Prezado Emanuel,
      Não é fácil convencer um ente querido a procurar ajuda psiquiátrica. Ainda há muito preconceito!
      Você pode sugerir à sua esposa a fazer psicoterapia, individual ou familiar.
      Baixe gratuitamente no site da ABRATA http://www.abra.org.br o Guia para Cuidadores de Pessoa com
      Transtorno Bipolar.
      E leia o artigo publicado também no site, de autoria do médico psiquiatra Teng Chei Tung, intitulado
      “Descobri que meu companheiro é bipolar … e agora?”.
      Abs
      EQUIPE ABRATA

  182. Carolina 26 de junho de 2019 às 12:25 - Responder

    Venho enfrentando esse problema com meu esposo há uns dois meses, somos casados há 4 anos, eu tenho 29 anos e ele tem 46. Ele foi diagnosticado com transtorno bipolar e está fazendo o tratamento sem querer porque ele diz que os doentes somos nós da família. É a maior luta para tomar a medicação, ele está com 20 dias hoje do segundo surto inclusive ele chegou a matar nosso cachorro em casa de facão. Foi internado e fica com mais raiva de mim, por isso fala que sou um anjo negro, que eu tentei matá-lo em várias vezes, ele fala que vai matar a minha família toda, que eu tenho que segui-lo ou ele me mata. Tem hora que ele tá de boa comigo, mas depois começa a falar coisas sem sentido. EU o amo, não sei como vou enfrentar pois tenho dois filhos pequenos que não são filhos dele, inclusive estou sem meus filhos porque tenho que cuidar do meu esposo, o pai dos meus filhos está querendo tomar a guarda das crianças por conta do problema que estou passando .Eu estou sem saber o que faço, estou sofrendo tanto porque eu gosto muito dele, ele é um homem trabalhador, muito família, cumpre com todas as obrigações de casa, é um excelente marido mas tenho medo que ele me faça algo porque muda de humor muito rápido,fica eufórico e só fala em me matar. Eu não entendo porque sem falar nos meus filhos que jamais deixaria pq amo eles demais .Me ajudem, o que eu devo fazer?

    • blogabrata 27 de junho de 2019 às 09:32 - Responder

      Prezada Carolina, agradecemos a sua mensagem.
      Caracterizado por episódios depressivos em alternância com estados de pura euforia, o transtorno bipolar exige um tratamento contínuo envolvendo medicação e psicoterapia. Se observados os cuidados necessários, o paciente consegue levar uma vida relativamente normal, mas a falta de tratamento adequado, por outro lado, pode trazer graves consequências.
      Uma consequência extremamente grave é o suicídio, mas há uma série de problemas. Outra coisa que muitas vezes aparece junto com o transtorno bipolar é a dependência de drogas.
      O transtorno bipolar geralmente tem início na adolescência, juventude, mas pode se manifestar em qualquer fase da vida. Se não tratada, tende a ser uma doença bastante recorrente. Isso, no entanto, varia. Há pessoas que tem poucos episódios, mesmo quando não o tratam. Esses episódios podem ser desde relativamente leves até gravíssimos. O transtorno costuma interferir bastante na vida das pessoas, no trabalho, nos estudos, nas relações interpessoais. Isso quando não há tratamento.
      E é justamente neste ponto que reside o sofrimento da maior parte dos familiares que convivem com alguém que tem transtorno bipolar. A falta de tratamento, apesar dos prejuízos gerados, muitas vezes não é vista com devida clareza pelo próprio paciente. Esse período sem medicamentos e/ou terapia costuma ser o suficiente para deteriorar sobremaneira as relações da pessoa com seus entes queridos.
      A melhor saída é o diálogo. Aguarde o momento em que seu marido estiver mais receptivo, e fale com clareza como está se sentindo.
      Baixe no site https://www.abrata.org.br o Guia para Cuidadores de Pessoa com Transtorno Bipolar.
      Outra sugestão: cuide-se, procure ajuda médica e/ou psicoterapêutica. Os familiares podem adoecer também com a convivência com pessoa portadora de
      transtorno afetivo, especialmente quando não está sendo acompanhada por médico psiquiatra.
      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  183. AnaAna 11 de julho de 2019 às 04:52 - Responder

    Ola! Meu nome é Ana Tive vários episódios de depressão ao longo dos anos, desde criança, pelo que me lembro. Sempre fui uma das primeiras alunas da escola, mas muito insegura. Lembro-me de me masturbar desde muito cedo em sala de aula, além de fazê-lo em casa, exaustivamente. Sempre fui muito intensa e extremamente sensível com acontecimentos externos. Tenho energia de sobra nos períodos de mania. Sou capaz de limpar minha casa toda e fazer algo na cozinha no período da noite, depois de um dia exaustivo de trabalho. Já terminei um mestrado e um doutorado e foi acadêmica, com vários livros e artigos científicos. Fiz por mais de 12 anos terapia com uma psiquiatra (excelente, aliás). Ela nunca me falou claramente que eu tinha TB. Eu sempre pedi um diagnóstico, mas ela dizia: você está depressiva. Quando eu estava bem, não havia problema e ela dizia que poderia tirar um pouco a medicação (tomei muitos e diferentes tipos de antidepressivos e ansiolíticos). Há cerca de 7 anos tomo Depakote e Luvox. Neste momento, estou acelerada. Acordo com o pensamento a todo vapor e vários assuntos ao mesmo tempo fazem parte dele. Alem disso, tenho uma especie de TOC de pensamento, isto é, penso em uma determinada coisa, acontecimento ou pessoa que me fez algo ruim intensa e constantemente. Tento desviar meus pensamentos, mas não consigo. O que consigo fazer é olhar pra mim como se eu fosse alguém de fora e vejo como sou impulsiva, e como isso é terrível. Uma lista de pessoas se afastou de mim e isso me causa sofrimento Arrependo-me de coisas que disse e sinto-me extremamente culpada por tê-las dito. Minha autoestima é baixa, ao mesmo tempo que percebo que me acho muito boa em tudo o que faço e critico ferozmente os outros. É como se eu tivesse vivido um sonho ruim. Agora, fui a uma outra médica que me disse com todas as letras que sou bipolar e isso me causa sofrimento por um lado, mas por outro explica tudo o que tem acontecido na minha vida. Estou tomando depakote (500mg) e ainda tomo Luvox (antidepressivo), mas não acho que estou estável. Apesar de ter consciência de tudo isso, a culpa excessiva e a autocondenação estão acabando comigo. Escrevo para pedir alguma orientação a mais e para compartilhar com as pessoas um pouco de minha historia. Agradeço muito. Um abraco.

    • blogabrata 11 de julho de 2019 às 10:21 - Responder

      Prezada AnaAna, agradecemos a sua mensagem.
      Postamos uma matéria publicada em nosso blog, é muito instrutivo. E há outros depoimentos, artigos e material informativo
      que podem ajudá-la a entender o que é o Transtorno Bipolar e de como é possível levar uma vida normal.
      Acesse o site https://www.abrata.org.br

      “O que é doença mental?
      A doença mental não é nada para se envergonhar. É um problema médico, assim como doenças cardíacas ou diabetes.
      As doenças mentais são condições de saúde que envolvem mudanças na emoção, pensamento ou comportamento (ou uma combinação delas). As doenças mentais estão associadas à angústia e / ou problemas de funcionamento em atividades sociais, de trabalho ou familiares.
      A doença mental é comum:
      quase um em cada cinco (19%) adultos dos EUA experimentam alguma forma de doença mental
      um em cada 24 (4,1%) tem uma doença mental grave *
      um em cada 12 (8,5%) tem um transtorno de uso de substância diagnosticável
      *Brasil
      A Organização Mundial de Saúde/OMS, apresenta que 23 milhões de brasileiros, ou seja 12% da população, apresentam os sintomas dos transtornos mentais. Ainda conforme as pesquisas, cerca de 5% dos cidadãos sofrem com transtornos mentais graves e persistente.
      A doença mental é tratável. A maioria dos indivíduos com doença mental continua a funcionar em suas vidas diárias.
      Sobre a saúde mental
      Saúde mental envolve um funcionamento eficaz nas atividades diárias, resultando em
      Atividades produtivas (trabalho, escola, cuidado)
      Relacionamentos saudáveis
      Capacidade de se adaptar à mudança e lidar com a adversidade
      Doença mental refere-se coletivamente a todos os transtornos mentais diagnosticáveis ​​- condições de saúde que envolvem
      Mudanças significativas no pensamento, emoção e / ou comportamento
      Aflição e / ou problemas que funcionam em atividades sociais, de trabalho ou familiares
      A saúde mental é a base para emoções, pensamento, comunicação, aprendizagem, resiliência e autoestima. A saúde mental também é fundamental para os relacionamentos, bem-estar pessoal e emocional e contribui para a comunidade ou a sociedade.
      Muitas pessoas que têm uma doença mental não querem falar sobre isso. Mas a doença mental não é nada para se envergonhar! É uma condição médica, assim como doença cardíaca ou diabetes. E as condições de saúde mental são tratáveis. Estamos continuamente expandindo nossa compreensão de como o cérebro humano funciona e os tratamentos estão disponíveis para ajudar as pessoas a administrarem com sucesso as condições de saúde mental.
      A doença mental não discrimina; Ele pode afetar qualquer pessoa, independentemente da sua idade, sexo, geografia, renda, status social, raça / etnia, religião / espiritualidade, orientação sexual, formação ou outro aspecto da identidade cultural. Embora a doença mental possa ocorrer em qualquer idade, três quartos de todas as doenças mentais começam aos 24 anos.
      As doenças mentais assumem muitas formas. Algumas são leves e interferem de maneira limitada com a vida cotidiana, como certas fobias (medos anormais). Outras condições de saúde mental são tão graves que uma pessoa pode precisar de cuidados em um hospital.
      * A doença mental grave é um distúrbio mental, comportamental ou emocional (excluindo transtornos do desenvolvimento e do uso de substâncias) que resulta em grave comprometimento funcional, que interfere substancialmente ou limita uma ou mais atividades importantes da vida. Exemplos de doença mental grave incluem transtorno depressivo maior, esquizofrenia e transtorno bipolar.
      Revisão médica por: Ranna Parekh, MD, MPH de agosto de 2018
      Tradução: Equipe de tradução ABRATA
      Fonte: https://www.psychiatry.org/patients-families/what-is-mental-illness

      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  184. LUIZ FERNANDO DIAS SANTOS 26 de julho de 2019 às 10:54 - Responder

    Oi,

    Meu nome é Luiz Fernando, tenho 35 anos e minha ex-noiva tem todos os traços de bipolaridade, a mãe dela é bipolar diagnosticada por um psiquiatra, não sei mais o que fazer, já é a segunda vez que ela termina tudo comigo, sempre se mostrou indecisa em relação às coisas, fala bastante sobre si mesma, tem sintomas depressivos. A primeira vez que me largou perto do casamento ela alegou que a tratei mal ( estava tenso por situações do trabalho, mais era uma cara amarrada somente ), a segunda alegou que eu não liguei para os pais dela durante a estadia deles na cidade.

