TRANSTORNO BIPOLAR, DOENÇA MENTAL GRAVE, OCORRE MAIS NO ADULTO JOVEM

CONHECIDO DESDE A GRÉCIA ANTIGA, O TRANSTORNO BIPOLAR SE CARACTERIZA POR INSTABILIDADE DO HUMOR EM DOIS POLOS, ORA AGITAÇÃO E EUFORIA, ORA TRISTEZA E DEPRESSÃO. É MAIS COMUM DOS 20 AOS 25 ANOS E DOS 30 AOS 35.

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O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica crônica que se caracteriza por instabilidade de humor em dois polos extremos, ou seja, ora o portador está agitado e eufórico, se achando o maior do mundo, ora triste e depressivo. Ele pode se manifestar em qualquer pessoa a partir da adolescência, mas é mais comum dos 20 aos 25 anos e dos 30 aos 35 anos. É raro em crianças e idosos.

A doença ocorre em pessoas de todas as condições sociais. Não se sabe o que a causa. Pensasse que possa ser genética. Mas se sabe que apresenta traços familiares, ou seja, pessoas com histórico do transtorno na família estão mais suscetíveis.

Existem dois tipos da doença, o 1 e o 2, além de variações pouco definidas. O tipo 1 manifesta-se em cerca de 1% da população, enquanto o tipo 2 ocorre em 3% a 8%. Diz-se que uma pessoa é portadora do tipo 1 quando tem um período de euforia mais longo com sintomas mais fortes e períodos claros de depressão; de outro lado, diz-se que alguém é portador do tipo 2 quando seu período de depressão é mais longo com sintomas intensos e seu período de euforia mais curto com sintomas leves. Portadores às vezes vivem períodos de normalidade, ou de aparente normalidade, mas, aos poucos, vão se tornando mais próximas as alternâncias de euforia e depressão.

Sintomas da fase eufórica ou maníaca são: agitação e irritação; agressividade e hostilidade; pensamento e fala rápidos; eficiência demais; falar e/ou fazer as coisas sem medir as consequências; facilidade para se distrair; desejo ou envolvimento de fato em vários projetos ao mesmo tempo; insônia ou pouca necessidade de sono; comportamentos impulsivos e de risco, como praticar sexo sem preservativo e até enfrentar a polícia.

Alguns sintomas da fase depressiva são: desânimo; falta de eficiência; tristeza profunda; sensação de vazio; falta de interesse pela alimentação; perda de interesse por atividades ou assuntos de que gostava; sensação de cansaço; e pensamentos suicidas e de morte. Cerca de 15% dos portadores que não se tratam tentam o suicídio, índice que cai para menos de 2% entre os que fazem tratamento.

As consequências da doença são terríveis. Os portadores, na fase da euforia, compram de tudo e acabam endividados ou criando dívidas para a família. Perdem bens. Enfrentam as pessoas e até policiais. Ficam malvistos e têm dificuldade para viver em sociedade, encontrar e/ou manter trabalho e parceiros amorosos. Na fase de depressão, enfrentam muitos dos mesmos problemas. E ficam mais suscetíveis a doenças e/ou ao agravamento das que têm. Acabam sozinhos e o quadro se agrava. É aí que muitos tentam o suicídio.

Pessoas com sintomas devem ser levadas a um psiquiatra. O diagnóstico é clínico. É fundamental a participação de familiares e/ou de amigos, porque os doentes, em especial na fase de euforia, não se reconhecem como tal. O psiquiatra precisa ser cuidadoso, claro, porque o transtorno pode ser confundido com depressão clínica unipolar. O tratamento é feito com remédios, que objetivam, de início, retirar o paciente da crise e, depois, equilibrar o quadro, evitando tanto a euforia como a depressão. O tratamento, em boa parte dos casos, dá melhor qualidade de vida aos portadores.

Autor: Dr Teng Chei Tung

Sobre o autor: Médico Psiquiatra, membro do Conselho Científico da ABRATA

#Artigo publicado pela Revista Caras, Edição 09 de maio de 2013.

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DESTAQUES

2018-02-02T17:14:05+00:00 21 de junho de 2013|Categorias: Blog, Sem categoria|142 Comentários

142 Comentários

  1. rosana da costa correa santos 1 de agosto de 2014 às 23:56 - Responder

    Sou bipolar e é difícil aceitar e compreender que tenho limites para falar agir, pois sempre o medo, se estou acertando ou não, machucando as pessoas ou não, um limite provocado pelo pânico do medo de tudo que posso fazer em minha vida e principalmente se eu errar, ai ferrou, pra mim e pra quem esta comigo, enfim é tudo isso que sinto.

    • Equipe Abrata 2 de agosto de 2014 às 18:12 - Responder

      Olá Rosana

      O transtorno bipolar é uma das doenças mentais mais comuns, afetando entre cerca de 2% dos adultos em todo o mundo. Homens, mulheres e crianças, todos são afetados.
      Viver uma doença bipolar é difícil. Isto é uma verdade, tanto para os portadores como para os seus familiares. Mas a boa notícia é que logo que a doença é diagnosticada, as consequências negativas podem ser reduzidas e algumas resolvidas. Existem tratamentos eficazes que conseguem controlar as oscilações do humor, que por sua vez permite ao portador, recompor a sua vida.

      Na verdade, ao receber o tratamento adequado e assumir a responsabilidade pela gestão da sua doença, você pode descobrir que você tem um lado criativo que irá ajudá-la a alcançar os seus objetivos. Lembre-se que, entre os principais sintomas dos transtornos de humor estão a irritabilidade, baixa auto-estima, sentimentos de inutilidade ou desesperança, e pensamentos desordenados. Até a sua medicação fazer efeito, você pode não se sentir como uma pessoa “normal”. Você pode se concentrar em pensamentos negativos que fazem você se sentir ainda pior. Sentir-se insegura nas tomadas de decisões ou mesmo inseguranças na vida diária e no contato com as pessoas. No entanto, quando a medicação começa a trazer os benefícios, os pensamentos e sentimentos negativos diminuem e você vai se sentirá mais segura e de “bem” com a sua vida.
      Vc não relata se tem o apoio de um psicólogo. Para um resultado mais eficiente, seria bom vc fazer uma psicoterapia, e assim poder aprender a se fortalecer para lidar com os sentimentos negativos, como a insegurança no relacionar com as pessoas, entre outras situações.

      Saiba que vc é a pessoa mais interessada na sua melhora e deve sempre se lembrar de que tem uma doença, mas não é uma doente. A doença não lhe define! Seja co-responsável pelo sucesso do tratamento e participe ativamente do seu processo terapêutico como um todo.

      Para obter, cada vez melhores resultados é extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e deve evitá-las para fortalecer, cada vez mais. o seu equilíbrio. Discuta com seu terapeuta ou com o seu médico se houver problemas para dormir ou se tiver que permanecer acordada.
      Converse também com seu médico ou terapeuta sobre o preconceito contra a doença, desde o seu próprio preconceito e dos outros, pois só assim você terá condições de fazer sua parte no tratamento.

      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  2. Maiara 1 de setembro de 2014 às 13:43 - Responder

    Oi boa tarde

    fui diagnosticada como bipolar tipo 1 a alguns meses …
    Sou muito agressiva e ja cheguei ferir pessoas o psiquiatra passou apenas sertralina 50mg (antidepressivo) e olanzapina 2.5 mg(antipsicotico) Maioria das pessoas tomam estabilizador de humor por que nao me foi receitado?
    Maioria das vezes ofereco risco a outras pessoas … Internacao seria uma saida?

    • Equipe Abrata 5 de setembro de 2014 às 19:50 - Responder

      Olá Maiara

      O tratamento para cada doente varia em função de uma série de fatores e pode mudar, para a mesma pessoa, dependendo da fase que ela está apresentando. Isso significa que o tratamento pode começar com um esquema medicamentoso e, depois, ir mudando para outro diferente até que atinja uma resposta plena e o portador fique estável. Se o doente tem dúvidas sobre seu tratamento, é fundamental que converse abertamente sobre essas questões com seu médico e que dê a ele chance de explicar seu raciocínio clínico.

      Maiara apesar da tomada de decisão para a internação ser um momento muito difícil e às vezes muito sofrido para a família, assim como para a pessoa com a doença, em algumas situações ela poderá ser recomendada pelo médico. Porém ressaltamos que essa decisão de internação cabe ao especialista e ela ocorre somente após a avaliação clínica.
      Há três modalidades de internação: 1. internação voluntária: dá-se a pedido ou com o consentimento da própria pessoa com transtornos mentais; 2. internação involuntária: dá-se sem o seu consentimento, a pedido de terceiro; 3. internação compulsória: determinada pela Justiça.
      Por lei, é necessária uma prescrição médica para internação psiquiátrica. Mesmo quem vai voluntariamente para um estabelecimento é avaliado para saber se é autorizado ou não a ser internado, ou seja, nenhuma internação pode ser realizada sem um laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
      Fonte: Cartilha Direito a Saúde Mental (disponível no site da ABRATA em https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  3. maicon douglas 15 de outubro de 2014 às 21:14 - Responder

    Oi … eu penso demais , desconfio de todos parecem que não comigo, estão armando cilada pra mim. , nao consigo confiar em ninguém, planejo muitas coisas maligna s terrorista .. nao consigo ter paz eu fico bem depois começo a sentir medo d n..e ter feito algo errado … preciso de ajuda eu sou muito loco da cabeça tenho uma tristeza muito grande, depois fico normal me responda !.!! :/

    • Equipe Abrata 27 de outubro de 2014 às 13:04 - Responder

      Caro Maicon Douglas

      O primeiro passo para vc se ajudar será buscar consultar-se com um psiquiatra para obter uma avaliação clínica do que está acontecendo com vc. O médico psiquiatra poderá dizer o que está acontecendo, quais os motivos dessa tristeza imensa, dos “pensamentos malignos”, da falta de confiança nas pessoas…
      De fato vc precisa de ajuda! E caso não tenha ânimo para sozinho buscar essa ajuda, peça o apoio de uma pessoa da sua confiança para estar junto com vc.
      Não desanime e não se entregue aos pensamentos ruins, vá buscar a ajuda do psiquiatra e se cuide muito bem! Vc é principal responsável pelo seu bem estar e saúde!

      Abraços
      Equipe ABRATA

  4. eloina adriana coelho 21 de outubro de 2014 às 15:22 - Responder

    Tenho vários cid f30-f31.9-f44.9 -f454; poderiam resumir para mim esse problema? Tomo vários remédios para controlar, tenho transtorno bipolar de humor maniaco.

    • Equipe Abrata 6 de março de 2017 às 10:21 - Responder

      Preza Eloina.

      Os transtornos do humor (ou afetivos) são enfermidades em que existe uma alteração do humor, da energia (ânimo) e do jeito de sentir, pensar e se comportar. Acontecem como crises únicas ou cíclicas, oscilando ao longo da vida. Podem ser episódios de depressão ou de mania. Na depressão a pessoa sente tristeza exagerada e desânimo e na mania um aumento da energia e euforia anormal. A maioria dos pacientes sofre apenas de depressão(ões) e alguns também têm manias. O termo mania não significa “mania de fazer alguma coisa” ou algum tique – é simplesmente o nome que o médico dá para a fase de euforia da doença maníaco-depressiva. Às vezes surgem sintomas depressivos e maníacos simultaneamente, os chamados estados mistos.

      Os sintomas de euforia e depressão podem variar de um paciente a outro e no mesmo paciente ao longo do tempo, muitas vezes confundindo a ele e seus familiares.

      Diagnóstico de episódio maníaco.
      É preciso a presença de pelo menos 3 dos seguintes sintomas por, no mínimo, uma semana:

      – Autoestima elevada: Sentimento de grandiosidade e intenso bem estar com si mesmo;
      – Necessidade de sono diminuída: Sente-se pronto para o trabalho depois de apenas poucas horas de sono;
      – Verborragia: Falar mais, mais rápido e mais alto que o habitual;
      – Fuga de ideias: Pensamentos acelerados e incontroláveis que resultam em dificuldade de se expressar com clareza e esquecendo-se rapidamente de ideias e assuntos anteriores;
      – Facilmente distraído: Atenção constantemente desviada para estímulos externos, resultando em muitos trabalhos concomitantes e incompletos;
      – Inquietude: Gera aumento no número de atividades feitas no trabalho ou escola;
      – Impulsividade: Falta de autocontrole, impaciência e ansiedade;
      – Comportamentos de risco: Correr mais riscos que o usual, como por exemplo, dirigir perigosamente, consumir álcool em excesso, usar drogas ilícitas, não usar preservativo, gastar as economias…
      is estejam atentos e, em caso de efeitos colaterais, avisem o médico responsável.

      Tratamento medicamentoso
      O tratamento medicamentoso é geralmente feito com estabilizadores de humor, antidepressivos, antipsicóticos e, em casos de urgência, tranquilizantes. Os remédios devem ser prescritos por um profissional da saúde mental e o tratamento não deve ser descontinuado sem o consentimento do profissional.

      Por ser uma doença que dura a vida inteira e pode se tornar invisível (hibernar) durante alguns meses ou anos, há o risco de que pacientes que se sintam bem e acreditem estarem curados e, por isso, pararem de tomar os remédios sem que o médico tenha ciência. É preciso que o profissional explique que a bipolaridade é uma doença crônica e o tratamento é para a vida toda, podendo sofrer alterações e ajustes de acordo com as necessidades do paciente.

      Os medicamentos serão prescritos dependendo muito do estado do paciente. O mais comum é começar com estabilizadores de humor, para evitar as oscilações. Se necessário, pode haver a prescrição de antidepressivos algumas semanas após o estabilizador de humor. Em geral, não é comum que seja prescrito um antidepressivo sem o estabilizador, pois seu uso exclusivo poderia desencadear um episódio de mania.

      A curto prazo, o efeito dos remédios só é sentido a partir de 2 semanas de uso, podendo se estender para 4 semanas caso ainda não haja resultados significativos. Após a estabilização (melhora completa) do paciente, é preciso ajustar o tratamento para a fase de manutenção. Neste caso, é possível que haja diminuição das doses ou até mesmo troca completa de medicamento. É preciso que o paciente continue tomando o que é prescrito, pois apesar de se sentir bem, a doença está apenas controlada, não totalmente curada.

      Antes da prescrição, o médico precisa saber todos os medicamentos que o paciente faz uso regular, mesmo que não sejam relacionados à saúde mental, incluindo medicamentos sem prescrição, suplementos naturais e terapias alternativas. Isso porque alguns medicamentos e ativos podem interagir com outros, cancelando resultados ou potencializando efeitos colaterais perigosos.

      Estabilizadores de humor
      Os estabilizadores de humor podem ser facilmente apontados como os remédios mais importantes no tratamento do transtorno bipolar, pois são os que auxiliam o controle do processo de ciclagem (oscilações), evitando episódios maníacos ou depressivos.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  5. claudia 22 de outubro de 2014 às 14:36 - Responder

    Gostaria de saber se pessoa que quebra coisas importantes pode ser bipolar

    • Equipe Abrata 27 de outubro de 2014 às 16:19 - Responder

      Prezada Claudia

      Quebrar coisas importantes”, não quer dizer, necessariamente, que a pessoa é portadora de qualquer doença mental! Não é tão simples assim!

      Saiba que o diagnóstico de uma doença mental, necessita de uma avaliação criteriosa por parte de um profissional especializado, de um psiquiatra. Geralmente é um processo demorado, as vezes de anos, de análise de diversos sintomas apresentado pelo pessoa, exige um conhecimento muito grande por parte do médico.

      Abraços
      Equipe ABRATA

  6. Valéria 26 de outubro de 2014 às 19:49 - Responder

    Fui diagnosticada há cerca de dois anos. Antes, como tantos, era tratada para depressão. Ocorre, porém, que sinto-me mais sujeita ao ócio. Não tenho ânimo quando estou em casa. Não quero sair para nada.
    A medicação já foi alterada (o estabilizador de humor). Seria o caso de alterar o antidepressivo?

    • Equipe Abrata 27 de outubro de 2014 às 16:09 - Responder

      Olá Valéria

      Primeiro gostaríamos de esclarecer que a todas as atividades da ABRATA são realizadas por voluntários. Não oferecemos serviço de atendimento médico. este canal online de diálogo também é realizado por voluntários familiares ou portadores do transtorno do Humor ou por pessoas que se interessam pela causa.
      Sobre medicação, ressaltamos que será necessário, vc conversar diretamente com o seu médico. Que tal levar as questões para o seu médico da mesma forma que que relata aqui?
      Aproveitando a oportunidade, se vcs residem em SP, aproveitamos para convidá-la para frequentar o Grupo de Apoio Mútuo para portadores do TB. São grupos constituídos por portadores de transtorno do humor e cuja finalidade é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções de forma solidária, dando apoio e conforto uns aos outros. Este Grupo acontece na terça, quinta e sábado. Entre em contato através do telefone, e primeiro faça a inscrição para o Grupo de Acolhimento. Tel: (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h
      Abraços
      Equipe ABRATA

  7. jorge hamilton 16 de dezembro de 2014 às 04:21 - Responder

    Transtorno afetivo bipolar e uma doença desagradavel, incomoda, mas com ajuda de medicamentos próprios,profissionais competentes, consciencia, aceitaçao e ajuda espiritual, sao de suma importancia e indispensáveis para estabilizaçao. Sou bipolar diagnosticado e as vezes vivo fases horríveis, mas com os conselhos e tratamentos supracitados tenho me sentido um vencedor, mesmo em crises. Aceitaçao e conscientização são tudo…não são poucas as pessoas que já tem os sintomas e não aceitam nem se cuidam. Eu já abandonei vícios, e com ajuda de Deus vencerei e me estabilizarei. Gasto 700 reais com médicos e medicamentos e não me arrependo, pois me ajudam, apesar de termos a doença, a mudança e melhora e aceitar ajuda só depende de nós, pois nem |Deus fara algo se não deixarmos e tivermos atitude. Deus o Todo-Poderoso abençoe a todos!

    • Equipe Abrata 24 de dezembro de 2014 às 20:41 - Responder

      Prezado Jorge Hamilton

      Agradecemos o seu depoimento muito positivo acerca da doença bipolar. Seu depoimento é muito importante para outros portadores que ainda enfrentam com dificuldade uma doença crônica.
      Grande Abraço
      Equipe ABRATA

  8. Marina ribeiro visconti 24 de dezembro de 2014 às 14:21 - Responder

    Gostaria de entender melhor os sintomas do tb misto com hipomania, assim como medidas p sua prevencao.

    • Equipe Abrata 6 de janeiro de 2015 às 20:25 - Responder

      Prezada Marina
      Por transtorno do humor entendemos que referem-se as mudanças desagradáveis no humor que podem ser sintomas de depressão ou o transtorno bipolar. O transtorno bipolar é um transtorno de humor em que o humor entre oscila entre dois ois pólos – de baixo para alto (mania) e volta novamente para baixo (depressão). A depressão unipolar no qual o humor apenas oscilações de uma direção: para baixo. Em períodos de estabilidade pode ser vivenciado por períodos em que o humor afunda mais e mais.
      Hipomania – A forma mais branda de mania (euforia). A hipomania poderá chegar até as elevações perigosas de um estado maníaco é verdade, mas os baixos da fase de depressão também devem ser tratadas. Ele ou ela pode sentir-se mais social do que o habitual ou procurar até situações sociais que normalmente seriam evitadas.
      Os estados mistos – ambas as fases de depressão e a da mania (euforia) é experimentado mesmo tempo. Um alto nível de energia e pensamentos rápidos de mania pode ser acompanhada de irritabilidade, tristeza e baixa do ânimo (popularmente baixo-astral).
      Segue alguns exemplos dos sintomas:
      Hipomania “Como se estivesse ébrio de vida”|“A alegria corre-me nas veias”|“A minha criatividade não tem limites”
      Mania “Sou o maior, domino o mundo, ninguém me trava”|“Estou tão agitada que quero partir tudo à minha volta”|“Estou completamente fora de controle, o sem norte é absoluto”
      Estado misto “Tudo está dessincronizado”|“A confusão é muita, a cabeça não pára, o destino é o minuto imediato, mas é um minuto negro”
      Sugerimos que também acesse o site da ABRATA e veja folhetos acerca destes sintomas. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  9. Patricia 7 de março de 2015 às 00:11 - Responder

    Então estou preocupada. porque, eu tenho esses sintomas e não fui ao médico, as vezes tenho pensamentos ruins já tomei vários remédios. As vezes eu rio, depois choro. Fico brava do nada. Começo xingar. rs sei lá! Me chamam de doida as vezes falo muito e preciso da pausa , eu sei mas não consigo, por isso eu bebo. Quando tenho dindim eu compro, cerveja e relaxo, pra beber todo dia. ñ da rsrs se desse . Depois choro kkk, ai que loucura. Porque não consigo mais emprego! Mais aí também ñ tenho animo, ñ gosto de ir na cidade. De sair. Quando saio volto nervosa estressada! ai credo , já me levaram na igreja, ai que pioro mesmo da vontade de xingar, até pastor, pastora odeio “igreja”, isso ñ é pra mim, affs na boa. Eu to estou vendo meu fim. sei que será a solidão.
    Agora terei médico. e vou dizer que sinto. Porque as vezes, tenho vergonha de dizer.
    Não tenho namorado e ñ quero saber de homem na minha vida.prefiro está só. Quando penso em gritar com minha mãe, eu entro no quarto, jogo tudo as coisas no chão.. meu quarto ta uma bagunça. jogo minhas roupas no chão. se vejo dobrado , jogo tudo pro chão , não sou louca kkk só quero meu espaço pra mim. ! aquele sorriso forçado que eu dou as vezes, para alguns amigos, Chego em casa, novamente choro, comprei um celular, pra que? n gosto nem de falar no cel. nem telefone. mais apenas para distrair. e quando ninguém fala me irrito. ou se fala me irrito tbm rs ou seja. Quando vem pensamentos fortes, parece que sou do mal.. mais não sou. eu controlo. ai coloco música para relaxar, distrair. assisto comédias. desenhos.
    As vezes o quarto é meu tudo. e a cerveja bom, nem sempre bebo, apenas vou parar, de ficar bebendo para não ficar viciada!!! Eu sei que irei se livrar disso. só não sei como. e nem vem com papo de, igreja. Sei que Deus é tudo mais pra quem acredita, porque ultimamente, nem isso estou totalmente perdida .
    As vezes faço um bico. porque trabalhar em empresa não posso de jeito nenhum, ñ irei controlar.. então me pergunto se sou depressiva ou não, as vezes pesquiso para ver se sou ou se é algo da minha cabeça, o que se passa, sei lá nem eu me entendo. vou pesquisar sobre que sinto.

    • Equipe Abrata 9 de março de 2015 às 19:33 - Responder

      Prezada Patrícia

      Se vc está preocupada com os comportamentos que está tendo e as situações que descreveu, sugerimos que imediatamente, o mais breve, procure um psiquiatra e converse com ele da mesma forma que nos escreveu. O médico é um profissional especializado que poderá lhe apoiar e dar um diagnóstico para os sintomas que vc está sentindo. Assim poderá ter mais qualidade de vida, conseguir um trabalho e relacionar-se de forma mais saudável com a sua mães e com os seus familiares.
      Para saber porque vc tem estas alterações de humor, somente um psiquiatra poderá lhe ajudar. Sozinha, será difícil descobrir o que vc tem. Somente com um especialista, poderá fazer um diagnóstico.Sozinha não chegará ao resultado que deseja e mesmo chegar a uma estabilidade.
      Fazer uso da bebida alcoólica somente lhe causará mais danos. usa-la como um alívio para as suas angústias e preocupações também é um caminho muito desgastante e que poderá lhe trazer mais prejuízos na sua saúde. Evite esse comportamento, beber para aliviar.
      Procure o tratamento com um psiquiatra, e esclareça o que acontece com vc.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  10. M 23 de abril de 2015 às 00:30 - Responder

    Após assistir um vídeo no youtube de uma psiquiatra da USP que trabalha com vocês, decidi visitar o site. Naquele mesmo dia, estava me sentindo muito triste e chorava constantemente, sendo vendo o lado negativo de tudo e sem esperanças na vida, entretanto subitamente minha vontade de chorar sumia e rapidamente voltava. Cheguei ao ponto de irritação extrema e gritei com alguém muito queria, tudo o que queria era descer do carro e sair andando, me sentia presa. Voltei a chorar demasiadamente até que simplesmente toda minha tristeza se foi, no mesmo instante uma alegria tomou conta de mim e tudo o que conseguia fazer era sorrir e falar que estava tudo bem. Sentia como se minha vida nunca estivesse melhor ao cantarolar e dançar sem parar. Desde então, passei a pesquisar muito sobre o transtorno, mas não possuo coragem o suficiente para pedir ajuda médica.
    Tenho notado também mudanças que tem prejudicado meu dia a dia, como a irritação/impaciência por besteiras, momentos de agonia e agitação extrema ou então momentos de tristeza sem motivos aparentes ou relevantes. Minha memória encontra-se péssima, a falta de atenção tem me impossibilitado de me concentrar em aulas que antes muito me interessavam, me afastei de meus amigos, perco objetos com facilidade, esqueço o que estava falando no meio de uma frase, etc.
    Gostaria de saber se esses sintomas são compatíveis com algum transtorno e se o mais recomendado seria procurar primeiramente um psicólogo ou diretamente o psiquiatra. Ao mesmo tempo que sei o quanto isso está prejudicando a minha rotina, parte de mim sente que ao recorrer ajuda de profissionais, estou sendo derrotada por algo que venho lutando contra a anos.

    • Equipe Abrata 23 de abril de 2015 às 13:14 - Responder

      Prezada Márcia

      Sinta-se acolhida pela ABRATA. Os transtorno do humor são caracterizados por episódios de mudanças extremas e prejudicando no humor, energia, pensamento e comportamento. Os sintomas podem surgir ou de repente ou gradualmente durante a infância, adolescência ou idade adulta. Saiba que vc é a pessoa mais interessada na melhora dos sintomas que relata, portanto sugerimos que vc procure por um psiquiatra para relatar os sintomas, pois eles sugerem a possibilidade de um transtorno, e assim poder chegar a um diagnóstico. Os transtornos mentais, apresentam sintomas bem parecidos, mas os psiquiatra saberá diferencia-los, e somente ele é o profissional habilitado para fazer um diagnóstico e caso confirme, iniciar um tratamento medicamentoso, e quem sabe uma psicoterapia de apoio.
      Márcia, só o fato de estar se questionando vale pesquisar e buscar informações sobre o porquê deste sintomas e melhorar a sua qualidade de vida, pessoal e profissional.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  11. LÉIA CRISTINA MIQUELINO 27 de abril de 2015 às 17:06 - Responder

    Olá, meu nome é Léia, há 2 anos recebi o diagnóstico de transtorno bipolar. Apresentei e senti os sintomas ao longo da vida, mas só procurei ajuda médica após uma crise grave onde fui hospitalizada. Vivo uma cansativa rotina de visitas ao psiquiatra e remédios controlados que me causam efeitos colaterais e não me estabilizam. Não consegui retomar minha vida normal e nem minhas atividades, estou de licença médica e correndo o risco de ser aposentada por invalides, o que é triste, pois tenho apenas 35 anos e amo minha profissão. Segundo meu médico, meu caso é atípico, pois além de todos os sintomas do transtorno bipolar, eu tive perda parcial de memória, uma vez por 6 meses, outra vez por 2 meses. É impossível descrever o medo, a angustia e a insegurança que senti ao acordar e não reconhecer o ambiente, meus filhos, meu companheiro e nem minha imagem no espelho. moro em um Estado com poucos especialistas para o meu caso. Gostaria muito que alguém me desse uma luz, uma dica, algo que eu pudesse fazer para melhorar minha qualidade de vida.

    • Equipe Abrata 29 de abril de 2015 às 23:35 - Responder

      Prezada Leia

      De fato, não é fácil conviver com o transtorno bipolar e seu tratamento requer paciência e dedicação.
      Como o transtorno se caracteriza por oscilações de humor associadas a um padrão de vida baseado na inconstância, o controle da doença não envolve apenas os medicamentos, embora estes sejam essenciais e indispensáveis. Muitas vezes, é necessário promover mudanças no estilo de vida para favorecer uma melhor qualidade de vida, e isso envolve criar rotinas regulares de sono, alimentação e atividades.
      Além disso, e dependendo do paciente e da presença de outras doenças associadas, pode demorar até o psiquiatra encontrar um esquema de tratamento mais eficaz para alcançar a estabilidade daquela pessoa.
      O importante é que você está procurando se informar sobre o seu estado e sobre as possibilidades de tratamento pois a participação do portador e da família é fundamental e insubstituível. Sempre existe a possibilidade de se recorrer a outro profissional, para uma segunda opinião, a fim de mais esclarecimentos. O cuidado é que se procure um profissional com formação sólida e que tenha conhecimento sobre o transtorno bipolar para melhor avaliar a situação.
      Se você não conhece um profissional especializado na sua região, recomendamos procurar no site da Associação Brasileira de Psiquiatria (www.abp.org.br) para orientar-se.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  12. maria Aparecida 3 de maio de 2015 às 17:35 - Responder

    Meu filho nasceu com falta de oxigenio no cerebro,fez todos exames e nao deu nada,desde pequenino ele tem comportamento de agressividade,muda de humor por nada,ele tem 9anos,sofro muito com ele,o psiquiatra dele passou remedios pra transtorno. Bipolar por causa da mudança de humor,ele chega a surtar,com gritos,chorros e que quebrar tudo,muito agressivo.nao sei mas o que fazer,pois se nao tem diagnostico,o medico dele continua no meamo remedio,e quanto mas ele cresce piora,gostaria que se alguem souber de um otimo psiquiatra que possa me ajudar em descobrir o problema real do meu filho peço que me ajude,pois ele e apenas uma criança que sofre e eu tambem sem saber o que fazer,

    • Equipe Abrata 7 de maio de 2015 às 21:51 - Responder

      Prezada Maria Aparecida

      Obrigada pelo contato com a ABRATA.
      No caso do seu filho há necessidade não só de um diagnóstico mais preciso como avaliar a questão do nascimento. Faltam mais informações como está o aproveitamento escolar e se já foram realizados exames de imagem para uma melhor análise. Muitas vezes os médicos necessitam de avaliações chamadas de neuropsicológicas para completar o diagnostico. Sugerimos mesmo uma consulta para uma outra avaliação. Sobre a indicação vamos enviar para o seu e-mail pessoal.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  13. Orlando Valentim da Silva 3 de maio de 2015 às 20:44 - Responder

    Olá tenho todos os sintomas, do transtorno bipolar, mais nunca procurei ajuda, depois de muito anos, vejo que minha vida! Está indo para o fundo do poço, estou precisando de ajudas, não consigo mais. Viver assim, já tentei um suicídio! Por favor peço ajuda!

    • Equipe Abrata 4 de maio de 2015 às 22:48 - Responder

      Caro Orlando

      Se vc se identifica com os sintomas do transtorno bipolar procure o mais breve possível um psiquiatra para uma consulta e para buscar fazer um diagnóstico e assim, caso confirme as suas suspeitas, iniciar um tratamento com objetivo de reduzir os sintomas da doença e para vc ter mais qualidade de vida. Hoje, com as pesquisas científicas muito se renovou no tratamento psiquiátrico e novas medicações foram desenvolvidas com poucos efeitos colaterais.
      Como vc mesmo relata, já tentou suicídio uma vez, provavelmente quando tudo pareceu sem sentido e confuso em sua vida, e a a morte se apareceu como uma das possibilidades de alívio imediato. Mas também pode não ser um alívio e saiba que há outras formas de resolver as situações que possam existir, mesmo que você ainda não as perceba.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares e portadores. Traga também os seus familiares. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às17h.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  14. Antônio 11 de maio de 2015 às 19:16 - Responder

    Olá, sou Antônio. Na adolescência acho que tive psicose, o esquizofrenia, não sei bem; o quadro melhorou e depois de ir a vários médicos o diagnóstico foi de depressão crônica. Certa vez, um médico escreveu no prontuário que eu tinha bipolaridade. Mas há cerca de 3 meses tentei suicídio tomando vários comprimidos de combate a ansiedade. Alguém pode dar uma dica sobre o meu caso?, pois não encontro a solução que desejo. Além disso, tenho uma resistência muito forte para ir ao trabalho.

    abraço

    • Equipe Abrata 23 de maio de 2015 às 23:54 - Responder

      Caro Antonio

      Pensamentos suicidas são temporários e podem ser frutos de um estado de depressão. Saiba que o suicídio é permanente. Não se entregue a pensamentos suicidas, você pode superá-los. Seus sentimentos de desesperança não são a verdade. Quando você se sente assim? Saiba, é a sua doença falando – sua mente está mentindo para você. Lembre-se que os pensamentos suicidas não são realidade. Se você está pensando em suicídio, é importante reconhecer esses pensamentos pelo que eles são: expressões de uma doença médica tratável. Eles não são verdadeiros e não são culpa sua. Não deixe o medo, vergonha ou constrangimento se interporem no caminho da sua comunicação com o seu médico, terapeuta, família ou amigos, fale com a alguém imediatamente.
      Os transtornos do humor – depressão e transtorno começam no cérebro. O cérebro é um órgão do corpo, como o coração ou o pâncreas, desordens de humor, desordens físicas são baseados biologicamente. No entanto, nos transtornos de humor, os processos químicos responsáveis pela função normal do cérebro são interrompidos. Um dos principais sintomas é a perturbação do humor, que é por isso que muitas pessoas pensam de transtornos do humor, como doenças emocionais. As pessoas nunca devem sentir vergonha ou culpar-se por ter um transtorno de humor. Os transtornos de humor afetam todo o corpo e muitas atividades diárias, razão pela qual problemas alimentares e distúrbios do sono, problemas de concentração e fadiga podem ocorrer, prejudicando a vida profissional.
      procure o psiquitra e leve as suas dúvidas, converse sobre elas, indague, tire as sua dúvidas e peça esclarecimentos sobre o seu diagnóstico. Somente este profissional especializado poderá lhe oferecer um diagnóstico.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  15. lia rodrigues 20 de julho de 2015 às 16:25 - Responder

    Não sei. …tenho sentido tudo isso….mas não sei oq fazer….tenho me sentindo perdida.