    Não sei como ajudar.

    • blogabrata 28 de julho de 2019 às 08:51 - Responder

      Olá Luiz Fernando,
      A melhor maneira de ajudar é informá-la sobre a possibilidade de consultar um médico psiquiatra para
      avaliar os sintomas que apresenta.
      Se o diagnóstico for de transtorno bipolar, é importante realçar que, com o tratamento apropriado e
      psicoterapia, a sua ex-noiva poderá levar uma vida normal.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  185. Vanessa STINA 25 de agosto de 2019 às 21:32 - Responder

    Boa noite,
    Eu gostaria de expressar como eu sou.
    Tenho 44 anos, fui diagnosticada com depressao Atipica há 2 anos. Imediatamente inicie o Assert com um psiquiatra
    Eu estava uma pessoa extremamente agressiva mas somente com meu marido, o que acabo às vezes gritando com meu filho pequeno que esta no meio. Já cheguei a jogar copo no chão, querer quebrar a TV, mas a raiva que sentia era muito grande, algo incontrolável
    Nunca me senti com auto estima baixa, não via a vida ruim, não enxergava problemas, claro que às vezes eu reclamava de tudo
    Eu melhorei 90%. Porém de uns meses pra cá, venho tendo alterações de humor, com coisas banais, tipo marido me pede a meia e já é motivo para falar coisas horrorozas. Tipo fez algo que foi contra minha opinião, já é motivo para uma raiva sem tamanho me incorporar. Mas é só com ele, trabalho muito e empolgada 100% do tempo. Tenho uma vida social absolutamente normal. Sou muito ansiosa, falo muito, interrompo as pessoas. Quanto ao casamento não há nada de errado, apenas descarrego em quem amo…. porém grito com ele na frente do meu filho.
    Alterei o assert para brupopiona há 2 meses
    Enfim, chega o final de semana , acordo muito feliz, mas pode esperar que consigo alterar o clima da casa, com um nervosismo absurdo ….
    Estou em terapia no momento. Tenho medo do remédio ter alterado este humor. Queria entender o que posso fazer para não sair do meu chão tão facilmente …..e estragar a vida do meu marido filho e a minha

    • blogabrata 2 de setembro de 2019 às 09:58 - Responder

      Olá Vanessa, agradecemos a sua mensagem.
      Você pode conversar com o seu psiquiatra a respeito das oscilações de humor que podem, eventualmente, caracterizar
      o Transtorno Bipolar.
      Com o tratamento adequado, você poderá levar uma vida normal e ficar com o humor estabilizado.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  186. Filipe Dutra 12 de setembro de 2019 às 14:33 - Responder

    Bipolaridade possui suas peculiaridades, mas é sem dúvida uma doença muito cruel para os parceiros.
    Minha namorada não sabia o que tinha, mas teve episódios de mania que se transformaram em compulsão sexual. Se prostituia as vezes por 15 reais. Uma moça bonita e educada.
    Tirei ela dessa situação, estive ao lado dela, lhe deu carinho e a ajuda que precisava. Arranjei um emprego para ela seguir nessa reabilitação, mas o comportamento mentiroso é manipulador parecía não parar. Ela mantinha certos si tomas durante o período de remissão.
    Arrumou um caso no emprego que eu consegui para ela. Descobri, fui lá, tivemos uma conversa e ela parecia outra pessoa, fazendo pactos comigo, regras e, até que o comportamento voltou..
    Descobri novamente e dessa vez após menos de um mês, memso fora do período de mania, tudo se repetía. Conversamos e ela me contou tudo e disse que não queria me perder, me pediu ajuda, mas, queria continuar vivendo aquilo. Não houve outra saída que não o termino.
    Ela não tem períodos de forte depressão, mas as manias estão vindo mais fortes, já que ela não quer tratar.
    É triste eu saber que tenho de virar as costas e ela vai se acabar. Muito triste.

    • blogabrata 18 de setembro de 2019 às 10:10 - Responder

      Olá Filipe, agradecemos a sua mensagem.
      Você tem razão, os sintomas do Transtorno Bipolar só podem ser controlado através do devido tratamento
      medicamentoso combinado com psicoterapia.
      Enquanto o portador não se conscientizar, não poderá conduzir a vida com normalidade e qualidade.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  187. Ana Paula 25 de setembro de 2019 às 17:22 - Responder

    Vcs sabem aonde tem um lugar no qual a família pode participar de palestras grupo de apoio? Meu marido é bipolar e está muito difícil meu relacionamento já sofro com isso há 15 anos.

    • blogabrata 5 de outubro de 2019 às 11:10 - Responder

      Prezada Ana Paula
      A ABRATA oferece grupos de apoio mútuo para familiares e pessoas com transtorno bipolar e depressão.
      Se você residir na cidade de São Paulo, faça a sua inscrição pelo telefone (11) 3256-4831, de 2ª a 6ª
      das 13h às 17h.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  188. Danielle 24 de outubro de 2019 às 15:16 - Responder

    Gostaria de saber como faço para me separar de um portador de transtorno bipolar sem prejuízos para ele e para mim. A forma de me expressar, por exemplo. Pois gosto dele, mas não consigo me ver mais casada com ele. Sei que não tenho culpa do estado emocional dele, mas não quero deixá-lo mais zangado e correndo o risco de me matar ou suicidar-se. POr favor, me ajude!!!

    • blogabrata 4 de novembro de 2019 às 11:29 - Responder

      Prezada Danielle.
      Diante de sua narrativa, temos a sugerir que o casal faça terapia familiar onde poderá
      ser colocada a questão da separação.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 11 de novembro de 2019 às 09:53 - Responder

      Olá Danielle, agradecemos a sua mensagem.
      Você conclui que pode arriscado separar-se de seu companheiro, assim sugerimos que procure
      conversar com o psiquiatra dele, mostrando os seus receios.
      Você pode tentar, também, a psicoterapia familiar para ajudá-la a mostrar a ele as dificuldades
      que enfrenta.
      De qualquer forma, procure ajuda, está bem?
      Não há fórmula especial para resolver a situação em que se encontra, por isso é importante
      reunir as ajudas disponíveis.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  189. Jéssica 21 de novembro de 2019 às 17:15 - Responder

    Olá,

    Então meu namorado fez uso de drogas por mais de 20 anos, e no momento desde fev/2019, ele diz não usado mais drogas, desde então houve uma melhora no comportamento, porém, dentre esse período, foram muitos desconfortos, eles me controla o tempo todo, parece que não consegue ficar 20 minutos sem falar comigo pelo whats, sempre me pressionando com tudo, ele já sofreu de depressão, e parece às vezes não ter noção da realidade. Mudei várias coisas devido a isso, evito falar coisas para não o aborrecer, e também deixei de frequentar alguns lugares devido a ele não gostar. Realmente é bem difícil. Frequentemente ele tem sensação de que não estou dando a devida atenção, certa vez fui na sorveteria com minha mãe a qual não a via fazia um mês, e não o convidei, foi motivo para brigas, se porque ele não poderia ir junto, gente ele tava trabalhando!!! Tipo as vezes não entendo, essa carência, essa falta de amor próprio, vive a minha vida, não sai com os amigos, ta sempre disponível par mim ‘exclusivamente’ mesmo eu comentando que não é preciso.

    • blogabrata 26 de novembro de 2019 às 10:33 - Responder

      Prezada Jéssica, bom dia.
      Você não especificou em sua narrativa se o seu namorado sofre de algum tipo de transtorno do humor, você
      disse que já teve depressão. Não sabemos se faz tratamento medicamentoso.
      De qualquer maneira, é interessante que você leve essas questões a um psicoterapeuta que, com certeza,
      pode ajudar mais efetivamente.
      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  190. LILIANE OLIVEIRA 9 de dezembro de 2019 às 14:42 - Responder

    Boa tarde.
    Eu tenho uma sobrinha tem 18 anos, desde bebe acredito que ela já dava alguns sinais, era muito compulsiva tomava varias mamadas por noite, com 2 anos e meio foi para escola neste período chorou durante seis meses, foi crescendo e sempre apresentava algumas alterações de humor comportamento, sempre foi cercada de cuidados estudou sempre em escola particular , sempre teve tudo chegando na adolescência teve alguns namorados e toda vez que ocorria o termino era um desespero, muito choro, sentimento de inferioridade etc. Por último namorou um rapaz aproximadamente uns 8 meses , no inicio flores no final ela falava que rapaz era feio, psicopata, queria mata-la etc, terminou agora ela diz que ama o rapaz, que ele é o amor da vida dele etc, tem crise de choro, ela quer que os pais digam que o rapaz vai voltar , tem causado um problema na família ela fica totalmente desequilibrada acredito que ela tenha algum tipo de transtorno, pois nas relações com colegas na escola também era assim, mas você falando com ela não diz pelo contrario uma pessoa que sabe se comunicar ,bonita etc. Diante disto vocês acreditam que ela seja bipolar ou tem alguma outra doença mental?

    • blogabrata 10 de dezembro de 2019 às 11:28 - Responder

      Olá Liliane, agradecemos a sua mensagem.

      Somente um psiquiatra poderá diagnosticar a sua sobrinha.
      Convide-a a uma consulta, esclareça que quanto mais precoce for o diagnóstico, mais chance de ter
      uma vida normal.
      Não é tarefa fácil, exige muita paciência e amor.
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  191. Jonathan 11 de dezembro de 2019 às 16:30 - Responder

    Olá, tenho 20 anos, estou tentando entender o que acontece comigo, raramente consigo manter uma vontade por muito tempo, não tem um período específico que a vontade vem e vai, às vezes dura 1 mês, às vezes dura 1 hora, isso vale também pro meu humor e personalidade, está em constante mudanças, para saber se esses comportamentos é genuíno ou não, só através de uma consulta?
    A maior parte do tempo, tento me controlar, manter o equilíbrio, só assim para conviver ”pacificamente” com esses comportamentos.