    • Equipe Abrata 23 de julho de 2015 às 14:22 - Responder

      Olá Lia

      Se vc suspeita que possa ter o transtorno bipolar ou mesmo a depressão o primeiro passo será procurar um psiquiatra que é o profissional especializado para realizar o diagnóstico. Somente por meio de uma consulta com o psiquiatra vc poderá encontra o inicio de uma liza sobre o que está acontecendo com vc. Se os sintomas que sentem estão ou não relacionados com um possível transtorno bipolar. Faça isso, procure o mais breve um psiquiatra. Também peça a ajuda de uma pessoa da sua confiança para estar junto co você a ajuda-la a ir ao médico.
      Grande abraço.
      equipe ABRATA

  16. Simone 27 de julho de 2015 às 14:38 - Responder

    Como é triste viver assim. Faz pelo menos 7 anos que fui diagnosticada com TAB, e desde a adolescência minha vida é uma bagunça.
    Fiquei grávida aos 17 anos e aos 24, sem planejamento algum, mas achava que ia ser bom ter filhos e resolvi ficar grávida durante as fases de mania…
    Atualmente estou endividada e com uma vida profissional desestruturada. Vida sentimental já não existe, e meus filhos sofreram durante muito tempo.
    Meu comportamento tem melhorado ultimamente, mas minha compulsão aumenta a cada dia. Gasto desmedidamente e engordei 12 kilos nos últimos meses. As vezes quero morrer, as vezes quero viver…Faço planos mas não consigo concluir nada. Minha família e meus amigos debocham e acham que é frescura… Não me encontro e não me acerto com os tratamentos… Complicado, aos 32 anos e estou completamente perdida… Abraço.

    • Equipe Abrata 25 de agosto de 2015 às 14:31 - Responder

      Olá Simone

      Lamentamos muito que ainda não tenha acertado com o seu tratamento para o transtorno afetivo. Lamentamos porque a psiquiatria, as pesquisas nestas áreas evoluíram muito nos últimos, promovendo mais qualidade de vida para pessoa com doença mental. Para bons resultados do tratamento, é importante aliar ao tratamento medicamentoso outras rotinas no dia a dia, que poderão lhe conduzir a uma qualidade de vida.
      O tratamento depende do objetivo a ser alcançado: Na fase aguda ele é dirigido para o controle do presente episódio. Na fase de manutenção tratamento visa prevenir ou atenuar futuros episódios. O tratamento é composto de medicamentos, orientação e psicoterapia.
      Vc é a pessoa mais interessada na sua melhora e deve sempre se lembrar de que tem uma doença, mas não é um doente. Isto a torna co-responsável pelo sucesso do tratamento e a participação ativa no seu processo terapêutico como um todo.
      É extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Mudanças no padrão do sono são fortes indutores de oscilações do humor e evitá-las fortalecerá seu equilíbrio. Discuta com seu psiquiatra se houver problemas para dormir ou se tiver que permanecer acordado.
      Não utilize álcool e drogas, porque estas substâncias causam desequilíbrio no funcionamento do cérebro. Freqüentemente provocam alterações do humor e do ânimo e interferem diretamente no tratamento. Evite tomar drinques para “melhorar o ânimo” ou “ajudar no sono”, porque só podem piorar.
      Evite o uso diário de café, drinques, alguns chás, antialérgicos, antigripais e analgésicos, que podem interferir no sono, no ânimo e nos seus medicamentos. Pode ser a “gota d’água” para o início de um novo episódio da doença.
      Procure manter seu horário de descanso e dormir um tempo razoável. Caso não consiga trabalhar discuta com seu terapeuta ou psiquiatra.
      Não é fácil aceitar qualquer doença que exija um tempo prolongado de tratamento, como é o caso da hipertensão, do diabetes, das doenças cardíacas e também do transtorno bipolar.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  17. laremi 28 de julho de 2015 às 18:14 - Responder

    Boa tarde, fui diagnosticada com o transtorno bipolar a cerca de 1 ano após vários diagnósticos errados, como bouderline , transtorno de personalidade e multiplas personalidades, foram vários remédios prescritos de forma errada, que acabaram agravando o problema.Após várias crises graves, tanto de depressão como de euforia, tive e tenho problemas em meu trabalho, pois sou concursada e não posso ser mandada embora, mesmo porque quando estou estabilizada sou uma ótima profissional e, antes da doença se manifestar, desempenhei a minha função com muito mérito. Hoje as pessoas nas quais eu trabalho não entendem sobre as minhas crises e meus afastamentos e por ter uma condição financeira boa, ter boa aparência e ser nova,36 anos, me julgam como a pior pessoa do mundo, o que acaba me deixando muito mal, virando uma bola de neve. Atualmente estou fazendo terapia para tentar voltar ao trabalho, pois as coisas que já vivenciei, as coisas que já escutei de forma preconceituosa me abateram demais, só de pensar em voltar a trabalhar já fico mal, sem dormir, agitada. Eu gosto muito do meu trabalho, pois atuo diretamente com crianças, mas os adultos me tiram do sério com seus comentários e desprezo, vivo isolada do grupo. Mas não pensem vocês que os problemas são apenas profissionais, não, os pessoais são terriveis, quase perdi meu esposo, sou isolada do grupo familiar por parte dele, minha família envolve religião e muitas vezes fui exorcizada por pastores, tentei o suicídio pelo menos 5 vezes e me envolvi com o álcool,tenho poucos amigos, mesmo porque já tive várias fases psicóticas que estragaram o meu convívio com eles, a vida é um inferno, por ora badalada e por ora vazia demais. Sempre que tento reagir escuto a mesma frase:” Olha lá a bonequinha com seu carrão voltando, até quando ela vai trabalhar?”

    • Equipe Abrata 25 de agosto de 2015 às 15:04 - Responder

      Prezada Laremi

      Não podemos nos esquecer que as pessoas que convivem com uma pessoa bipolar (principalmente sem o diagnóstico) também sofreram ou sofrem de alguma forma e muitas vezes quando se afastam, estão apenas querendo se proteger (ou se blindar da bipolaridade do portador). Outros realmente são maldosos e fazem chacotas para expulsar a pessoa de seu convívio, não querem correr o risco de perder seu bem estar no trabalho. Muitas vezes procuramos nos blindar, porque, mesmo tendo consciência da bipolaridade, sofremos com as consequências.
      A situação poderá ser caracterizada como preconceito no trabalho, mas para isso tudo ser comprovado e o preconceito deve estar claramente caracterizado, deve ser feito de forma direta a pessoa. O fato do portador apenas se sentir estigmatizado (como também ocorre ) impede que se tome qualquer medida judicial contra o autor do preconceito, porque o preconceito é camuflado, disfarçado, genérico, até mesmo por falta de consciência do problema por parte de quem estigmatiza.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos portadores. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Manual para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  18. Tabata Silva 5 de agosto de 2015 às 22:01 - Responder

    Fui diagnosticada com transtorno bipolar, mas há alternâncias entre euforia/irritabilidade e estados de grande tristeza. Faço uso contínuo de dois remédios um para depressão e outro para bipolaridade. Será que não existiria nenhum exame que poderia dar um melhor caminho, tipo um exame genético ou neural para o remédio específico e dosagem correta?

    • Equipe Abrata 8 de agosto de 2015 às 15:17 - Responder

      Prezada Tabata

      No momento ainda não são oferecidos exames de imagem como ressonância magnética ou mesmo ecografias ou ultrassonografia para o diagnóstico do transtorno bipolar. O diagnóstico é realizado pelo psiquiatra, que o profissional especializado, por meio da avaliação clínica poiado por protocolos internacionais. O seu depoimento acerca dos sintomas que sente, os efeitos colaterais caso algum medicação produzam também são essenciais vc relatas ao seu psiquiatra. As pesquisas científicas evidenciam a predisposição genética para a manifestação da doença, mas não para indicação de medicação.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  19. Debora de Oliveira Domingues 15 de agosto de 2015 às 14:36 - Responder

    Meu nome e Julia meu namorado tem transtorno bipolar. Muito tempo os primeiros sintomas apareceram quando ocorreu o falecimento do seu pai ele tinha 17 anos, infelizmente a primeira crise aconteceu depois de descobrir que o seu irmão tinha câncer isso foi em 2009.
    Foi ao médico e ai que tivemos a certeza da doença, ele foi medicado com risperidona porem quando a crise passava ele não tomava mais o remédio dizendo que estava bem.
    Esse ano já teve duas crises uma pior que a outra, o nosso grande problema da família desta vez e convence-lo a ir ao médico e tomar a medicação, ele se recusa dizendo que esta bem mas não esta.
    Tem dia que ele esta eufórico e outro pensativo.
    Por favor me ajude preciso de um auxilio para ajuda-lo.
    No aguardo
    Obrigada

    • Equipe Abrata 4 de setembro de 2015 às 16:39 - Responder

      Prezada Julia

      O que está acontecendo com o seu namorado, infelizmente acontece com inúmeras pessoas com transtorno bipolar que abandonam o tratamento quando encontram-se num período de estabilidade, acreditando que não terão mais nenhum episódio da doença. Essa é uma falsa crença, tendo em vista que a pessoa está em estabilidade, isto é, sem os sintomas da doença, pq estão fazendo uso da medicação. Ao abandonar a medicação, enquanto houver resíduos do medicamento a pessoa ainda se mantém estável, mas no decorrer dos dias os sintomas retornam. E isso está acontecendo com o ose namorado. Será essencial ele procurar o psiquiatra e retomar o uso da medicação. Somente com o tratamento correto ocorrerá a remissão dos sintomas.
      Há muitas razões por que as pessoas evitem fazer o tratamento para transtorno bipolar. Infelizmente, ainda existe vergonha ou estigma em torno desses transtornos, mesmo sabedores que eles tem uma causa biológica, assim como em pacientes com diabetes ou asma. Embora as pessoas estejam mais informados sobre a depressão e bipolaridade, o medo, preconceito e equívocos ainda existem e fazem com que algumas pessoas relutem em admitir que têm um transtorno bipolar. Elas temem que as pessoas irão discriminá-los. Elas podem até acreditar que, se elas buscam tratamento serão considerados fracos de vontade, com defeito, ou até mesmo “louco”. Infelizmente, muitas pessoas com essas crenças incorretas preferem sofrer do que procurar o tratamento. Elas também podem se sentir culpados sobre as questões para as quais não são responsáveis. Outra razão que as pessoas evitem o tratamento tem a ver com os sentimentos e crenças que fazem parte da própria doença. Na fase da depressão e sentem horríveis, estão sempre cansados e ainda também poderão passar por total falta de energia para empurrar-se e obter ajuda.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  20. Taah Carvalho 8 de outubro de 2015 às 19:31 - Responder

    Olá , me chamo Tayssa.

    Bem , já faz alguns meses que descobri ter esse transtorno , igual tenho depressão. Isso aconteceu após eu vir morar com minha família. Acredito que uma boa parte dela me odeia pela forma de me tratarem. E por outros problemas do colégio … Eu não aguento mais essa vida, as vezes penso em me suicidar, mais não quero deixar algumas pessoas. Eu não vou ao médico por um trauma, nem tomo remédios. Eu só queria saber um jeito de me tratar, mais ao mesmo tempo quero ficar bem longe de reabilitações e hospitais. Tenho medo de ir para esses lugares, mais eu quero muito me tratar. Eu choro demais, me auto mutilo todos os dias, e isso dói. E dói mais ainda as pessoas dizer que é frescura e me julgarem … Eu ao preciso de ajuda.
    Obrigado !

    • Equipe Abrata 22 de maio de 2016 às 17:29 - Responder

      Querida Taysa

      Lamentamos a demora em lhe responder. Algumas mensagens ficaram presas na caixa de spam, e dentre elas a sua.
      De fato lidar com uma doença crônica e grave não é fácil, principalmente diante de um diagnóstico recente como relata. Os resultados do tratamento são sempre melhores quando há uma forte rede de apoio familiar. Isso para o transtorno bipolar ou mesmo para qualquer outra condição médica grave. No entanto, note também que em muitas condições psiquiátricas graves, você num momento de crise, com os sintomas da doença pode não estar cientes de todos os seus atos e mesmo que vc esteja doentes. Os familiares podem ajuda-la a minimizar a gravidade do seu estado. Em casos muito graves, pode haver casos de falta de controle comportamental, onde os membros da família pode não ser capaz de cuidar de seus entes queridos. Como vc mesmo relata a sua coindicação de uma pessoa com TB ainda é uma novidade também para a sua família deve estar ocorrendo a mesma situação. O desconhecimento sobre a doença assusta, e de fato a maioria dos familiares não sabe lidar com a pessoa nos momentos de crise.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo pessoa com TB ou depressão e Grupo de Apoio para os familiares. Convide os seus familiares também. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das 13h30 às 17h, a partir do dia 12 de janeiro.
      No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx Você também encontrará outros livretos que poderá imprimir e sugerir que a sua família leia para conhecer a doença e como cuidar de vc nos momentos de crises.
      Grande Abraços
      Equipe ABRATA

  21. Rubia Cristina da Silva 19 de outubro de 2015 às 20:44 - Responder

    Tenho uma duvida fui diagnosticada com transtorno bipolar a cerca de 3 anos antes fazia tratamento para depressão. Sou professora e atualmente fui ajustada para um cargo administrativo na escola pois tenho muita resistência a barulho. Tomo medicação mas tem dias que não tenho vontade de me levantar para ir ao trabalho. Não estou aguentando mais tenho 37 anos leciono a 17 e gostaria de saber se posso me aposentar proporcional não entendo bem de leis e gostaria de saber se tenho direitos.

    • Equipe Abrata 20 de outubro de 2015 às 15:01 - Responder

      Cara Rubia Cristina da Silva!
      Sugerimos que relate ao seu médico, todos os sintomas que a incomodam. Às vezes um ajuste na medicação, faz toda diferença, daí a importância de se ter um tratamento com acompanhamento.
      Quanto ao seu direito a aposentadoria, sugerimos que procure ajuda de um profissional competente nesta área, para que o mesmo tire todas as suas dúvidas, pois cada caso é um caso.
      Aproveitamos a oportunidade, e a convidamos para participar dos Grupos de Apoio Mútuo, caso resida em SP. São grupos separados de familiares e de pessoas com transtornos do humor, onde as mesmas trocam experiências, e aprendem a encontrar novas soluções, a partir do contato com quem conhece o problema.
      Se quiser participar, é necessário agendamento pelo telefone (11) 3256-4831 , de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  22. Lidia Gomes 25 de dezembro de 2015 às 23:42 - Responder

    Sou diagnosticada desde 2009 com essa doença. É meu espinho na carne:
    perdi relacionamentos, emprego, amigos, tentei suicídio 2 vezes… Meu último emprego era como Educadora, era concursada, tinha laudo psiquiátrico determinando que eu ficasse fora da sala de aula, já estava fora da sala de aula na administração, ainda assim me obrigaram a ir para sala de aula e depois me mandaram embora sem processo administrativo. Demorei 1 ano para demandar na justiça, que já em 1a instancia anulou minha demissão e determinou o meu retorno. Como o processo é contra a fazenda pública, ele irá até as últimas instâncias… Eu preciso muito do meu trabalho, mas confesso que fico aterrorizada em me imaginar de volta!!! Estou dividida, não sei o que fazer! De um lado preciso trabalhar para sobreviver, de outro estarei voltando para o inferno, onde era ridicularizada por todos, onde chegaram ao ponto de espalhar para todos os alunos e familiares que eu era bipolar… só faltou eu apanhar ali! Gostaria de saber se vcs tem algum grupo de apoio em São José dos Campos, pois estou sendo tratada pelo SUS e só consigo psiquiatra de 6 em 6 meses. Se puderem me ajudar com alguma orientação, agradeço!

    • Equipe Abrata 26 de dezembro de 2015 às 17:09 - Responder

      Prezada Lidia!
      Sugerimos que procure o CAPS da sua região, que são Centros de Apoio Psicossociais. Às vezes eles tem tratamentos e informações sobre os transtornos do humor.
      Vale a pena também investir em informação. No nosso site: https://www.abrata.org.br, você encontra vários artigos sobre a doença.
      Para maiores informações, você poderá entrar em contato com nosso atendimento telefônico, de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas, no número, (11) 3256-4831.
      Estamos à sua disposição!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  23. Fernando 8 de janeiro de 2016 às 01:49 - Responder

    Olá ;

    Eu gostaria de entender um pouco melhor os sintomas. Tenho 32 anos e creio que sou bipolar. Tenho casos diagnosticados na minha família (um primo) e parte dos sintomas descritos no texto acima, especialmente os da fase eufórica: pensamento e fala rápidos; eficiência demais; falar e/ou fazer as coisas sem medir as consequências; facilidade para se distrair; desejo ou envolvimento de fato em vários projetos ao mesmo tempo; insônia ou pouca necessidade de sono.
    Um dos sintomas citados eu não entendi: o “Eficiência demais”. O que exatamente significa este termo (eficiência na execução de projetos profissionais e/ou pessoais)?
    Outra dúvida: há alguma sugestão para combater os acessos de irritabilidade e de ter pensamentos rápidos (alguma atividade,por exemplo)?

    • Equipe Abrata 9 de janeiro de 2016 às 12:33 - Responder

      Prezado Fernando!
      Sugerimos que procure um profissional que poderá ser psicólogo(a), ou psiquiatra, para que tenha um diagnóstico preciso.
      Caso resida em SP, aproveitamos a oportunidade, e o convidamos, para participar dos Grupos de Apoio Mútuo, que é onde as pessoas compartilham suas experiências, e aprendem mais sobre os transtornos do humor, e como conviver melhor e com maior qualidade.
      Caso queira participar, é necessário agendamento, pelo telefone (11) 3256-4831, de segunda à sexta-feira, das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vindo!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  24. givanilson severino da silva 14 de março de 2016 às 10:49 - Responder

    Oiee bom diaa eu tenho bipolaridade depressao e panicoo , faço uso de medicamento passo com psicologo e psiquiatra , queriaa saber quais os sintomas quee tem umaa peesssoa quee teem bipolaridade , meu caso e mundança de humor ..

    • Equipe Abrata 14 de março de 2016 às 18:18 - Responder

      Caro Givanilson!
      A mudança de humor é um dos sintomas da bipolaridade dentre tantos outros. Sugerimos que relate aos profissionais que te acompanham, como é esta mudança de humor que você relata, e quanto tempo tem de duração.
      À partir daí, os mesmos farão uma avaliação, e verão ou não a necessidade de fazer ajustes no tratamento, daí a importância da comunicação entre paciente e profissional.
      Quanto a próxima pergunta à respeito de direitos trabalhistas, sugerimos que peça orientação de pessoas desta área, para que possa ter informações mais precisas.
      Sobre a bipolaridade, ela é considerada uma doença mental.
      Estamos à sua disposição!
      Equipe ABRATA!

  25. givanilson severino da silva 14 de março de 2016 às 10:53 - Responder

    Oiee queria saber eu tenho direito a algum beneficio do INSS , por causa da minha doenças, e sim essas doenças sâo consideradas uma doença mental.

    • Equipe Abrata 28 de abril de 2016 às 17:06 - Responder

      Caro Givanilson

      Se vc está falando de transtorno bipolar ou depressão, sim, essas são doença mental.
      Quanto ao benefício NSS será importante vc nos dizer com clareza qual é a sua doença para que possamos responder.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  26. Elaine 17 de março de 2016 às 11:49 - Responder

    Bom dia,

    A 9 meses fui diagnosticada com depressão e transtorno de ansiedade. Custei a perceber os sintomas e descobrir que deveria procurar um psiquiatra por que não era normal o que eu sentia. Passados 6 meses de tratamento o médico me disse que minha depressao era recorrente. Não existe um dia que eu não sinta alguns dos sintomas. Eu não falhei no tratamento, tomei os remédios conforme pescricao. O médico fez alterações na medicação e eu continuei da mesma forma. Eu não sou uma depressiva que consegue ficar parada. Eu ando chorando, faço atividade física chorando. Não tenho paciência em esperar nada. É como se tudo tivesse que ser de imediato e do meu jeito. Eu perdi a crença nas pessoas. Eu sou uma depressiva ligada na tomada, ansiedade crescente e faço de tudo, tudo ao mesmo tempo é como que se tivesse q ficar pronto pra ontem. Vivo oprimida, sentindo aperto no peito, é como se o mundo fosse acabar no próximo minuto.
    Aí eu percebi que este médico não ia resolver o meu problema. Pesquisei até encontrar outro que fosse bom, mas que sobretudo soubesse conversar com o paciente.
    A primeira consulta foi bem detalhada, ele me perguntou tudo, até coisas que eu não imaginava que pudesse ter haver com a doença. Foi aí que tive uma infeliz surpresa: “provavelmente” eu fora mal diagnosticada pelo primeiro médico. Descobri que sofro de transtorno bipolar afetivo. Os antidepressivos poderiam estar agravando a doença, pq além do q eu já sentia comecei a ter irritações constantes. Eu passei a explodir por quase nada e com todo mundo. Agora tomo anti depressivos, reguladores de humor e remédio pra dormir. E sabe o que mudou? Nada. Continuo oscilando entre depressao e mania, euforia ou sei lá o que.
    Eu acho que estou ferrada. É um caminho sem volta.
    Eu não ligo, de ter o que tenho, o que me incomoda é estar tomando uma montanha de remédios a quase um ano sem fazer efeito.

    • Equipe Abrata 17 de março de 2016 às 19:39 - Responder

      Prezada Elaine!
      Entendemos a sua indignação com relação a diagnósticos e medicação. Infelizmente os transtornos do humor são difíceis de serem diagnosticados, e algumas vezes são confundidos com outros transtornos, visto que os sintomas são bem parecidos.
      Sugerimos que continue seu tratamento, porque ao contrário do que imagina, você não está ferrada, é só uma questão de paciência e perseverança, e verá que vale a pena a insistência.
      Se quiser participar dos Grupos de Apoio caso resida em SP, terá contato com pessoas que tem problemas semelhantes, e que através de uma boa conversa acharam uma saída e conseguiram uma qualidade de vida bem satisfatória. Para participar é necessário agendamento, pelo telefone (11)3256-4831, de segunda à sexta-feira das 13:30 às 17:00 horas.
      Você será muito bem vinda!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  27. Manuel Nunes 30 de março de 2016 às 12:24 - Responder

    Venho só dar a conhecer a minha experiência
    Comecei aos 40 com uma forte depressão diagnosticada e medicada
    por psiquiatra
    No entanto sempre fui até essa data bastante hiperactivo, realizei
    centenas de projectos uns acabei com êxito outros ficaram na “gaveta”
    Face ao facto de não ter sido diagnosticado Bipolar mais cedo entre os
    20 e 25 anos , envolvi-me aos 35 anos num projecto onde perdi bastante
    seja em termos financeiros seja em termos familiares
    Só aos 50 é que após espera por consultas de psiquiatra em hospital público
    é que veio o diagnóstico de BIPOLAR
    .ASSIM TOMO HÁ 16 ANOS ANTIDEPRESSIVOS
    E HÁ 7 ANOS VALPROATO DE SÓDIO
    Estou bastante estabilizados e já realizo as tarefas profissionais com
    calma sem ansiedades.
    É uma doença muito complicada- a médica diz que tenho de tomar medicamentos
    toda a vida. NOS DIAS EM QUE NÃO TOMO posso facilmente perder o controlo

    ja aprendi a viver com isto
    e recomendo a quem agora descobrir que algo não esteja bem que
    peça ao psiquiatra para lhe ajudar

    • Equipe Abrata 31 de março de 2016 às 21:40 - Responder

      Prezado Manuel!
      Você tem razão quando diz que fazendo o tratamento correto, as chances de levar uma vida com bastante qualidade, é muito grande. Daí a importância de se ter disciplina, e comunicação com o profissional que faz o acompanhamento de cada um, para que se faça uma parceria.
      Parabéns Manuel, e que fique cada vez melhor!
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  28. Rita 2 de abril de 2016 às 02:32 - Responder

    Uma pessoa com transtorno bipolar tipo 1 que faça uso da mesma medicação há mais de 2 anos pode voltar a ter surtos psicóticos?

    • Equipe Abrata 3 de abril de 2016 às 22:15 - Responder

      Prezada Rita!
      Mesmo fazendo o tratamento corretamente, as chances de se ter algumas recaídas , ainda existem.
      Sugerimos que qualquer acontecimento pelo qual esteja passando, seja levado ao profissional que faz o seu acompanhamento, para que o mesmo veja ou não a necessidade de ajustes no tratamento.
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

  29. Marcelo 2 de abril de 2016 às 18:22 - Responder

    Cada vez tenho a consciência que só a psicoterapia com a medicação são capazes de amenizar a dor de uma pessoa deprimida. Não abandonar o tratamento, não deixar de tomar as medicação são formas , dentre outras, de se sentir mais feliz, mesmo sabendo que certas doenças mentais ainda não tem cura. Há muitos anos faço terapia. Aconselho às pessoas que tem esses tipos de doenças a não abandonar o tratamento, pois penso que é uma forma de se sentir melhor. Negar a doença não é o caminho. No meu caso já tive os mais variados tipos de diagnósticos, mas penso que muitas doenças ainda são mistérios, tanto para os profissionais da área, quanto para os pacientes. O caminho é esse…Continuar perseverante e não esmorecer. abraços

    • Equipe Abrata 3 de abril de 2016 às 22:06 - Responder

      Caro Marcelo!
      Você tem razão quando diz que tendo disciplina no tratamento, é a forma mais eficaz de se ter qualidade de vida. Paciência é fundamental para que se consiga conviver bem com qualquer transtorno do humor.
      Sugerimos que continue assim perseverante, como você mesmo relata, que com certeza valerá o esforço.
      Abraços!
      Equipe ABRATA!

      • walney 9 de junho de 2016 às 15:49 - Responder

        Desculpe, mas por motivos particulares, meu nome verdadeiro é Walney, gostaria de saber se este comportamento agressivo , este ciúmes infundados e extremo, esta possessão ( não posso assistir programas onde tem dançarinas Ex: faustão , ratinho , etc … ) é ligado a doença bipolaridade ou é da personalidade dela mesmo???

        • Equipe Abrata 6 de julho de 2016 às 21:46 - Responder

          Caro Walney

          O seu relato sugere que os comportamento da sua esposa estão relacionados aos sintomas da doença tendo em vista o não uso da medicação. Isto é, ausência da medicação que promove a remissão dos sintomas da doença, promovendo a estabilidade emocional.Com os sintomas da doença em alta, todos os comportamento e atitudes ficam alterados. A realidade e a fantasia misturam-se.
          A aceitação do tratamento não é algo tão simples como pode parecer à primeira vista. Aderir a um tratamento significa entrar em concordância com a conduta proposta pelo médico e equipe terapêutica. Infelizmente quando a pessoa não aceita que tem a doença, não toma a medicação, tudo torna-se bem mais complexo.
          Claro que não há solução mágica, um tratamento só acontece e é efetivo se houver uma participação ativa e concordante por parte do paciente. No entanto, é possível tentar um caminho (muitas vezes árduo e demorado) para tentar sensibilizar alguém que se suspeita sofrer de um transtorno do humor a, pelo menos, admitir que pode estar precisando de atenção especializada.
          No site vc também poderá baixar o livro em PDF – Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com a pessoa em diversas situações.
          Abraços
          Equipe ABRATA

    • walney 9 de junho de 2016 às 15:44 - Responder

      nobre colega Marcelo , o que está agravando ainda mais a situação é o fato dela estar indo nas igrejas evangélicas e , achar que Deus vai cura-la e tem dias que não toma a medicação Geodon 40mg , daí quando não toma não consegue dormir .

      • Equipe Abrata 6 de julho de 2016 às 21:39 - Responder

        Caro Walney

        Segue a sua resposta ao Marcelo.
        A sua esposa faz acompanhamento com psicólogo? Esse profissional poderá muito apoiá-la e ajudá-la a compreender a doença e adesão ao tratamento.
        Abraços
        Equipe ABRATA

    • Ana Paula 14 de junho de 2016 às 11:22 - Responder

      Realmente Marcelo,acredito ser este o caminho. A psicoterapia é um instrumento de fundamental importância. Muitas vezes estamos sempre em um clinico geral, preocupamos em cuidar do corpo, e esquecemos da mente que comando todo o resto..

      • Equipe Abrata 15 de junho de 2016 às 17:49 - Responder

        Ana Paula
        Agradecemos o seu contato e comentário.
        Abraços
        Equipe ABRATA

  30. walter 28 de abril de 2016 às 17:07 - Responder

    sou casado há 10 anos com uma mulher bipolar , e digo , me perdoem , é perda de tempo tentar e tentar , pois esta doença é terrível , a pessoa é uma bomba relógio , quando você chega do trabalho você não sabe quem irá encontrar , falta de discernimento , egocentrismo , fala demais , ciúmes sem fundamentos , barracos , ingratidão , nada do que você faz está bom , pode dar um carro de ouro , que poucos dias depois nem se lembra , totalmente agressiva , sou espancado frequentemente , não posso assistir um filme ou um programa de TV , se estiver assistindo e aparecer uma mulher sensual na TV manda eu tirar na mesma hora , se eu encontrar uma ex-colega de faculdade na rua ( se for bonita ) tenho que ignorar , pois se estiver com ela , ( só Deus sabe o que pode acontecer ) apronta e apronta , e logo após age como se nada tivesse acontecido , viver com uma esposa bipolar é renunciar a si mesmo , a sua felicidade , é ser um zumbi , é ficar doente aos poucos , e ser alvo constante de injustiças , é viver com uma pessoa que você não conhece e nunca irá conhecer , que Deus tenha misericórdia a todos que passam por esta situação .

    este é um breve relato de um marido desesperado e sem esperanças que fez a burrada de casar com uma mulher bipolar , estou prestes a me divorciar , a vida só temos uma , e o tempo passa sem pausa .

    Walter ( advogado , contador , funcionário público e BURRO )

    • Equipe Abrata 8 de junho de 2016 às 22:22 - Responder

      Caro Walter

      Segundo especialistas, as pessoas devem investir até onde acreditar que pode dar certo. Esgotadas todas as possibilidades, talvez seja a hora de colocar o amor próprio em primeiro lugar e partir para outra. É importante considerar, por exemplo, o quanto o comportamento do outro vem prejudicando a sua vida, os reais sentimentos e se, apesar de todos os seus esforços e sua compreensão, a pessoa não faz nada para mudar. E caso seja a separação, esse rompimento, no entanto, deve ser gradual: “Se você entrou na relação e durante um tempo conviveu com um parceiro problemático, precisa ter consideração na hora de partir. É preciso explicar que tentou de todas as formas, que acreditava que poderia suportar as fragilidades alheias, mas que a convivência se tornou insustentável. Não simplesmente para fazer a mala e ir embora. A separação precisa ser construída, para que a pessoa que será deixada não fique ainda mais desestruturada.”
      Ninguém se casa com um diagnóstico, a escolha é de uma pessoa que apresenta defeitos e qualidades. O que inviabiliza a relação não é a doença, mas a atitude da pessoa que tem o transtorno. Existem pessoas que se cuidam, procuram sempre melhorar e estão felizes nos seus relacionamentos, apesar da doença. As pessoas que não se cuidam também descuidam dos seus relacionamentos, e aí pode se chegar a um limite insuperável.
      Abraços
      Equipe ABRATA

      • walney 9 de junho de 2016 às 15:41 - Responder

        obrigado pelo comentário , na realidade , isso já estou tentando fazer , cheguei a pedir ajuda para os pais dela , para que volte para a casa deles ou da avó que era onde morava antes , disse como eles se sentem de ver uma filha infeliz ao lado de um marido que não a ama e vice-versa , digo a ela que chegou no limite onde não consigo mais perdoar , como você mesmo disse fica insustentável perdoar hoje e a pessoa fazer tudo de novo após 2 ou 3 dias , sofremos eu ela e minha filha , os pais delas tentam desconversar , sabe que será um problema para eles aceitarem ela de volta , eles pouco se importam com a filha se está sendo infeliz ou não , sou casado no regime de separação de bens , mas até o Juiz der o divórcio , pode ser que eu não tenha mais uma casa para morar , pois ela mesmo disse que explodirá minha residência , ligará o gás e deixará explodir , não é só a doença não , ela é ruim mesmo , tem índole ruim , desde criança segundo relatos dos irmãos era extremamente agressiva , estou em beco sem saída .