    • blogabrata 16 de dezembro de 2019 às 09:53 - Responder

      Olá Jonathan, agradecemos a sua mensagem.
      Veja bem, você já se conhece bastante e, assim, sugerimos que consulte um psiquiatra para
      uma avaliação mais apropriada.
      Boa sorte!
      Equipe ABRATA

  192. Samea 20 de dezembro de 2019 às 09:24 - Responder

    Bom dia
    Estou sofrendo muito, tive varias fases na minha vida que ainda não consegui superar, ate onde meus pais me falam eu comecei a falar com mais o menos 6 anos, quando era criança tive dificuldades para me relacionar com as outras crianças, e para aprender na escola, na maioria das vezes brincava sozinha porque brigava com as outras crianças, minha mãe sempre teve que ficar de olho porque sempre tive muita imaginação teve uma brincadeira com a minha irmã que eu quase coloquei em risco a vida dela, na fase da adolescência ainda tive dificuldade para me relacionar, quando perdi minha mãe com 14 anos tudo ficou mais difícil, houve alguns episódios que tive algumas surtos que parecia ter vozes na minha cabeça, uma vontade louca de morrer, corria pela casa, e arrancava meus cabelos, mesmo com todas essas situações eu buscava me ajudar, sempre fui muito religiosa, então por mim mesma resolvi que era hora de mudar.Com passar de alguns tempos fui melhorando, consegui estudar, conquistar minhas coisas, e hoje com 28 anos ainda sinto muita falta da minha mãe, eu estava namorando já fazia dois anos eu estava realmente muito feliz, mais meu namorado terminou comigo porque sou teimosa e não consigo escutar ele, e nem mudar meu jeito, por mais feliz que eu fosse, eu me sentia muito chateada com tantas cobranças, eu nunca fui de falar mentiras ultimamente é uma das coisas que mais tenho feito é mentir, não consigo dormir porque estou com minha cabeça muito agitada, não tenho paciência de conviver com as pessoas, ontem eu sai um pouco, mais do nada eu já queria ir embora, fiquei muito estressada que acabei brigando com algumas pessoas, minha vontade é de morrer ou sumir não sei o que fazer .

    • blogabrata 9 de janeiro de 2020 às 11:15 - Responder

      Olá Semea, agradecemos o seu contato.
      Sugerimos que procure ajuda profissional para que haja avaliação sobre um eventual diagnóstico de bipolaridade.
      O tratamento medicamentoso combinado com terapia são importantes para o controle dos sintomas.
      Peça ajuda, está bem?
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  193. laura 10 de janeiro de 2020 às 17:09 - Responder

    Olá, tenho um marido com vários sintomas, que pelo que leio e converso com alguns especialista, são de BP. Ele fica o mesmo tempo alegre, entusiasmado, fazendo vários planos. Do nada, por motivos banais, muda de humor e SEMPRE me culpa pela mudança de humor, atribui algo que fiz, potencializa erros meus ao extremo. A impressão que tenho é que tudo é culpa minha. Atualmente ele está em uma fase depressiva e, atribui o desanimo dele a mim. Nosso casamento não está bem, pois mudei com ele, estou mais fria, distante e muito magoada com as agressões verbais que ele faz quando está nervoso. Por outro lado, gosto dele, tenho pena e queria ajudar. Ele não aceita uma suposta doença e isso só está piorando nossa relação. Como e, em que fase, posso aproximá-lo de uma terapia. Eu estou fazendo terapia e, já o chamei algumas vezes para ir comigo. Meu limite está chegando, caso me decida a separar, como posso abordar isso com ele? Obrigada pela ajuda. Abs,

    • blogabrata 21 de janeiro de 2020 às 10:39 - Responder

      Prezada Laura, agradecemos o seu contato.
      Gostaríamos de sugerir a leitura do Guia para Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar.
      Não aceitar qualquer diagnóstico é comum entre nós humanos. A capacidade de convencimento e
      respectiva ajuda também não é tarefa fácil.
      Leia um artigo publicado em nosso site que se intitula “Descobri que meu companheiro é bipolar …
      e agora?”, de autoria do médico psiquiatra dr. Teng Chei Tung.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  194. Barbara 1 de fevereiro de 2020 às 15:13 - Responder

    Minha mãe tem características compatíveis com transtorno bipolar desde os 17 anos. Nessa idade, ela ficou 1 ano sem andar, sem motivo aparente, indo a diversos especialistas que não conseguiam diagnosticar nenhum problema de ordem fisiológica.
    Quando eu tinha 3 meses de vida, ela saiu de olhos fechados na rua da cidade e foi achada 24 hrs depois.
    Quando eu tinha 10 anos, na última grande crise dela, minha mãe ficou um total de 6 meses sem falar.
    Após quase toda a vida recorrendo a todos os tipos de métodos, já passando por uma internação, na última crise de 6 meses sem falar encontramos um psiquiatra que conseguiu ajustar a medicação dela.
    Anos se passaram, hoje estou com 27 anos.
    Minha mãe está passando por uma fase de mania (nos últimos anos, as fases de mania duram pouco tempo, 2 ou 3 meses e passam, voltando tudo ao normal) e eu e minha família decidimos que chegou o momento de rever a medicação dela, por mais medo que isso gere em todo mundo, sob acompanhamento do mesmo psiquiatra.
    Caso ela precise trocar a medicação, como nós familiares devemos proceder?

    • blogabrata 17 de fevereiro de 2020 às 12:18 - Responder

      Olá Barbara, agradecemos a sua mensagem.
      Se o psiquiatra de sua mãe está propondo a modificação da medicação pode ser um momento de muita
      importância para melhora dos sintomas.
      Vocês, familiares, devem confiar na prescrição do profissional, afinal é ele o responsável por todas
      as providências que dizem respeito ao seu paciente.
      É importante que ele acompanhe os próximos passos contando com o apoio da família em passar-lhe as devidas
      informações.
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  195. Ana Paula varjao 8 de março de 2020 às 17:17 - Responder

    Olá!

    Gostaria de uma orientação. Minha amiga tem a mãe com transtorno bipolar, chegou a ter 2 surtos.60 dias após o último surto foi na delegacia junto com outro familiar registrar uma queixa contra minha amiga alegando maus tratos no período do surto. Porém a mãe não disse que teve surto, nem à justiça nem o familiar que a acompanhou. Disse que foi descansar na casa da filha e nesse período sofreu maus tratos. Eu sou testemunha de minha amiga pois fui visitar a mãe dela várias vezes e isso nunca aconteceu, minha amiga tem relatório médico do surto da mãe. Esse outro familiar que acompanhou agiu de má fé. Uma paciente 60 dias pós surto pode registar queixa?

    Agradeço à equipe ABRATA

    • blogabrata 11 de março de 2020 às 12:36 - Responder

      Prezada Ana Paula, agradecemos a sua mensagem.
      Veja bem: a simples alegação de maus tratos sem comprovação de exame de corpo de delito fica vazia em si mesmo.
      Compreenda que durante um episódio psicótico, o paciente pode ter um estado alterado de consciência.
      É importante que a sua amiga tenha em mãos os laudos médicos tanto os hospitalares, quanto os de acompanhamento
      médico regular.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  196. fabio 10 de março de 2020 às 09:24 - Responder

    Estou tendo muito problema com meu relacionamento atual, ela sempre esteve oscilando entre comportamentos depressivos e de muito bom humor, alteração na libido, nas atividades e vontades, isso melhorou muito de um tempo, estávamos felizes, depois o estresse de terceiros afetaram a nós dois, eu sempre estive do lado dela e sempre ajudei com o maximo que pude, após um episódio de surto, ela firmou que possui TDI, mesmo não tendo diagnóstico clínico do mesmo. Hoje todos nossos familiares e amigos estão botando pilha nisso mas os comportamentos autodestrutivos vem aumentando, ela está ficando cada vez mais distante, as “personalidades” estão querendo fazer coisas que umas não gostam e não aprovam e a persona que é minha namorada está longe ha quase 1 mes, nesse meio tempo ela parou de tomar as medicações e não quer tomar o anti psicotico receitado pelo psiquiatra de emergencia. Me sinto muito mal, não recebo atenção, afeto, carinho, nunca consigo falar disso pois todas as vezes ela diz que não quer falar sobre isso agora e que não pode estar ao meu lado. Não sei mais o que fazer, ela agora está a fim de um amigo meu e está voltando a consumir drogas, a familia dela não faz nada e não tem interesse na vida dela. Me dê uma luz eu amo ela demais e quero que as coisas melhorem pra que os planos que sempre fizemos sejam possíveis de novo.

    • blogabrata 11 de março de 2020 às 12:26 - Responder

      Prezado Fabio, agradecemos o seu contato.
      É aconselhável que a sua namorada faça psicoterapia com acompanhamento psiquiátrico.
      É a melhor orientação que podemos oferecer.
      Todavia, muito embora você tenha todo interesse em ajudá-la, depende dela o interesse em cuidados médicos.
      Não há como forçá-la a se cuidar.
      Lembre-se que sem os cuidados médicos e psicoterápicos, há poucas chances de sua namorada melhor e de
      cumprir os planos que fizeram.
      Ela sabe que pode contar com você. Entretanto, você não pode assumir os problemas de outra pessoa, ainda
      que a ame muito.
      Repense a sua vida, está bem?
      Conte conosco, abs
      EQUIPE ABRATA

  197. PamPan 23 de março de 2020 às 12:16 - Responder

    Oi! Eu não sei se tenho TB. Às vezes acho que sim e às vezes acho que não. Eu tento muito não me estressar, e muitas vezes consigo. Mas existem períodos em que eu fico muito estressada com tudo. Às vezes eu fico bem animada, faço muitas coisas e saio bastante. Mas às vezes, passo meses em casa sem vontade de fazer até as coisas que mais amo. O máximo que já fiquei em um emprego foi 1 ano. Eu sempre arrumo um motivo pra sair. Eu me ofendo muito fácil e não consigo lidar com rejeição ou provocações, pode ser uma coisa besta, mas pra mim afeta muito meu psicológico. Por diversas vezes eu compro coisas das quais não preciso e muitas dessas vezes eu nem percebo que estou efetuando a ação. Às vezes parece que sou passageira em meu corpo, que meu corpo faz as coisas mas eu só observo. Eu até já comecei a tomar lLítio, ajudou bem, mas engordei 15 klgs e eu não me sentia eu mesma. Então parei. Será que tenho mesmo transtorno bipolar?

    • blogabrata 25 de março de 2020 às 11:33 - Responder

      Cara PamPan,
      Somente o médico psiquiatra pode elaborar um diagnóstico à vista das informações que lhe forem passadas
      pelo paciente. Assim, sugerimos que retome o acompanhamento com profissional da saúde mental.
      Gostaríamos de realçar que as pessoas portadores de transtornos mentais que não aderem ao tratamento de
      forma eficaz tendem a ter um maior número de episódios depressivos e maníacos/hipomaníacos e mais intensos.
      Podem necessitar de reinternações frequentes, causando desgaste no relacionamento interpessoal e familiar.
      Algumas pessoas, como é o seu caso, abandonam o tratamento por causa dos efeitos colaterais dos medicamentos
      estabilizadores do humor, como, por exemplo, o ganho de peso, os tremores finos das mãos, sonolência, etc.
      É importante saber que, na maioria das vezes, é possível diminuir ou interromper os efeitos colaterais com a
      diminuição da dose do medicamento ou com a troca por outro que seja mais bem tolerado.
      Lembre-se, também, que, com o tratamento medicamentoso combinado com psicoterapia, você pode levar uma vida
      normal.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  198. blogabrata 20 de abril de 2020 às 10:31 - Responder

    Prezado Rodrigoollinger, agradecemos a sua mensagem.
    Sugerimos que você promova a internação de sua esposa, para que possa receber o tratamento médico adequado e em
    ambiente próprio para o acompanhamento psiquiátrico.
    A Lei 10.216, de 6 de abril de 2011, prevê as internações psiquiátricas, citamos a involuntária:

    A internação involuntária ocorre quando o paciente está completamente impossibilitado de tomar decisões por conta do transtorno e do problema psiquiátrico que tem. Com isso, os médicos e a família decidem por ele e tomam essa decisão.