        • Equipe Abrata 13 de junho de 2016 às 19:19 - Responder

          Caro Walney

          Toda a situação relatada é muito delicada, merece um olhar e ações cuidadosas. Infelizmente, a situação chegou num estado de muito estresse para todos o que dificulta as tomadas de decisões. Uma pessoa que tem doença grave crônica e não se cuida, familiares que parecem não contribuir e oferecer apoio, entre tantas outras situações extremas. Mas, vc pensou na possibilidade de buscar um apoio psicológico pra vc e para a sua filha? Quem sabe assim vcs se fortalecem emocionalmente, recebem um apoio para lidar com todo o estresse cotidiano conforme o seu relato e ainda poderá facilitar a busca de novos caminhos e também vislumbrar como agir, apesar dos desgastes existente.
          No site da ABRATA vc também poderá baixar o livro em PDF – Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com a pessoa com TB em diversas situações. Quem sabe vc encontre alguma sugestão que possas facilitar o seu cmainho.
          Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
          Grande abraço
          Equipe ABRATA

  31. Mariana de Jesus Martins e Silva 14 de maio de 2016 às 11:43 - Responder

    Muito obrigada pelo excelente texto.
    Meu filho de 11 anos foi diagnosticado como Bipolar, depois de uma longa e sofrida caminhada e os mais variados diagnósticos.
    Infelizmente esta pela segunda vez afastado da escola até que o novo medicamento faça efeito.
    Temos sofrido muito pois além do preconceito e rejeição dos colegas aos profissionais da escola não endêmicas o transtorno e querem sugerir Ritalina no tratamento, a médica diz ser incompatível com o quadro. Ela faz uso de Valproato de Potássio, Rispirodona e agora Longactil. Estou insegura não sei mais o que fazer. Socorro!!!

    • Equipe Abrata 2 de julho de 2016 às 19:24 - Responder

      Olá Mariana

      Desculpe-nos pela demora em lhe responder. Estamos com muitas mensagens.
      Agradecemos o seu contato.O diagnóstico na infância, em geral é uma longa jornada. Há também muita dificuldade com a medicação e muitas vezes é necessário associar vários remédios.
      Mas, pelo menos você conseguiu precocemente e assim, aumentam as chances de intervenção.
      A questão escolar é muito delicada. Alem dos professores não estarem muito preparados, ha muita dificuldade me lidar com as diferenças.
      Assim, sugerimos que você procure uma escola inclusiva e que o psicologo ou psiquiatra conversem com os professores sobre o TB e as dificuldades que seu filho enfrenta.
      Seguem algumas sugestões para serem discutidas com a Coordenação Pedagógica:
      1. Avaliar as condições psicopedagógicas do aluno
      2. Se ele apresentar dificuldades no rendimento, devera ser ajustado o ambiente escolar a esta nova situação vivida pelo aluno
      3. Estabelecer uma conversa entre o colégio e a família, médico e o coordenador pedagógico
      4. Inserir o aluno ema classe com melhores condições de tranquilidade sem outros alunos com comportamento opositor.
      5. Adaptar, se necessário, o currículo e provas as reais possibilidades do aluno.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  32. jorge da silva 19 de maio de 2016 às 18:43 - Responder

    Queria saber se quem tem transtorno bipolar de humor tipo 1, tem também distimia,ou não?

    • Equipe Abrata 13 de junho de 2016 às 18:37 - Responder

      Prezado Jorge,

      A rigor, a distimia não existe junto com o transtorno bipolar, porque um dos critérios para a exclusão do diagnóstico de distimia é o paciente ter apresentado, pelo menos uma vez na vida, um episódio de mania e/ou hipomania. Quando isso acontece, o paciente tem transtorno bipolar e não distimia.
      O que acontece, e que pode dar a impressão de que o portador do transtorno bipolar tem distimia, é que ele pode apresentar sintomas depressivos persistentes, mesmo leves, indicando que não foi alcançada a remissão de um episódio de depressão do transtorno bipolar. Aliás, infelizmente isso não é incomum e o tratamento do episódio de depressão bipolar pode representar um desafio para o psiquiatra, que deve investigar extensamente os fatores que podem estar dificultando a recuperação total do paciente.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  33. Ana Paula 14 de junho de 2016 às 11:14 - Responder

    Bom dia a todos!!
    Fiquei assustada com o depoimento de Walter. Eu sou casada com um bipolar há 13 anos, me identifico com muitas de suas vivências. Meu esposo já passou pela Eletroconvulsoterapia, e os resultados são mínimos. Hoje sou estudante de Psicologia, um tanto motivada pelo dilema que vivo no lar. Minha situação é um pouco diferente da de Walter, prq ele aceitou a doença, buscou tratamento, e se mantém medicado. Mas só quem vive, sabe o que é lidar com um desconhecido em casa a cada amanhecer. No comportamento de um bipolar tudo tem um significado, o silêncio fala, a euforia fala, e as compulsões e manias são intensas. O descontrole financeiro, auto estima baixa, tudo colabora para disparar o gatilho dos sintomas no portador. Eu lido com isso diariamente, não sei até quando! Tenho três filhas que são apaixonadas pelo pai, e eu temo muito a influência hereditária nelas, e temo que uma separação seja gatilho para desencadear nelas a doença. Enquanto isso, a gente vai se anulando, porque nunca se sabe o que pode acontecer no dia seguinte.

    • Equipe Abrata 15 de junho de 2016 às 17:48 - Responder

      Querida Ana Paula

      Depoimentos como seu são extremamente valorosos para a pessoa que recebeu o diagnóstico do transtorno bipolar assim como os familiares e demais pessoas que a amam. Lidar com uma doença crônica, seja ela qual evoca os nossos mais profundos sentimentos, desde os mais positivos até os negativos, que na maioria das vezes não desejamos estar sentindo-os. Mas o importante ante todo um quadro de doença será manter a chama da esperança, do respeito da dignidade. Todos sofrem! Ninguém mais ou menos.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  34. Marcelo 23 de junho de 2016 às 12:42 - Responder

    É horrível. Parece que a rotina é quebrada no meio da semana. Não consigo sair de casa para trabalhar. São 30 anos de serviço público, mas a depressão, ou qualquer estado que sinto, me paralisa, não me permite sair… Penso no mundo que hoje vivemos e fico com medo… As estatísticas estão aí para todos verem! Parece, até certo ponto, um medo racional. Os pensamentos, que poderiam ser positivos, não vem. Penso que terei a minha consulta com o médico e ele vai me dar um atestado para estes dias… Então me acomodo. Os medicamentos parecem me irritar também. A vida é muito difícil para quem este tipo de doença! Escrevo… Tento desabafar através de meus textos, pois vejo nisto uma válvula de escape; rezo para Deus me ajudar. abraços

    • Equipe Abrata 30 de julho de 2016 às 18:59 - Responder

      Caro Marcelo

      Compreendemos os sentimentos e sintomas aos quais vc refere-se. São sintomas da depressão. São horríveis mesmo, trazem muito sofrimento e na maioria das vezes aprece que não somos capazes de lidar e conviver com todos estes sintomas tão negativos. Sintomas que vc parece conhecer e conviver de longa data. A depressão é um estado de humor que dura pelo menos duas semanas em que o humor fica deprimido, melancólico, “para baixo”. A pessoa sente angústia, ansiedade, desânimo e falta de energia. Também se sente apático, perde a motivação, tudo fica sem graça ou sem sentido, nada o satisfaz. Torna-se negativista, preocupa-se com tudo. A depressão pode ser intermitente ou contínua, durar algumas horas do dia ou o dia inteiro, durar semanas, meses ou anos. O sofrimento costuma variar de intensidade ao longo do tempo.E é isso que relata.
      As dificuldades são maiores quando a pessoa não aceita ser o diagnóstico e aceita o tratamento. E quando os sintomas da depressão se instalam, essa situação fica mais difícil e estado de ânimo não contribui. Apesar da falta de energia e disposição é importante buscar apoio, procurar pelo médico, conversar com o médico sobre os medicamentos, sobre os efeitos colaterais e a possibilidade de buscar também o apoio da psicoterapia e dos familiares e de uma pessoa que vc confia. Apesar do difícil momento vc é a pessoa mais interessada na sua melhora e deve sempre se lembrar tem uma doença, mas não é um doente. Não é isso que o define como ser humano. reconhecer que que vc é o co-responsável pelo sucesso do tratamento e deve estimula-lo a participação ativa no seu processo terapêutico como um todo.
      Ressaltamos que é extremamente importante manter a rotina do seu sono, dormir e levantar sempre no mesmo horário. Evite utilizar álcool e drogas, porque estas substâncias causam desequilíbrio no funcionamento do cérebro. Freqüentemente provocam alterações do humor e do ânimo e interferem diretamente no tratamento. Evite tomar drinques para “melhorar o ânimo” ou “ajudar no sono”, porque só podem piorar.
      Marcelo Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidar para participar do Grupo de Apoio Mútuo para a pessoa com depressão. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h.
      Conte conosco!
      Abraços
      Equipe ABRATA

  35. Claudia 26 de junho de 2016 às 20:43 - Responder

    Fiquei impressionada ao relato da vida do Walter, pois minha vida era idêntica. A convivência com um bipolar é se anular a tudo e a todos, é mesmo assim não ficam satisfeitos tem que comer o horário que querem, escolher a comida local e tudo mais é mesmo assim não está bom, encontram algum motivo para brigar e ofender desde um sinal que fechou ou carro que buzinou. São pessoas egoístas, vingativos e tem ciúmes de tudo não podia olhar para lugar nenhum que estava procurando homem, uma loucura, é na frente do meu filho. Vc nunca sabe o que pode falar e como vai encontrar o bipolar mesmo medicado e bem medicado, pois existem muitos efeitos colaterais e meu ex marido ( me separei depois de 14 anos), era muito irritado e reclamava bastante, minha vida era como andar em ovos, a qualquer hora podia quebrar.
    Até a data que ele surtou totalmente e me espancou na frente do meu filho e foi o fim.Por isso acho que a separação é a melhor solução tendo em vista a doença psiquiátrica não ter cura.

    • Equipe Abrata 5 de julho de 2016 às 16:27 - Responder

      Prezada Claudia

      Cada história de vida tem um caminho a ser seguido. Nos grupos de apoio da ABRATA também recebemos relatos de casais que apesar da presença de uma doença mental, conseguem superar as dificuldades e levam em frente a vida a dois. Sabemos que existem momentos de grande desgastes, estresses e conflitos como os relatados por vc. É essencial que cada um de nós sinta-se bem com a escolha que realiza. Escolhas, as vezes difíceis de fazer, apesar de ainda existir afeto, carinho, mas também existe o cansaço, os medos e a inseguranças. um turbilhão de sentimentos que se misturam fervorosamente. Conviver com uma doença mental, apesar dos avanços científicos, ainda é muito ameaçador pra todos. Para a família, para a pessoa que recebeu o disgnóstico e infelizmente para a sociedade como um todo. Exitem muitos mitos… que só complicam a vida de todos, provocando não aderência ao tratamento medicamentoso, negação do tratamento psicológico, negação em realizar mudanças na rotina de vida diária, entre mais dificuldades. A doença mental, como qualquer outra doença crônica, tem difícil aceitação. Isso é real! Mas também é real que essa é uma doença do cérebro e que nos últimos dez anos novas pesquisas cientificas foram realizadas promovendo grande avanço e conhecimento nesta área da medicina, trazendo as pessoas mais qualidade de vida e possibilidade de vida produtiva.
      Cada família faz as suas escolhas diante da situação que vive. Nenhum de nós poderá julgar ou determinar qual o melhor caminho. O mais importante será sempre manter a esperança de um bem viver, a dignidade do ser humano apesar das dificuldades que muitas vezes nos são impostas e que não desejaríamos recebe-las, jamais.
      Grande abraço
      Equipe ABRATA

  36. walney 5 de julho de 2016 às 17:08 - Responder

    Diante de todos esses relatos ficamos assustados, há muitas pessoas que tem esta doença e nem se dá conta, antes quando tinha esperança dela mudar ainda lutava, revidava as agressões, mas de um ano para cá eu simplesmente desisti do casamento, por isso não luto mais, ela me agride com as mais variadas palavras de baixo calão, me agride fisicamente, cospe na minha cara e eu simplesmente não faço nada, pois estou decidido de me divorciar, só estou esperando até final do ano para que eu quite minhas dividas e, possa pagar a pensão alimentícia a minha filha sem que fique muito onerado. Aconselho a quem namora ou é noivo(a) de um bipolar, pense muito bem antes do próximo passo, pois esta doença não tem cura e vc estará casado com uma bomba relógio, agora se vc é sadomasoquista, vá em frente, pois sofrimento não lhe faltará. (com todo respeito mas esta é a mais pura verdade)

    • Equipe Abrata 6 de julho de 2016 às 21:09 - Responder

      Caro Walney

      Como já lhe escrevemos anteriormente, cada pessoa deve investir num casamento até onde acreditar que pode dar certo e sentir-se bem, apesar das dificuldades que surgem. Esgotadas todas as possibilidades, talvez seja a hora de colocar o amor próprio em primeiro lugar e partir para outra. É importante considerar, por exemplo, o quanto o comportamento do outro vem prejudicando sua vida, os reais sentimentos e o que implica conviver com uma pessoa com transtorno bipolar, que parece não tratar-se e se, apesar de todos os seus esforços e sua compreensão, a pessoa não faz nada para mudar. Isso vale pra quase todos os relacionamentos conjugais, mesmo quando um dos cônjuge apresenta uma doença crônica, que seja transtorno bipolar ou qq outra doença crônica.
      E neste caso, o ideal é que a separação possa ser construída, para que a pessoa que será deixada não fique ainda mais desestruturada e a que decide tomar a decisão, sinta-se segura do caminho que está buscando. Cuidando para que todos saiam com menos feridas das que já adquiriram no passar dos dias.
      Gostaríamos de compartilhar com vc que também recebemos muitos depoimentos de casais, sejam por aqui, ou nos grupos de apoio mútuo, e que levam em frente o casamento apesar da presença de uma doença crônica, de um transtorno bipolar. Alternam, obviamente, com períodos suaves e estáveis e algumas vezes com a presença de um episódio de depressão ou mania e ainda contam com o apoio dos filhos.
      De fato a vida conjugal exigem muita compreensão, cumplicidade, abrir mão de alguns posicionamentos, entre outros sentimentos complexos. Somando a presença de um transtorno mental em um dos pares, naturalmente tudo poderá ficar muito, muito mais complexo e o convívio torna-se desgastante e conflituoso. Mas cada um escreve a sua história e faz a sua escolha.
      Desejamos muita paz em sua vida! Serenidade e paz com as escolhas parece querer fazer.
      Grande Abraços
      Equipe ABRATA

  37. walney 7 de julho de 2016 às 14:38 - Responder

    muito obrigado pela resposta , gostei da parte ( amor próprio ) , realmente , quando tenta-se de tudo e nada funciona , o amor próprio deve prevalecer , no meu caso específico amor a minha filha também que vê tudo angustiada , em relação a separação deve ser construída , gostei disso , e isto já estou fazendo faz tempo , ( construindo a separação ) o único problema é que como já disse várias vezes que iria separar e não o fiz , ela sempre acha que estou blefando , mas desta vez é pra valer , será o melhor para todos .

    muito obrigado .

    • Equipe Abrata 17 de julho de 2016 às 12:13 - Responder

      Caro Walney
      Que bom que contribuímos.
      Estamos por aqui.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  38. Patrícia 29 de julho de 2016 às 16:57 - Responder

    Gosto muito do site , me sinto acolhida aqui…

    • Equipe Abrata 29 de julho de 2016 às 18:28 - Responder

      Patricia

      Sinta-se acolhida, sempre. Conte conosco.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  39. Cláudia 1 de agosto de 2016 às 17:15 - Responder

    Olá meu pai tem 59 anos e tem transtorno bipolar. Eu tenho 24 anos e desde os meus 9 anos escuto ele falar em suicídio em alguns períodos, comprar carros e fazer grandes dívidas em outros, ele vai ao psquiatra há mais de 10 anos mas não toma os remédios todos os dias e ainda toma bebida alcoolica. Pois bem tenho algumas perguntas quais a chances de eu ou um dos meus dois irmãos desenvolvermos o transtorno? O transtorno bipolar pode levar a morte por outros motivos sem ser o suicídio ? ouvi dizer que os medicamentos fortes podem levar a ataques do coração com o tempo. Percebo que com o passar do tempo as crises de euforia do meu pai tem ficado cada vez maiores ou seja até onde isso pode chegar?

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2017 às 18:55 - Responder

      Olá Claudia

      Respondemos a sua mensagem anterior. Mas vamos responde-la também nesta mensagem.
      Não há evidências de que as medicações possam gerar diretamente um ataque cardíaco. A adesão medicamentosa é um tema importante e deve ser discutido de forma mais detalhada entre seu pai e o médico dele.
      A literatura descreve taxas que variam entre 20 a 30% de chance a mais de um indivíduo desenvolver um transtorno bipolar caso haja parentesco de primeiro grau, se comparado com a população geral.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  40. Cláudia 1 de agosto de 2016 às 17:20 - Responder

    Olá gostaria de saber se o transtorno pode levar a morte por outras causas sem ser suicídio ouvi dizer que os médicamentos podem levar a ataques cardíacos. Meu pai tem evai ao psquiatra a mais de 10 anos mas não toma os remédios direito. Qual a probabilidade de eu ou um dos meus dois irmãos desenvolvermos a doença ?