    A internação involuntária e a compulsória só são realizadas em casos extremos, como tentativa de suicídio, psicoses e graves consequências dos transtornos alimentares.
    Embora traumática, é necessária em casos como o objeto de sua narrativa, especialmente porque a portadora agride a sua filha e achamos que
    ela corre risco de vida!

    Um grande abraço
    EQUIPE ABRATA

  199. Diego 25 de abril de 2020 às 19:54 - Responder

    Olá! Primeiramente, quero agradecer pelo empenho e dedicação de vcs por esses conteúdos aqui e no YouTube.

    Tenho 37 anos, me encontro numa situação muito difícil, tenho transtorno bipolar há muito tempo, desde criança, porém comecei a me tratar em maio 2018. Por um tempo fiquei “bem” sem crises depressivas, e com baixa irritabilidade, mas de dezembro de 2019 até o dia de hj, as coisas pioraram muito, tenho ido quase que quinzenalmente ao psiquiatra e duas vezes por semana à psicóloga. Estou tomando 4 medicamentos mas, mesmo assim, nada adianta, só tenho pensamentos ruins, de querer sair por aí e sumir, e pensamentos obsessivos de me matar… estou no fundo do poço… que doença difícil é essa! Se alguém puder me ajudar, ficaria muita agradecido!

    • blogabrata 8 de junho de 2020 às 10:31 - Responder

      Prezado Diego,
      Convidamos você a participar da reunião do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA, leia os esclarecimentos abaixo:
      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom.

      **Vagas limitadas

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  200. VascoVv 7 de maio de 2020 às 14:23 - Responder

    Olá! Tenho ou tinha relacionamento, me vi dentro de todos os relatos, planos de até ter filhos com o amor da minha vida, que me pedia só para nunca abandoná-la. De repente tudo mudou, de amor ao ódio, disse que não iria mais me ver, queria ficar sozinha com os filhos, que sou culpado pelo afastamento dos amigos e ainda tem o agravante de ter baixado interesse com sexo comigo. No entanto, fui traído e percebi que libido dela era para sexo com outros homens, aquela história de se arrepender depois. Não pode ser contrariada, é sempre a dona da razão. As brigas são do nada e ainda diz que não me ama outro dia eu era o seu porto seguro.Mistura remédio com bebidas e usa maconha, e às vezes cocaína. Sempre busco orientar a maneira certa, a minha preocupação é grande. Ela teve no passado alguns traumas inclusive o estupro. Tentei de tudo com carinho amor e compreensão, mas nada funciona, reclama de tudo, algo a fazer, tem ainda agravante da tentativa. Aguardo orientação, obrigado.

    • blogabrata 8 de junho de 2020 às 09:53 - Responder

      Prezado VascoVv
      Sugerimos a leitura do artigo ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS NO TRANSTORNO BIPOLAR, escrito pelo dr. Luis Pereira Justo, médico psiquiatra, que
      você encontra no site https://www.abrata.org.br
      Sugerimos, ainda, que baixe o GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOAS COM TRANSTORNO BIPOLAR no mesmo site.
      E para aqueles que têm interesse em narrar as suas histórias, compartilhar experiências e vivências, a ABRATA instituiu o GRUPO DE APOIO
      ON-LINE, veja as informações abaixo:

      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom.
      **Vagas limitadas

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  201. Eric 15 de maio de 2020 às 06:42 - Responder

    Oi.
    Foram os 3 anos mais assustadores da minha vida!
    Terminei um namoro com uma mulher de 38 anos,eu tenho 28. No começo,não demorou muito para aparecerem os primeiros sinais de que havia algo de muito estranho em sua personalidade. Primeiro episódio anormal,foi quando ela sentiu um monstruoso ciúme da minha prima de 7 anos de idade,alegando que ela tinha desejos SEXUAIS por mim. Fiquei completamente desacreditado e discutimos. Foi uma briga intensa cheia de ofensas verbais,uma extrema agressividade e uma imensa incompreensão do que ela tinha feito. Ela simplesmente não aceitava o fato de que estava errada e ainda por cima me culpava pelo seu ódio. “Você me causou isso.”
    Episódios como : hiperatividade,fala rápida,se expressar muito rapidamente,ansiedade,agressividade,raiva ,muita raiva,descontrole emocional,comportamentos impulsivos e uso abusivo de droga(maconha) eram coisas que eram facilmente vistas no seu cotidiano.
    Ela brigava comigo quando eu não queria fazer sexo. Sempre se autoafirmava dizendo que era uma boa pessoa,uma pessoa de coração bom e doce,mas tudo ia por água abaixo em uma crise onde ela virava um monstro raivoso e
    ofensivo.
    Tinha seus momentos de doçura,era cuidadosa comigo,dizia q eu era o amor de sua vida,mas se algo ativasse a mania,essas palavras não valiam absolutamente nada. Eu precisava andar em ovos,tendo o absoluto cuidado de não falar nada q fosse talvez ativar uma hostilidade nela. Minha família inicialmente gostou muito dela,mas as estranhezas foram ficando evidentes. Uma vez chegamos em casa (onde minha mãe tb mora) e pedi pra ela não fazer barulho pois ela estava dormindo. Isso foi motivo de briga. Parecia que o mundo tinha q aceitar o jeito dela de qualquer forma.
    O último momento q tive com ela,quando terminamos,foi quando estávamos assistindo a um filme, comendo pipoca e se divertindo. Quando eu disse que a atriz era muito linda e q sempre a admirei desde criança, isso foi motivo para inúmeros xingamentos começando por :idiota.
    Idiota,imbecil,covarde,moleque,retardado…
    Peguei minhas coisas e me retirei da sua casa.Nesse momento ela foi me xingando até meu carro e disse em voz alta, às 2 horas da manhã,os vizinhos ouvindo,vai embora e não volta mais porque eu sei que vc vai querer voltar. Um mês e meio já se passou,não tive nenhum retorno de desculpas,não voltei e nem voltarei.
    O ego da pessoa bipolar pode ser a coisa mais monstruosa que existe se a doença não for tratada. Eu vivi um relacionamento abusivo junto com uma pessoa bipolar, e as únicas repostas q tive para esse tanto de comportamento absurdo,egocêntrico,agressivo …foi julgando que ela talvez tenha transtorno bipolar e uma mania muito intensa.
    Em todas as brigas ela nunca me pediu desculpas. Me fazia sempre me sentir culpado por tudo…
    Será q vocês tem alguma palavra sobre isso? Me sinto confuso,curioso e assustado. Foi muito traumático.

    • blogabrata 15 de maio de 2020 às 09:58 - Responder

      Prezado Eric,
      Somente médico psiquiatra pode afirmar se se trata de TB.
      O diagnóstico do transtorno bipolar é clínico, baseado no levantamento da história e no relato dos sintomas pelo próprio paciente ou por um amigo ou familiar. Em geral, ele leva mais de oito anos para ser concluído, porque os sinais podem ser confundidos com os de doenças como esquizofrenia, depressão maior, síndrome do pânico, distúrbios da ansiedade. Daí a importância de estabelecer o diagnóstico diferencial antes de propor qualquer medida terapêutica.
      Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.
      De acordo com o tipo, gravidade e evolução da doença, a prescrição de medicamentos neurolépticos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e estabilizadores de humor, especialmente o carbonato de lítio, tem-se mostrado útil para reverter os quadros agudos de euforia e evitar a recorrência das crises. A associação de lítio com antidepressivos e anticonvulsivantes tem demonstrado maior eficácia para prevenir recaídas. No entanto, os antidepressivos devem ser utilizados com cuidado, porque podem provocar uma guinada rápida da depressão para a euforia, ou acelerar a incidência das crises.
      A psicoterapia é outro recurso importante no tratamento da bipolaridade, uma vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas características da doença, ajuda a prevenir a recorrência das crises e, especialmente, promove a adesão ao tratamento medicamentoso que, como ocorre na maioria das doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida.
      Matéria completa, consultar: drauziovarella@uol.com.br>…Transtorno bipolar
      Abs
      EQUIPE ABRATA

  202. DEBORAde 8 de junho de 2020 às 21:16 - Responder

    Eu namorei um bipolar, eu o amava, mas nosso relacionamento acabou porque ele se nega ao tratamento, ele é extremamente resistente. Ele também me traiu, seu comportamento é como se fosse de um adolescente, desprovido de sentimentos.
    Hoje ele namora com outra pessoa, isso me doeu muito, atualmente eu faço acompanhamento psicológico.
    No caso dele, a única opção é a internação compulsória.
    E para quem se relaciona ou se relacionou com um bipolar, cuide-se.

    • blogabrata 18 de junho de 2020 às 10:06 - Responder

      Olá Debora, bom dia!

      É importante esclarecer a diferença entre internação compulsória e internação involuntária. A primeira é uma medida judicial, já a involuntária é um ato médico que incide sobre um paciente em um momento crítico e se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de outra pessoa.
      Quem pode solicitar a internação compulsória? A equipe médica pode encaminhar o pedido para o Ministério Público, que tem como missão juntar provas sobre as falhas do tratamento em ambulatório e justificar que tal medida, excepcionalíssima, faz sentido dentro do projeto terapêutico singular em curso.
      A Lei 10.216/2001 é que rege assuntos relacionados às internações, e dá outras providências.

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  203. Sandra da Silva Marqueti 12 de junho de 2020 às 02:12 - Responder

    Estou lendo os comentários e percebo nos relatos sintomas semelhantes aos dos outros. Mas e quando somos nós que temos esse tipo de comportamento?
    O fato de eu estar procurando ajuda já me descarta do TB?

    • blogabrata 18 de junho de 2020 às 09:44 - Responder

      Prezada Sandra, bom dia.
      Os sintomas clássicos do Transtorno Bipolar são conhecidos por todos que têm a patologia. Porém, cada caso
      deve ser analisado por um psiquiatra.
      O Transtorno Bipolar não tem cura até o momento, mas os sintomas são controlados com tratamento medicamentoso
      apropriado, com psicoterapia e com grupos de apoio.
      É essencial que a pessoa com TB procure ajuda, é uma necessidade muito importante.
      Gostaríamos de convidá-la a participar do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA. Leia as informações abaixo:

      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom.
      **Vagas limitadas

      Sandra, se estiver interessada, inscreva-se ainda hoje, 18/6/2020, a partir das 16 horas para o grupo de sexta-feira, 19/6/2020.
      Seja bem-vinda!
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  204. ARI 12 de agosto de 2020 às 20:13 - Responder

    Há 11 anos fui diagnosticado com transtorno bipolar tipo 2. No começo foi muito difícil aceitar a doença, tinha enormes preconceitos com a doença de cunho emocional e somente após chegar ao fundo do poço que realmente tomei coragem de levar o tratamento a sério. Travo uma luta diária comigo mesmo, tento não magoar minha esposa e filhas, tento ser alguém melhor todos os dias. Um conselho a pessoas com a doença que convivem com alguém doente, vivam cada dia, trabalhem nos pontos a serem melhorados, medicação e terapia fazem parte do processo. Não existe cura, mas ferramentas para viver melhor.

    • blogabrata 17 de agosto de 2020 às 11:51 - Responder

      Caro Ari, agradecemos sua mensagem e, se quiser, participe do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA oferecido a familiares e
      pacientes com Transtorno Bipolar e Depressão.
      Como você sabe, o tratamento medicamentoso combinado com terapia é muito eficaz e, em complemento, os grupos de apoio
      como os da ABRATA, têm sido importantes também.
      Leia as informações:
      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      * Para maiores de 18 anos
      **Vagas limitadas
      Ah, e não se esqueça de seguir os trabalhos da ABRATA no Site, Facebook, Instagram e YouTube. Neste último aplicativo estão gravadas palestras
      psicoeducacionais com temas muito relevantes.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  205. adiloson da silva 18 de agosto de 2020 às 15:51 - Responder

    SOU CASADO HÁ 32 ANOS E MINHA ESPOSA JÁ FOI DIAGNOSTICADA COM DEPRESSÃO, FEZ O TRATAMENTO E AO QUE ME PARECE MELHOROU. ESTÁ TOMANDO OS REMÉDIOS MAS HÁ ALGUM TEMPO ELA APRESENTA UM COMPORTAMENTO AO MEU VER ESTRANHO. EM UM DETERMINADO MOMENTO ELA ESTÁ FELIZ, ALEGRE, FOCADA NOS EXERCÍCIOS E NA SEMANA SEGUINTE DIZ QUE ESTA INFELIZ E QUER SE SEPARAR.

    • blogabrata 20 de agosto de 2020 às 08:47 - Responder

      Prezada Adiloson, a ABRATA agradece seu contato.
      Em virtude de a sua esposa já se tratar da depressão, é importante que você ou ela mesma converse com o médico
      que faz acompanhamento psiquiátrico.
      O profissional avaliará os sintomas em consulta e prescreverá o que for necessário.
      Lembramos que o tratamento medicamentoso associado à terapia é mais eficaz.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  206. Gislaien 25 de agosto de 2020 às 09:32 - Responder

    Estou namorando há 4 meses uma pessoa com diagnóstico de TB há 10 anos. Desde o diagnóstico dele, ele adere ao tratamento (consultas mensais), toma a medicação certinha, e faz terapia. Ele me contou logo no início que tinha TB, confesso que fiquei com medo, pois apesar de saber o que era TB eu nunca havia convivido com uma, mas, ele
    era tão gentil, amável, inteligente, estava fazendo o tratamento certinho, resolvi viver isso. De um mês para cá eu percebi que ele está diferente. Ele está mais frio comigo, libido baixa, sem energia. Coincidiu com a troca de laboratório de uma das medicações e parece que existe diferente entre laboratório. Ele já voltou a tomar a medicação do laboratório que sempre tomou, mas não observo melhora. A impressão que eu tenho é que ele enjoou de mim. Ele me trata bem, não é agressivo comigo, nunca foi, mas ele é com os outros (trabalho, casa). Ele se irrita com muita facilidade. E eu vendo isso, essa irritação com as outras pessoas e essa “frieza” comigo, tem me deixado triste. Não sei como agir. Não sei se devo falar o que sinto ou guardar. Ele não aceita crítica nenhuma. Eu estou gostando muito dele, mas tenho medo de não aguentar essa oscilação. Ele mal me beija. Eu fico me sentindo péssima. Não desejada. Não amada. E estamos no começo. Como podemos namorar assim?
    Devo falar? Devo não confrontado? Me ajude a entender como namorar um bipolar.

    • blogabrata 27 de agosto de 2020 às 08:38 - Responder

      Olá Gislaien,
      As pessoas que têm o diagnóstico de transtorno bipolar, e seguem o tratamento à risca, têm condições de conduzir a sua vida
      com qualidade e produtividade.
      Você pode conversar com seu namorado e demonstrar-lhe como se sente, ou seja, alijada da relação, com dúvidas e mal estar.
      Há um artigo muito interessante sobre questão de relacionamento com paciente bipolar. O título é: “Descobri que meu companheiro
      é bipolar … e agora?”. O autor, dr. Teng Chei Tung, é psiquiatra e membro do Conselho Científico da ABRATA. A matéria encontra-se
      no site: https://www.abrata.org.br
      Há, também, material informativo, dentre o qual destacamos o Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar, que você pode
      fazer download no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      E no canal YouTube você pode assistir aos vídeos de palestras psicoeducacionais da ABRATA.

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  207. Luan 26 de agosto de 2020 às 23:13 - Responder

    Boa noite, meu nome é Luan tenho 22 anos sofro de depressão, até onde eu sei, mas desde os treze anos tomo ansioliticos e antidepressivos mas sempre chorava pelos problemas dos outros. Tinha momento de grande sensibilidade e depois de um tempo sentia frieza e insensibilidade referente aos sentimentos dos outros. Aos 13 anos minha mãe sentia vergonha de sair comigo na rua porque eu sempre xingava os outros achando que estavam me olhando, se tornou um inferno até minha mãe decidir me acompanhar a uma psiquiatra que me diagnosticou com depressão e ansiedade. Lembro-me de episódios em que eu fazia minha mãe comprar algo que eu queria muito quando eu era mais novo e depois que o objeto chegava eu não sentia mais vontade, me interessava por algo ao extremo ao mesmo nível que eu me desinteressava. Passei 3 anos com esse tratamento, me irritava por coisas banais, minha mãe me dizia filho tenha paciência, e eu não tinha queria tudo na hora, depois me sentia culpado pelos meus atos. Os anos foram passando e minha vida segui normal, parei com os medicamentos e me entreguei para as bebidas para tampar uma ferida,obsessão por algo e por alguém e depois o desinteresse se torna visível sem explicação nenhuma, é como se você se sentisse melhor do que aqueles amigos ou parceiros. Aos 20 anos veio a minha primeira crise muito forte, eu só chorava e queria voltar para casa do meu pai ao mesmo tempo que queria estar com meu parceiro dois dias ou mais queria estar com minha família, depois dessa crise comecei a me tratar com ansiolíticos e depressivos novamente mas a raiva sem motivo nenhum começou a vir, discutindo com pessoas e depois pedir desculpas e acontecer de novo pelo mesmo motivo nunca por outros, se sentir ameaçado, a falta de empatia pelo próximo, o desinteresse pelas pessoas que estão dentro de casa, terminei esse relacionamento onde 1 ano depois voltei no mesmo bairro como se a pessoa fosse esta. Me sinto vulnerável, sem alternativas, me entrego aos exercícios físicos e aos estudos em excesso depois me desenterro com o mesmo grau volto a comer e a engordar ,depois a impulsividade por treinar e estudar novamente, sinto vontade no momento de me isolar depois saio como se nada tivesse acontecido, passeio com minhas cachorras porque sinto vontade, depois do nada me incomoda caminhar com elas e me isolo em casa, conflitos familiares onde todos estão contra mim aonde todos eles seguem um modo de vida errado, autocriticas excessivas referentes aos outros quando alguém tem alguma critica nem que seja construtiva, me sinto ameaçado, tenho dificuldade em me estabilizar de saber quem eu sou porque oscilar são opiniões diferentes e que entram em contradição. Cada vez que isso acontece, termino relacionamentos me achando superior e inferior aos outros parceiros, sinto dificuldade de me concentrar e de comunicar com a sociedade porque me sinto como se todos fossem uma ameaça, coisas do passado que já superei me estressam, ai eu mesmo entro em contradição, ué mas eu já não superei. Me masturbava com frequência e quando eu me relacionava eu não tinha controle, hoje me trato na UBS do meu bairro mas não estou me sentindo bem o tratamento ainda é com antidepressivos, e antipsicóticos já tem três meses, mas me sinto cansado e deprimido, muito sono, já me tratei com o lítio mas deu muito efeito colateral, minha ansiedade aumentou, no momento ela esta controlada mas o humor oscila!
    Não tenho condições de ir a um psiquiatra porém fui atrás de um pelo SUS não tive resultado,fui ao CAPS da minha cidade e me disseram que era uma depressão mas não acredito que altos índices de irritabilidade, stress em períodos alternáveis possa ser depressão!
    Estou aqui para me expressar e dizer o quanto um diagnóstico feito erroneamente pode complicar na melhora do portador!

    • blogabrata 27 de agosto de 2020 às 08:30 - Responder

      Prezado Luan,
      De modo geral, as oscilações do humor podem caracterizar o transtorno bipolar, até porque você mesmo informa que já tomou o Lítio,
      que é um estabilizador do humor. Você poderia ter solicitado ao psiquiatra a eventual substituição do referido medicamento por outro
      em virtude dos efeitos colaterais. E é por causa desses efeitos que muitos pacientes desistem do tratamento, voltando a apresentar
      os sintomas do transtorno bipolar.
      Há alguns sintomas que caracterizam a depressão unipolar, que é diferente da depressão bipolar, que é um dos polos do transtorno
      bipolar. Veja:
      Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;
      Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo
      Irritabilidade
      Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo
      Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades
      Diminuição da energia ou fadiga
      Mover ou falar mais devagar
      Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado
      Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões
      Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais
      Apetite e / ou alterações de peso
      Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio
      Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento.
      A depressão unipolar pode ser um episódio único ou mais de um episódio ao longo da vida e na depressão bipolar o indivíduo apresenta episódios maníacos que se alternam com os episódios depressivos, geralmente ambos recorrentes.
      Bem, o fato concreto é que você precisa de um diagnóstico apropriado. Na consulta, deve realçar as mudança do humor, que é a característica principal
      do transtorno bipolar.
      O tratamento medicamentoso é fundamental para garantir a estabilização do portador. A combinação com psicoterapia e a participação em grupo de apoio
      levam a uma melhora na qualidade de vida.
      Se achar interessante, participe do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA oferecido a familiares e portadores de transtorno bipolar e depressão.
      Leias as informações:
      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.