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2017 às 18:53 - Responder

      Prezada Claudia
      Primeiro desculpe-nos pela demora na resposta. Estivemos sem voluntários por um período.
      Não há evidências de que as medicações possam gerar diretamente um ataque cardíaco. A adesão medicamentosa é um tema importante e deve ser discutido de forma mais detalhada entre seu pai e o médico dele.
      A literatura descreve taxas que variam entre 20 a 30% de chance a mais de um indivíduo desenvolver um transtorno bipolar caso haja parentesco de primeiro grau, se comparado com a população geral.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  41. Joao Medeiros 8 de setembro de 2016 às 07:32 - Responder

    Acredito que o tema é mal abordado quando se evidencia somente as alterações de humor. Atualmente qualquer paciente que apresente psicose, quando não visto imediatente como esquizofrênico, por pura insegurança, inexperiência e até incompetência, é classificado portador do transtorno esquizoafetivo. Historicamente, a psicose foi um ponto central dos estudos clínicos da doença, mas hoje, talvez pelo rótulo mais abrangente de bipolaridade e não mais psicose maníaco depressiva, tornou-se excessivamente diagnosticada no tipo 2 deprresivo, e muito pouco diagnostica no tipo 1. Receber um paciente psicótico e reconhecer o transtorno de humor, é um ou outro médico que é capaz de fazer.

    • Equipe Abrata 5 de novembro de 2016 às 18:11 - Responder

      Prezado João Medeiros

      Infelizmente, o seu depoimento também é uma realidade em nosso pais. Ainda precisamos muito que os profissionais de saúde se aprimorem no diagnóstico dos transtornos mentais e que naturalmente isso repercuta positivamente na vida das pessoas que procuram pela psiquiatria. E que também o nosso país invista mais nas politicas públicas de saúde mental.
      Abraços
      Equipe ABRATA

  42. Arlete 3 de outubro de 2016 às 21:54 - Responder

    Minha filha tem 25 anos e por muitos anos tomou remédios para controlar os sintomas da bipolaridade, mas a deixavam dopada até que parou com o tratamento. Encontra-se estável, mas tem dias em que está deprimida, outros triste e pior que não tem interesse por nada. Não trabalha nem estuda. Não sei mais o que fazer para ajudá-la.

    • Equipe Abrata 9 de fevereiro de 2017 às 11:36 - Responder

      Olá Arlete.

      O tratamento para o transtorno bipolar é para a vida toda.
      Sugerimos que a sua filha retome o tratamento para evitar os sintomas que apresenta.
      Sabemos que muitas pessoas desistem do tratamento medicamentoso em função dos efeitos colaterais. Porém, esquecem-se que a doença
      pode retornar e, às vezes, as crises são mais fortes.
      Há muitos medicamentos no mercado brasileiro com menos efeitos colaterais. O médico poderá avaliar o que é melhor para sua filha.
      Em resumo: a sua ajuda é fundamental para conscientizar a sua filha sobre a necessidade de tratamento contínuo para que sejam
      reduzidas as chances de crise, controle da evolução do transtorno, redução das chances de suicídio e redução da intensidade de
      eventuais episódios.

      Um grande abraço.
      Equioe ABRATA.

  43. Fábio Oly 22 de outubro de 2016 às 09:18 - Responder

    Olá.
    Sou esposo de uma portadora.
    É do quadro o paciente exagerar os acontecimentos e também simular histórias com riqueza de detalhes?
    Mentir e fazer coisas escondidas é do quadro ou o paciente usa a doença como álibi?

    • Equipe Abrata 8 de fevereiro de 2017 às 18:58 - Responder

      Olá Fábio.

      Cada pessoa apresentar um quadro dentro do transtorno bipolar.

      É uma doença complexa … caracteriza-se pela instabilidade do humor.

      Os especialistas médicos têm sugerido a associação do tratamento medicamentoso com a psicoterapia.

      Quais são os objetivos do tratamento psicológico para pacientes bipolares:
      – Ter consciência da enfermidade;
      – Detectar precocemente os sintomas mais comuns da bipolaridade;
      – Aderir ao tratamento;
      – Prevenir conduta suicida;
      – Controlar o estresse;
      – Evitar abuso de substâncias;
      – Alcançar uma regularidade no estilo de vida;
      – Conhecer e enfrentar as consequências psicossociais dos episódios passados e futuros;
      – Melhorar a atividade social e interpessoal entre episódios;
      – Aumentar o bem-estar e melhorar a qualidade de vida.

      Indicamos a você a leitura do livro GUIA PARA CUIDADORES DE PESSOA COM TRANSTORNO BIPOLAR. Baixe no endereço eletrônico:
      https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  44. Daiane Lorena de oliveira 2 de novembro de 2016 às 15:31 - Responder

    Sou bipolar,mais ainda tenho muitas dúvidas,com respeito a se sou tipo 1 ou 2,se o psiquiatra está mesmo certo,se o tratamento está adequado….me sinto muito confusa,tenho a impressão que meu tratamento não está correto,não sei…tenho muitos pensamentos negativos,vontade de desistir de tudo…Não me sinto uma pessoa feliz…como eu queria ter certeza das coisas….como eu queria um tratamento adequado…acho que preciso de ajuda,mais não sei o que fazer…onde eu moro não tem ABRATA…que triste.

    • Equipe Abrata 6 de fevereiro de 2017 às 18:43 - Responder

      Prezada Daiane.

      Converse francamente com o seu médico, fale de suas dúvidas, incertezas …
      Procure, também, uma terapia.
      Segundo os médicos, a combinação do tratamento medicamentoso com a psicoterapia tem dado muito certo, os resultados
      têm sido muito positivos.
      E não desista, cuide-se!

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

  45. caio 24 de dezembro de 2016 às 11:17 - Responder

    Gostaria de saber se um adolescente com transtorno bipolar tem o direito de saber sobre a sua doença, se é viável explicar para o mesmo sobre isso.

    • Equipe Abrata 30 de janeiro de 2017 às 19:35 - Responder

      Caio
      Obrigada pelo contato.
      Se um(a) adolescente tiver Transtorno Bipolar é muito importante que ele saiba o diagnóstico e seu tratamento.
      Lógico que para cada idade haverá uma explicação mais apropriada.
      É muito importante que eles sejam parte ativa do tratamento, dos remédios que irão tomar, das terapias que deverão se submeter. Isto garante a adesão ao tratamento, diminui os risco de abandono do mesmo e consequentemente, de recaídas e diminui o risco de tentativas de suicídio.
      A ABRATA tem um material adaptado para adolescente e um grupo para adolescentes.
      Se vc reside em SP, aproveitamos a oportunidade e lhe convidamos para participar do Grupo de Apoio Mútuo aos familiares. Convide o seu filho par o Grupo de Adolescentes. São grupos separados. Eles acontecem na terça, quinta e sábado. Faça a sua inscrição, primeiro para o Grupo de Acolhimento pelo telefone (11) 3256-4831 de 2ª a 6ª feira das, 13h30 às 17h,
      Os Grupos de Apoio Mútuo /GAMs são constituídos por pessoas com depressão e bipolaridade ou familiares cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      No site da ABRATAvc também poderá baixar o livro em PDF – Guia para cuidadores de pessoas com transtorno bipolar. Além de informações sobre a doença e traz muitas dicas sobre como lidar com o portador em diversas situações. Link: https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Assista também aos vídeos da ABRATA sobre diversos temas relacionados ao transtorno bipolar; https://www.youtube.com/user/abrataorg
      Abs
      Equipe ABRATA

  46. Marco 4 de janeiro de 2017 às 21:25 - Responder

    Boa Noite! ouvi dize que bipolaridade era deficiência. Gostaria de saber se é verdade.
    Grato.

    • Equipe Abrata 17 de janeiro de 2017 às 18:05 - Responder

      Caro Marco

      O transtorno bipolar não é uma deficiência. Está classificada como um transtorno mental. E quando a pessoa faz o tratamento adequado ela alcança a estabilidade e bem estar na vida, retomando a sua rotina familiar, social, conjugal e profissional. A pessoa apresenta os sintomas somente durante o período dos episódios ou crises.
      Entre no site da ABRATA e veja os folhetos disponíveis para leitura. https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Abraços
      Equipe ABRATA

  47. Marcelo 16 de fevereiro de 2017 às 02:30 - Responder

    Fui psicótico, tomava medicamento. O transtorno passou a ser depressão, tomo os medicamentos. Pode voltar algum dia o transtorno psicótico? ABRAÇOS.

    • Equipe Abrata 16 de fevereiro de 2017 às 10:15 - Responder

      Olá Marcelo.

      Muitas pessoas que têm o transtorno bipolar e fazem tratamento contínuo perguntam sobre a possibilidade de crises.
      O tratamento do transtorno bipolar é bastante complexo. Em alguns casos, pode funcionar muito bem por um período,
      mas não resiste a episódios graves de estresse. Situações como brigas, luto, desemprego, cansaço ou até mesmo uma
      alteração na rotina podem provocar uma crise depressiva ou maníaca com psicose.
      Assim, um tratamento que resolveu o problema quando um paciente é diagnosticado pode não funcionar em novas crises,
      pois ele ainda não é consistente o suficiente. Neste caso, é preciso fazer ajustes de dose para garantir uma
      estabilidade, evitando novos episódios.
      Depois de resolver a crise inicial, o processo de adequação de tratamento pode levar até 2 anos para se tornar
      eficiente. No entanto, ainda assim, podem ocorrer recaídas.
      Fique atento aos sinais e procure rapidamente ajuda.

      Abraços.
      Equipe ABRATA.

      • Wiara 4 de março de 2017 às 04:19 - Responder

        Na verdade gostaria de fazer uma pergunta.
        Quando surtava muito, acho que duravam horas( perda total da mente, tinha apagões). Comecei a surtar depois que tive a minha filha.
        Sempre era assim: eu estava, por exemplo, lavando vasilha, quando de repente já estava em um hospital psiquiátrico em observação.
        Nunca me disseram o que eu fazia nesse tempo de “apagão”. Só fiquei sabendo do meu diagnóstico quando o psiquiatra se distraiu li meu prontuário rapidamente. E estava : paciente com esquizofrenia leve, depressão profunda e distúrbio do humor e personalidade ( bipolar)
        Aí comecei a me aprofundar sobre o caso para saber o que eu tinha. Não é fácil, tem dias que tenho vontade de desistir de tudo. Ainda estou muita confusa com isso.

        • Equipe Abrata 4 de março de 2017 às 06:10 - Responder

          Querida Wiara.

          Reconhecemos o quanto deve ter sido difícil para você sofrer o impacto do diagnóstico. Quase todas as pessoas reagem dessa forma, é normal.
          Mas veja pelo lado bom da coisa: você já possui um diagnóstico e, com certeza, está se submetendo ao tratamento recomendado.

          Um problema grave na psiquiatria é a demora no diagnóstico correto e o consequente tratamento adequado das patologias. Talvez o problema mais grave seja em relação ao Transtorno Bipolar (TB). Muitas vezes, os pacientes são erroneamente diagnosticados e tratados como esquizofrênicos, devido aos episódios psicóticos; em outras, nas formas mais leves do transtorno, como deprimidos, devido ao não reconhecimento de alguns sintomas, como irritabilidade, impulsividade e hiperatividade.

          Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.

          De acordo com o tipo, gravidade e evolução da doença, a prescrição de medicamentos neurolépticos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e estabilizadores de humor, especialmente o carbonato de lítio, tem-se mostrado útil para reverter os quadros agudos de euforia e evitar a recorrência das crises. A associação de lítio com antidepressivos e anticonvulsivantes tem demonstrado maior eficácia para prevenir recaídas. No entanto, os antidepressivos devem ser utilizados com cuidado, porque podem provocar uma guinada rápida da depressão para a euforia, ou acelerar a incidência das crises.

          A psicoterapia é outro recurso importante no tratamento da bipolaridade, uma vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas características da doença, ajuda a prevenir a recorrência das crises e, especialmente, promove a adesão ao tratamento medicamentoso que, como ocorre na maioria das doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida.

          Saiba, Wiara, que com esse tratamento e com a ajuda da psicoterapia você poderá levar uma vida normal, produtiva e satisfatória.

          Um grande abraço.
          Equipe ABRATA.

  48. karen mirayne giachin 26 de fevereiro de 2017 às 21:20 - Responder

    Tenho trastorno bipolar e faço tratamento,porém minha medica disse que meu cérebro encharca com medicamento além destes que tomo. Por que isso acontece?

    • Equipe Abrata 27 de fevereiro de 2017 às 11:08 - Responder

      Olá Karen.

      A sua médica pode responder porque isso acontece.
      Por outro lado, você pode consultar um neurologista para avaliá-la, levando em conta a explicação de sua psiquiatra.

      A Neurologia é a especialidade que se dedica ao diagnóstico e tratamento das doenças que afetam o sistema nervoso (cérebro, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal e nervos) e os componentes da junção neuromuscular (nervo e músculos).
      As doenças mais comuns tratadas pelo neurologista são:
      Cefaleias ou dores de cabeça
      Distúrbios do sono (insônia, excesso de sono, sono não restaurador, ronco, apneia do sono)
      Doenças cérebro-vasculares (AVC) ou “derrames”
      Distúrbios do movimento (como tremores, tics e doença de Parkinson)
      Demências (como doença de Alzheimer)
      Doenças desmielinizantes (como a Esclerose Múltipla)
      Neuropatias periféricas (como a diabética)
      Doenças musculares e de junção (como a Miastenia Gravis)
      Desmaios, crises convulsivas e epilepsias
      Tonturas e vertigens
      Infecções do sistema nervoso (como meningites e encefalites)
      Tumores
      Doenças degenerativas
      Déficit de atenção e hiperatividade
      Formigamentos, perda de memória, confusão, perda de força, alteração na visão, mudança de comportamento, etc

      A neurologia tem interface com a psiquiatria e pode tratar de casos de depressão, ansiedade, irritabilidade, pânico, etc.

      ABS.
      Equipe ABRATA.

  49. ALINE 8 de março de 2017 às 17:59 - Responder

    Tem dias que sou muito feliz, já há dias que quero sumir do mapa, ficar sozinha, não falar com ninguém, isso é confundido com ser antissocial.

    • Equipe Abrata 9 de março de 2017 às 09:24 - Responder

      Prezada Aline.

      Sugerimos que procure um médico psiquiatra para que faça um diagnóstico apropriado a respeito dos sintomas que você
      apresenta.
      Na hora de avaliar a pessoa o médico psiquiatra leva em consideração todos os fatores que compõem a existência humana como as perspectivas de vida, as atitudes psicológicas e a forma de se relacionar sociavelmente, além dos exames físicos como testes neurológicos, psicológicos, eletros, encefalograma e tudo que possa constatar de fato a doença, os psiquiatras são os únicos responsáveis pela saúde mental que podem utilizar deste tipo de exame para diagnósticos clínicos.

      Abraços.
      Equipe ABRATA.

      • ALINE 4 de maio de 2017 às 14:05 - Responder

        Obrigada, em breve estarei buscando ajuda profissional, infelizmente dependo da liberação de meu plano. Vai dar certo :*

        • ALINE 4 de maio de 2017 às 14:18 - Responder

          Tem dias que sinceramente perco a vontade de viver, sair, ver pessoas. Já tem dias que estou de bem com a vida, a melhor de todas, até me sinto bem sucedida, não sei de onde tiro essa sensação, mas é tão prazerosa, às vezes me acho maluca, porque na semana seguinte estou deprimida, irritada, reclamando da vida e de todos ao meu redor. Quem gosta de pessoas assim? Quem entende que eu possa estar doente? As pessoas não se importam a bem da verdade!

          • Equipe Abrata 6 de maio de 2017 às 11:47

            Prezada Aline.

            Somente um profissional da saúde mental pode avaliar os sintomas que você descreve. O médico psiquiatra é a pessoa mais indicada.

            Abraços.
            Equipe ABRATA.

  50. Maria 9 de março de 2017 às 22:47 - Responder

    Tenho um familiar bipolar do tipo 1, mas vejo que é muito difícil encontrar estabilidade no tratamento, os medicamentos estão sempre sendo trocados e a dose aumentada, é muito difícil achar a estabilidade? Faz anos que ele faz acampamento e já passou por diversas fases até mesmo de internação.
    Eu achava que quando a pessoa fazia tratamento poderia ter uma vida dita como normal mas não aconteceu isso ainda. Qual seria o motivo?

    • Equipe Abrata 12 de março de 2017 às 07:37 - Responder

      Prezada Maria.

      O que é?
      O Transtorno Afetivo Bipolar leva este nome por causa da alternância de dois estados emocionais básicos: a alegria e a tristeza.
      Assim como acontece nas doenças físicas, que muitas vezes representam excesso ou falta de algum elemento normalmente presente no corpo, muitas doenças da mente também representam alterações para mais ou para menos de aspectos emocionais comuns. O equivalente doentio da alegria recebe o nome de mania e o da tristeza, depressão. Estes equivalentes doentios dos aspectos emocionais constituem o que se denomina polos.
      Como são dois, entende-se o termo bipolar.