      * Para maiores de 18 anos

      Assista aos vídeos de palestras psicoeducacionais gravadas no YouTube. Há, também, artigos e material informativo no site: https://www.abrata.org.br

      Abs
      EQUIPE ABRATA

  208. Walkíria 8 de setembro de 2020 às 12:39 - Responder

    Tenho observado algumas características em mim que estão me deixando aflita. Já faz alguns anos que percebo tendências depressivas, como se fossem ciclos auto tratáveis, fico muito mal, não quero muito contato com as pessoas,por vezes penso em suicídio, mas nunca atentei contra a minha vida. Sinto-me imprestável e gradativamente vai passando, algumas vezes tenho grandes picos de “felicidade” de achar que posso fazer tudo e tudo imediatamente, cobro muito de mim e também das pessoas e sempre acho que posso fazer melhor que as pessoas.Geralmente acho que estou certa, minha família, amigos e pessoas com quem me relacionei notam uma irritabilidade grande em mim, certas vezes desproporcionais ao fato e, devido a isso, comecei a me perguntar se sou bipolar. Conversei com uma psicóloga amiga sobre isso e ela me perguntou se esses comportamentos me impossibilitam de trabalhar, respondi que não e ela descartou a bipolaridade. Sinto que essas características que não consigo mudar me atrapalham em questões de trabalho, sempre quero mudar de emprego, entro feliz numa empresa e em seguida acho todos insuportáveis e já quero mudar de emprego. Apesar de ser determinada e concluir o que inicio com grandes dificuldades, quase como uma tortura, sempre tenho dúvidas do que quero, pois meus objetivos mudam muito rápido. Já fiz duas graduações e frequentemente penso em fazer a terceira, sempre um curso diferente, às vezes tenho vontade de mudar e sair pelo mundo sem rumo. Será que sou bipolar?

    • blogabrata 9 de setembro de 2020 às 07:29 - Responder

      Prezada Walkíria, a ABRATA agradece seu contato.
      Vamos lá. O Transtorno Bipolar se caracteriza pelas oscilações do humor que vão do polo depressivo para o maníaco, cada
      qual com seus sintomas.
      É o psiquiatra a pessoa responsável pelo diagnóstico e poderá afirmar se se trata ou não de transtorno bipolar ou de outro distúrbio.
      Dessa forma, sugerimos que consulte um profissional. As terapias auxiliam, e muito, na melhora dos sintomas porém é com
      o tratamento medicamentoso que o paciente apresenta melhora em sua qualidade de vida.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  209. Fátima 10 de setembro de 2020 às 14:19 - Responder

    Faz 21 anos que vivo com meu marido,ele sempre foi trabalhador, mas tem um gênio do cão,já chorei muito com está ignorância dele. Mas agora pesquisando no Google descobri esta doença q tem tudo haver com ele.
    Ele ê muito inteligente parece q não tem canseira ,trabalha até às 23 hrs enquanto ele não termina o q ele começa ele não sossega.
    Ainda entra em casa, toma banho e tá pronto para outra, tem um desejo sexual q eu não dou conta, quer q eu tome estimulante para ficar animada como ele.
    Se irrita muito fácil, é só entrar no carro q acha de pedir p gente ligar p fulano e beltrano. As crianças se afastaram dele porque todos fazem corpo mole ele diz aí é eu q tenho q ajudar e não tem um pingo de paciência e se acha,e também toda a noite perde o sono, é raro à noite q ele dorme a noite toda.
    Estou com medo de não aguentar e o nosso casamento acabar.
    E também ele nem sonha q ele tem está doença, a mãe dele sempre teve um gênio ruim. E meu filho adolescente também é igual ele só q é preguiçoso faz as coisa só reclamando e fala em morrer, não pode falar nada q ele fala assim q é bom.
    Eu venho nesta luta o q posso fazer?

    • blogabrata 15 de setembro de 2020 às 07:51 - Responder

      Prezada Fátima,
      Converse com seu marido sobre a possibilidade de consultar-se com um psiquiatra. Você pode narrar o que ocorre quando
      está irritado e que seu casamento está difícil.
      Afirmar que seu filho também pode ter transtorno bipolar é muito sério, ou seja, quanto mais cedo você levá-lo ao
      médico, mais cedo ele terá um diagnóstico. Falar em morrer é de uma importância extremamente relevante, você deve
      ajudá-lo antes que venha a ocorrer uma tentativa de suicídio.
      Procure ajuda, está bem?
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  210. DANIEL VIANNA 27 de setembro de 2020 às 02:06 - Responder

    SOFRO DESSE MAL E NÃO SABIA, NÃO CONSIGO SER FELIZ EM NENHUM RELACIONAMENTO, BRIGO POR MOTIVOS BANAIS, OFENDO, SOU RUDE, SOU COMPULSIVO, NÃO TENHO TRAVA NA LÍNGUA NA HORA DE HUMILHAR. MINHAS EX-NAMORADAS ME BLOQUEARAM EM TODAS AS REDES SOCIAIS, É TRISTE ISSO.

    • blogabrata 1 de outubro de 2020 às 07:37 - Responder

      Prezado Daniel,
      O transtorno bipolar é tratável. Com o tratamento medicamentoso adequado você poderá levar um vida com qualidade.
      Procure consultar-se com um psiquiatra que indicará a você a maneira pela qual os sintomas do transtorno poderão
      ser controlados.
      Boa sorte!
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 27 de outubro de 2020 às 08:16 - Responder

      Prezado Daniel Vianna,
      Os especialistas em transtorno bipolar prescrevem psicoterapia ao lado do tratamento medicamentoso. E por quê?
      Enquanto os medicamentos cuidam da química cerebral neuronal, a terapia lida com as emoções, sentimentos e
      comportamentos resultantes do transtorno bipolar. A mais indicada é a Terapia Cognitivo-Comportamental.
      A participação em grupo de apoio também é aconselhado, realçando-se que são reuniões que visam ao compartilhamento
      de histórias de vida, e não são terapia em grupo muito embora haja o efeito terapêutico, que é o que você pode
      encontrar no Grupo de Apoio On-Line da ABRATA.
      Leia as informações e, se estiver interessado, inscreva-se, está bem?

      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta da COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      * Para maiores de 18 anos
      **Vagas limitadas
      Além disso, assista às lives e aos vídeos postados pela ABRATA no Facebook, Instagram e YouTube.
      Há, também, material informativo disponível para fazer download no site https://www.abrata.org.br
      Sugerimos, por fim, a leitura dos seguintes livros: “Enigma Bipolar”, de autoria do psiquiatra e membro do Conselho Científico
      da ABRATA dr. Teng Chei Tung e “Aprendendo a viver com o transtorno bipolar”.Voltado aos pacientes, seus familiares e amigos, este livro serve como um manual para esclarecer a respeito da doença e de suas manifestações, fornecendo orientações para melhor conviver com a doença.
      De maneira didática e clara, o livro apresenta situações vivenciadas pelo portador de transtorno bipolar e responde perguntas frequentemente abordadas por ele e por seus familiares.
      Autores: Dr. Ricardo Moreno, Psic. Danielle Soares Bio e Psic. Denise Petresco David.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  211. Susb 11 de novembro de 2020 às 12:41 - Responder

    Boa noite ! Tenho minha mãe sofre de depressão e transtorno bipolar e síndrome do pânico.
    Tinha uma vida normal casada há 30 anos e trabalhava em lojas durante 25 anos.
    Em 2015 começou ter crises, foi internada várias vezes e nunca mais teve uma vida normal. Não conseguiu mais trabalhar, pediu a separação. A nossa vida mudou totalmente, ela sai andando sem destino às vezes, outras só fica deitada por semanas sem querer banho nem se alimentar.
    Aí tomei a decisão de mandá-la morar com meus avós em Itapema. Lá eles cuidam e fazem a medicação correta pois eu trabalho e estudo não tenho como cuidar. Peço ajuda pois com 5 anos de medicação ela está cada dia pior .
    Estou desesperada sem saber o que fazer pois se ela ficar só pode tentar o suicídio já que tentou várias vezes.
    Estava fazendo acompanhamento com médico aqui em Lages! Escrevi ao médico para que ele cuide de minha mãe porque ela não vai falar do problema.
    At..Larissa Palhano

    • blogabrata 17 de novembro de 2020 às 12:16 - Responder

      Olá Susb,
      Você tem razão em se preocupar com sua mãe especialmente por causa das tentativas de suicídio. Insistimos em frisar que ela não
      deve ficar sozinha até que os sintomas dos transtornos estejam controlados por meio da medicação apropriada.
      Vão aqui algumas dicas:
      1. Faça download do Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar disponível no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      2. A terapia, especialmente a Cognitiva-Comportamental, tem sido indicada para pessoas com transtornos afetivos
      3. Participe do grupo de apoio on-line da ABRATA para familiares e pacientes com tb e depressão, seguem as informações:

      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e seus familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      **Para maiores de 18 anos.
      Inscrições: https://www.abrata.org.br/eventos/
      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE
      A plataforma do vídeo conferência para você participar chama-se ZOOM.
      O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular. – ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo começar.
      Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central do aplicativo do seu aparelho.
      Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      CONTATO ABRATA: grupo.online@abrata.org.br

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  212. Joyce Donrleas 16 de novembro de 2020 às 12:48 - Responder

    Me chamo Joyce 29 anos, solteira com 3 filhos. O mais velho mora com o pai apenas 2 moram comigo. Minha historia de vida é bem complicada, e hoje sofro muito. Crise de existencialismo, me culpo por tudo que já me aconteceu, se gosto gosto muito, sou intensa, me irrito fácil, tive depressão pós parto pois últimas duas gestação o pai me abandonou grávida. Fora traços da minha vida desde de pequena, questão de abandono, estupro e abuso sexual. Hoje não sei quem sou eu. Me sinto triste tempo todo, me sinto melancólica, me sinto a pior pessoa da face da terra. Uma estranha. Sou intensa nas coisas e em tudo que faço. Não consigo manter relacionamento, me estresso fácil, nervosismos. Pequenas fases de alegria ou felicidade momentânea. Infelizmente tenho pensamentos suicidas quase o tempo todo. Não vejo graça nas coisas, prefiro ficar sozinha em casa, não sou de sair, passear, essas coisas. A última vez tive uma crise que ainda estou nela porém moderada, três dias de tristeza profunda, insônia constante, sem Ânimo, sem graça nas coisas do dia a dia, e agora quase 2 semanas estou pra baixo, desanimada, sem achar graça das coisas. Resolvi procurar ajuda com psicólogo e agendei com psiquiatra. Me sinto inútil, impotente, um nada, uma pessoa sem família, sem uma base, sem a rede de apoio. Me pergunto o que faço aqui, qual meu propósito e não encontro respostas e prefiro que isso tudo se acabe. Ainda não cometi nada pq penso nos meus filhos com quem eles ficarão pois dependem de mim 100%, mas aos 16 anos tentei me matar. É algo cruel mas a dor é maior.

    • blogabrata 17 de novembro de 2020 às 11:18 - Responder

      Querida Joyce, que bom que você encontrou a ABRATA, esperamos auxiliá-la, está bem?
      Ótimo que tenha procurado ajuda de profissionais, tanto psiquiatra como psicólogo. Você está no caminho correto!
      O médico psiquiatra é quem lhe dará o diagnóstico e prescreverá um tratamento apropriado. E, com apoio de terapia,
      você poderá trabalhar suas emoções, sentimentos e comportamentos.
      Tenha paciência consigo mesma, cuide-se, você é muito importante para sua família e para a sociedade. Com o tratamento
      adequado tudo vai melhorando aos poucos e sempre.
      E, se quiser, participe do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares e pacientes com transtorno bipolar e
      depressão. Leia as informações:

      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e seus familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      **Para maiores de 18 anos.
      Inscrições: https://www.abrata.org.br/eventos/
      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE
      A plataforma do vídeo conferência para você participar chama-se ZOOM.
      O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular. – ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo começar.
      Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central do aplicativo do seu aparelho.
      Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      CONTATO ABRATA: grupo.online@abrata.org.br

      E em momentos de ideação suicida, telefone para o CVV – 188, ligação gratuita.
      Um grande abraço
      EQUIPE ABRATA

  213. Fernanda A. 17 de novembro de 2020 às 14:26 - Responder

    Boa Tarde . Namoro há 6 meses um rapaz que definia como muito genioso. Até um tempo atrás acreditava que tinha personalidade forte mas ao ler vários depoimentos no site acredito que possa sofrer de algum transtorno. Ele muitas vezes aparenta ser frio. Em discussões é tomado pelo ódio, ofende e faz de tudo pra querer me rebaixar e me humilhar. Nas nossas discussões ele nunca está errado. Grita, perde a paciência por qualquer bobeira. Já tivemos brigas terríveis. Já jogou um bolo na minha cara em uma briga, grita apontando o dedo na minha cara, fica gritando no meio da rua, falando alto não se importando com as pessoas que estão próximas. Fora isso, as vezes se isola e fica calado. Justifica isso, dizendo que tem baixa frequência afetiva e que não necessita ficar sempre falando com as pessoas. Sempre desconfia dos outros e de mim inclusive mesmo nunca tendo o traído e tendo sido sempre honesta com ele. Porém se eu sinto ciúmes, já se irrita, olha pra cima, fica bufando. Se algo me incomoda e eu falo, também perde a paciência como se eu tivesse sempre que concordar com ele. Espera uma paciência do meu lado que ele não se esforça pra ter comigo. Em um dia está amoroso, no outro frio e calado. Justifica essa frieza dizendo que está cansado e com fome e por isso se mantém quieto. Nunca me relacionei com uma pessoa que agisse assim. E isso está me chateando bastante.

    • blogabrata 19 de novembro de 2020 às 08:50 - Responder

      Olá Fernanda A.
      Pode ser que seu namorado esteja apresentando sintomas de transtorno bipolar ou de outro transtorno a ser diagnosticado por
      um psiquiatra.
      Se for possível, converse com ele, em um momento de tranquilidade, sobre a possibilidade de consultar-se com um profissional.
      Não é tarefa fácil, exige muita paciência e, às vezes, nem com todo o amor do mundo consegue-se chegar a bons resultados.
      Além disso, você deve pensar em si mesma, cuide-se se perceber algum sintoma de depressão e não aceite agressão de qualquer
      espécie.
      Há um artigo no site da ABRATA (www.abrata.org.br) que, com as devidas proporções, pode lhe trazer alguma luz. É de autoria do dr. Teng Chei Tung,
      médico psiquiatra e membro do Conselho Científico da ABRATA, e se intitula: “Descobri que meu companheiro é bipolar … e agora?”.
      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  214. charles 9 de dezembro de 2020 às 04:53 - Responder

    Fiz tratamento por uns dois anos, mas não podia com os efeitos colaterais dos medicamentos, e fui tirando certos medicamentos por minha conta, fui vendo os que me faziam mal, e, por último, fiquei tomando só um calmante por um longo tempo, e no começo desse ano, decidi parar também com o calmante. Foi a melhor coisa que fiz, me sinto muito bem, claro, lido com alguns sintomas, como, pensamentos que nunca desligam, dificuldade pra pegar no sono, tem dias que durmo bem outro nem tanto, mas vou levando, me sinto melhor que cheio de remédios como antes. Estou aprendendo a lidar com meu cérebro, nativamente, enganando ele, com métodos que desenvolvi por autodefesa, e, digo, sim, tenho manias, e não aceito de jeito nenhum que digam que preciso voltar ao tratamento, nunca mais vou me encher de drogas psiquiátricas. Prefiro lidar com esses problemas da doença nativamente, pois nosso cérebro tem sim, a capacidade de se auto defender, mas, não é qualquer pessoa que consegue. Vivi um inferno, usando drogas receitadas por psiquiatras, me sentia um vegetal, por isso, não retorno ao tratamento de maneira nenhuma.

    • blogabrata 15 de dezembro de 2020 às 09:36 - Responder

      Olá Charles,
      O transtorno bipolar não tem cura. Para o controle dos sintomas são necessários o tratamento medicamentoso e psicoterapia.
      Leia alguns dos artigos publicados no site da ABRATA, que são escritos por psiquiatras especializados em transtornos afetivos,
      assista os vídeos postados no YouTube.
      Nós, da ABRATA, temos como missão informar a sociedade em geral sobre o que são os transtornos afetivos, quais os sintomas e
      os respectivos tratamentos.
      As pessoas que fazem acompanhamento médico com disciplina têm muito mais chances de levar uma vida normal, pois as oscilações
      do humor ficam sob controle.
      Cada qual tem a opção de aderir ou não ao tratamento medicamentoso. Lembramos, porém, que os episódios de mania e depressão
      podem acometer quem não se cuida com mais gravidade, com maior intensidade, e outras consequências que são frisadas pelos
      especialistas.
      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

  215. Elma Maria Cavalcante 23 de janeiro de 2021 às 12:56 - Responder

    Boa tarde, eu sou tdah hiperativa impulsiva com comorbidades de TAG. Faço tratamento pois só descobri há 3 anos e há um mês meu marido foi diagnosticado com bipolaridade tipo 1. Meu casamento sempre teve vários problemas. E muitas coisas se encaixaram com o diagnóstico. Sou casada há 22 anos. Tem alguma indicação de leitura de como um tdah e um bipolar pode conviver sem atrapalhar o tratamento um do outro?

    • blogabrata 29 de janeiro de 2021 às 11:33 - Responder

      Prezada Elma, agradecemos sua mensagem.
      A melhor maneira de aprender a lidar com companheiro que também tem problemas mentais é por intermédio da psicoterapia,
      ao lado dos respectivos tratamentos medicamentosos.
      E por que é importante a terapia?
      Psicoterapia ou a cura pela fala é um processo focado em auxiliar o indivíduo a encontrar soluções para os problemas relacionados com a saúde mental, ou as suas questões emocionais, tais como ansiedade, depressão, estresse, dificuldades de relacionamentos entre outros tantos.
      A psicoterapia auxilia no processo de autoconhecimento e amadurecimento individual. Nos ajuda a sermos melhores versões de nós mesmos.
      Você já se sentiu sobrecarregado para lidar com seus problemas diários? Ansioso, ou triste a ponto de não querer fazer suas atividades mais comuns? Então você faz parte do grupo de pessoas que pode se beneficiar do acompanhamento psicoterápico.
      Cito alguns benefícios da psicoterapia:
      Autoconhecimento – a capacidade de compreender melhor a si mesmo, seus valores e objetivos pessoais. A terapia permite que a pessoa aprenda a dominar e administrar melhor seus sentimentos.
      Motivação – o acompanhamento profissional auxilia a trazer a tona o que origina a falta de motivação do paciente. E uma pessoa desmotivada encontra problemas recorrentes na sua vida pessoal e profissional. Através do tratamento é possível ajudar o sujeito a impulsionar seus próprios motivos.
      Tolerância a frustração – através da psicoterapia, aprendemos como lidar com elas, aumentando assim nossa capacidade de resiliência, proporcionando-nos uma melhor forma de lidar com nossas expectativas.
      Superação de conflitos – enfrentamos diariamente situações conflitivas, muitas delas podem nos deixar sem foco ou ser muito estressantes. A psicoterapia proporciona formas alternativas de lidar com essa carga. É possível aprender também a lidar com conflitos ou traumas mais profundos e assim, superá-los.
      Melhora os relacionamentos interpessoais – importante ter bons relacionamentos para termos uma vida plena. A psicoterapia promove o desenvolvimento de habilidades sociais com o intuito de melhorar os relacionamentos. É útil para quem enfrenta dificuldades em se relacionar com as outras pessoas evitando o isolamento social.
      Fonte: blog.psicologiaviva.com.br

      A ABRATA retomará as suas atividades em 02/2/2021 e oferece o Grupo de Apoio On-Line para familiares e pacientes com transtorno bipolar.
      Acompanhe-nos no site: http://www.abrata.org.

      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  216. Aline 28 de janeiro de 2021 às 13:14 - Responder

    Tenho uma pessoa na família que possui bipolaridade, não para em emprego algum, não tem vida social, briga com todos à sua volta, os relacionamentos são muito superficiais porque ela julga que todos devem fazer o que ela quer por conta da condição desse transtorno. A mãe dela sofre por não saber o que fazer para que haja respeito em ambas as relações. Essa pessoa com TB teve uma gravidez acidentalmente, e neste período de puerpério, no qual o pai da criança não quer nem saber da mesma, estamos encontrando muitos problemas já que ela não consegue dormir o suficiente, e quer que nós assumamos esse papel de cuidar da criança. Como lidar com esse caso? Já que essa pessoa com TB nunca assume suas responsabilidades? Até que ponto podemos auxiliá-la, mas ao mesmo tempo mostrar que ela é a responsável pela criança sem que ela se ofenda?