      Quais são as características desta doença?
      O transtorno bipolar é caracterizado pela alternância de fases de tristeza e alegria doentias, conhecidas respectivamente como depressão e mania, de onde vem o antigo nome de Psicose Maníaco Depressiva. Diferente do que ocorre nas situações normais, estas alternâncias não acontecem em resposta a estímulos externos que explicariam os estados emocionais. Em alguns casos, essas alternâncias podem ocorrer no mesmo dia ou na mesma hora. Mas estes são casos excepcionais, não é o mais comum. Por este motivo, o diagnóstico destes casos nem sempre é fácil.
      Pois bem. Uma vez diagnosticado, o transtorno bipolar leva até 2 anos para que se dê a estabilidade.
      E o tratamento deve ser contínuo para garantir a sua eficácia.
      A psicoterapia combinada com o tratamento medicamento é também muito eficaz.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  51. marta 30 de abril de 2017 às 03:20 - Responder

    Boa noite.
    Fui diagnosticada como bipolar em 2005,hoje tenho 45 anos, mas desde muito pequena já sofria com todos os sintomas que já não sei dizer se era do tipo 1 ou 2. às vezes durante a manhã estava pilhada, amanhecia muito mal,irritada,me mordendo até sangrar, batia a cabeça na parede e chorava e gritava até perder a voz. À noite tinha alucinações, ouvia vozes e pesadelos horrendos que acontecem ate hoje,tenho insônia que fico dias sem dormir, com várias tentativas de suicídio. Faço tratamento mas não tomo as medicações sempre porque quando tenho pesadelos não consigo acordar.Já sofri uma vida inteira, às vezes não tenho mais perspectivas de vida, meus filhos não se interessam em conhecer o meu caso e muitas vezes disseram que era drama ou que não saio dessa porque não quero,sei o quanto me esforço, leio me exercício, vou a psicologa toda semana,faço terapia ocupacional em um caps,mas às vezes acho que tudo isso tem sido em vão.. .

    • Equipe Abrata 30 de abril de 2017 às 10:18 - Responder

      Prezada Marta.

      Muitas pessoas com transtorno bipolar, até mesmo aquelas com as formas mais graves, podem obter uma estabilização considerável de suas oscilações do humor e dos sintomas relacionados com um tratamento apropriado. Como o transtorno bipolar é uma doença recorrente, o tratamento preventivo prolongado é fortemente recomendado e quase sempre indicado. Uma estratégia que combine medicação e tratamento psicossocial é ótima para o controle do transtorno ao longo do tempo.
      Em muitos casos o transtorno bipolar é controlado muito melhor se o tratamento for contínuo. Ainda que não haja interrupções na continuidade do tratamento, porém, podem ocorrer alterações do humor, que devem ser relatadas imediatamente a seu médico. O médico pode conseguir impedir um episódio franco, fazendo ajustes no plano de tratamento.
      Cooperar estreitamente com o médico e comunicar-se francamente quanto a dúvidas e opções relativas ao tratamento pode fazer uma diferença na eficácia do tratamento. Além disso, manter um registro dos sintomas afetivos diários, tratamentos, padrões de sono e eventos vitais pode ajudar pessoas com transtorno bipolar e seus familiares a compreender melhor a doença. Esse registro também pode ajudar o médico a acompanhar e tratar mais eficazmente a doença.
      Em resumo: você precisa manter o tratamento com acompanhamento médico. Assim como a diabetes e outras doenças que exigem tratamento contínuo, o transtorno bipolar
      também necessita de continuidade. Converse com o seu médico sobre os eventuais efeitos colaterais do medicamentos.
      E lembre-se: com o tratamento médico e psicoterapia você poderá ter uma vida satisfatória e produtiva.

      Abs.
      Equipe ABRATA.

  52. Ana 4 de maio de 2017 às 11:18 - Responder

    Eu tenho transtorno bipolar tipo 1 e, mesmo tomando os medicamentos corretamente, continuo tendo crises. Quem tem TB sabe que terá de conviver com “bichos” durante a vida toda.
    Falar em vida satisfatória e produtiva é algo muito relativo, pois eu não estou vivendo dessa forma mesmo realizando o tratamento.
    Acho terrível as pessoas quererem suavizar esses sintomas tão severos. Quando eu leio reportagens do tipo, faça tratamento psicossocial aliado aos medicamentos que você terá uma vida saudável, nem levo muito a sério.
    As pessoas precisam entender que cada pessoa é única e funciona de uma forma e ficar falando que com o tratamento você vai ficar assim ou assado é de, no mínimo, uma tremenda irresponsabilidade, já que existem vários espectros bipolares.

    • Equipe Abrata 7 de maio de 2017 às 13:10 - Responder

      Prezada Ana.

      A sua opinião é muito importante para nós e merece uma resposta à altura de sua inteligência e
      perceptividade. Veja bem:

      A ABRATA tem como missão ministrar apoio psicossocial a pessoas com depressão e transtorno
      bipolar através de Grupos de Apoio Mútuo e Palestras Psicoeducacionais, dentre outras
      atividades. E explicamos o porquê.

      A psicoeducação pode ser vista como o estabelecimento de um fluxo de informações de terapeuta para paciente e vice-versa . Como qualquer intervenção terapêutica, ela é baseada no bom senso. Seu objetivo é prover os pacientes bipolares com uma abordagem teórico-prática que lhes possibilite o entendimento do seu transtorno. Ela é parte fundamental de praticamente todos os protocolos para tratamento do transtorno bipolar na modalidade de Terapia Cognitivo- Comportamental. Seu papel educativo aparece desde o início até o final do tratamento, sendo que a tarefa do terapeuta é educar e familiarizar o paciente em relação aos seus problemas e a sua patologia, esclarecendo-o acerca das implicações e consequências do diagnóstico estabelecido.

      A psicoeducação vai mais além. O objetivo primeiro é fazer do paciente um colaborador ativo, aliado dos profissionais de saúde envolvidos e, consequentemente , tornar o procedimento terapêutico mais efetivo. Para tanto, os especialista de saúde mental afirmam ser fundamental que o paciente seja informado quanto ao modelo de tratamento ao qual será submetido.

      O uso da psicoeducação como uma ferramenta profilática adicional tem sido reconhecido por prestigiadas diretrizes de tratamento, como o guideline da Associação Psiquiátrica Americana (APA, 2002), ampliando e atualizando os paradigmas de tratamento do transtorno bipolar. Os médicos devem ter isso presente na prática diária com pacientes bipolares, especialmente porque os benefícios – em termos de menos recaídas e internações – são inquestionáveis e o custo muito baixo. A psicoeducação fornece um potente instrumento não apenas para melhorar a evolução de pacientes, mas para auxiliá-los a gerenciar desespero, medos, estigma e baixa autoestima.

      Leia mais a matéria publicada na Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, intitulada “O uso da psicoeducação no tratamento do transtorno bipolar”.

      Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.11 no.1 São Paulo jun. 2009.

      Ângela Leggerini de Figueiredo; Luciano de Souza; José Caetano Dell´Áglio Jr; Irani Iracema de Lima Argimon.

      Faculdade de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

      Um grande abraço.
      Equipe ABRATA.

      • Fabiano Lucas de sena 8 de junho de 2017 às 14:05 - Responder

        Eu achava que era só depressivo, inclusive o médico disse que eu tinha depressão clássica, só quando mudei de médico, descobri que era bipolar. Eu não me reconhecia como eufórico… Mas pensando bem eu tinha períodos desiquilibrados de euforia. Por isso é bom uma análise mais profunda.

        • Equipe Abrata 13 de junho de 2017 às 07:48 - Responder

          Olá Fabiano.

          Agradecemos a sua mensagem, e frisamos a importância da psicoeducação como uma estratégia psicossocial de grande importância porque possibilita um processo de conhecimento e conscientização do transtorno bipolar e da depressão.

          Um abraço.
          Equipe ABRATA.

  53. Lucio 25 de maio de 2017 às 21:38 - Responder

    Boa noite! A minha curiosidade e até mesmo necessidade,é saber se existe uma bipolaridade branda a ponto de não ser considerada doença mental. Contando com a colaboração dos senhores ou senhoras no sentido de um esclarecimento mais minucioso. Agradeço Antecipadamente.

    • Equipe Abrata 30 de maio de 2017 às 10:19 - Responder

      Olá Lucio.

      O transtorno bipolar, tradicionalmente designado psicose-maníaco-depressiva, é uma doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e «mania».

      A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a ciência acredita que diversos fatores possam estar envolvidos nas oscilações de humor provocadas pela doença, como:

      – Peculiaridades biológicas: pessoas com transtorno bipolar parecem apresentar diferenças físicas em seus cérebros, o que pode levar os cientistas a descobrirem as causas exatas da doença
      – Neurotransmissores: um desequilíbrio entre os neurotransmissores parece ser um importante fator nas causas do transtorno bipolar
      – Hormônios: desequilíbrio hormonal também está entre as possíveis causas
      – Hereditariedade: pessoas que tenham parentes com histórico de transtorno bipolar são mais suscetíveis à doença, o que leva muitos cientistas a acreditarem que a genética possa estar envolvida nas causas da doença
      – Meio ambiente: fatores exógenos, como estresse, abuso sexual e outras experiências traumáticas (como a morte de algum ente querido), também podem estar relacionadas ao desenvolvimento do transtorno bipolar.

      Tipos de transtorno bipolar:

      Transtorno bipolar tipo 1: pacientes apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda.
      Transtorno bipolar tipo 2: pacientes nunca apresentaram episódios maníacos completos. Em vez disso, elas apresentam períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão intensos como os da mania (chamado de hipomania). Esses episódios se alternam com episódios de depressão
      Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.

      Com o tratamento adequado combinado com psicoterapia, exercícios físicos e outros, a pessoa com transtorno bipolar pode levar uma vida normal.

      Um abraço.
      Equipe ABRATA.

  54. Karine 16 de agosto de 2017 às 14:21 - Responder

    Por favor me ajude dr.Meu filho está se tratando com vários remédios para depressão mas nada faz efeito,está sempre triste chora muito e triste demais.Será que ele pode ter esse transtorno bipolar??Me ajude, não sei o que fazer. Ele tem 21 anos,se trata há anos mas agora está piorando.Me ajude

    • Equipe Abrata 22 de agosto de 2017 às 08:14 - Responder

      Prezada Karine.

      A ABRATA não oferece tratamento psiquiátrico nem psicológico.
      A missão da associação é ministrar apoio psicossocial às pessoas com depressão e transtorno bipolar, bem
      como a seus familiares e amigos.
      Assim, podemos sugerir que converse com o psiquiatra de seu filho para avaliar os sintomas de está apresentando.
      E informamos que os especialistas em transtorno bipolar e depressão aconselham a combinar o tratamento medicamentoso
      com psicoterapia.

      Um grande abraço
      Equipe ABRATA

  55. Angela 21 de agosto de 2017 às 23:07 - Responder

    Boa noite,
    Já passei por duas crises maníacas e nenhuma depressiva, nunca tive qualquer resquício de sintoma depressivo. Existe bipolaridade com apenas sintomas de aceleração do pensamento e consequente dificuldade na concatenação de ideias ou seria uma outra doença psiquiátrica?

    • Equipe Abrata 13 de outubro de 2017 às 07:01 - Responder

      Prezada Angela,
      De fato, embora não seja frequente, existem pessoas que apresentam apenas episódios de mania (ou hipomania) ao longo da vida. Esse quadro é chamado de mania unipolar ou mania recorrente e seu diagnóstico é controverso. É considerado um subtipo do transtorno bipolar, embora alguns pesquisadores questionem se não teria havido algum episódio depressivo leve, que não foi identificado ou se não haverá depressão no futuro.
      Um abraço,
      Equipe ABRATA

  56. Renata 15 de outubro de 2017 às 14:47 - Responder

    Tenho esses sintomas desde adolescente, em 2015 tentei suicídio, quase morri, fiquei dias na UTI, estava grávida de meu quarto filho, desesperada, não queria mais viver, só cometia erros, sentia-me vazia, como se algo me faltasse e embora minhas buscas constantes tudo o que eu conseguia era sentir-me suja, usada, porca.Enfim
    Hoje estou aqui, realizei meu supo

    • Equipe Abrata 17 de outubro de 2017 às 07:51 - Responder

      Prezada Renata.
      Agradecemos a sua mensagem.
      Muito embora você não tenha concluído a sua narrativa, podemos sugerir que procure ajuda médica.
      Uma consulta com psiquiatra poderá diagnosticá-la e auxiliá-la com o devido tratamento.
      Cuide-se, está bem?

      Um abraço
      Equipe ABRATA

  57. Rodrigo 16 de dezembro de 2017 às 08:34 - Responder

    Olá! Bom dia, convivo com uma pessoa há mais ou menos 6 anos, e nesse período ela terminou diversas vezes, sempre alegando de que ñ estava feliz e que ñ gostava mais, até então tudo bem. Porém todas as vezes ela depois de alguns meses me procurava e como se nada estivesse acontecido pedia pra retomar o relacionamentos, dizia que ñ sabia viver sem mim, e que gosta muito. O mais impressionante é que, é sempre na mesma época do ano, até o período de término e de reconciliação é praticamente o mesmo, variando de 4 à 5 meses. O pai dela tem problemas psicológicos, então sempre que tento falar com ela a respeito do transtorno bipolar ela fica muito agressiva, dizendo que ñ tem problema nenhum e que ñ é igual ao pai. Ela agora esta afastada de mim, andei lendo a respeito do transtorno bipolar desde a ultima vez que nos afastamos, que foi a exatos 1 ano atras, pois nesse periodo ela mudou completamente, começou até a frequentar a religião evangélica, mudando completamente e se afastando de tudo que ñ fosse relacionado. observei na última vez que nos falamos ,q ela ñ está prestando atenção no que eu falava, muitas vezes me interrompendo com um assunto q ñ tem nada a vê. Tendo em vista tudo que relatei queria saber se essa pessoa pode sofrer de transtorno bipolar

    • Equipe Abrata 9 de janeiro de 2018 às 09:10 - Responder

      Olá Rodrigo.

      Somente um médico psiquiatra pode diagnosticar se a pessoa é ou não portadora de transtorno mental.
      Louvamos o seu interesse em querer ajudá-la mas a iniciativa depende exclusivamente dela.
      Um abraço
      Equipe ABRATA

  58. senilda 10 de janeiro de 2018 às 17:58 - Responder

    Boa tarde,tenho transtorno bipolar. Meu médico insiste em passar antidepressivo. Ele se recusa a receitar um o litio. agora foi o citolopram só melhorou as crises de pânico . As mudanças de humor são constantes de hora em hora . E até mesmo de minutos a minutos .Sei que estou doente mas as pessoas não são obrigadas a me aturarem. Não sei mais o que fazer, me ajudem por favor .Meu marido tem esquizofrenia, preciso cuidar dele . Mas como se também sou doente ? Pq eu faço ? Será q meu médico está certo ? Preciso de ajuda por favor . Obrigada.

    • Equipe Abrata 27 de janeiro de 2018 às 11:11 - Responder

      Cara Senilda.

      Você coloca que tem transtorno bipolar e que seu médico não receita estabilizadores de humor.
      Bem, o que podemos sugerir é que procure outro profissional para que se lhe indique o tratamento
      apropriado.
      O transtorno bipolar é uma doença tratável. E para que o portador leve uma vida normal, é
      fundamental que se submeta ao tratamento medicamentoso adequado para ficar estável.
      Boa sorte!

      Abs.
      Equipe ABRATA

  59. Vanessa 16 de janeiro de 2018 às 23:24 - Responder

    Boa noite!
    Tenho vários sintomas… Me sinto sozinha, falo muitas coisas que podem levar minha vida à ruína e só consigo analisar depois que falo, há momentos que estou cheia de forças, ideias geniais, confiante que tudo vai dar certo, logo depois vem uma tristeza horrível e desacredito em tudo que pensei, meu desenvolvimento no trabalho está péssimo, estou sem atenção…. Fico depressiva do nada e choro muito, tenho a sensação que ninguém gosta de mim, …. É horrível… O que faço?

    • Equipe Abrata 27 de janeiro de 2018 às 11:34 - Responder

      Cara Vanessa.

      Procure ajuda, é a nossa melhor sugestão.
      Aqueles que, como você, apresentam os sintomas descritos, devem procurar um psiquiatra para que seja diagnosticado eventual
      transtorno e prescreva a medicação cabível.
      Com o tratamento apropriado, você poderá conduzir a sua vida com qualidade.
      Procure ajuda, está bem?

      Abs.
      Equipe ABRATA

  60. Fernanda 26 de janeiro de 2018 às 22:49 - Responder

    Tenho transtorno bipolar que se desencadeou após a morte do meu marido. A partir desse trauma comecei a ver e ouvir coisas estranhas. Depois soube que foi crise p .