    • blogabrata 29 de janeiro de 2021 às 10:48 - Responder

      Prezada Aline, agradecemos seu contato.
      É importante que sua irmã faça acompanhamento terapêutico combinado com o tratamento medicamentoso.
      A pessoa com transtorno bipolar deve seguir rigorosamente o tratamento, e a terapia auxilia na aceitação do diagnóstico
      e no seu respectivo tratamento pois trabalha com as emoções, sentimentos e comportamentos do portador.
      Nesse primeiro momento talvez a família possa ajudar com a criança até que a mãe esteja preparada para assumir a responsabilidade.
      A criança poderá, eventualmente, ficar numa creche especializada por algum período, com isso a mãe poderá descansar e refazer suas
      forças.
      As oscilações de humor ocorrem por falta de acompanhamento médico eficaz.
      Sugerimos que seja feito download do Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar disponível no site: ! https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  217. Maria Madalena 1 de fevereiro de 2021 às 11:31 - Responder

    Mantive relacionamento com um Bipolar por 4 anos. Notei os primeiros sinais já no início da relação, mas achava que era devido ao término recente do casamento dele. Morávamos em cidades diferentes e nos víamos aos fins de semana. Durante a semana nos falávamos todos os dias e eram declarações de amor intermináveis. Nunca discutíamos nem brigávamos por nada e certo dia descobri a primeira mentira dele e o confrontei, ele jurou de pé junto que não tinha mentido e terminou comigo. Me procurou dois dias depois dizendo que eu havia entendido errado, que ele não havia terminado, me convenceu e voltamos. Descobri a segunda mentira e terminei e ele não sossegou até que eu voltasse com ele, colocou toda família no meio. No começo me abriu algumas coisas que havia feito durante a época em que foi casado, depois desmentia dizendo que era só para me impressionar (como assim? Me impressionar com coisas tão nojentas). Mas enfim, eu o amava e continuamos nos encontrando, ele em outra cidade e eu aqui. Os momentos juntos eram maravilhosos, ele me enchia de elogios e presentes, o sexo era maravilhoso, só romance. E então o peguei em outra mentira e fiquei se saco cheio e fui me afastando. Fiz amizades com outras pessoas. Em meio a isto um rapaz que confundiu tudo e se apaixonou por mim, fez um inferno e inventou histórias para o meu namorado bipolar e então o “inferno” se instalou em minha vida, ele não terminou o namoro nem aceitava que eu terminasse e usou desse acontecimento para me colocar como culpada por qualquer coisa que acontecesse. Veio morar em minha casa, e alternavam bons momentos com ele fazendo as malas para ir embora e isso por mais um ano e meio, mas eu o amava. Comecei a ficar doente psicologicamente também. Ele continuou mentindo e jogava na minha cara o fato passado já havia 3 anos. Arrumou emprego na cidade da família dele e só me contou quando já estava de malas prontas e foi embora, sem ao menos planejar como continuaríamos o namoro. Fui vê-lo e ele veio uma vez. Cada vez mais distante e mais frio, não queria terminar. Mas como continuar, estou doente e me tratando com terapeuta para voltar a ser quem outrora fui. Ele diz que a culpa é minha por não estarmos casados e felizes. Aff. Não há amor que aguente isso. Meu conselho é que ao menor sinal de bipolaridade, encerre o relacionamento, pois os bipolares “nunca erram”, eles são cruéis e traem sem remorsos.

    • blogabrata 9 de fevereiro de 2021 às 09:22 - Responder

      Cara Maria Madalena, agradecemos pelo compartilhamento de sua história.
      O transtorno bipolar é uma doença que necessita de tratamento contínuo por toda a vida. É o que garante o controle
      dos sintomas.
      As pessoas com transtorno bipolar, quando são tratadas adequadamente, levam uma vida norma, produtiva e com qualidade.
      Por isso é que insistimos no acompanhamento psiquiátrico e psicológico, é o que se lê em informações seguras sobre a
      doença.
      Às vezes os bipolares podem parecer egoístas, cruéis, como você afirma. Mas isso é porque não estão se cuidando adequadamente.
      Em nossas lives, postadas no canal YouTube, há muitas informações sobre o transtorno bipolar. Assista, se quiser, está bem?
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  218. Érica Maria Menezes 7 de fevereiro de 2021 às 17:46 - Responder

    Oi, boa tarde, meu nome é Érica e sou casada há 3 anos, meu marido foi diagnosticado com transtorno afetivo, ele já tinha esse diagnóstico antes de nós casarmos mas não fui informada e nem percebi tal problema.
    Somente quando ele entrou em crise é que minha sogra me informou, ele mesmo me pediu ajuda e então levei o ao psiquiatra, está fazendo uso de medicamentos , mas não estou sentindo melhora no quadro clínico dele e ele mesmo está reclamando de não está sentindo melhora alguma, ele fez algumas contas em bar e agora está sem saber como pagar uma vez que ele está desempregado. Nesse momento de crise ele me traiu, afirma que me ama muito e que eu não mereço passar por esse sofrimento, antes era um pai dedicado e um marido prestativo mas agora está muito estressado e extremamente chato e com complexo de inferioridade, acha que ninguém gosta dele , sinceramente não sei como ajudar, a médica passou remédio para esquizofrenia, estou tão confusa e pior que estou sem condições financeiras de levar em outro médico pois tenho muitas contas para pagar e sustentar a casa e os gatos com médico dele é a mãe dele que tá pagando. Me deem dicas, por favor. Ele atualmente toma haldol injeção de 15 em 15 dias, clopixol, depakene e cinetol .
    Desde de já agradeço!

    • blogabrata 9 de fevereiro de 2021 às 09:05 - Responder

      Prezada Érica, agradecemos sua mensagem.
      Sugerimos que converse com o médico que acompanha seu marido para narrar as suas dúvidas sobre o tratamento prescrito.
      Para lidar melhor com ele, sugerimos, também, que faça download do Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar disponível
      no site: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      E você pode participar do Grupo de Apoio On-Line para familiares e pacientes com transtorno bipolar e depressão.
      Leia as informações:
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      O Grupo de Apoio Online destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares. A partir de 18 anos.

      COMO PARTICIPAR DO GRUPO DE APOIO ONLINE ABRATA
      1. A plataforma para o Grupo de Apoio Online chama-se ZOOM. O aplicativo ZOOM poderá ser baixado no computador, notebook, tablet e celular.
      2. ZOOM Meeting – Vc deverá baixar o aplicativo ZOOM antes do Grupo Online iniciar.
      3. Se você NÃO quiser fazer o download/baixar a plataforma Zoom, acesse pelo Google, buscar o aplicativo e clicar JOIN THE MEETING (Entre na reunião). É também uma opção para quem não quer baixar o aplicativo.
      4. No celular será necessário procurar a ferramenta ZOOM MEETING na central dos aplicativos do seu aparelho.
      5. Solicitamos entrar na reunião até 10 minutos antes da hora de início do Grupo, às 19h. A participação antecipada na reunião dará tempo para garantir que o computador e a conexão de áudio estejam funcionando corretamente.
      6. Contato ABRATA: grupo.online@abrata.org.br
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  219. elemelen 27 de fevereiro de 2021 às 21:41 - Responder

    Faz dois anos que busco ajuda psicológica. A principio sentia fortes dores pelo corpo que me impediam de levantar da cama isso começou quando eu fiz uns 25 anos. Desde a adolescência eu tinha um comportamento estranho sempre fui de ficar em casa trancada no quarto e minha mãe achava normal. Mas com 30 anos agora acho totalmente estranho esse comportamento hora deprimida, irritada, agressiva, e quando estou agitada faço mil e uma coisas do tipo, limpar a casa do chão ao teto. e ficar várias noites sem dormir. A psiquiatra acredita que eu possa ser bipolar, mas não sei se isso pode ser verdade. fiquei 6 meses tomando remédio e engordei 16kg. Fiquei com a autoestima baixa e tentei suicídio. Não estou tomando nada atualmente porém há dias não saio do quarto. Por favor gostaria de ajuda pra tentar identificar se realmente sou bipolar.

    • blogabrata 8 de março de 2021 às 10:04 - Responder

      Olá Elen,
      Somente um profissional pode diagnostica você, e prescrever a medicação adequada.
      Procure fazer psicoterapia e participe, se quiser, do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares
      e pacientes com tb e depressão.
      Seguem as informações:

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.

      * Para maiores de 18 anos
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

    • blogabrata 29 de março de 2021 às 09:50 - Responder

      Olá Elemelen,
      Os sintomas do transtorno bipolar só podem ser controlados por meio de medicamentos e terapia.
      A participação em grupo de apoio como o oferecido pela ABRATA é também importante.
      Se quiser participar, inscreva-se no site: https://www.abrata.org.br/eventos.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

  220. DIEGO ROMERO 11 de março de 2021 às 01:49 - Responder

    Boa noite ou bom dia! Fiquei um pouco preocupado lendo os comentários anteriores. Só se muda isso com remédio? Odeio remédios que afetam minha mente, posso ser doido, mas sou um doido consciente. Brincadeiras a parte, passo pelos mesmos problemas dos comentários anteriores diariamente cmg mesmo, sou um poço de problemas ambulantes e incontáveis…
    Tem dias que estou muito disposto, a energia não tem fim, e tem dias que me sinto tao cansado e desanimado, meu humor muda diariamente, sinto que fiquei assim dps que terminei com minha ex mesmo ela querendo continuar cmg, eu errei com ela e ela merecia alguém melhor. Pisei na bola, errei feio mesmo, acredito que acabei me sentindo culpado por errar dessa forma, não me perdoou por isso, e acho que esse tipo de condiciamento mental está me levando a essa estrada de altos e baixos, ta parecendo a montanha-russa do beto carreiro, mais para baixo que para cima kkkkkkkkkkkkkkk.

    Alguma forma de obter ajuda sem ir um médico? Não que eu não queria, longe disso! Mas eu não tenho dinheiro, bufunfa, cascalho, money, verdinha, cash, e nem tempo, pq trabalho muito, vc já viu alguma pessoa que trabalha muito e não tem nada? Prazer, eu! Sorte minha que eu ainda tenho meu lado feliz às vezes, mas, ao mesmo tempo, quando fico triste é exatamente como o oposto, porém na mesma intensidade ou maior, aiai que preocupante viu, fui me dar conta agora lendo os comentários que tenho esse tipo de personalidade, seja sincero, me fala como eu faço pra arrumar isso? Meditação? Me amar mais? Me sentir menos culpado? Ou devo procurar ajuda Profissional? Só que vai ser pelo SUS e os psicologos e psiquiatras de la querem te mandar pro pais das maravilhas de forma eficaz, te entupindo de remédio, vai brisar o dia inteiro kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Desculpe as brincadeiras, faz parte da minha personalidade ser assim, como proceder nesse caso? Existe algum livro de autoajuda que possa me indicar? Estou precisando enxergar um ponto de vista que ainda não enxerguei, talvez tenha algo em algum livro, é provável que eu encontre isso mais fácil em um livro do que em uma pessoa, ainda mais se essa pessoa for do SUS KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    • blogabrata 29 de março de 2021 às 09:34 - Responder

      Olá Diego, agradecemos seu contato.
      Os transtornos afetivos – bipolaridade e depressão, são tratáveis com medicamentos adequados.
      É a ciência que assim afirma, e a ABRATA reforça a necessidade de tratamento e terapia.
      Abs.
      EQUIPE ABRATA

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