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2018 às 10:36 - Responder

      Olá Fernanda.

      Procure um médico psiquiatra para analisar os sintomas que você vem apresentando.
      O tratamento indicado é com medicamentos e psicoterapia.
      Você ficará estável e poderá levar uma vida produtiva.
      Cuide-se!

      Abs.
      Equipe ABRATA

  61. Fernanda 26 de janeiro de 2018 às 23:03 - Responder

    Tive crise psicótica. Durante 8 anos tive fases de euforia associadas com surtos psicóticos alternadas com depressao. Vivi o inferno. Tive perdas financeiras, vendi imoveis que nao poderia ter vendido. Nao tive ajuda de ninguem. O medico nunca me disse que eu era bipolar. Durante as psicoses vendi bens e perdi dinheiro.Sofri muito e agora sofro pelas perdas financeiras que tive. Foram 8 anos em surto psicotico. É possivel uma coisa dessas? Minha vida agora eh uma M, estou cheia de problemas e dívidas. O que poderia ter sido feito para evitar tanta desgraça?

    • Equipe Abrata 28 de janeiro de 2018 às 10:34 - Responder

      Cara Fernanda

      Você vem sofrendo as instabilidades de humor, que são típicas do transtorno bipolar, e principalmente, por portadores
      que não fazem o tratamento adequado.
      Veja uma das muitas características do transtorno bipolar:
      O transtorno bipolar não é uma simples mudança de humor, como algumas pessoas acreditam. É na verdade um problema psiquiátrico
      complexo em que se destacam oscilações entre estados depressivos e estados de ativação, que podem se manifestar como elevação
      do humor ou euforia, mas também com humor irritado agressivo. Alguns pacientes podem apresentar alterações do humor menos marcantes
      e oscilações mais evidentes nos níveis de energia, com períodos de prostração e outros de maior vitalidade e energia.
      A bipolaridade atinge igualmente os dois sexos e pode surgir até mesmo na infância. “A doença tem início precoce, com média de aparecimento
      dos sintomas, mesmo que depressão e agitação leves, em torno dos 18 anos de idade, mas podendo começar já na infância em alguns casos”,
      afirma o psiquiatra Diego Tavares.
      O sintoma mais característico é a mudança do humor para cima, as manias e hipomanias, para o humor para baixo, a depressão. “Na mania, a
      energia física aumenta, os pensamentos ficam acelerados e o humor se torna expansivo, mas geralmente irritável. Os sentimentos são positivos
      com sensação de bem-estar, liberdade e inteligência”, afirma o médico. No entanto, o indivíduo pode se tornar impulsivo e psicótico e ter
      alucinações e delírios.
      Já a hipomania, segundo Tavares, é um dos diagnósticos mais difíceis na Psiquiatria porque pode ser efêmera e ser confundida com períodos de bem-estar.
      Os sintomas são os mesmos da mania, mas são menos graves e não há presença de sintomas psicóticos. A depressão, por sua vez, é caracterizada
      por um estado de tristeza profunda e apatia, além da perda de vontade de realizar atividades e de se relacionar com outras pessoas.
      Tratamento para transtorno bipolar é feito com terapia e medicação.
      A realização do tratamento do transtorno é muito importante não apenas na fase aguda, como também ao longo de toda a vida. “O transtorno bipolar é crônico.
      Depois do diagnóstico, o paciente necessitará do tratamento para a vida toda, já que a chance de um novo episódio de mudança de humor sem tratamento
      é de quase 100%”, alerta o psiquiatra.
      O combate ao transtorno bipolar se baseia no uso de estabilizadores de humor, como medicamentos anticonvulsivantes e antipsicóticos.
      Na abordagem terapêutica, é preciso levar em conta o impacto psicossocial da doença e a necessidade de psicoeducação para promover a adesão ao tratamento.
      Fonte: Dr. Diego Freitas Tavares é psiquiatra e pesquisador do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. CRM-SP: 145258.
      Assim, sugerimos que procure um psiquiatra que reconheça os sintomas do TB e faça o tratamento à risca.
      Com o tempo você irá ajeitando as coisas, inclusive com a possibilidade de realizar acordos financeiros.

      Boa sorte!
      Abs.
      Equipe ABRATA

  62. Márcia 12 de junho de 2020 às 20:13 - Responder

    Sou bipolar, estou em crise, preciso de ajuda e gostaria de saber se tem um centro de apoio no RJ, estou agredindo física e verbalmente as pessoas. Às vezes não me lembro dos objetos que lancei,não tenho pensamento suicida, EU TENTO MESMO. Já tentei aos 14 anos,aos 23 anos e em 2018, nossa dor é extremamente forte.
    Minha família é genética de mãe. Não aguento tomar as medicações só quem toma sabe como nos deixa mal, e não somos nós mesmos .Tem que haver um jeito de cura. Esses sintomas nos destrói vultos, perseguição, cheiros e…
    Aos familiares desse site não fazemos pq queremos pois nossa dor e impulsos nos fazem fazer loucuras e podem apostar são desagradáveis . Não SOMOS LOUCOS ENTENDA, na nossa cabeça somos normais um abraço a todos.Ajudem-me, por favor.
    Uma bipolar

    • blogabrata 17 de junho de 2020 às 09:35 - Responder

      Queria Márcia, bom dia!
      O Transtorno Bipolar não tem cura, ao menos no momento, mas os sintomas são controlados por meio de tratamento medicamentoso
      adequado, psicoterapia e grupo de apoio.
      Convidamos você para participar do GRUPO DE APOIO ON-LINE DA ABRATA. Leia as informações abaixo:

      Grupo de Apoio Online – GAO
      O Grupo de Apoio Online – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.

      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.

      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, onde as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.

      Todas as terças e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom.

      **Vagas limitadas

      Você é muito bem-vindo!
      Um forte abraço
      EQUIPE ABRATA

  63. Denise Braga 22 de outubro de 2020 às 19:09 - Responder

    Meu namorado nunca foi ao psiquiatra, mas desde que começamos a namorar (aos 17 anos) ele me disse que sofria do transtorno, porém nunca havia presenciado crises intensas e duradouras. Entretanto, agora, aos 20, seus sintomas estão mais marcantes e, mesmo que não tenha sido diagnosticado, todos coincidem com os manifestados pelo transtorno de bipolaridade. Estou desesperada, pois não sei o que posso fazer para ajudá-lo, tenho aconselhado muito a procurar um especialista, mas não posso obrigá-lo, além de conversar com os pais dele, o que eu posso fazer? Nesse caso, dar espaço é o melhor, ou devo procurar um jeito de me aproximar, conversar, apoiar mais? Como convencê-lo a se tratar?

    • blogabrata 26 de outubro de 2020 às 12:38 - Responder

      Querida Denise, a ABRATA agradece o fato de procurá-la e esperamos ajudar, está bem?
      Interessante a observação feita em seu relato sobre o fato de, embora não tenha procurado ajuda psiquiátrica, seu namorado
      informou a você que sofria do TB. Será que há familiares com o distúrbio, o que o levaria a pensar que também poderia ser
      portador?
      Sim, Denise, os episódios podem ser intensos e duradouros se o paciente não estiver medicado adequadamente. Muito embora
      o TB não tenha cura, os sintomas são controlados com o tratamento apropriado prescrito por psiquiatra.
      É uma tarefa bastante difícil obrigar alguém a se cuidar especialmente se não tiver a consciência do mal que faz a si mesmo
      e aos demais.E saber que o tratamento, acompanhado de psicoterapia, pode levar à recondução da vida produtiva e com
      qualidade, dói ainda mais diante do sofrimento dos entes queridos!
      De modo geral, as pessoas com TB procuram ajuda quando estão deprimidos. Na mania/euforia elas têm a sensação que podem fazer
      muita coisa com referência à criatividade, à melhora da libido e outros sintomas. Mas é apenas ilusão, após o episódio maníaco
      advém a depressão e assim sucessivamente, como uma gangorra. Assista ao filme “Mr. Jones”.
      É importante conversar sempre, mas de posse de informações seguras, como as que você pode encontrar em nossos artigos e nos
      materiais informativos constantes do site da ABRATA. Há, também, vídeos e lives disponíveis em nossas redes sociais.
      Você pode fazer download do Guia para Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar, acesse o site https://www.abrata.org.br/new/folder.aspx
      Participe do Grupo de Apoio On-Line da ABRATA para familiares e pacientes com Transtorno Bipolar e Depressão. Leia as informações que
      ora postamos:

      O Grupo de Apoio On-line – GAO foi criado em função do período de isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde por conta do COVID-19.
      O Grupo destina-se a pessoas com depressão, transtorno bipolar e familiares, cuja finalidade fundamental é trocar experiências, compartilhar vivências, buscar soluções e se ajudar de forma solidária, por meio de suporte, apoio e conforto uns aos outros.
      O Grupo é conduzido por agentes facilitadores da ABRATA, em que as pessoas irão encontrar conforto e orientação em um ambiente confidencial, de suporte e onde cada um possa fazer a diferença na vida de outros.
      Todas as terças, quartas e sextas feiras das 19:00 às 20:30, sendo necessária a inscrição prévia no site da ABRATA. As inscrições são abertas as segundas, terças e quintas feiras a partir das 16:00. O acesso se dá através do aplicativo Zoom Meeting.
      * Para maiores de 18 anos
      **Vagas limitadas

      Essencial, também, é combinar o tratamento medicamentoso com psicoterapia e a mais indicada pelos especialista é a Cognitivo-Comportamental.
      Postamos, por fim, um artigo publicado no site da ABRATA:

      DESCOBRI QUE MEU COMPANHEIRO(A) É BIPOLAR… E AGORA?
      Quando uma pessoa recebe a notícia de que é portadora do diagnóstico de transtorno do humor bipolar, ela normalmente sente um choque, como se fosse uma notícia horrível, ter uma doença estigmatizante e incurável, e a primeira reação é de negar, ou buscar argumentos para desconfirmar o diagnóstico. Para o seu companheiro (namorado/a, marido ou esposa, etc.) o choque pode ser um pouco diferente. Algumas vezes, o companheiro já desconfiava, e nesta situação é comum que ele ou ela foram um dos principais incentivadores da procura de ajuda, e a confirmação do diagnóstico traria até um alívio, no sentido de se confirmar que existe um problema, e que este problema pode ser enfrentado e resolvido. Em outros casos, o companheiro nem desconfiava, e todos os problemas que o paciente apresentava em termos de alterações de comportamento e suas consequências, o companheiro atribuía a culpa ao próprio paciente, como se ele não tivesse autocontrole ou fosse responsável pleno por tudo o que acontecia de ruim. Nesta outra situação, em geral o relacionamento já não estaria bom, e o diagnóstico poderia aumentar ainda mais o distanciamento e a qualidade da relação.
      Diante desta nova realidade, a de que a pessoa com quem se convivia tem um problema mental crônico que exige tratamento pelo resto da vida, o companheiro se vê envolvido subitamente por vários dilemas: eu vou aguentar tudo isso? Eu mereço sofrer o que eu já sofri? E se eu sair da relação, o que vai ser do meu companheiro/a? Se eu continuar, o que eu preciso fazer? Até quando eu vou levar esta situação? E por que aconteceu só comigo?
      Para começar, o transtorno bipolar é relativamente comum, podendo afetar de 3 a 10% da população. Desta forma, é bem comum alguém ter se envolvido com uma pessoa que depois se soube ser bipolar, e de qualquer forma se relacionar com essa pessoa nem sempre é um “show de horrores”, pois ter problemas é a regra em qualquer relacionamento. Talvez na relação com uma pessoa bipolar, a imprevisibilidade e a inconstância (os altos e baixos), tragam situações de estresse e desgaste a mais, mas também a intensidade com que as pessoas bipolares se entregam nas coisas que fazem podem trazer momentos muito bons e gratificantes na relação. Portanto, estar se relacionando com uma pessoa bipolar não é tão diferente em relação a uma outra pessoa que possa ter problemas com álcool, ou ter alguma outra doença, ou não conseguir subir na vida. Todos temos problemas e defeitos, e um relacionamento dependo de se enfrentar os problemas e defeitos, e achar soluções e melhorias para que o casal consiga superar e crescer com tudo isso.
      Então, o que o companheiro de uma pessoa bipolar precisa fazer para ajuda-lo? A sequência de orientações que serão listadas a seguir, poderia ser adaptada a qualquer problema mais crônico ou básico que a pessoa possa ter, como problemas com drogas, com relacionamento com as pessoas ou com o trabalho. O primeiro passo é saber se a pessoa já percebeu que tem problemas que podem ser do transtorno bipolar, ou seja, se já consegue reconhecer que uma parte importante dos seus problemas pode ser explicado pela doença bipolar. Se ele não aceita, dizendo argumentos como “eu sou assim, nasci assim, não vou mudar”, ou “todos os problemas meus são os outros que ficam me causando”, então o trabalho vai ser tentar mostrar sempre que possível, informações sobre o transtorno bipolar, principalmente depois que essa pessoa faz um comportamento típico, sofre a consequência e se arrepende (por exemplo, depois que gastou demais). Sempre em momentos depressivos, a pessoa aceita mais, e nos momentos mais eufóricos, a pessoa aceita menos. Porém, o mais importante é fornecer à pessoa informações de boa qualidade, consistentes, no momento que essa pessoa possa aceitar melhor, e não no calor da emoção, como por exemplo no meio de uma briga, ou de uma crise de choro. Aos poucos, a pessoa vai entendendo melhor, e vai aceitando que pode ter o problema, até aceitar procurar uma ajuda.
      E depois que o paciente procura a ajuda de um profissional de saúde, o problema já está resolvido? Infelizmente, ainda não. É a regra que os pacientes bipolares sejam inconstantes também na aceitação da doença com fases que aceitam mais e fases que não aceitam, e por conseguinte começam um tratamento e depois largam, sendo esse ciclo pode ocorrer algumas vezes no decorrer da vida. Apenas os pacientes que conseguem se manter em tratamento estável, regular, sem abandonos, que tem a melhor chance de não terem a sua vida e seu futuro prejudicados pela bipolaridade. E ter um tratamento que deixe o paciente realmente bem por um longo prazo pode demorar bastante tempo, até alguns anos de tentativas com diversas medicações. Essa dificuldade em se achar um esquema de tratamento realmente adequado é bem desgastante, tanto para o paciente como para o companheiro, exigindo paciência e persistência, além de muito diálogo e apoio mútuo dos companheiros, e da equipe de tratamento, incluindo todos os profissionais envolvidos, o médico, psicólogo, assistente social e outros. Entretanto, quando se gosta da pessoa, todos esses esforços são recompensados, pois fazendo um bom tratamento, na maioria das vezes a doença fica bem controlada, e o relacionamento conjugal pode ser muito proveitoso e satisfatório. E o companheiro tem um papel fundamental para o sucesso do tratamento, na medida em que ele ajuda o paciente a não abandonar o tratamento, não errar nos medicamentos, não faltar às consultas com os profissionais. Tudo isso demanda um grande esforço, principalmente quando o paciente está entrando numa crise de euforia ou depressão, quando o paciente começa a fazer todos os comportamentos próprios do quadro clínico, como ficar irritado ou agressivo, ou descontrolado em gastos e outras impulsividades, ou depressivo e incapaz de se esforçar, de reagir. O companheiro e os demais familiares precisam considerar que o paciente está fazendo tudo aquilo por estar fora de controle, em crise, e que depois que a crise passa, ele vai voltar ao normal. A culpa pelos comportamentos inadequados é da doença, não do paciente, e é a doença que precisa ser combatida e criticada, não o paciente.
      Portanto, o companheiro de um paciente bipolar precisa se inteirar da melhor forma possível sobre o transtorno bipolar, com informações de boa qualidade e confiáveis, e tentar fazer com que o paciente também as receba e compreenda, além de ajuda-lo a manter o tratamento sem abandoná-lo ou interrompê-lo.
      O que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação.
      E quando se deve desistir da relação? Não existem regras, a sugestão é sempre lutar até as últimas forças, até o último limite, de cada um. Se não der, como acontece com muitas relações, infelizmente o relacionamento acaba, e cada um “sai catando os cacos” e se reconstruindo da melhor forma possível. Entretanto, sempre que possível, deve-se estimular pela manutenção do relacionamento, pois é tão difícil hoje em dia se conseguir ter um bom relacionamento, e desistir de relacionamentos antigos sempre se perde muito.
      Penso em acrescentar: “o que mantém um casal unido? A ausência de problemas? Certamente não. Possivelmente, uma sensação entre ambos de que lutar juntos nas adversidades é compensador, ambos saem enriquecidos e a relação é fonte de crescimento para os dois lados. Se não for assim, se apenas um dos membros do casal tem que fazer o esforço de cuidar do bem estar comum, certamente é hora de reavaliar a situação”
      Autor: Dr Teng Chei Tung | Psiquiatra | Membro da Conselho Científica da ABRATA

      Um abraço
      EQUIPE ABRATA

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